segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Brasileiro não pensa em reduzir padrão de vida

No Brasil, há um grau surpreendente de otimismo em relação à segurança financeira e ao padrão de vida na fase da aposentadoria. 48% dos entrevistados que trabalham e 61% dos entrevistados aposentados não estão preocupados em ter condições de sustento financeiro no futuro e nem acham que seu nível de vida vai piorar.

Aposentadoria
No País, cada um dos quatro pilares (governo, empregador, a pessoa e a família) é visto como contribuinte para a renda de aposentadoria. Entretanto, o governo figura como o mais importante para a aposentadoria, enquanto que filhos/família, como o menos importante.

Muitos governos prometeram aposentadorias públicas generosas a partir dos 60 ou 65 anos, mas estas estão se tornando cada vez mais insustentáveis, na medida em que a expectativa de vida aumenta.

Falta confiança
No Brasil, 48% das pessoas ativas e 50% dos aposentados acreditam que os governos deveriam arcar com a maior parte dos custos financeiros na aposentadoria. Porém, a confiança de que estes são capazes de cumprir com essa obrigação é baixa: apenas 36% dos entrevistados na pesquisa acreditam que isso irá realmente acontecer.

Opção
As alternativas mais comuns adotadas pelos governos elevação de impostos, redução dos benefícios e pensões do sistema público ou aumento da idade de aposentadoria são rejeitadas no Brasil. Metade dos ativos e 40% dos aposentados acreditam que os governos deveriam, em primeiro lugar, incentivar a previdência complementar.

Legado
A maioria das pessoas quer deixar algo para seus filhos, mas isso não quer dizer dinheiro. Existe uma tendência clara para as pessoas escolherem valores menos tangíveis, que chamamos de perspectiva da vida, em detrimento de bens, como casa própria/patrimônio.Em geral, as mulheres têm maior probabilidade de querer que seus filhos herdem valores. Isso pode ser reflexo dos altos níveis gerais de vida e bem-estar entre os entrevistados (que vivem na zona urbana) no Brasil, que apontam a herança de bens materiais menos necessária

Herança
No País, 80% dos que trabalham querem que seus filhos herdem valores como: seu conhecimento (50%), sua religião (12%), sua maneira de dar/apoiar a comunidade (9%) e espírito/senso de humor (9%). Somente 20% querem transmitir a seus herdeiros bens materiais tais como: casa própria/patrimônio (14%), seu dinheiro (5%) e seu negócio/carreira (1%).

Entre os aposentados, 82% querem que seus filhos herdem valores como: seu conhecimento (50%), sua religião (14%), sua maneira de dar/apoiar a comunidade (12%) e espírito/senso de humor (6%).

Apenas 18% dos entrevistados querem transmitir a seus herdeiros bens materiais como: casa própria/patrimônio (15%) e seu dinheiro (3%). (SC)

Fonte: Caderno Negócios Diario do Nordeste

sábado, 26 de setembro de 2009

BNB comemora 20 anos do FNE e pede mais recursos para o Nordeste

Em evento que comemorou a data, autoridades consideraram que o Fundo ainda é insuficiente para promover o desenvolvimento do Nordeste

O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) comemorou 20 anos. O aniversário foi lembrado na manhã desta sexta-feira, 25, na sede do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). O evento foi marcado pelo pedido de aumento dos recursos para a Região. Em 2009, serão investidos R$ 9,5 bilhões. Porém, o valor ainda é considerado insuficiente para a demanda do Nordeste, segundo o presidente do BNB, Roberto Smith.

O Fundo é a principal fonte de recursos para os empréstimos concedidos pelo BNB e sua criação foi assegurada na Constituição Federal de 1988.

A criação do FNE, em 27 de setembro de 1989, possibilitou ao BNB a concessão de R$ 56,3 bilhões em financiamentos. Micro e pequenos empreendedores receberam 41,8% dos contratos.

O crescimento do emprego das empresas financiadas pelo FNE chegou a 372%, de acordo com estudos do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene).

Fonte: Redação O POVO Online

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

129 bancos aderiram ao DDA

Novo sistema de cobrança, que tem adesão voluntária, começa a funcionar em outubro

Pelo menos 99% da carteira de cobrança registrada no mercado financeiro já anunciou adesão ao Débito Direto Autorizado (DDA), de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O novo sistema de pagamento eletrônico começa a funcionar no dia 19 de outubro, e vai permitir ao titular de conta em qualquer banco o acesso eletrônico a diversos tipos de boletos de cobrança.

O cadastro para uso do novo sistema é voluntário e já começou a ser feito em algumas agências. Para aderir, o cliente precisa se cadastrar como sacado eletrônico e aguardar o início do funcionamento do sistema.

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), além de aumentar a segurança e facilitar o controle de pagamentos por parte do cliente, o novo sistema vai gerar economia de papel e, consequentemente, resultar na diminuição de danos ao meio ambiente.

A expectativa é de que, em três anos, o sistema reduza pela metade a emissão de boletos de cobrança hoje, são processados anualmente 2 bilhões de boletos no País.

Comodidade

"Quando você imprime um boleto, a cobrança demora de cinco a oito dias para chegar ao cliente, e gera custos. Com o serviço digital, você economiza e elimina o risco de fraude", defende Lúcia Helena Rehder Junqueira, uma das coordenadoras do DDA. Segundo ela, o DDA incluirá inicialmente os boletos de cobrança (também conhecidos como ficha de compensação ou boleto de cobrança). Além das compras feitas em lojas, serão incluídas no sistema taxas de condomínio, mensalidades escolares e planos de saúde, entre outras. Somente na segunda fase do sistema, prevista para ser implantada em abril ou maio de 2010, os clientes que aderirem ao DDA poderão utilizar o sistema para quitar tributos ou serviços de concessionárias (água, luz e telefone). Uma terceira fase, ainda sem data para implementação, deve tornar o DDA ainda mais abrangente.

Custos

Ainda não existem estimativas de quanto será cobrado aos clientes que decidirem aderir ao DDA. O sistema, que foi desenvolvido com exclusividade pela Febraban, exige que os bancos invistam na adaptação de seus sistemas de cobrança.

No Banco do Brasil, os 10 mil clientes que se cadastraram para aderir ao DDA já começaram a utilizar as novas ferramentas de cobrança. Aqui no Ceará, são 585 pessoas, o que representa, de acordo com a assessoria de imprensa do Banco, R$ 1,4 milhão em boletos emitidos.

Também de acordo com a assessoria de imprensa do BB, os clientes que optam pelo DDA não tiveram qualquer custo. "Desde já, os clientes do BB podem também contar com o envio de mensagens via SMS (torpedo) para comunicar a apresentação de um novo boleto".

No Banco do Nordeste, onde o cadastramento de clientes ainda não começou, a expectativa é de que o DDA resulte na diminuição de gastos para bancos e clientes. "Essa nova sistemática vai reduzir custos", estima o gerente de produtos e serviços do BNB, Bruno Pena. "Quando todos os bancos tiverem o DDA, vai ser possível revisar tarifas que hoje são cobradas".

Fonte: Caderno Negócios Diário do Nordeste

sábado, 19 de setembro de 2009

Brasil é o 10º em preferência do investidor, diz Sobeet

O relatório também aponta que o Brasil se tornou no ano passado a economia mais internacionalizada dos Brics, grupo de países emergentes que inclui Rússia, Índia e China, além do Brasil

Ao contrário do que aconteceu no resto do mundo, o fluxo de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) para o Brasil aumentou 30,3% em 2008 na comparação com 2007, para US$ 45,1 bilhões. Para o mesmo período, a média mundial correspondeu a uma queda de 14,2%, para US$ 1,697 trilhão. Entre as economias desenvolvidas, o fluxo de IED teve retração de 29,2%, para US$ 962,3 bilhões. O crescimento do investimento no Brasil superou a média dos países em desenvolvimento e dos países da América Latina. Para as economias em desenvolvimento, o fluxo de investimentos aumentou 17,3% para US$ 620,7 bilhões e, para a América Latina, o crescimento foi de 13,2% para US$ 144,4 bilhões. Com o avanço, o País passou a ocupar a 10ª posição no ranking mundial de ingresso de capitais.

A conclusão é do relatório sobre o volume de Investimento Estrangeiro Direto (IED) no mundo em 2008, elaborado pela Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet) a partir de dados da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad).

O relatório também aponta que o Brasil se tornou no ano passado a economia mais internacionalizada dos Brics, grupo de países emergentes que inclui Rússia, Índia e China, além do Brasil. Na proporção entre o estoque de IED realizado e o Produto Interno Bruto (PIB) de cada país, o Brasil apresenta a melhor relação, de 18,3%. Foi a primeira vez que o País superou a Rússia na atração de investimentos comparativamente ao seu PIB. A Rússia, que até então liderava este ranking, recebeu a título de investimentos o equivalente a 12,7% do seu produto interno em 2008. Os investimentos na Índia corresponderam à proporção de 9,9% de seu PIB e na China, de 8,7%. Segundo dados da Unctad,a média de investimento estrangeiro no mundo em relação ao PIB global é de 26,9%, o que indica que há um potencial de crescimento considerável para o Brasil e os demais países do grupo Bric.

"Nunca a percepção do investidor estrangeiro foi tão positiva em relação ao Brasil quanto agora", avalia o presidente da Sobeet, Luís Afonso Lima. De acordo com ele, essa melhora na avaliação dos estrangeiros deve-se aos bons fundamentos da economia brasileira, que se mantiveram sólidos mesmo em meio à crise econômica global. Ele citou com exemplos o controle da inflação, a política fiscal e, principalmente, o setor externo.

Essa visão das empresas estrangeiras em relação ao Brasil fez com que o País subisse quatro posições no ranking dos principais destinos de investimentos no ano passado. Em 2007, o Brasil ocupava a 14ª posição nesta lista, com investimentos de US$ 34,6 bilhões. No ano passado, o Brasil subiu para a 10ª colocação, recebendo o ingresso de US$ 45,1 bilhões. Economias sólidas com as da Alemanha, Canadá e Itália, por exemplo, perderam posições e ficaram atrás do Brasil em 2008. E de acordo com a Unctad, o Brasil deve melhorar ainda mais nesse ranking e atingir o 4º lugar até 2011.

Para Lima, o Brasil deve encerrar este ano recebendo um fluxo de US$ 25 bilhões. "O valor é menor que os dos dois últimos anos, mas superior aos de outros países, que estão caindo tanto ou mais que nós", explicou o presidente da Sobeet. Uma outra característica do Brasil ressaltada no estudo é que o aumento do IED em 2008 superou o crescimento dos investimentos das empresas nacionais no País, ao contrário do que ocorreu no restante do mundo. No Brasil, enquanto o IED aumentou 30,3% de 2007 para 2008, o investimento de empresas nacionais na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu 13,8%. "Os outros estão vendo o Brasil com um olhar mais favorável que os próprios brasileiros e, além disso, para o resto do mundo, a previsão de crescimento não é tão boa", analisou o presidente da Sobeet.

Finalmente, para os investidores estrangeiros, embora o tamanho da economia brasileira, o crescimento do mercado doméstico e o baixo custo da mão de obra sejam fatores de atração para novos investimentos, ainda há barreiras que impedem uma expansão ainda maior. Comparativamente à média dos demais países, o Brasil possui uma qualidade de infraestrutura inferior aliada à eficiência do governo também baixa. Pesa ainda contra o Brasil o baixo número de acordos internacionais e bilaterais. Nos últimos dez anos, o Brasil assinou apenas 12 acordos de bitributação e dois acordos de investimento. É um dos menores números no ranking dos países, o que coloca a economia brasileira atrás de Ilhas Seychelles, Costa do Marfim, Vanuatu e Eritreia.

Fonte: Caderno Negócios Jornal O Povo

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Cai demanda das empresas por crédito, depois de cinco altas seguidas

Em agosto, as médias empresas demandaram menos 1,3% de crédito do sistema. As grandes foram as únicas que procuraram mais por financiamento, com avanço de 0,9% no indicador.

Com a dificuldade de acesso ao crédito ainda enfrentada pelas micro e pequenas empresas, a demanda das companhias no Brasil por financiamento interrompeu cinco meses consecutivos de crescimento e apresentou recuo de 4,3% em agosto, na comparação com julho.

Segundo as informações divulgadas hoje pela Serasa Experian, a queda em agosto foi determinada principalmente pela diminuição de 4,5% na procura das micro e pequenas empresas.

Esta situação de falta de acesso ao crédito por parte das companhias menores, no entanto, deverá ser revertida em breve, segundo os analistas do Serasa. "A situação deve se reverter com a entrada em operação do Fundo Garantidor de Investimentos (FGI)", afirmou a instituição, em nota.

No período, as médias empresas demandaram menos 1,3% de crédito do sistema. As grandes foram as únicas que procuraram mais por financiamento, com avanço de 0,9% no indicador.

Na classificação por setor, Serviços foi o que teve pior resultado, com queda de 9,9% na demanda. O Comércio demandou 0,1% a menos, enquanto o indicador para a Indústria ficou negativo em 1,9%.

Na análise por região, as empresas do Centro-Oeste diminuíram a demanda em 9,2%, enquanto as do Norte, 7%. Quedas menores foram verificadas nas companhias do Nordeste (-3,6%), do Sul (-1,9%) e do Sudeste (-4,3%)

A menor quantidade de dias úteis do mês também foi citada pela Serasa como um dos fatores de retração do indicador.

O Serasa informou ainda que ante o mesmo período do ano passado, a procura das empresas por crédito apresentou decréscimo de 4%. No acumulado do ano, a queda foi de 5,8%.

Fonte: Vanessa Dezem Valor Online

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Fazenda: tributação valerá para poupança nova e antiga

Os rendimentos relativos ao total de R$ 50 mil aplicados em caderneta de poupança serão isentos de tributação. Porém, os relativos ao que exceder os R$ 50 mil serão tributados

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou hoje que o projeto sobre tributação das aplicações em caderneta de poupança valerá tanto para as contas novas quanto para as antigas. Ele explicou que os rendimentos relativos ao total de R$ 50 mil aplicados em caderneta de poupança serão isentos de tributação. Porém, os rendimentos relativos ao que exceder os R$ 50 mil depositados serão tributados.

O secretário usou o exemplo de uma caderneta com depósito total de R$ 60 mil reais, cujo rendimento seria da ordem de R$ 300, sendo R$ 250 relativos ao montante de R$ 50 mil - portanto, isentos de tributação - e R$ 50 relativos aos R$ 10 mil excedentes - rendimento que será tributado. Barbosa não quis dizer quais serão as alíquotas do imposto sobre a poupança, mas comentou que devem ficar próximas às cobradas pelos fundos de investimentos, que variam de 15% a 22,5%.

Segundo Barbosa, a proposta de tributação da poupança será enviada ao Congresso nos próximos dias. O momento de envio, de acordo com ele, foi determinado pelo Conselho Político do governo. O secretário buscou tranquilizar os poupadores dizendo que a medida só valerá a partir de janeiro de 2010, tendo efeito só a partir de fevereiro, quando serão creditados os primeiros rendimentos do ano. "Não há necessidade de mudar agora de aplicação", disse Barbosa, afirmando que o poupador terá bastante tempo para avaliar o teor da proposta e decidir onde aplicará seu dinheiro.

Barbosa disse que já vê alguma migração de recursos, mas nada que seja preocupante para o sistema. Segundo ele, o envio da proposta visa a garantir uma situação tranquila para o futuro, para evitar uma eventual migração maciça de recursos. "Isso não ocorreu até agora, mas pode ocorrer".

PIB 2010

Barbosa afirmou também que a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2010 poderá ser revista dos atuais 4,5% para 5%. Segundo ele, esse assunto está em análise e deverá ser decidido na próxima semana, quando o governo divulga o relatório de avaliação trimestral de receitas e despesas. Para Barbosa, o Brasil estará no final do ano que vem com uma expansão superior a 5% e o hiato do produto (diferença entre crescimento efetivo e o potencial) já estará fechado.

O secretário disse que compartilha da preocupação sinalizada pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, em relação aos investimentos. Meirelles disse hoje a empresários, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que este é o momento de eles voltarem a investir. "A gente tem a mesma preocupação que o Meirelles. Já atuamos para estimular os investimentos", disse Barbosa, citando o programa de redução dos juros nos financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O secretário ainda fez uma provocação aos analistas de mercado, dizendo que o resultado do PIB do 2º trimestre (alta de 1,9%) mostra que o governo tem um histórico de acertos melhor que o do mercado, em suas projeções.

Fonte: Caderno Negócios Jornal O Povo

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Programa a microempreendedor tem só 20 mil inscritos

Com problemas no portal que recebe as inscrições, a implantação, que seria nacional, foi limitada a alguns Estados. Hoje, apenas nove estão formalizando microempresários

Prestes a completar três meses, o programa do microempreendedor individual (MEI), lançado pelo governo federal para estimular a formalização de trabalhadores autônomos, ainda tem problemas para decolar. Até a semana passada, 20.672 pessoas se inscreveram no projeto, que nasceu com a meta de formalizar 1 milhão de empreendedores no prazo de um ano. Com problemas no portal que recebe as inscrições, a implantação, que seria nacional, foi limitada a alguns Estados. Hoje, apenas nove estão formalizando microempresários.

Ontem, em visita à região de comércio popular do Brás, na capital paulista, os ministros da Previdência Social, José Pimentel, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Daniel Vargas, e do Desenvolvimento, Miguel Jorge, anunciaram medidas para acelerar e complementar a implantação do programa.

Entre elas, a reformulação do Portal do Empreendedor, site que recebe as inscrições dos empreendedores ao MEI. A ideia é tornar o processo mais rápido e simplificado. "Em vez de passar por quatro, cinco telas para finalizar a formalização, queremos que isso ocorra em apenas uma etapa. É a segunda geração do MEI", explicou Jorge. O programa tem como alvo profissionais como costureiras, sapateiros, manicures e marceneiros, entre outros, que atuam no mercado informal.

Fonte: Caderno Negócios Jornal O Povo

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

BC proíbe bancos de cobrar tarifa de renovação cadastral

Em nota, a autoridade monetária também afirma que a circular "elimina a falta de uniformidade dos procedimentos adotados na prestação do serviço de renovação cadastral"
O Banco Central divulgou hoje a Circular 3.467 com alteração nas regras para a cobrança de tarifas bancárias. Pela medida, passará a ser vedada a cobrança de tarifa de renovação cadastral nos bancos. Esse tema era motivo frequente de reclamações e questionamentos por parte dos clientes.

Em nota, a autoridade monetária também afirma que a circular "elimina a falta de uniformidade dos procedimentos adotados na prestação do serviço de renovação cadastral". A cobrança de tarifa pelo serviço de confecção de cadastro para início de relacionamento permanece.

Para evitar distorções nessa tarifa, o BC afirma que só podem ser cobradas "a realização de pesquisa em serviços de proteção ao crédito, base de dados e informações cadastrais, e tratamento de dados e informações necessários ao início de relacionamento de conta corrente de depósitos, conta de depósitos de poupança e operações de crédito e de arrendamento mercantil".

A medida do BC também altera alguns aspectos na prestação dos chamados "serviços prioritários". A descrição dada pelo BC aos bancos dos serviços "Exclusão do Cadastro de Emitentes de Cheque sem Fundos (CCF)", "Fornecimento de folhas de cheques" e "Fornecimento de extrato de um período de conta de depósitos à vista e de poupança" foi aperfeiçoada de forma a tornar mais clara a explicação do serviço prestado. As tabelas com as mudanças aprovadas deverão ser divulgadas pelas instituições financeiras até o próximo dia 14 de outubro.

Fonte: Caderno Negócios Jornal O Povo

domingo, 13 de setembro de 2009

Empresas preferem executores sem criatividade

Versa o discurso que as empresas estão loucas para criar novos produtos e assumir a vanguarda do mercado e dos lucros. Versa também que elas investem nos talentos da casa para alcançar objetivo tão essencial à evolução dos negócios e dos ganhos. Uma pesquisa da consultoria Fellipelli com 700 executivos sinaliza que a realidade não é tão eletrizante assim.

O estudo, divulgada pelo CanalRH, o portal de informação mantido pelo grupo VR, identificou que os executivos preferem cumprir ordens e executá-las da forma mais eficiente possível. Nada menos que 58% declararam dedicar tempo e esforço para promover e organizar tarefas. Apenas 9% investem energia na busca de novas idéias.

A consultoria avaliou que a falta de inovadores estaria relacionada a traços de caráter. Primeiro, pouca gente tem perfil arrojado para questionar e empreender. Segundo, a maioria se intimida com a ideia de fazer diferente. Imagina que criar é conceber algo grandioso e não percebe que há inovação em transformar pequenos vícios cotidianos do trabalho

Será que é só por isso?

Talvez a definição de inovação adotada na pesquisa possa explicar melhor tamanha predileção pela introspecção criativa. O inovador “diverge, avalia possibilidades, apoia mudanças, desafia o ‘status quo’, conecta ideias com necessidades e necessidades com ideias”.

Falando francamente: são os chefiados que não estão prontos para falar ou os chefes que preferem não ouvir? Quantos realmente estão preparados para liderar e aproveitar o talento de pessoas que “divergem e desafiam o status quo”? E em que gavetas se guardam os egos? E onde fica o medo de perder a cadeira para o outro? Afinal, se a orientação é valorizar gente criativa como é que os meros executores são maioria e ainda estão lá, bem remunerados e firmes em seus postos?

Sem querer, a pesquisa denuncia uma faceta nebulosa da cultura corporativa brasileira – o culto ao puxa-saquismo. Dizer “sim senhor” ainda é muito mais seguro, confortável e valorizado do que levantar a mão no meio da reunião e contra-argumentar: “discordo e tenho uma sugestão para fazermos mais e melhor”. Talvez seja pelo traço cultural – e não pela deficiência financeira – que a falta de inovação seja um dos piores males das empresas brasileiras.

Por: ASalomão

Cartão suga dinheiro que iria para varejo

Cartão é considerado sugador do dinheiro de consumidores, que poderia ser utilizado em novas compras

presidente do Serviço Nacional de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Roberto Alfeu Pena Gomes, afirmou ontem que o comércio vem fazendo um trabalho de corpo a corpo com parlamentares para acelerar o novo marco regulatório para o setor de cartões de crédito.

Isso porque, na avaliação dos lojistas, o dinheiro de plástico é um dos "grandes sugadores do dinheiro dos consumidores", que poderia ser utilizado em novas compras do varejo. "O comércio está junto com deputados e senadores buscando leis para regulamentar esse processo, pois queremos que o duopólio seja aberto e tenhamos mais concorrência. O cartão de crédito é importante, mas não pode acabar com o dinheiro do brasileiro", disse.

Gomes lembrou hoje, durante entrevista coletiva para revelar o índice de inadimplência do setor em agosto, que o segmento de cartão de crédito não possui regulamentação no País e que, por isso, foi um dos poucos setores a serem isentos do pagamento da CPMF antes de sua extinção. "Não pagavam CPMF e cobram uma taxa dessas para o lojista e o consumidor. Além disso, só tem duas bandeiras no Brasil. Acho que está tudo errado aí dentro", criticou. "O comércio já virou refém da Redecard e da Visanet".

O presidente do SPC Brasil quis aproveitar a presença dos jornalistas presentes para "fazer um alerta" ao consumidor. "O cartão de crédito é uma coisa que se precisa pagar, se não vira uma bomba-relógio. Não é status ter na carteira um monte de cartão de crédito, mas essa é uma paixão nacional hoje", considerou. De acordo com ele, 67% das pessoas que compram por meio do cartão de crédito no País atualmente possuem renda de R$ 1.000,00 a R$ 1.700,00

Fonte: Caderno Negócios Diário do Nordeste

sábado, 12 de setembro de 2009

Brasil quer ser referência em software livre em redes de colaboração

A expectativa é colocar à disposição da sociedade em uma comunidade os primeiros resultados do projeto, que incluem modelos de testes, avaliação de produtos e processos

O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) quer transformar o Brasil em um centro internacional de referência em software livre, dentro de um ambiente de redes de colaboração. Para isso, é preciso avaliar fatores como a qualidade do produto e o processo de desenvolvimento, destacou nesta quinta-feira, 10, Jarbas Lopes Cardoso, coordenador de projetos de cooperação do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, do MCT.

A expectativa é colocar à disposição da sociedade, em outubro próximo, em uma comunidade que vai se chamar 5CQualiBR, os primeiros resultados do projeto, que incluem modelos de testes, avaliação de produtos e processos.

Ele explicou que dentro de um ambiente restrito de empresas já há coisas que são consolidadas internacionalmente. No Brasil, as questões nesse ambiente empresarial são resolvidas em um nível muito bom, disse Cardoso. As empresas têm seus próprios métodos de gestão, destacou.

“Mas, na hora em que você passa para um ambiente de colaboração, onde as pessoas estão distribuídas via rede e, na maioria das vezes, trabalhando de boa vontade, fica difícil administrar tudo isso com regras tradicionais de gestão de projetos. O CTI Renato Archer está preocupado com isso”, disse Cardoso.

Segundo ele, há indagações que ainda buscam respostas. Entre elas, ele mencionou como "qualificar uma contribuição vinda de uma rede de cooperação, como aquilo foi criado, como a gente pode confiar nas respostas e na rapidez dessas respostas”.

O CTI do MCT está estudando casos de sucesso, como o software público brasileiro, para poder replicar. O objetivo é fortalecer a indústria nesse novo ambiente de colaboração livre para gerar novos negócios e, consequentemente, riqueza social. No momento, o CTI está verificando o acesso à comunidade que será criada (5CQualiBR). “Como tem uma demanda potencial para isso, a gente não quer que a infraestrutura não dê conta do acesso”, explicou Cardoso.

Alguns testes preliminares estão sendo feitos com o objetivo de expandir o projeto, que está aberto à contribuição da indústria e da comunidade que participa e vive da tecnologia da informação, afirmou o coordenador do CTI Renato Archer. Cardoso participou hoje (10) do Encontro de Negócios em Software Livre, no Rio Info 2009 – 7º Encontro Nacional de Tecnologia e Negócios, promovido pelo Sindicato das Empresas de Informática do Estado do Rio de Janeiro (Seprorj).

Fonte Caderno Tecnologia Jornal O Povo

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Ficar rico é questão "de escolha"

Para tratar do tema “Como conquistar e manter sua independência financeira“, o consultor financeiro, professor e escritor Gustavo Cerbasi parte da ideia de que enriquecer é uma questão de escolha. E essa escolha passa por mudança de vida. Para chegar a esse ponto, ele convida as pessoas a sair da zona de conforto, da acomodação para, seguindo um método, construir a riqueza.

Ensina que o método se baseia na premissa simples de gastar menos do que se ganha. Mas como colocar isso na prática? Ele responde que o primeiro passo é conversar sobre dinheiro de forma positiva.

Segundo o especialista em finanças, que participou ontem em Fortaleza da Jornada de Líderes, não se deve deixar de sonhar por causa dos obstáculos e desafios. “Eu procuro dar aos sonhos o mesmo peso que o plano de saúde, por exemplo, tem no orçamento“, afirma. Depois da decisão vem a lógica de investir, com qualidade, a diferença.

Cerbasi considera que, ao contrário do que se pensa e diz por aí, a dica não é cortar gastos acabando com lazer e todas as atividades que dão prazer. “A qualidade de vida deve estar sempre em primeiro lugar“, defende. Na opinião do consultor, é preferível simplificar alguns hábitos de vida.

Nesse caso, ele avalia que para uma família que está em dificuldade financeira é melhor cortar grandes gastos do que sair procurando supérfluos. Ou ainda deixar de andar na moda ou sair da academia de ginástica. “Eu sugiro tentar cortar grandes gastos como mudar de moradia ou de carro“, diz, considerando que essas escolhas mais trabalhosas e marcantes provocam mais efeito que cortar o cafezinho. A lógica é simplificar gastos.

Fonte: Caderno Negócios Jornal O Povo

Ele quebrou o coco

Foi por pura diversão que Fábio Lewin, 30 anos, começou, em 2002, a envasar em saquinhos a água de coco da fazenda do pai, em Papucaia, no Rio de Janeiro.
Hoje sua empresa, a Coco Legal, vende 20 mil litros mensais do produto, congelado ou resfriado, para bares, restaurantes, academias de ginástica, bufês e hospitais.
Só nos últimos três anos e meio, as vendas cresceram 670%. Para 2009, a previsão de faturamento é de R$ 1 milhão.
“Tudo começou por acaso. Alguns amigos pediram para eu levar cocos da fazenda do meu pai para uma festa. Como não coube tudo no porta-malas do carro, resolvi tentar embalar a água numa velha máquina de ensacar leite, do tempo em que a família criava gado. Deu tão certo que passei a vender os sachês na academia onde treinava jiu-jítsu. Não foi preciso esperar muito para outras academias e restaurantes começarem a fazer pedidos. O maior diferencial vinha da embalagem, barata, fácil de resfriar e prática para descartar. Hoje também vendemos água de coco em garrafa pet. A embalagem foi a grande sacada, mas não ficamos cantando vitória. Desenvolvemos um maquinário para envasar o coco sem recorrer a aditivos ou à pasteurização. Só com inovação podemos, com 14 funcionários, enfrentar os gigantes do mercado.”
Por: Carin Homonnay Petti

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Grupo busca formas para simplificar programa

Encontro tem como proposta a simplificação ainda maior do registro do Empreendedor Individual (EI)

Representantes do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Ceará), entidades municipais como a Secretaria de Finanças (Sefin), Ministério da Previdência Social, entre outros, reuniram-se para propor formas de simplificação no registro do EI. Aspectos como concessão de licença ambiental, sanitária e outras exigências municipais devem se adaptar às facilidades da lei 128/08, que permite a formalização de atividades como artesão, barbeiro, chaveiro e outros.

De acordo com o gestor nacional de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick, as leis que existiam eram muito difíceis de atender à burocracia, às exigências de licença, o custeio legal, a dificuldade de ir de órgão em órgão e isso construiu um País no qual dois em cada três empreendimentos estão na informalidade. Portanto, todas as esferas hoje devem estar buscando simplificações. “A ideia central da reunião é trocar a restrição, a proibição que gerou a informalidade pela educação, capacitação e principalmente pela conscientização. Em um primeiro momento, integramos os sistemas e desoneramos a cadeia. O trabalhador faz tudo no portal pela Internet e, se antes ele pagava R$ 120 só de previdência, hoje ele paga cerca de R$ 57 para todos os tributos somados“, diz Quick.

Como “segundo momento“, Bruno Quick declara que está na hora de apontar soluções concretas para licenciar um empreendedor que trabalha manipulando alimentos sem impedir que ele trabalhe. “Taxas de abertura de empresa estão proibidas por lei. Agora tem algumas condições exigidas pelo município como licença sanitária e ambiental para que ele atue com segurança, higiene e ordem. Isso precisa ser facilitado“, afirma Quick.

Para a assessora econômica da Sefin, a economista Tatiana Scipio, o município de Fortaleza busca flexibilização em várias instâncias como plano diretor, vigilância sanitária, desenvolvimento econômico e fiscalização integrada. “Estamos elaborando as mudanças para facilitar a aplicação do EI. Para colocar uma banca de salgado, há toda uma exigência como estacionamento, tamanho mínimo para o espaço de atendimento, estudo de fluxo de veículo. O desafio é rever isso sem impactar a ordem municipal“, explica Tatiana.

Municípios Segundo o representante da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e membro do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), Eudes Sippel, o evento serve para mostrar que se respeita a individualidade dos municípios e que eles não vão perder controle sobre as atividades. “O país tem mais de cinco mil municípios. Cada um com uma legislação não poderia dar certo. Então precisamos amadurecer esse privilégio criados para os empreendedores e mostrar que as cidades não perdem autonomia“, comenta Sippel.

Por: Hamilton Nogueira

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Crédito no Nordeste cresceu três vezes mais que no País

O crédito no Nordeste cresceu mais que o triplo do Brasil, na comparação de abril de 2009 com igual período de 2008

Estudo do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) mostra a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento da Região Nordeste e do crédito no enfrentamento da crise econômica mundial. Entre outras coisas, a equipe de conjuntura do Etene/BNB, em análise trimestral, constata que o crédito no Nordeste cresceu bem acima do índice apresentado em âmbito nacional (7,4%), na comparação de abril de 2009 com igual período de 2008. O saldo das operações de crédito nordestinas alcançou R$ 68,5 bilhões, um crescimento real de 23%.

Além disso, enquanto as instituições financeiras privadas respondem por 1/3 dos depósitos e empréstimos na Região, os públicos participam com 2/3. Uma das conclusões do estudo é que os efeitos da crise financeira global sobre o sistema bancário foram mais intensos no Brasil do que no Nordeste. Para os técnicos do Etene/BNB, “a intermediação financeira feita pelos bancos públicos foi de 2/3. N no Brasil a situação está invertida, com 2/3 sendo realizada pelos bancos privados”, Isso explica, em grande medida, o fato de o sistema bancário nordestino ter sido menos atingido pelos efeitos da crise global do que em nível nacional”.

Na avaliação dos analistas, o sistema bancário brasileiro praticamente já superou as dificuldades causadas pela crise financeira internacional. Adianta que essa constatação é ainda mais “robusta” para o Nordeste porque todos os resultados apresentados pelas principais variáveis da intermediação financeira regional têm sido sistematicamente superiores aos nacionais.

A relação saldo de depósitos/Produto Interno Bruto (PIB), segundo o estudo, no Nordeste tem sido crescente nos últimos anos. “No final de janeiro de 2008, esse índice era de 22,4%, evoluindo para 26,4%, em abril deste ano, segundo estimativas realizadas pelo BNB/Etene. Entretanto, o índice regional está muito abaixo da média nacional, que havia alcançado a marca de 68,4%, nessa última posição”.

A participação do saldo das operações de crédito em relação ao PIB do Nordeste também tem sido crescente nos últimos períodos, passando de 15,1%, em janeiro de 2008, para 17,7%, em abril de 2009, de acordo com estimativas do BNB/Etene. Adiana que esse coeficiente ainda pode ser considerado muito baixa, tendo em vista que, para o Brasil, esse índice havia alcançado 43%, em maio último.

Para os analistas, esse baixo quociente regional comporta pelo menos duas leituras: a intermediação financeira ainda pode crescer muito dentro da economia nordestina e existe um amplo espaço de mercado a ser preenchido pelos bancos privados. Destacam ainda que, no final de abril deste ano, um pouco mais da metade do saldo dos empréstimos realizados pelo sistema bancário nordestino estava representado por operações de curto prazo (empréstimos e títulos descontados). As operações de longo prazo (financiamentos industriais, comerciais, rurais, agroindustriais e imobiliários) responderam por 34,4% do total, ficando a parcela restante (14,0%) com outros créditos.

E MAIS

- De acordo com informações fornecidas pelo Banco Central, o saldo dos depósitos bancários no Nordeste alcançou, no final de abril, o montante de R$ 102,4 bilhões, correspondendo a um aumento real de 24% em relação à mesma posição em 2008, bem acima do resultado obtido em nível nacional (11,5%). “É importante salientar que, no Nordeste, a maior expansão no saldo dos depósitos foi experimentada pelos bancos privados (31,3%), enquanto para os bancos públicos o crescimento foi de 20,2%. No âmbito dos bancos oficiais, o incremento maior no saldo dos depósitos foi apresentado pelo Banco do Brasil (26,4%), vindo em seguida a Caixa Econômica Federal (15,3%), os Bancos Estaduais (12,4%) e o Banco do Nordeste (8,6%).

- A maior expansão no saldo das operações de crédito ficou por conta da Caixa Econômica Federal (46%), vindo em seguida o Banco do Nordeste (29,9%), o Banco do Brasil (23,3%) e os Bancos Estaduais (18,7%). - Em termos de crescimento real, nos últimos 12 meses terminados em abril deste ano, a maior variação foi experimentada pelos financiamentos representados por outros créditos (79,3%), vindo em seguida os financiamentos imobiliários (41,8%), os empréstimos e títulos descontados (18,3%) e os financiamentos (5,9%).

- O Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) elabora, promove e difunde conhecimentos técnicos e científicos que subsidiam a ação do Banco do Nordeste e da sociedade, na busca do desenvolvimento sustentável do Nordeste.

- O estudo completo está disponível na internet em www.bnb.gov.br/etene/publicacoes A economia nordestina deverá crescer em 2009 acima do resultado nacional, em função de:
- menor peso das operações de crédito na economia
- maior peso dos bancos públicos na oferta de crédito
- menor grau de abertura da economia para o comércio exterior
- maior peso do setor público na economia
- melhores expectativas dos agentes econômicos
- o Nordeste em junho/2009 é a única região que detém expectativa de confiança (a maior, com escala 20,98), sendo que as expectativas das empresas a melhor de todas as regiões (a maior, com escala 13,93)

Por: Artumira Dutra

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Receita Federal abre consultas ao 4º lote do IR 2009 nesta terça

Dinheiro estará disponível a partir de 15 de setembro. Lote residual de 2008 também estará disponível para consulta.

A Secretaria da Receita Federal abre nesta terça-feira (8), a partir das 9h, as consultas ao quarto lote de restituições do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2009, ano-base 2008.

As consultas poderão ser feitas por meio da página da Receita na internet ou pelo telefone 146. As restituições poderão ser sacadas a partir de 15 de setembro.

Segundo números da Receita, este é o menor lote de restituições deste ano, pois contempla apenas 376,5 mil contribuintes, pagando R$ 386,4 milhões em restituições. Os recursos serão acrescidos de 4,01%, correspondentes à variação da taxa básica de juros de maio deste ano em diante.

Fonte: g1.com.br

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Está na hora de regularizar as dívidas

Para ter conforto nas compras de fim de ano, é o momento de rever despesas e recuperar capacidade de obter crédito

Até chegar dezembro, são quase três meses. Parece muito tempo para planejar gastos, mas quando menos se espera, as compras de fim de ano chegam e, junto com elas, o aperto no orçamento. A organização financeira a partir de agora é a sugestão de especialistas ouvidos pelo O POVO para chegar às compras do final de 2009 sem rodar na ciranda da inadimplência.

Honrar, ou pelo menos, regularizar as dívidas é o primeiro passo do planejamento. Quanto mais controle houver sobre os débitos, mais cômoda será a sanidade financeira até o fim do ano. “A melhor saída para as dívidas é não entrar em mais uma. Mas, no caso de já estar devendo, a dica é acumular em um lugar só”, sugere o presidente da Comissão de Direitos do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil do Ceará (OAB-CE), Hércules Amaral.

Ele ensina ser necessário identificar o credor que tenha menor taxa de juros para acumular as dívidas. É importante priorizar as contas com juros maiores, na sequência: cartão de crédito, cheque especial, crédito pessoal, consignado, que tem a menor taxa. “É tomar um empréstimo para pagar o juro mais caro e ficar devendo menos”, explica Amaral.

E quando a inadimplência chega ao ponto da inclusão no cadastro de algum serviço de proteção ao crédito, como o SPC e a Serasa? Nesse caso, os credores – comércio, financeiras e bancos – do País inteiro têm acesso à lista e sabem os consumidores que estão com o nome “sujo”, portanto inapto a obter qualquer modalidade de crédito.

O secretário executivo do Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-CE), o promotor de Justiça João Gualberto, diz que o consumidor precisa, primeiramente, confirmar se está em algum cadastro de inadimplência. Para isso, pode consultar o Departamento de Atendimento ao Associado e Consumidor (Deacon), que funciona no horário comercial na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL-Fortaleza), na Rua 25 de Maro, 882, Centro. A consulta deve ser feita pessoalmente, com o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) em mão.

Depois, deve-se visitar o estabelecimento e regularizar a dívida, com o pagamento ou tentativa de validar novos prazo e valor, diz. Gualberto comenta que o comércio está aberto para a renegociação. Segundo ele, essa é a orientação dada pela CDL aos seus associados. A regularização da dívida se dá entre o cliente e o estabelecimento, o responsável pela inclusão do nome do devedor nos cadastros.

Ele lembra que, qualquer valor e a qualquer momento – depois do prazo de pagamento determinado pelo estabelecimento –, o nome do consumidor pode ser cadastrado no SPC. “Quando o lojista insere o nome, tem um prazo de 13 dias para a notificação chegar ao consumidor”, informa Gualberto.

Novo cálculo
O Procon-CE dispõe de serviço de cálculo para orientar o consumidor que pretende renegociar a dívida. São contadores que refazem as contas levando em consideração os valores acordados e o que já foi pago pelo cliente. João Gualberto explica que são retirados os encargos abusivos no cálculo. “Assim, o consumidor tem um parâmetro para negocias”, diz. Todos os dias, entre 20 e 30 pessoas procuram o órgão em busca deste serviço.

O secretário executivo recomenda chegar no Procon-CE às 6h30min para ter acesso a uma senha. Depois, passa por uma triagem até ser encaminhado para o setor de cálculos. É necessário estar com o contrato, boletos, porque é feito uma conta retroativa.

O Procon-CE fica na Rua Barão de Aratanha, 100, Centro. Fone: 0800.858001. Funciona de segunda a sexta, de 8 horas às 14 horas.

NÚMEROS

70 % DOS CASOS ASSUMIDOS PELO PROCON-CE SÃO RESOLVIDOS, INFORMOU O ÓRGÃO

30 PESSOAS PROCURAM O PROCON-CE POR DIA PARA RECALCULAR DÍVIDAS

13 DIAS É O PRAZO PARA O SPC ENVIAR A AO CONSUMIDOR NOTIFICAÇÃO DE DÍVIDA

30 % SALÁRIO É O VALOR MÁXIMO PARA SE ADQUIRIR O CRÉDITO CONSIGNADO

Por: Andreh Jonathas

domingo, 6 de setembro de 2009

“Mudei o hábito de consumo do mate”




Kalil Nasraui fundou a rede Rei do Mate na capital paulista. Hoje, tem 270 lojas em 50 cidades


Aos 76 anos, Kalil Nasraui é um homem do comércio. Esteve à frente de uma camisaria e de lojas de moda masculina. Mas foi na capital paulista que ele abriu, na década de 70, a primeira casa do Rei do Mate e deu início à maior rede de mate do país. Hoje tem 270 lojas em 50 cidades. São 70 mil clientes atendidos por dia e um faturamento de R$ 89 milhões estimado para 2009.


Metas ambiciosas - Eu sempre pensei grande. Quando tinha apenas uma loja de 20 metros quadrados, projetava abrir 100. Hoje, com mais de 200, espero instalar 500. A vida é movida a desafios. Quanto maiores forem, melhor.


Credibilidade - Quando a empresa é pequena, o mercado não dá atenção e desconfia do seu potencial. Uma vez perguntei a um fornecedor de leite em pó qual o preço do quilo no atacado. Meio aborrecido, ele afirmou que não vendia quantidade inferior a 100 quilos. Insisti e ele me respondeu com outra pergunta: "Quantos quilos você consome por mês?" Quatro toneladas, disse. Meio sem graça, ele começou a negociar. As pessoas subestimam o poder dos pequenos e essa é uma barreira que se quebra com trabalho e competência.

Novo conceito - Nosso maior desafio foi convencer o consumidor de que mate não era um chá terapêutico e sim uma bebida natural para se consumir gelada e combinada com frutas e leite. O trabalho foi de formiguinha e superou as expectativas, pois conseguimos quebrar o tabu até mesmo no Rio de Janeiro, tradicional consumidor de mate natural.


Crescimento - Por mais de uma década trabalhamos com lojas próprias. Eram sete, todas em São Paulo, que ajudaram a mudar o hábito de consumo de chá dos paulistanos. Mas foi a entrada da segunda geração da família na empresa, em 1991, que estruturou o negócio para que ele fosse multiplicado como franquia. Para tanto, ampliamos o mix de produtos, introduzimos novas combinações da bebida e passamos a oferecer café e pão de queijo. Hoje, são 270 lojas que vendem 1,2 milhão de copos de mate, 400 mil xícaras de café e 6 milhões de pães de queijo por mês. Também investimos na linha de mates prontos, vendidos em supermercados, que devem somar 20 sabores até 2010.

Olho no planeta - O alinhamento da rede com propostas ecologicamente corretas será cada vez maior. Substituímos os copos de plástico pelos de papel, menos agressivos ao meio ambiente. Consumimos 1,5 milhão de unidades por mês.

Pioneirismo - Fomos os primeiros a abrir no Rio de Janeiro uma loja com o conceito de mate batido na hora com polpa de frutas e a lançar no país o copão de pão de queijo, com 12 unidades. A ideia, largamente copiada pelo mercado, responde por 20% do faturamento das lojas.

Lição - Não expandir mais do que a operação é capaz de suportar sem exigir recursos externos. O crescimento sólido é feito por etapas, com muito planejamento.

Por: Katia Simões

sábado, 5 de setembro de 2009

Reunião fora do escritório

Na cozinha ou no campo, atividades e espaços diferenciados aumentam a descontração e a produtividade de eventos corporativos

O mais comum nas empresas é fazer reuniões e eventos dentro do escritório. A forma convencional, apesar de corriqueira, nem sempre é a mais produtiva, e atualmente existem espaços com propostas diferenciadas para eventos corporativos para fugir do ambiente empresarial, por vezes inibidor.
Cozinhar ou participar de processos como moer cana, ordenhar vaca e tosquiar ovelhas podem parecer atividades incompatíveis com reuniões, treinamentos e confraternizações de empresas, mas o Viandier Casa de Gastronomia e o Espaço Terra estão provando que estas práticas não só são adequadas ao meio corporativo como melhoram o desempenho dos executivos.

Negócios na cozinha
Ao invés da mesa de reunião, uma mesa própria para cozinhar com cadeiras em volta. É assim que o Viandier, que é restaurante e escola de culinária, atrai empresas para trabalhar e cozinhar ao mesmo tempo. "O ambiente empresarial sempre fez parte do meu dia a dia", diz Beatriz Iglesias, administradora e sócia-proprietária. Tanto ela quanto sua mãe e sócia, Norma Barbosa, trabalharam por muitos anos em bancos e aplicaram esta vivência no novo negócio. "A cozinha é um lugar bastante propício para reuniões de trabalho, pois nós transferimos as necessidades do cliente para o ambiente lúdico", afirma.

Segundo Beatriz, as risadas são constantes durante as atividades no restaurante e o ambiente descontraído coloca desde o chefe até o estagiário nas mesmas situações. "Todo mundo fica em pé de igualdade. Ao acabar com a hierarquia que existe dentro do escritório, começam a surgir novas ideia", garante Beatriz. Essa quebra de barreiras faz com que a criatividade aflore e a produtividade aumente.

Os eventos são personalizados de acordo com a solicitação do cliente. Tanto os executivos quanto os chefs da casa podem preparar a comida, que pode ser sofisticada ou simples. "O cliente nos diz o que é mais adequado. Nós entendemos sua necessidade e juntamos com a vivência do restaurante e escola de culinária", diz.
O serviço cabe praticamente em qualquer orçamento e já houve casos em que a empresa disse o quanto podia gastar por pessoa e foi montado um evento dentro do preço proposto. Isso faz o custo variar entre R$ 80 e R$ 1.000 por pessoa. Por ano, cerca de 65 empresas utilizam o espaço. Banco Itaú, Grupo Pão de Açúcar, Pfeizer, Runner Academias, GRSA (Grupo Accor), Coca-Cola e Bombril são alguns dos clientes.

O Viandier Casa de Gastronomia possui uma parceria com a Tendência Consultoria, que trabalha com treinamentos há mais de 13 anos. "No Viandier existe a oportunidade de vivenciar situações do dia a dia, desde um processo seletivo até o desenvolvimento de uma equipe de alta performance", diz Fátima Arruda Guimarães, psicóloga e sócia-diretora da Tendência.

A parceria existe há cerca de três anos e Fátima sentiu aumento na procura por treinamentos deste então. "Chegamos a fazer um café da manhã aberto, porque as pessoas queriam saber como funcionava esse tipo de evento", afirma. Para ela, o momento de instabilidade econômica também contribuiu para esta curiosidade. "Quando a situação do mercado fica muito tensa, as pessoas tendem a aliviar a forma de tratar assuntos muito pesados".

A importância do processo

Tranquilidade é o que não falta no Espaço Terra. Situado no município de Embu das Artes, a 30 minutos da capital de São Paulo, o espaço é circundado pela Mata Atlântica e possui 20 quartos e um galpão de eventos para 500 pessoas, além de um alambique, uma moedeira de mandioca, um tear e uma criação de ovelhas.

O consultor de empresas, administrador e psicanalista Osório Roberto dos Santos e o empresário e agrônomo João José Befi viram no terreno de 220 mil m² uma oportunidade de negócio e de preservação do meio ambiente. "Pensamos em um lugar onde os executivos pudessem experimentar a questão da preservação e da diversidade", diz Santos. O espaço está em expansão, e em breve contará com pequenas estações de produção de álcool, queijo e mel, além de uma horta orgânica e uma miniprodução elétrica de água, a partir de uma nascente.

O objetivo do espaço é resgatar a importância dos processos no resultado final. "Os produtos estão sempre acabados na nossa frente e a noção dos processos acaba se perdendo", afirma. Se o executivo não quiser, não é necessário que ele participe das atividades - como, por exemplo, tosquiar uma ovelha -, mas sim que o processo seja percebido e entendido. Outro ponto é o contato com o meio ambiente e o incentivo à sustentabilidade.

Santos busca uma mudança na visão das pessoas. "Queremos ter uma inserção nas empresas, no mundo produtivo, para que a consciência da importância do processo aconteça no mundo", diz.

O Espaço Terra conta com restaurante, adega, quartos, internet e sala de reuniões, tudo para oferecer conforto aos executivos, que podem fazer reuniões e eventos, passar o dia e até pernoitar. A sete minutos do Rodoanel, o local está próximo de São Paulo e é de fácil acesso. O custo do quarto individual é de R$ 580, com um acréscimo de R$ 150 por pessoa com todos os processos disponíveis inclusos.
Para Eduardo Jurcevic, superintendente de investimentos do Banco Real, a experiência no Espaço Terra foi única. Ele foi gestor de um evento de desenvolvimento de pessoas, com duração de dois dias. "O lugar é muito charmoso e o clima, que mistura o rústico com o conforto, é mais do que aconchegante", afirma. O ambiente diferenciado ajudou as pessoas a se abrirem e falarem de suas vidas, dúvidas e apreensões.

A programação começou com a exibição de um filme e incluiu conversas em grupo, reuniões e caminhadas, além de jantar e almoço. "Foi ótimo para as pessoas desligarem um pouco de São Paulo e não se sentirem em uma sala tradicional de reunião. Não é algo formatado", diz. A experiência trouxe melhora na produtividade, na confiança e no desempenho profissional dos participantes. Contente com o resultado, Jurcevic espera voltar ao Espaço Terra. "As possibilidades são enormes. Com certeza faremos outros eventos lá", afirma.

Por: Fernanda Carpegiani

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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Economia deve recuperar-se mais cedo do que o previsto, diz OCDE


Para as economias do G7, a previsão é de uma retração de 3,7% neste ano, menos do que os 4,1% de queda estimados em junho para o mesmo intervalo. Na zona do euro, o Produto Interno Bruto (PIB) deve recuar 3,9% este ano, frente a um declínio de 4,8% esperado anteriormente

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) avalia que a economia mundial deve se recuperar da recessão antes do que o previsto, mas que o ritmo dessa retomada deve ser moderado por algum tempo.

"Os governos precisam continuar estimulando suas economias uma vez que o crescimento do desemprego e mercados imobiliários fracos seguem afetando a demanda privada. As taxas de juros atuais, excepcionalmente baixas, devem permanecer em vigor", observa a OCDE em documento divulgado nesta quinta-feira.

Para as economias do G7, a previsão é de uma retração de 3,7% neste ano, menos do que os 4,1% de queda estimados em junho para o mesmo intervalo. Na zona do euro, o Produto Interno Bruto (PIB) deve recuar 3,9% este ano, frente a um declínio de 4,8% esperado anteriormente.

No caso da Alemanha, a OCDE prevê contração de 4,8% em 2009, ou 1,3 ponto a menos do que a estimativa antecedente (-6,1%). Nos Estados Unidos, a entidade manteve o prognóstico de que a economia deve encolher 2,8%. Para o Japão, a projeção é de contração de 5,6%; antes, a estimativa era de uma retração mais acentuada, de 6,8%.

Piorou a expectativa para o desempenho da economia do Reino Unido - em lugar de uma queda de 4,3%, foi prevista agora contração de 4,7%.

Por: Valor On line

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Comércio teve maior crescimento do ano em agosto, diz Serasa

Alta foi de 6,3% na comparação com o mesmo mês de 2008.Frente a julho, setor cresceu 0,7% no país.


O comércio varejista nacional registrou em agosto a maior anual taxa de crescimento de 2009, segundo pesquisa da Serasa. Na comparação anual (com o mesmo mês do ano anterior), o setor registrou alta de 6,3%. Em julho, o crescimento havia ficado em 5,0%. Esse resultado confirma “a trajetória de reativação da atividade do setor varejista brasileiro”, diz a Serasa em nota. Na comparação com o mês anterior, o varejo também teve alta, de 0,7%, mesmo ritmo de expansão verificado em julho. Nesta base, houve destaque para o crescimento de 1,4% no segmento de combustíveis e lubrificantes, seguido por 0,8% em material de construção e 0,7% em móveis, eletrônicos e informática.

Já na comparação anual, o segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática avançou 13,7%, sendo o principal destaque nesta base. As temperaturas médias mais baixas deste inverno beneficiaram o setor de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, que cresceu 11,7%. Os destaques de queda, na comparação anual, foram o segmento de material de construção (-15,4%), seguido por combustíveis e lubrificantes (-3,2%). No acumulado do ano, o comércio registrou crescimento de 4,3%, segundo a Serasa, liderado pelo setor de móveis, eletroeletrônicos e informática, com alta de 10,1%.

Fonte: G1 - Notícias

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Indústria deverá repassar IPI ao consumidor

FIM DO ABATE NO IMPOSTO

A indústria automobilística não tem planos de absorver o aumento da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que começará a ser gradualmente restabelecida a partir do mês que vem. Segundo informou ontem o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, é possível que as empresas adotem promoções para alguns modelos, "mas a lógica será a de repasse, pois quando houve a redução as empresas repassaram integralmente para os preços". Este é o último mês de corte integral da alíquota, reduzida a zero para modelos 1.0 desde meados de dezembro e à metade para modelos até 2.0. O corte representou reduções de 5% a 7% nos preços dos veículos. A partir de 1º de outubro, as alíquotas serão retomadas gradualmente até 1º de janeiro. Segundo cálculos do presidente da Fiat, Cledorvino Belini, até maio o governo deixou de arrecadar R$ 1,24 bilhão em IPI por conta da redução.

A queda, disse, foi compensada pelo aumento da arrecadação de PIS/Cofins, ICMS e IPVA recolhidos com a venda maior de veículos proporcionada pelo benefício.

Até sexta-feira, as montadoras somavam vendas de 239 mil veículos (incluindo caminhões e ônibus) no mês de agosto. Em julho, foram vendidos 285,4 mil veículos e, em agosto de 2008, 244,8 mil.

Fonte: Caderno Negócios Diario do Nordeste

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Estudo mostra que redução do IPI preservou empregos na indústria automobilística

A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre veículos leves, desde dezembro de 2008, resultou em um aumento de 13,4% das vendas internas no primeiro semestre deste ano. A medida contribuiu também para manter de 50 mil a 60 mil empregos no setor. As conclusões são da nota técnica Impactos da Redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de Automóveis, divulgada hoje (1º) pela Diretoria de Estudos Macroeconômicos (Dimac) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O estudo do Ipea lembra que os carros de 1.000 cilindradas, que tinham alíquota de 7% de IPI, ficaram isentos do imposto. Para os veículos entre 1.000 e 2.000 mil cilindradas, a redução foi de 13% para 6,5% (modelos a gasolina) e de 11% para 5,5% (modelos a álcool e flex).

O Ipea cita estimativa da Receita Federal, segundo a qual, com a redução do IPI na compra de carros novos, o país deixou de arrecadar R$ 1,817 bilhão. O estudo ressalta, porém, que a desoneração, ao elevar a venda de veículos, levou à arrecadação de mais RS$ 1,2 bilhão. Dessa maneira, se for descontado o impacto positivo da redução do IPI sobre outros tributos federais, o resultado seria de um custo da redução de alíquotas em R$ 559 milhões.

Segundo o diretor do Dimac, João Sicsú, a redução do IPI contribuiu para a produção total de 1,422 milhão de veículos no primeiro semestre, com a venda de 191 mil veículos atribuída à redução das alíquotas do imposto. Além disso, a desoneração contribuiu para manter de 50 mil a 60 mil empregos diretos e indiretos no setor no primeiro semestre.

O saldo dessa operação de resgate da indústria automobilística foi extremamente positivo, na medida em que saímos daquele vale dos meses de novembro e dezembro e retomamos uma trajetória ascendente de produção, vendas e geração de empregos nesse segmento. O desemprego na indústria automobilística poderia ter sido muito maior, caso o governo não tivesse adotados as medidas de redução do IPI para os veículos.

Sicsú afirmou que, ao reduzir o IPI dos veículos, o governo tomou uma medida correta, num momento em que havia ameaça de recessão profunda. Ele não quis, entretanto, fazer previsões para o restante do ano, já que o estudo não engloba esse período nem expectativas futuras.

Não fizemos nenhum estudo nesse sentido. No entanto, a economia aponta para uma recuperação no segundo semestre mais vigorosa do que a que já está acontecendo, finalizou

Fonte: Caderno Economia Jornal Tribuna do Norte

Mínimo de R$ 505,90 não é definitivo, diz ministro

Segundo ele, pode haver uma variação, já que o valor do reajuste foi calculado com base na estimativa de inflação pelo INPC acumulado e o crescimento real do PIB de 2008

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou nesta terça-feira, 1º, que o valor do salário mínimo previsto no Orçamento de 2010, de R$ 505,90, "não é absolutamente definitivo". Segundo ele, pode haver uma variação, já que o valor do reajuste foi calculado com base na estimativa de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado e o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de 2008. Bernardo disse que já existe no Orçamento uma margem caso, por exemplo, o Congresso Nacional decida arredondar o valor para R$ 506.

O ministro disse que o impacto desse reajuste sobre a conta da Previdência Social será de cerca de R$ 8 bilhões. O Ministério do Planejamento calcula que a cada R$ 1 de aumento do salário mínimo o impacto nas despesas da Previdência seja de R$ 196,4 milhões.

O ministro disse que também já está prevista no Orçamento uma reserva primária, no valor de R$ 4,7 bilhões, que normalmente é usada pelos parlamentares para emendas. Segundo ele, se for mesmo assinado um acordo, nos próximos dias, de reajuste dos benefício da Previdência, acima de um salário mínimo, o que deve significar uma despesa de mais R$ 3 bilhões em 2010, os recursos poderão ser retirados dessa reserva. Bernardo disse que não há previsão de alterações nos reajustes salariais do funcionalismo já previstos. Esses aumentos significarão despesas de R$ 680 milhões em 2010.

Fonte: Caderno Negócios Jornal o Povo

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Cheque especial não é extensão de renda

Até abril deste ano, o saldo de cheque especial utilizado no País somava R$ 18,05 bilhões. Esta modalidade representa cerca de 2% de todo o crédito concedido no Brasil e cerca de 4% do crédito concedido a pessoas físicas. Mas, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o que poderia ser uma ferramenta aliada do consumidor, acaba virando armadilha.

Se o cliente precisa de crédito por um prazo extenso, o ideal é verificar com o gerente as opções de empréstimo pessoal. O cheque especial é um dos tipos de crédito que os bancos oferecem aos seus clientes e, uma vez concedido, pode ser facilmente acessado pelo correntista. Essa é a grande vantagem do serviço, mas muitas vezes é nessa facilidade que os clientes se perdem.

Emergência

O cheque especial é um instrumento para ser usado apenas em casos de emergência, porque seu objetivo é socorrer o cliente numa situação imprevista. Por exemplo: para cobrir o pagamento de uma despesa não programada e feita às pressas, como o conserto de um automóvel, um exame não coberto por plano de saúde. Mesmo nesses casos, o cheque especial deve ser usado se o cliente está seguro de que cobrirá sua conta corrente no prazo de alguns dias.

Caso contrário, o melhor é conversar com o gerente do banco e verificar quais créditos mais baratos a instituição oferece. Muitas vezes o cliente usa o cheque especial para financiar gastos e estender sua renda, o que não é aconselhável pelos especialistas. Simone Domingues, contadora e sócia-diretora da Trade Contabilidade, ressalta que é preciso tomar muito cuidado com as "regalias" desta modalidade, pois os juros do cheque especial são muito altos, entre 8% e 11% ao mês, e aumentam ainda mais com a nova alíquota do IOF

Além disso, há bancos que somam o saldo da conta corrente com o valor de crédito disponível como se fosse uma coisa só. "O consumidor, por falta de conhecimento ou necessidade, tem a falsa impressão de que esta soma compõe seu saldo real e passa a utilizar o crédito disponibilizado na conta bancária como se fosse parte de seus rendimentos", alerta. Nestes casos há cobrança de juros sobre juros ou contagem de juros capitalizados mensalmente, o que compromete grande parte do salário dos correntistas em dívidas que não param de aumentar e que, com o tempo, vão se tornando impagáveis.

Por isso, para quem fica "pendurado" no cheque especial, o ideal é pesquisar quais bancos oferecem as menores taxas de juros do mercado. Alguns, inclusive, não cobram juros por um prazo determinado.

Pré-datadoOutra dica é organizar o orçamento e optar pelos cheques pré-datados, que agora não cobram mais CPMF. Mas se o correntista já possui uma dívida no cheque especial, deve pensar na possibilidade de quitá-la imediatamente através de um empréstimo pessoal numa instituição financeira de confiança. "Além de pagar juros mais baixos, é possível renegociar a dívida anterior e conseguir um bom desconto pelo pagamento à vista", explica Simone.

Portanto, a melhor maneira do consumidor não cair nessa cilada é fazer o uso consciente do cheque especial, evitando a formação de saldo devedor.

O correntista pode optar ainda por cancelar esse crédito, mesmo havendo dívidas. Nestas situações, ele deve enviar uma correspondência com aviso de recebimento para o banco exigindo o cancelamento imediato do cheque especial e pedindo uma resposta no prazo de 10 dias, após a devolução do comprovante da entrega da carta. Esta medida evita que a dívida aumente, pois após o cancelamento, não podem mais incidir os juros do contrato.

O consumidor ainda pode ingressar com uma ação revisional de contrato, já que, além de abusiva, a cobrança de juros capitalizados mensalmente é ilegal no País, alerta Simone Domingues.

Por: SAMIRA CASTRO