sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Governo anuncia lista de 100 cidades para plano de banda larga

Além das 16 capitais, municípios das regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste receberão cobertura.

O governo anunciou nesta quinta-feira, 26, a lista das 100 primeiras cidades que serão cobertas pelo Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) além das 16 capitais já divulgadas anteriormente. Segundo o presidente da Telebrás, Rogério Santanna, a relação contempla municípios da Região Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste.

Segundo o executivo, mesmo em cidades de maior porte, a exemplo de Campinas e Guarulhos, em São Paulo, a rede será expandida para a periferia, de modo a promover a universalização do acesso à banda larga. Santanna afirmou que mais de 50% das cidades eleitas têm índice de penetração inferior a 0,19% no acesso.

Nesse primeiro momento, Santanna afirmou que a Telebrás não vai operar diretamente no fornecimento do serviço ao consumidor final. Os agentes desse processo serão pequenos provedores locais, que terão de ofertar internet com velocidade mínima de 512 Kbps ao preço máximo de R$ 35. Em 2011, 1063 outras cidades serão cobertas e, segundo o presidente da Telebrás, até 2014 todo o País terá conexão pelo PNBL.

Veja a lista das 100 primeiras cidades que serão cobertas pelo Plano Nacional de Banda Larga (PNBL):

- Arapiraca (AL)
- Messias (AL)
- Palmeira dos Índios (AL)
- Joaquim Gomes (AL)
- Pilar (AL)
- Rio Largo (AL)

- Feira de Santana (BA)
- Itabuna (BA)
- Camaçari (BA)
- Governador Mangabeira (BA)
- Eunápolis (BA)
- Governador Lomanto (BA)
- Muritiba (BA)
- Presidente Tancredo Neves (BA)

- Sobral (CE)
- São Gonçalo do Amarante (CE)
- Quixadá (CE)
- Barreira (CE)
- Maranguape (CE)
- Russas (CE)

- Cariacica (ES)
- Domingos Martins (ES)
- Conceição da Barra (ES)
- Piúma (ES)
- São Mateus (ES)
- Vila Velha (ES)
- Itapemirim (ES)

- Anápolis (GO)
- Aparecida de Goiânia (GO)
- Trindade (GO)
- Águas Lindas de Goiás (GO)
- Alexânia (GO)
- Itumbiara (GO)

- Imperatriz (MA)
- Paço do Lumiar (MA)
- Presidente Dutra (MA)
- Porto Franco (MA)
- Grajaú (MA)
- Barra do Corda (MA)

- Barbacena (MG)
- Juiz de Fora (MG)
- Conselheiro Lafaiete (MG)
- Ibirité (MG)
- Sabará (MG)
- Uberaba (MG)

- Ribeirão das Neves (MG)

- Santa Luzia (MG)

- Campina Grande (PB)
- Campo de Santana (PB)
- Araruna (PB)
- Riachão (PB)
- Dona Inês (PB)
- Bananeiras (PB)
- Duas Estradas (PB)

- Carpina (PE)
- Tracunhaém (PE)
- Nazaré da Mata (PE)
- Paudalho (PE)
- Limoeiro (PE)
- Aliança (PE)

- Piripiri (PI)
- Campo Maior (PI)
- José de Freitas (PI)
- Piracuruca (PI)
- Batalha (PI)
- São João da Fronteira (PI)

- Angra dos Reis (RJ)
- Nova Iguaçú (RJ)
- São Gonçalo (RJ)
- Piraí (RJ)
- Mesquita (RJ)
- Rio das Flores (RJ)
- Duque de Caxias (RJ)
- Casimiro de Abreu (RJ)

- Santa Cruz (RN)
- Nova Cruz (RN)
- Passa e Fica (RN)
- Parnamirim (RN)
- Lagoa d'Anta (RN)
- Extremoz (RN)
- Açu (RN)

- Nossa Senhora da Glória (SE)
- Barra dos Coqueiros (SE)
- Laranjeiras (SE)
- Japaratuba (SE)
- São Cristóvão (SE)
- Carira (SE)

- Campinas (SP)
- Guarulhos (SP)
- Pedreira (SP)
- Serrana (SP)
- Conchal (SP)
- Embu (SP)
- São Carlos (SP)

- Gurupi (TO)
- Araguaína (TO)
- Guaraí (TO)
- Paraíso do Tocantins (TO)
- Wanderlândia (TO)
- Porto Nacional (TO)

Por: Karla Mendes (Portal Época Negócios)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

STJ garante correção da poupança

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) garantiu aos poupadores a diferença da correção nos índices das cadernetas de poupança aplicados pelos bancos em razão dos planos econômicos Bresser, Verão, Collor I e Collor II. Os bancos, no entanto, tiveram uma vitória porque o Tribunal também decidiu que as ações civis públicas, que reúnem o maior volume de recursos no caso, deveriam ter sido ajuizadas cinco anos depois de cada plano. As ações coletivas que foram ajuizadas depois desse prazo, pelo entendimento STJ, prescreveram.

O julgamento da 2ª Seção do STJ de dois recursos repetitivos confirma a jurisprudência do Tribunal e o resultado será comunicado a todos os tribunais, que deverão seguir o mesmo entendimento.

Apesar da decisão de hoje, o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda deverá se manifestar sobre o assunto. Há dois recursos extraordinários no STF com repercussão geral reconhecida e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) da Confederação Nacional do Sistema Financeiro, que precisam ser julgadas pelos ministros do Supremo.

Por essa razão inclusive, logo que iniciada a sessão de hoje no STJ, os ministros cogitaram a possibilidade de adiar o julgamento dos processos até a sentença do STF.

Pela decisão do STJ, deverão ser aplicados os índices de 26,06% para os saldos das cadernetas de poupança em junho de 1987 (Bresser), 42,72% em janeiro de 1989 (Plano Verão), 44,80% em março de 1990 (Collor I) e 21,87% em fevereiro de 1991 (Collor II).

Por: Agência Estado

Saiba o que considerar antes de comprar uma franquia

Antes de comprar uma franquia, a maior parte dos empreendedores se concentra em descobrir como funciona o sistema, qual o melhor setor para investir no momento ou qual a rede que mais se encaixa no seu orçamento. Todas essas questões são importantíssimas para a escolha certa, mas quem quer ter uma franquia deve, antes de mais nada, avaliar o próprio perfil e descobrir se possui as características necessárias para se dar bem nesse formato de negócio.

Em entrevista exclusiva ao Guia de Franquias 2010/2011, da Editora Globo, o consultor de carreiras Max Gheringer enumerou algumas das características pessoais que combinam mais com o ritmo de trabalho que administrar uma franquia impõe. Para ele, só depois de avaliar com cuidado os benefícios que a escolha por um negócio próprio vai trazer para a sua carreira, é que você deve se preocupar com as características da empresa.

Dedicação
Em primeiro lugar, é preciso saber quanto tempo você vai poder dedicar ao negócio. Muitos empreendedores pensam que vão conseguir conciliar uma franquia com um emprego já existente, mas só percebem que não vão dar conta do recado quando já é tarde demais. Administrar as duas funções não é impossível, mas torna a tarefa de ser um franqueado muito mais difícil. Outra característica extremamente importante é a capacidade de tomar decisões sozinho e rapidamente, coisa que muitas pessoas que foram funcionárias quase toda a vida não estão acostumadas a fazer.

Outro ponto que o consultor ressalva é a adequação do sonho ao orçamento real do potencial franqueado. A recomendação é começar com uma franquia pequena, que seja compatível com o capital disponível para investimento, e ir crescendo à medida que os resultados forem surgindo. Alguns hábitos também vão ser decisivos no sucesso da sua jornada como franqueado: ser atento (especialmente para observar o movimento da concorrência), buscar se atualizar sempre, e ser detalhista com os números.

Para Gheringer, é possíivel saber se você tem as condições necessárias para seguir com o negócio nos primeiros três meses. Depois da empolgação inicial do primeiro mês, os problemas começam a surgir e, com eles, sua habilidade (ou falta de) para resolvê-los.

Por: Carlos Dias (Blog dos Empreendedores)

sábado, 21 de agosto de 2010

Lojas de conveniência aquecem o mercado de franquias

Com um crescimento de 20% ao ano e faturamento de quase R$ 200 milhões por mês, o setor de lojas de conveniência conquistou os consumidores brasileiros, que chegam a pagar mais pelo combustível pela comodidade de fazer compras enquanto abastece o carro. Segundo especialistas, a venda de combustível aumenta de 15% a 30% quando o posto de gasolina tem uma loja de conveniência.

Uma loja de conveniência é um pequeno estabelecimento comercial localizado quase sempre em postos de abastecimento, estações rodoviárias ou de embarque ou em ruas movimentadas. E muitas vezes funcionam em regime de franquia.

Impulso

O sucesso do setor ficou comprovado durante a edição da Feira de Postos de Combustíveis, Equipamentos e Lojas de Conveniência, em Brasília, realizada na primeira semana de agosto. Lojas como a Americana Express, 5 à Sec, BR Mania (Petrobrás), AM/PM (Ipiranga) possuem até 700 itens e oferecem uma série de serviços. A rede de lanchonetes Bob’s, pioneiro de fast-food nesse tipo de negócio, inaugurou a primeira unidade em 1997 em um posto Shell. A presença desses estabelecimentos, além de aumentar o faturamento mensal, atrai clientes para o local.

“Conveniência significa comodidade de acesso e pronta disponibilidade de produtos exatamente na hora em que o consumidor pode precisar ou, por efeito de impulso, pode ser induzido a desejar”, explica o presidente da Associação Brasileira de Franchising do Rio de Janeiro (ABF-Rio), Alain Guetta. “E, pela conveniência, os consumidores normalmente estarão até dispostos a pagar um pouquinho mais”, acrescenta.

Para saber mais sobre os aspectos jurídicos e legais das lojas de conveniência no Brasil, e sobre o panorama econômico e operacional dos postos de gasolina, uma opção é o livro Conveniência e Franchising – O canal do varejo contemporâneo – Franquia de postos de serviço (Editora Lumen Júris), do advogado especialista em legislação de franquias, Luiz Felizardo Barros.
Por: Debora Carrari - Blog dos Empreendedores

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Varejo é o setor que mais formaliza empreendedores

O comércio varejista foi o setor que mais formalizou trabalhadores autônomos na categoria de Empreendedor Individual. Cerca de 145 mil pessoas que se formalizaram até agora atuam no varejo, de um total de 450 mil empreendedores que deixaram a informalidade desde o início do programa criado pelo governo federal. Em segundo lugar está o setor de alimentação, com 49.747 trabalhadores (ou 11,39% do total) e, em seguida, os cabeleireiros, com 43.349 empreendedores formalizados (9,93%).

O levantamento foi feito pelo Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN).e divulgado na última quarta-feira, dia 11, em encontro dos operadores do Empreendedor Individual no Ministério da Previdência e Assistência Social, em Brasília.


Construção e Veículos
O estudo revelou que os autônomos formalizados que atuam no mercado de serviços para construção civil já superam os 29 mil, seguidos pelo comércio de reparação de veículos automotores e motocicletas, com cerca de 24 mil empreendedores individuais cadastrados. Em terceiro lugar no número de trabalhadores formalizados no varejo está o setor de reparo e manutenção de equipamentos de informática, comunicação e objetos pessoais e domésticos, com 21,5 mil trabalhadores formais aproximadamente.

O Empreendedor Individual é o mecanismo criado para a formalização de trabalhadores autônomos, como cabeleireiros, manicures, pedreiros, vendedores de churrasquinho, tatuadores, entre muitos outros, que tenham receita bruta anual de até R$ 36 mil. Quem se formaliza como Empreendedor Individual integra o sistema tributário do Simples Nacional, que se diferencia do sistema utilizado pelas micro e pequenas empresas.
Por: Carlos Dias - Blog dos Empreendedores

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Equilíbrio entre crescimento e sustentabilidade desafia empresas

Grande produtor agrícola de alimentos e etanol, Brasil é um dos protagonistas deste novo cenário.

Por *Elisa Campos, de Nova Lima

Entre os muitos desafios que as empresas terão que enfrentar nas próximas décadas, um dos principais será encontrar o equilíbrio necessário entre o crescimento e o respeito ao meio ambiente e aos aspectos sociais envolvidos em suas operações. No Brasil, o setor agrícola é um dos que estará no centro deste debate. Segundo relatório conjunto da FAO e da OCDE, o país irá aumentar sua produção agrícola em 40% até 2019, na comparação com o período entre 2007 e 2009, o maior crescimento global, contribuindo para a elevação necessária de 70% da produção mundial de alimentos para atender às necessidades da humanidade até 2050.

“Teremos que aumentar nossa produção de grãos para comida e energia sem prejudicar a natureza. E nós somos capazes disso. Nos últimos 20 anos, o Brasil viu sua produção de grãos crescer 154%, enquanto sua área cultivada aumentou apenas 25%. Isso que se chama tecnologia”, afirmou Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, em conferência internacional promovida pela Fundação Dom Cabral, em Nova Lima, Minas Gerais.

Além de alimentos, o Brasil é um grande produtor de etanol, considerado um combustível verde com grande potencial de crescimento. “Países com imensas populações como China e Índia só agora começam a assistir a um crescimento na compra de carros, o que será intensificado daqui para frente”, disse Rodrigues. “Isso nos dá a oportunidade de reconstruir a geopolítica mundial.

E a nova geografia do poder global passa definitivamente pelos países emergentes. “O continente africano tem hoje 40% dos recursos naturais do mundo e apenas 15% da população. “Quem ainda não está na África, terá que ir para lá”, afirmou no evento Mark Cutifani, CEO da mineradora sul-africana AngloGold Ashanti.

Em sua ascensão, os países subdesenvolvidos, além de se preocupar com o meio ambiente, também terão que saber distribuir a nova riqueza alcançada. “Muitas vezes a população desses países não aproveita os benefícios do crescimento. Esse dinheiro precisa também ser investido nela”, disse Cutifani. “Quem soube fazer isso conseguiu crescer”.

Liderança
Essencial em tempos desafiadores como esses, está a figura do líder. Personagem principal das empresas, ela ganhará cada vez mais relevância. “Atualmente, um ponto chave para o líder é a capacidade de aprender cada vez mais rápido”, afirmou Sérgio Foguel, membro do Conselho de Administração da Odebrecht. “É preciso que ele tenha também confiança em seu potencial e desejo de progredir”.

“Para ser um líder no mundo de hoje, é preciso querer ser protagonista e entender a importância de se discutir certos valores”, disse Cutifani. Dando uma apimentada na receita, Roberto Rodrigues dá seu conselho. “É preciso amor. É necessário se apaixonar pelo trabalho, saber exatamente o que fazer como profissional e ter sorte. Essa é a receita do sucesso”. Fácil?

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Fecomercio-SP: Confiança do consumidor é a mais alta desde 1994

Motivos são maior oferta de crédito, aumento dos prazos de pagamento e desaceleração da inflação.

Gustavo Uribe, da Agência Estado

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de agosto, divulgado nesta segunda-feira, 16, pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), registrou alta de 4,6% ante julho, passando de 155,2 para 162,3 pontos. O resultado é o maior da série histórica do indicador, calculado desde 1994 entre os consumidores do Estado de São Paulo. O ICC varia de uma escala de zero a 200 pontos, indicando pessimismo abaixo de 100 pontos e otimismo acima desse nível.

O recorde é creditado pelos analistas da Fecomercio-SP ao cenário atual favorável ao consumo, estimulado pela maior oferta de crédito, aumento dos prazos de pagamento e desaceleração da inflação. "De modo geral, os consumidores estão percebendo o cenário econômico de forma mais positiva, tanto no curto quanto no médio e longo prazo", explicou Thiago Freitas, assessor econômico da entidade. "O atual nível de confiança demonstra que os consumidores estão mais dispostos a comprometer uma parcela mais significativa da renda, principalmente com a aquisição de bens de alto valor unitário."

O indicador, calculado após 2.100 entrevistas no Estado, é composto por dois subíndices: Índice das Condições Econômicas Atuais (Icea) e o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC). O primeiro teve em agosto forte alta de 7,2% ante julho, chegando a 162 pontos. O resultado foi puxado principalmente pelas mulheres e pelos consumidores com renda inferior a 10 salários mínimos, os quais apresentaram no mês evolução de 9,3% e 8,1%, respectivamente.

Na mesma direção, o IEC registrou alta de 2,9% e chegou a 162,5 pontos. Em agosto, os consumidores com renda superior a 10 salários mínimos puxaram a elevação do subíndice. "O otimismo dos consumidores que compõem este grupo avançou 5,8%, e agora marca 174,9 pontos, o resultado mais alto em agosto", disse Freitas.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Brasil volta a ser quarto maior mercado de veículos do mundo

Diferença de vendas entre Brasil e Alemanha é de apenas 23 mil unidades.
Especialistas dizem que a partir de 2011 país se consolidará na posição.


Do G1, com infomações da Agência Estado

O Brasil recuperou, no acumulado dos sete meses do ano, a quarta posição mundial em vendas de veículos. O posto havia sido perdido para a Alemanha no fim do primeiro semestre, depois de três meses na posição. A disputa entre os dois países é acirrada. A diferença de consumo entre brasileiros e alemães até agora é de apenas 23 mil automóveis.

Mesmo que as duas nações cheguem ao fim do ano perto de um empate técnico, analistas do setor automotivo apostam que, a partir de 2011, o Brasil começará a se distanciar da Alemanha. Até o fim da década, o Brasil deverá ser a terceira potência mundial em vendas, ultrapassando também o Japão.
De janeiro a julho foram vendidos no Brasil 1,882 milhão de veículos, incluindo caminhões e ônibus. Na Alemanha foram 1,859 milhão. No ano passado, a diferença entre os dois mercados era de 908 mil unidades a mais para os alemães. O país europeu sentiu mais os efeitos do fim dos subsídios governamentais para a venda de carros neste ano. A medida foi adotada em diferentes proporções por vários governos, inclusive o brasileiro, para amenizar os efeitos da crise financeira mundial entre fins de 2008 e 2009.

Hoje, o ranking mundial de consumo tem a China disparada na frente, com 10,2 milhões de unidades. Em segundo aparece os EUA, com 6,6 milhões, e em terceiro o Japão, com 3,1 milhões. Estudo da consultoria internacional Roland Berger aponta que o Brasil chegará ao fim de 2010 como quarto principal mercado de veículos, com diferença aproximada de 400 mil unidades para a Alemanha. Nos sete meses do ano, o país europeu viu suas vendas caírem 27% em relação a igual período de 2009. O Brasil registrou crescimento de 8,5%.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Cheque especial é fácil de usar, mas difícil de pagar

Juros altos fazem deste tipo de crédito só deva ser usado em momentos de emergência financeira.

De acordo com o Procon SP, a Caixa teve menor média de juros no cheque especial em 2009

Especialistas em finanças são unânimes em recomendar o uso do cheque especial apenas por um curto período de tempo – uma semana, por exemplo, para cobrir algum tipo de emergência. Imprevistos acontecem e, às vezes, acionar esse tipo de crédito é inevitável. Entretanto, caso isso aconteça, é importante que o tomador tenha consciência da importância de tapar o buraco na conta corrente assim que possível.

Um dos maiores perigos desse tipo de crédito é que o correntista passe a considerar o limite oferecido pelo cheque especial como uma extensão de sua renda. Se começar a utilizar o cheque especial de maneira indiscriminada, o cliente se tornará um devedor crônico, com despesas altas com juros pagas mês após mês. "Não se utiliza o cheque especial como parte de seu orçamento, os valores mensais de juros são expressivos", alerta a consultora financeira Evanilda Rocha.

Existem linhas mais adequadas para cada tipo de necessidade. Walter Malieni, diretor de crédito do Banco do Brasil, considera que, no longo prazo, opções como o crédito direto ao consumidor ou mesmo o crédito consignado são as opções mais econômicas.

domingo, 15 de agosto de 2010

Franquias estão se popularizando, diz presidente da ABF

Nenhum mercado se expandiu tanto no Brasil quanto o segmento de franquias em 10 anos. De 2002 até agora, o setor dobrou de tamanho e nos últimos três anos cresceu 50%. Segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising), só em 2009, 264 empresas se tornaram franqueadoras, engordando a lista de quase 80 mil unidades em funcionamento.

Com esse sucesso, empreendedores veem hoje no segmento de franquias uma opção de investimento mais segura, principalmente para quem está começando a empreender. Além da segurança oferecida por uma marca já estabelecida no mercado, o apoio e orientação oferecidos pelo franqueador estão entre as vantagens que atraem investidores para as franquias. Esse crescimento tem motivado uma popularização do setor, com o surgimento de redes mais acessíveis, com investimentos que vão de R$5 mil a R$50 mil. Segundo o presidente da ABF, Ricardo Bomeny, essa é uma tendência que vem caminha junto com o acesso mais amplo ao crédito no setor. Confira a seguir entrevista exclusiva do presidente da ABF ao Empreendedores sobre esse momento do mercado de franquias.

O senhor acredita que existe uma tendência à popularização das franquias?
Sim. Uma onda do que chamamos de microfranquias, que requerem investimento de R$ 5 mil a R$ 50 mil, tem se fortalecido de uns cinco anos para cá. Isso é consequência direta de uma nova realidade na oferta de crédito para o setor. Diversas marcas têm feito acordos de financiamento com bancos parceiros, com a ajuda da ABF, com o obejtivo de aumentar o acesso aos pequenos empreendedores.

O que a ABF pode fazer pelos micro e pequenos empreendedores?
Além do Portal do Franchising, que contém informações detalhadas sobre inúmeras redes de franquias em todos os setores do mercado para quem está procurando uma franquia, a ABF tem um acordo com o Sebrae para o fomento de novas franqueadoras, por meio de uma incubadora de marcas, que oferece toda a orientação e apoio jurídico para as empresas que querem se tornar franquias.

Quais os fatores que levaram ao sucesso do sistema no Brasil?
Em primeiro lugar, eu diria que o sistema alcançou um alto grau de maturação, com franqueadores mais preparados. Existe uma preocupação maior com o treinamento e capacitação de franqueados e franqueadores. Em segundo, a oferta de crédito hoje também é maior. Há apenas cinco anos era muito mais difícil ter acesso a crédito para comprar uma franquia. Apesar de as taxas ainda não serem as ideiais, houve uma significativa redução dos juros e da burocracia no setor. Outro motivo é a criação do regime de tributação SuperSimples, com uma carga tributária menor e menos burocracia. E também, é claro, toda a segurança que o investimento em uma marca conhecida oferece, o que fica evidente no baixo índice de mortalidade das franquias, cerca de 3%.

O que o senhor aconselha para os empresários que querem transformar seus negócios em franquias?
Antes de mais nada, é preciso buscar o que chamamos de formatação da empresa. O negócio deve adquiirir o formato de uma empresa franqueadora, o que inclui estar de acordo com a legislação sobre o sistema, desenvolver um detalhado plano de negócios, estudar minuciosamente como funciona o contrato de franquias, e muito importante, procurar a ajuda de um consultor associado à ABF. A ajuda de um especialista é fundamental nesse processo. É preciso entender as particularidades do sistema, como de que forma criar um fundo de marketing e a estrutura de apoio ao franqueado.

sábado, 14 de agosto de 2010

Brasileiro não sabe onde gasta 26% de suas despesas

Gastos mais facilmente esquecidos estão relacionados à alimentação e lazer ou itens não essenciais (35%).

Por Época NEGÓCIOS Online

O consumidor brasileiro não tem boa memória quando o assunto são as finanças. Por ano, gastos de cerca de R$ 2,1 mil (US$ 1,2 mil), aproximadamente R$ 41 (US$ 23) por semana, ou 26% das despesas totais, passam despercebidos pela população, segundo estudo realizado pela Visa em 12 países do mundo, com 12 mil entrevistados.

“Apesar dos consumidores quererem controlar suas despesas, eles ainda desconhecem como gastaram uma quantidade considerável de dinheiro a cada ano - principalmente quando o assunto são compras ou lazer com amigos e familiares - atividades normalmente realizadas durante as férias", afirma José Maria Ayuso, diretor de Produtos da Visa América Latina e Caribe.

Dos gastos ocultos, o brasileiro diz estar mais propenso a esquecer os relacionados à alimentação (43%), lazer ou itens não essenciais (35%), entretenimento (29%), snacks (26%) e jantar fora (25%). Mais de 50% dos consumidores do país acreditam também que as pequenas compras em dinheiro são as mais difíceis de controlar.

O esquecimento do brasileiro fica acima da média mundial, de 20% dos gastos não identificados por semana. Os australianos, no entanto, foram os que mostraram o maior descontrole financeiro, tanto em termos quantitativos (US$ 59 gastos por semana com destino desconhecido), quanto percentual (34% das despesas não identificadas), seguidos pelos indianos com 31%. Já os japoneses se mostraram os mais organizados, com apenas 7% das despesas não contabilizadas, seguidos pelos americanos, com 9%.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

“Inovar não significa lançar produtos perfeitos”, diz Guy Kawasaki

Na opinião do especialista em inovação, as empresas devem se aventurar em novos produtos e serviços, mesmo que não estejam em sua qualidade plena. Para atingir esse estágio, as companhias devem pedir ajuda aos consumidores.

Por Viviane Maia

Qual empresa teria coragem de lançar um produto mesmo que não esteja em sua perfeição ou em um estágio de qualidade plena? Para Guy Kawasaki, um dos influentes especialistas do mundo digital e investidor norte-americano, as empresas vivem a “ditadura” do produto perfeito, o que acaba reprimindo a inovação.

“Não vejo como um problema lançar um produto ou serviço que não esteja acabado. Muito pelo contrário. Acho que este é o caminho para estimular seus consumidores a ajudar a melhorar este produto”, afirma Kawasaki.

O especialista em inovação está de passagem pela segunda vez no Brasil, onde participou do lançamento do projeto Life´s Good Lab, da LG, uma plataforma da empresa para comunicação com os consumidores via Facebook. Para ele, o fato de lançar um produto mesmo “beta” pode significar uma mudança no mercado e motivar os consumidores a querer saber mais sobre essa novidade e instigá-lo a participar dessa inovação. “A inteligência coletiva é fundamental na dinâmica global dos negócios nos dias de hoje”.

Estimular a ajuda de pessoas de fora da empresa no desenvolvimento de um novo produto ou novo modelo de negócio, segundo Kawasaki, pode beneficiar os dois lados: o cliente, que conta com um produto próximo às suas necessidades; e a empresa, que consegue satisfazer seu público-alvo. “Nem sempre o mercado aceita um produto de forma planejada. Com a ajuda do consumidor, o produto pode se moldar de acordo com as demandas do mercado”. Mas, ele ressalta que essa interação não pode ser feita de uma forma gratuita. “Não há almoço grátis. É fundamental dar prêmios às pessoas. Só desta forma, elas se comprometem em participar”.

Kawasaki explica que a premiação não deve ser apenas em dinheiro. Os consumidores, segundo o especialista, podem ganhar produtos customizados ou promoções.

A biografia deste havaiano, de 55 anos, é marcada por duas passagens pela Apple, sendo que a primeira na época em que o Macintosh foi lançado (entre 1983 e 1987). Ele atuou como evangelizador da plataforma. Em 1995, Kawazaki voltou à companhia de Steve Jobs para ser o catequisador de inovação na empresa. “A Apple conseguiu se reinventar ao identificar que inovação é um salto quântico, não uma simples curva”.