domingo, 16 de agosto de 2009

Indústria de embalagens avança 7% no NE

Mercado de embalagens gerou aos fabricantes nacionais uma receita de R$ 36,6 bilhões no último ano
De plástico, papel, vidro, aço ou alumínio. A indústria de embalagens só tem a comemorar. Um mercado que, em 2008 gerou aos fabricantes nacionais uma receita de R$ 36,6 bilhões (incremento de 9,1% em relação ao contabilizado em 2007), segundo revelam dados divulgados pela Associação Brasileira de Embalagem (Abre).

Para este ano, ainda não é possível se fazer previsões. No Nordeste, a expansão do setor em 2008 ante 2007 alcançou 7%. O que, na opinião da diretora executiva da Abre, Luciana Pellegrino, representa a descentralização de um setor, que está chegando mais perto de outros clientes.

"Proporcionalmente, tem mais fábricas se instalando na Região Nordeste do que, por exemplo, no Sudeste, que foi um mercado que cresceu 3% nessa relação dos dois anos", ressalta Luciana.

Participação

Com participação de 48,85%, a confecção das embalagens ainda predomina fortemente no Estado de São Paulo, segundo aponta estudo realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e divulgado pela Abre.

No Ceará, de acordo com essa mesma pesquisa, apenas 1,61% da produção nacional de embalagens está concentrada no Estado.

Produção deve se manter

Diante da forte desaceleração sentida na economia mundial a partir do segundo semestre do ano passado, o volume de produção do setor não deverá mostrar comportamento de expansão em 2009.

"Muitas empresas de varejo de bens de consumo postergaram as suas compras no começo do ano. De abril em diante é que começa a mostrar recuperação. Estamos esperando, portanto, um crescimento modesto de 1% no acumulado deste ano", prevê a diretora executiva da Abre.

O número de empregos gerados também rompeu a barreira dos 200 mil postos formais no último ano, dentro das 300 empresas associadas a Abre.O setor de Alimentos e Bebidas responde, hoje, por cerca de 50% da produção nacional. E as embalagens de plástico detém a maior participação, com 37% da produção brasileira.

Um negócio lucrativo

De todos os tamanhos, estilos, cores e preços. Para quem busca sofisticar o presente e ainda agregar valor, uma opção que vem ganhando espaço no mercado é a de embalagens personalizadas. Para a proprietária da loja Quadrado Perfeito, Alessandra Costa, este é um negócio bastante lucrativo. "Estou nesse ramo há 6 anos. Antes fazia lembrancinha de aniversário em casa. Daí chegou uma hora que tive que escolher e passei a me dedicar somente à produção das embalagens. Hoje tenho uma loja e um quiosque no shopping", comenta Alessandra.

Em um dia comum são vendidas cerca de 100 embalagens, número que a micro empresária diz perder as contas em épocas de maior movimento, sobretudo Natal, Páscoa, Dia das Mães e dos Namorados.

"Hoje, a embalagem deixou de ser uma mera coadjuvante do presente, para se tornar até mesmo um outro presente", diz Alessandra.

"Tenho um público bem diversificado. Até porque vendo de saquinhos que custam R$ 1 a caixas grandes e sofisticadas de R$ 40 ou R$ 50. Mas, a caixa pode até ficar mais cara, dependendo do que o cliente desejar agregar a ela, como fitas ou personalização com fotos e mensagens", explica a proprietária da Quadrado Perfeito.

Por: LÍVIA BARREIRA REPÓRTER

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