sábado, 29 de maio de 2010

Projetos ambientais para a Copa de 2014 já somam R$ 24 bi

Na oficina foram discutidos os procedimentos para licenciamento ambiental dos projetos que serão executados nas 12 cidades-sede do evento

Já existem 86 projetos ambientais aprovados em diversos níveis de governo como parte dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014, com investimentos que somam de R$ 24 bilhões. 12 estão vinculados a obras nos estádios das cidades-sede, 53 são de mobilidade urbana, 14 para aeroportos e sete para portos. A informação é do coordenador da Câmara de Meio Ambiente da Copa, Cláudio Langone, que participou da Primeira Oficina de Licenciamento Ambiental dos Empreendimentos Prioritários para a Copa de 2014, que ocorreu nesta sexta-feira, 28, em Brasília e que contou com a participação de representantes do governo federal, dos estados e dos municípios.

Durante os debates, o representante do Amazonas, Emanuel Guerra, defendeu a tese de que os investimentos feitos pelos estados e municípios em meio ambiente sejam recompensados com algum tipo de benefício fiscal, a exemplo das isenções de impostos concedidas pelo governo federal para a Federação Internacional de Futebol (Fifa), empresas associadas e para gastos com material nas obras dos estádios.

Segundo Emanuel Guerra, esses custos são altos e não há previsão de reembolso pelo governo federal. “A minha proposta é que, em vez dessa conta ficar para o estado ou o município, haja uma fórmula para que eles possam receber de volta esses recursos, que são muito grandes. Só o projeto ambiental do Amazonas para o novo estádio que será construído para a Copa, a Arena do Amazonas, vai custar R$ 6 milhões”.

Na oficina foram discutidos os procedimentos para licenciamento ambiental dos projetos que serão executados nas 12 cidades-sede do evento: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Recife e Salvador.

O coordenador da Câmara de Meio Ambiente da Copa de 2014 do Ministério do Esporte, Cláudio Langone, informou que a oficina vai produzir um documento com no máximo dez sugestões ao governo federal sobre as questões envolvendo licenciamento ambiental para a Copa. Ele disse que o objetivo é evitar que eventuais divergências entre os responsáveis pelas obras e os órgãos ligados ao meio ambiente ou o Ministério Público acabem na justiça e atrasem o cronograma determinado pela Fifa.

Fonte: Jornal O Povo

terça-feira, 25 de maio de 2010

Metade dos brasileiros admite comprar produto pirata

Por: RAQUEL LANDIM E MARCELO REHDER Agencia Estado

No dia 23 de abril, o secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr, assumiu a presidência do Conselho Nacional de Combate a Pirataria. Apenas 19 dias depois foi afastado de suas funções, depois que o ?Estado? revelou seu relacionamento com Li Kwok Kwen, um dos líderes da máfia chinesa. O "amigo" do mafioso comandava o órgão responsável por resolver um dos problemas mais complicados do País.

Todos os dados que envolvem esse "setor" são nebulosos, mas estimativas apontam que o Brasil perdeu US$ 20 bilhões com pirataria no ano passado, em impostos não arrecadados e prejuízos para as empresas, conforme a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF). Pesquisa da Federação do Comércio (Fecomércio-RJ) apontou que quase metade (46%) dos brasileiros admite que comprou produtos falsos em 2009. A maior parte sabe que pirataria causa desemprego (63%) e financia o crime (69%). Ainda assim, o preço é decisivo: 94% compram porque é mais barato.

Se for incluído o contrabando e demais atividades que cercam o comércio ilegal, a economia informal movimenta R$ 850 bilhões por ano, ou 30% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco).

A pirataria foi definida pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) como o crime do século. Segundo a Câmara de Comércio Internacional, a pirataria movimenta cerca de 7% do comércio mundial, ou US$ 600 bilhões, superando os US$ 360 bilhões do narcotráfico.

"O ambulante é apenas o elo mais fraco de uma máfia poderosíssima", disse o presidente do Etco, André Franco Montoro Filho. Na sua avaliação, todos são afetados: empresas têm prejuízo, postos de trabalho são fechados e o consumidor fica sem garantia e proteção.

Apesar disso, é difícil combater a pirataria no Brasil. O primeiro motivo é a corrupção. O segundo é a extensão das fronteiras e a falta de fiscalização. O contingente da Receita Federal em todos os portos brasileiros é parecido com o número de fiscais do Porto de Hamburgo, na Alemanha, onde há 3 mil funcionários.

Outros fatores que prejudicam o combate à falsificação são o baixo poder aquisitivo dos consumidores, cultura e até inovação tecnológica. A internet facilita a vida das pessoas, mas também a dos piratas. "O melhor caminho é barrar no porto. Uma vez que entra, fica mais difícil", diz Luiz Claudio Garé, consultor jurídico do Grupo de Proteção à Marca, que reúne empresas como Bic, Nike e Chanel. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Brasil já usa crediário como os EUA

Modalidades de pessoa física no Brasil, excluindo empréstimo imobiliário, atingem 15% do PIB, contra 17,2% nos Estados Unidos

Por: Fernando Dantas, de O Estado de S. Paulo

Embalado pela queda dos juros e pelo aumento da renda, o crédito pessoal para o consumo disparou no Brasil desde 2002, passando de 5,1% do PIB para 15% do PIB em 2009, ou R$ 487,5 bilhões. Com essa alta, esse segmento dos empréstimos, que exclui o crédito imobiliário, já atinge nível próximo ao dos Estados Unidos, maior sociedade de consumo do planeta. Em 2009, o crédito para consumo pessoal nos EUA foi de 17,2% do PIB.

"O Brasil descobriu o crédito ao consumo nos últimos anos", diz Sérgio Vale, economista da MB Associados, que fez aquela comparação baseado em dados do Banco Central do Brasil e do Federal Reserve, BC americano.

Segundo ele, no caso dos dados americanos, o peso do cartão de crédito é maior, já que essa modalidade é a principal do crédito pessoal no país. No Brasil, o financiamento para automóveis, o crédito direto ao consumidor, o consignado, o cheque especial, o cartão de crédito e o crédito pessoal são linhas do crédito à pessoa física, voltado basicamente à extensão da capacidade de consumo das famílias.

De acordo com recente relatório da consultoria LCA, o crédito à pessoa física foi o segmento que mais cresceu no boom do crédito total no Brasil, que subiu de 24,6% do PIB em 2003 para o recorde de 45% em 2009. O trabalho mostra que o crédito à pessoa física com recursos livres (que é basicamente de consumo) teve crescimento real de 249% do fim de 2003 ao fim de 2009. Isso se compara com a expansão, no período, de 135% do crédito com recursos livres para empresas, e de 112% do crédito com recursos direcionados.

Os especialistas apontam, como razão para a forte expansão do crédito para consumo, a combinação entre queda de juros e alongamento de prazos, aumento de renda e a chamada "bancarização" – a ampliação do número de brasileiros com contas bancárias. De acordo com o trabalho da LCA, para um crescimento da população brasileira de 7% de 2004 a 2009, houve ampliação de mais de 200% no número de contas correntes e contas de poupança simplificadas.

Migração

O aumento da renda, por sua vez, fica claro na migração de brasileiros entre as classe econômicas. Entre 2005 e 2009, as classes D e E caíram de 93 milhões para 67 milhões de pessoas, enquanto a classe C cresceu de 63 milhões para 93 milhões, e as classes A e B saíram de 26,5 milhões para 30,2 milhões.

Como explica Walter Malieni, diretor de crédito do Banco do Brasil, o alongamento do prazo do financiamento, a diminuição da taxa de juros e o aumento dos salários combinam-se para ampliar a capacidade de endividamento das famílias, sem comprometimento maior da renda mensal. "Os nossos estudos indicam que prazo, taxa, massa salarial e confiança do consumidor interferem de forma direta na capacidade e na disposição de endividamento das pessoas físicas", diz Malieni.

O trabalho da LCA, porém, aponta que o comprometimento da renda dos brasileiros com o serviço das dívidas cresceu de 5% em 2001 para cerca de 18% em 2009, mais do que o mesmo indicador nos Estados Unidos, de pouco mais de 15%.

Segundo o BC, o spread médio das operações de crédito à pessoa física em março de 2010 era de 29 pontos porcentuais ao ano, e o prazo médio era de 526 dias. Em dezembro de 2002, o spread médio era de 54,5 pontos e o prazo médio de 317 dias.

O aumento dos empréstimos à pessoa física levou a uma explosão do consumo de produtos mais ligados ao crédito. O economista Bráulio Borges, da LCA, nota que o volume de vendas médias mensais de móveis e eletrodomésticos cresceu 167% entre 2002 e o primeiro trimestre de 2010. Já o número de automóveis vendidos, nacionais e importados, variou entre 1,2 e 1,3 milhão de 2000 a 2004, antes de iniciar a forte alta que elevou o total a 2,5 milhões em 2009.

As vendas de computadores saíram de perto de 3 milhões no início da década para 12 milhões em 2009, com projeção da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) de 14 milhões para este ano.

Bancos

A explosão do crédito à pessoa física refletiu-se na carteira dos maiores bancos. No Banco do Brasil, saltou de R$ 24 bilhões em dezembro de 2006 para R$ 95 bilhões em março de 2010, quase 300%. Esse total inclui crédito imobiliário, mas é uma fração muito pequena (embora esteja crescendo). O maior salto no período foi no financiamento a veículos, de R$ 918 milhões para R$ 8,9 bilhões – 865%. A linha mais volumosa, em março de 2010, era o crédito consignado, com R$ 31 bilhões, e uma alta de 277% naquele período.

Já no Bradesco a carteira total de crédito à pessoa física cresceu, nos 12 meses até março, de R$ 73,7 bilhões para R$ 86 bilhões – 16,7%. Em março de 2010, o financiamento de veículos atingiu R$ 21 bilhões, alta de 5,5% em 12 meses; e o consignado a R$ 11,5 bilhões, alta de 64%.

domingo, 23 de maio de 2010

Brasileiro trabalha até dia 28 apenas para pagar tributos

O Impostômetro (painel na capital paulista que registra, em tempo real, a carga tributária no país), marcava nesta quinta-feira mais de R$ 460 bilhões

Os brasileiros terão de trabalhar até a sexta-feira da próxima semana, dia 28 de maio, apenas para cumprir suas obrigações tributárias com os fiscos federal, estaduais e municipais. Ao todo, serão 148 dias de trabalho no ano, um dia a mais do que os trabalhados em 2009 e o mesmo número de 2008.

O cálculo faz parte do estudo sobre os dias trabalhados para pagar tributos, divulgado nesta quinta-feira, 20, pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Segundo o estudo, hoje os brasileiros trabalham quase o dobro do que trabalhavam na década de 1970 (76 dias) apenas para os fiscos.

Os brasileiros estão entre os que mais pagam tributos no mundo, ficando atrás apenas para os suecos (185 dias) e os franceses (149 dias). Os espanhóis (137), os norte-americanos (102), os argentinos (97), os chilenos (92) e os mexicanos (91) trabalham menos do que os brasileiros para pagarem os impostos.

O Impostômetro (painel na capital paulista que registra, em tempo real, a carga tributária no país), marcava nesta quinta-feira mais de R$ 460 bilhões.

Os 148 dias foram calculados para o rendimento médio mensal. Para a baixa renda (até R$ 3.000), são 141 dias trabalho (de 1º de janeiro até hoje). Para a média renda (R$ 3.000 a R$ 10 mil), são 157 dias, ou seja, até 6 de junho. Para a renda alta (mais de R$ 10 mil), serão 152 dias - até 1º de junho.

Fonte:: Redação O Povo Online com informações da Folha Online

sábado, 22 de maio de 2010

Deficientes visuais discutem acesso ao mercado de trabalho

De acordo com Defendi, em São Paulo estima-se que há 112 mil pessoas com todos os tipos de deficiências empregadas e algo em torno de 5% sendo deficientes visuais, o que corresponde a 12 mil pessoas

Após o sistema de cotas estabelecido por lei federal, em 1991 o mercado de trabalho para os deficientes visuais no Brasil melhorou, mas ainda não é o ideal, afirmou nesta sexta-feira, 21, o coordenador do Programa de Empregabilidade da Fundação Dorina Nowill para Cegos, Edson Luiz Defendi. Segundo ele, apenas no início do ano 2000 a fiscalização começou a ser feita com mais rigor pelas superintendências regionais do Trabalho.

De acordo com Defendi, em São Paulo estima-se que há 112 mil pessoas com todos os tipos de deficiências empregadas e algo em torno de 5% sendo deficientes visuais, o que corresponde a 12 mil pessoas. “Essa lei ajudou muito na inclusão profissional de pessoas com qualquer tipo de deficiência e, de certa maneira, reflete a necessidade de colocar em prática questões tão importantes em relação a competência da pessoa com deficiência em seus postos de trabalho”.

Entretanto, mesmo com o sistema de cotas e a fiscalização, ainda há muita dificuldade para o deficiente visual conseguir um emprego, já que as empresas não têm a clareza das habilidades dessas pessoas e veem como custos o investimento em ferramentas necessárias para auxiliar o deficiente visual.

“O que estamos fazendo é um trabalho de quebrar a resistência e as atitudes de preconceito em relação a essa exclusão. A tecnologia é essencial para o deficiente visual no mercado de trabalho e há muitas empresas que buscam pessoas com deficiência visual porque precisam cumprir o sistema de cotas ou porque têm uma cultura de diversidade e acreditam que a pessoa com deficiência pode ter direito a ser produtiva e a trabalhar”, comenta Defendi.

O presidente da Associação de Deficientes Visuais e Amigos (Adeva), Markiano Charan, disse que a maioria das empresas ainda não se conscientizou da importância do trabalho para essas pessoas e muitas procuram fugir do cumprimento da lei. “As empresas não entenderam que não estão fazendo um favor para o deficiente. É um direito dessa pessoa trabalhar. As empresas dizem que não há pessoas capacitadas e isso é uma armadilha na qual não podemos cair”.

Charan reforçou que, além da Adeva outras entidades dão apoio ao deficiente visual, com cursos de qualificação e treinamentos em diversas áreas. “O funcionário deficiente visual pode ser tão eficiente quanto aquele que não tem deficiência. As pessoas que fazem os cursos oferecidos pelas entidades saem muito preparadas para o mercado de trabalho. Ainda há muito preconceito da sociedade com relação a essas pessoas, e para diminuir isso precisamos levar informação à população”.

A analista de desenvolvimento humano, Priscila Branca Neves, que trabalha na coordenação do programa de empregabilidade do Serasa Experian, e é cega, ressaltou que a adaptação necessária para o deficiente visual trabalhar é um software leitor de tela. “É um programa que lê tudo o que está na tela do computador e fala, porque precisamos ouvir o que está lá. Tudo o que fazemos ele lê e nós ouvimos por um fone de ouvido. Muitas empresas ainda não têm clareza com relação a isso. Se eu tenho um programa desse no computador eu consigo fazer tudo o que uma pessoa sem deficiência faz”.

Priscila disse que as empresas ainda contratam pessoas com deficiências leves apenas para cumprir com a lei, porque julgam que essas pessoas produzirão mais e não darão tanto trabalho para aprender suas funções, ou que dão muito gasto, porque é preciso do investimento nesse software que custa R$ 2.500,00. “Mas não entendem que se houver as ferramentas necessárias ela se desenvolverá tanto quanto qualquer outra pessoa.”

Fonte: Caderno Negócios Jornal O Povo

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Empresas de telefonia lideram reclamações sobre call centers

Mais da metade das reclamações são relativas a cobranças indevidas ou serviços não prestados

A maior parte das reclamações de consumidores sobre o descumprimento das regras de atendimento dos call centers (75%) é referente ao setor de telefonia fixa e móvel. De acordo com o coordenador de assuntos jurídicos do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça, Amaury Oliva, 39% das reclamações recebidas pelos órgãos de defesa do consumidor de todo o país se referem a esses serviços.

O preço e a qualidade dos serviços de telecomunicações foram discutidos nesta terça-feira, 18, em audiência pública na Câmara dos Deputados. “Os serviços no país são caros e não há a qualidade que o consumidor espera”, disse Oliva. Segundo ele, mais da metade das reclamações são relativas a cobranças indevidas ou serviços não prestados.

O presidente do SinditeleBrasil, Eduardo Levy, culpou os impostos pelos preços praticados pelo setor no país. Segundo ele, a carga tributária sobre os serviços de telecomunicação é a segunda maior do mundo, mais de 40%. Ele também ressaltou a carga sobre a fabricação e a importação de modems. Segundo Levy, o custo da infraestrutura também é alto e as margens de lucro das operadoras são baixas.

Fonte: Caderno Negócios Jornal O Povo

terça-feira, 18 de maio de 2010

76% gastam mais na compra com cartão

A pesquisa ouviu mil consumidores nas regiões metropolitanas brasileiras entre os dias 16 e 26 de março

A queda de braços entre comerciantes e administradoras de cartões de crédito está longe do fim. Pesquisa realizada pela GFK Brasil, multinacional de pesquisa de mercado, mostrou que lojistas continuam oferecendo descontos a consumidores para pagamentos em dinheiro ou cheque em substituição a cartões de crédito ou débito. De acordo com o levantamento, 76% dos entrevistados informaram que lojistas ofereceram descontos para pagamento em dinheiro; 56% que foi "cobrado a mais" pelo pagamento com cartão de crédito e 35% afirmaram que tiveram de desembolsar um valor maior pelo pagamento com cartão débito.

A pesquisa ouviu mil consumidores nas regiões metropolitanas brasileiras entre os dias 16 e 26 de março.

Valéria Cunha, assistente de direção da Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP), afirma que o Código de Defesa do Consumidor veda a diferenciação de preços de acordo com as formas de pagamento e as multas podem variar de R$ 213 a R$ 3,2 milhões, conforme o porte da empresa e a reincidência na referida infração.

Valéria afirma que o desconto é uma maneira de maquiar o preço, burlando a lei. Ela aconselha ao consumidor que se sentir lesado a enviar reclamação ao Procon. Josué Rios, advogado especializado em direito do consumidor e consultor, discorda com o que classifica de "rigidez dos órgãos de defesa do consumidor", classifica.

Para ele, a posição dos órgãos de defesa do consumidor punindo o comerciante que dá desconto para pagamentos em dinheiro obriga o consumidor que usa cartão a pagar mais, de forma "invisível".

O advogado argumenta que estes compradores também são prejudicados, já que, por lei, o comerciante poder até sofrer punições ao conceder descontos.

Luiz Francisco Toledo Leite, assessor Jurídico do Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas-SP), não concorda com a ilegalidade do desconto para pagamentos em dinheiro. "Ilegal seria se o preço do produto para venda com cartões fosse maior."

Ele alerta, porém, que a prática do desconto para pagamento em dinheiro traz riscos, no caso, de multa por parte dos órgãos de defesa do consumidor.

Taxas do cartão

Na opinião do assessor do Sindilojas, o fim da exclusividade para o credenciamento de lojistas, que entra em vigor oficialmente a partir de 1º de junho, permitindo que outras empresas concorram com Cielo (ex-Visanet) e Redecard, deve ajudar a baixar as taxas, cobradas dos lojistas que aceitam cartões.

Segundo Leite, no momento as taxas variam de 2% a 5% do total mensal das vendas com cartões. O porcentual ainda muda conforme o volume de operações das empresas.

Dinheiro no bolso

A recepcionista Bruna Santos, 25 anos, conta ter recebido recentemente a oferta de levar o par de tênis que procurava por R$ 149 caso aceitasse pagar em dinheiro. Como não tinha como pagar à vista, usou o cartão de crédito e desembolsou R$ 156. "Hoje andar com dinheiro é perigoso e acho que o cartão substitui bem", diz. A telefonista Daniela Fortunato, 29 anos, conta que já recebeu diversas propostas de desconto para pagamento em dinheiro. "Eu costumo aceitar", diz. A auxiliar administrativo Jessica Leal, 17 anos, classificou como "comum" as ofertas de baixa nos preços se o consumidor optar por pagar em dinheiro. "O máximo que me ofereceram foi 10%", diz. Segundo Jessica, ela não tem o hábito de fazer a troca.

Fonte: Vaderno Negócios Diário do Nordeste

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A crise europeia deve continuar afetando, sobretudo, as empresas que dependem do mercado externo

A crise europeia deve continuar afetando, sobretudo, as empresas que dependem do mercado externo

Notícias vindas da Europa agravaram ainda mais a percepção de risco nas bolsas do mundo inteiro, na última sexta-feira. A primeira deflação na Espanha desde 1986 e a ameaça de a França deixar a zona do euro levaram os investidores a vender ativos de risco. No fim da tarde, a ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde, desmentiu os rumores, classificando a notícia como "completamente infundada", mas isso não impediu o euro de cair para seu menor nível desde outubro de 2008, abaixo de US$ 1,24. Em relação ao real, a moeda europeia encerrou a semana com queda acumulada de 4,60%, na última colocação do ranking dos principais ativos.

Para o gestor de recursos da InvestCapital, Giovanni Di Pasquale, os investidores passaram a questionar a eficiência do pacote de quase US$ 1 trilhão que a União Europeia (UE) colocou à disposição dos países da zona do euro. "No curto prazo, a tendência do euro é de baixa. Contudo, a médio e longo prazos, o cenário global deve mudar com a valorização do yuan", avalia.

Di Pasquale acredita que a alta da moeda chinesa consolidará a China como locomotiva econômica mundial, o que deve impulsionar também a economia europeia.

O Índice Bovespa (Ibovespa), principal índice de referência do mercado de ações brasileiro, encerrou a sexta-feira em baixa de 2,12%, aos 63.412 pontos. Ainda assim, ao longo da semana, o investimento em Bolsa subiu 0,86%, na liderança do ranking. O gestor da InvestCapital atribui o bom desempenho do mercado de ações à divulgação de balanços positivos por parte das companhias brasileiras. "A crise europeia deve continuar afetando, sobretudo, as empresas que dependem do mercado externo. Os setores voltados ao mercado interno devem continuar apresentando resultados favoráveis".

Refúgio no ouro

A injeção de liquidez no mercado foi reforçada, esta semana, pelo plano de ajuda da UE, o que levou os investidores a buscarem refúgio no ouro contra a inflação. Esta é a explicação de Di Pasquale para a valorização recente do ouro no mercado internacional. No Brasil, no entanto, a desvalorização do dólar frente o real fez com que o ouro encerrasse a semana com baixa de 1,35%, na segunda colocação do ranking.

No mercado de câmbio, os boatos colocando em xeque a sobrevivência do euro impulsionaram o dólar e pressionaram as moedas dos países emergentes, como o Brasil. O dólar comercial fechou a sexta-feira cotado a R$ 1,805, alta de 1,58%. Na semana, a moda norte-americana caiu 2,38%, na terceira colocação do ranking. "A entrada de dólares no Brasil via investimento estrangeiro direto ainda é muito grande e acaba compensando a saída dos recursos externos da bolsa. O Brasil ainda é a bola da vez", diz, Di Pasquale, otimista.

Corretoras

Embora apostem que a BM&FBovespa não vai conseguir sustentar a recuperação esboçada na última semana (a Bolsa subiu 0,86% no período), já que as incertezas sobre a situação econômica da Europa permanecem, as corretoras quase não fizeram mudanças nas suas recomendações. Segundo os economistas, em momentos de turbulência é melhor esperar que o cenário se desanuvie um pouco.

A forte oscilação nos mercados acionários ainda é fruto da desconfiança em relação aos rumos da crise na Europa, dizem os especialistas da corretora SLW. Não podemos descartar que nesta nova semana o movimento possa se mostrar similar, já que a aversão ao risco continua se ampliando.

Para a corretora, as ações da Marfrig, que subiram 5,14% na semana passada, são destaque. Ainda segundo ela, essa é uma das empresas mais diversificadas do setor, o que lhe proporciona uma operação menos arriscada. A expectativa de resultado é boa para o mercado interno e de gradativa melhora para o mercado externo, que ainda está sofrendo.

APLICAÇÕES
Opção: fundos imobiliários

São Paulo: Não tem dinheiro para comprar um apartamento? Já existem opções no mercado que permitem investir no setor imobiliário sem que se precise, necessariamente, adquirir o imóvel. Com menos de R$ 2.000 é possível ficar sócio de um shopping center ou de um prédio da Petrobras.

Aplicações desse tipo são feitas por meio da compra de cotas de fundos de investimentos imobiliários, que lucram financiando a construção de empreendimentos ou com a cobrança de aluguéis. Para o investidor, o fundo paga uma remuneração mensal. Ele também pode ganhar com a valorização das cotas, que são negociadas na Bovespa ou em mercado de balcão organizado. Além de estarem mais acessíveis, os fundos apresentam outras vantagens em relação aos imóveis. Um exemplo: a compra de cotas não inclui gastos com cartório, corretagem ou ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis)

Para Sérgio Belleza, especialista em fundos imobiliários, as taxas de administração dos fundos também são atrativo, em torno de 0,5% ao ano, bem abaixo da média das outras aplicações do mercado. Segundo ele, há também incentivos tributários. "A rentabilidade mensal é isenta de Imposto de Renda, caso a pessoa física possua menos de 10% das cotas e o fundo tenha mais de 50 investidores´´, diz Belleza. Contudo, é preciso ler atentamente o prospecto dos fundos e o termo de securitização antes de comprar as cotas, para saber quais são os compromissos do fundo e seus riscos. O lucro com a venda das cotas, no entanto, é tributado em 20%, explica Romeu Pasquantonio, especialista da Brazillian Finance & Real Estate.

Levantamento feito pelo site www.fundoimobiliario. com.br com 17 fundos negociados há mais de um ano na Bovespa mostra que a rentabilidade total (rendimento mensal mais valorização das cotas) acumulada de abril de 2009 a abril de 2010 varia muito.

NESTA SEMANA
Analistas preveem mais volatilidade e incerteza

Indicadores de inflação no Brasil, que vêm mostrando alta, serão divulgados, gerando novos cenários

São Paulo A volatilidade e a incerteza dos mercados devem predominar novamente nesta semana, avisam os analistas. O que pode acalmar um pouco os ânimos nos próximos dias será a apresentação de indicadores de atividade e inflação nos EUA, na quarta-feira.

Para o economista-chefe do banco Schahin, Silvio Campos Neto, isso tende a atenuar os temores vindos da Europa. "Os EUA apresentam um cenário de recuperação da economia com baixa inflação, e isso é muito positivo´´, ressalta.

A ata da reunião do FED (banco central dos EUA) e o índice de preços ao consumidor norte-americano serão divulgados na quarta-feira. A expectativa é de poucas surpresas e a de que os números de inflação sigam estabilizados. De qualquer maneira, as Bolsas de Valores foram fortemente influenciadas pela situação na Europa na última semana e encerraram o período acumulando perdas por conta da desconfiança com a capacidade de recuperação econômica da zona do euro.

"O ponto é saber até quando os investidores irão dar mais peso ao "risco Europa´ do que ao cenário mais promissor dos EUA´´, avalia Neto.

De acordo com o economista Eduardo Otero, da Um Investimentos, a situação de instabilidade dos mercados permanecerá nesta semana, reforçada com a divulgação de uma curva deflacionária na Espanha, "algo que não acontecia havia mais de 20 anos´´, observa.

Na terça-feira a zona do euro e a Inglaterra divulgam os índices de preços ao consumidor referentes ao mês de abril. No mesmo dia será possível avaliar o índice Zew de confiança de investidores na Europa.

Na sexta-feira, saem os índices de atividade industrial e de serviços da zona do euro. Todos esses indicadores devem manter a percepção dos analistas de um movimento de recuperação ainda moderado da economia do bloco. Na quinta-feira será a vez de a Inglaterra apresentar o resultado das vendas no varejo durante o mês de abril.

Outra informação que deve ser observada pelos investidores nesta semana é o resultado do PIB do primeiro trimestre no Japão. Os analistas avaliam que o resultado consolidará o cenário de recuperação de atividade no país, mas observam que a economia japonesa continua mostrando traços deflacionários, o que gera um pouco de preocupação nos mercados.

Brasil

No País, serão divulgados o IPCA-15, medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na quarta-feira. No dia seguinte, a FGV (Fundação Getulio Vargas) apresenta a segunda prévia do IGP-M de maio. Ambos os indicadores estão acumulando altas preocupantes, principalmente quando se observa que a projeção base do Banco Central para o IPCA no segundo trimestre está na casa de 1,13%.

Para a equipe econômica do Banco Santander, a inflação no Brasil deve frustrar a expectativa do mercado de desaceleração significativa entre maio e junho, o que anunciaria uma nova surpresa inflacionária no segundo trimestre.

Fonte: Caderno Negócios Diário do Nordeste

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Empresa potiguar investe em capacitação e lidera mercado

Jânio dos Anjos, proprietário da Farinha dos Anjos, de Vera Cruz (RN), enfrentou a resistência da família e hoje comanda uma das principais fábricas de farinha de mandioca do país.

Vanessa Brito

Jânio dos Anjos, proprietário da Farinha dos Anjos, é um empresário de sucesso. A empresa dele, de origem familiar, ocupa as gôndolas dos principais supermercados de Natal e é referência nacional de indústria de farinha de mandioca, segundo o órgão de vigilância sanitária do Rio Grande do Norte. A fábrica, instalada no município de Vera Cruz, também faz parte de roteiros de turismo rural na região do Seridó.

O empresário esteve em Brasília essa semana e contou sua história na Semana Sebrae do Agronegócio (até quinta-feira, em Brasília) para relatar a transformação do empreendimento familiar em indústria estruturada de acordo com as exigências do mercado atual.“Deixamos de ser casa de farinha e, hoje, somos uma indústria de farinha de mandioca”, diz, orgulhoso.

A história do empreendimento começa na década de 50, com a iniciativa do avô de Jânio. Porém, o modo de produção continuou o mesmo até 2006, quando ele assumiu o negócio em decorrência da doença do pai, que herdou o comando da empresa após o patriarca da família deixar a função.

Quando Jânio assumiu o negócio, o Sebrae no Rio Grande do Norte estava começando a implantar o projeto APL da Mandioca do Seridó. Pesquisa da instituição apontava a necessidade de mudar a fabricação da farinha para padrões mais higiênicos e organizados.

Jânio participou de todas as capacitações e cursos oferecidos, em especial, daqueles sobre inovação tecnológica. “Fiz cursos desde controle de pragas no plantio até gestão financeira e embalagens”, informa.

Enfrentando resistência do pai e da família, Jânio resolveu colocar em prática o aprendizado. Partiu de uma estratégia de adequação técnica e tecnológica e investiu em novos equipamentos, financiados pelo Banco do Brasil e Banco do Nordeste. Fotos dos períodos antes evidenciam a enorme diferença nos processos de produção, na raspagem da mandioca, instalações, na inclusão do lavador desenvolvido pelo pai, nos funcionários devidamente uniformizados (com aventais, toucas, luvas, botas, etc),no empacotamento, armazenamento, entre outros aspectos.

“No tempo do meu avô, eram fabricados dois mil quilos por mês. No do meu pai, 20 mil. E hoje, a média é de 80 a 100 mil quilos mensais”, compara. Apesar da demanda do mercado aumentar a cada dia, o empresário diz que continuará apostando na qualidade do produto e não sucumbirá à tentação de expandir a produção para não perder o diferencial da empresa.

Serviço:
Farinha dos Anjos : (84) 9983.7565

sábado, 8 de maio de 2010

Como escolher uma franquia

O setor de franquias cresce a passos largos. São 1.460 redes no país, que somam mais de 80 mil unidades. Em 2009, essas empresas faturaram R$ 63 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). A procura para ingressar no setor é grande. Só o site da ABF recebe a visita de mais de 90 mil pessoas por mês interessadas em abrir uma franquia. Só que a compra de uma unidade não é simples e há erros recorrentes. A consultora jurídica Melitha Novoa Prado, especializada em franquias e redes varejistas, alerta para os principais erros na hora de comprar uma franquia.

1 – Comprar uma franquia que você gosta para outra pessoa administrá-la
É bem comum esposas, maridos e filhos ganharem “de presente” uma franquia. Quem presenteia tem as melhores intenções, mas nem sempre avalia o perfil do presenteado e, em muitos casos, nem sequer observa se aquela pessoa terá condições de tocar um negócio próprio. “O resultado, em alguns casos, é desastroso”, alerta Melitha. Para evitar problemas e perda de dinheiro, Melitha aconselha redobrar a atenção às necessidades do presenteado. “Ter conversas esclarecedoras, não forçar o outro a aceitar o trabalho e pedir ajuda a um profissional para traçar o perfil de quem vai tocar a franquia podem ser medidas eficientes”, afirma.

2 – Ter pressa ao analisar a Circular de Oferta de Franquia (COF)
O candidato a franqueado possui 20 dias para analisar a Circular de Oferta de Franquia (COF), que é entregue pelo franqueador. Trata-se de um documento importante, que contém a lista dos franqueados e ex-franqueados da rede, modo como a franqueadora opera seu negócio e minuta do contrato. Esse documento mostra, na maioria das vezes, quais são as atribuições do franqueador e do franqueado. Por isso, é importante ler com atenção e até submeter a Circular a um advogado, para que ele aponte pontos obscuros, caso eles existam.

3 – Não conversar com franqueados atuais e que já saíram da rede
A COF traz uma lista de ex-franqueados da rede. Procure alguns deles para saber quais foram os pontos negativos da franqueadora que fizeram com que a operação não fosse adiante. Isso é tão imprescindível quanto consultar os franqueados atuais, que poderão esclarecer dúvidas em relação ao cotidiano do negócio.

4 – Não avaliar os números fornecidos pela franqueadora
Saiba avaliar os números da empresa, pois eles dizem muito sobre ela. Observe, por exemplo, se o faturamento médio de cada unidade é compatível com o investimento inicial previsto e procure se informar sobre a situação financeira da franqueadora. Você também pode levantar processos cíveis, de franqueados e fornecedores contra a franqueadora. Questione a cobrança de taxas, como royalties e publicidade, e informe-se como elas são aplicadas.

5 – Firmar acordos verbais
Legalmente, só vale o que consta em contrato. Então, não adianta apelar para a Justiça se os acordos foram apenas verbais e não estão assinados pelas duas partes. Fique atento e exija no contrato tudo o que foi combinado no processo de seleção.

6 – Tentar mudar padrões da rede sem consultar a franqueadora
É comum algumas pessoas aceitarem as normas da franqueadora no começo pensando que poderão implementar mudanças por conta própria depois, como variar “um pouquinho” o mix de produtos e chamar um parente que é arquiteto para mudar o layout da loja. “Quem pensa assim está começando errado e, certamente, terá muitos problemas”, afirma Melitha. Essas atitudes podem gerar quebra de contrato e perda da bandeira. “Por isso, se você não concorda com as regras e elas servem para toda a rede, talvez a franquia não seja uma opção adequada para você.”

Por: PEGN - On Line (Da redação)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Proposta amplia receita bruta do Simples Nacional e do Empreendedor Individual

Proposta de projeto alterando a lei da pequena empresa começou a ser debatida na Câmara dos Deputados; ela inclui novas categorias no Simples Nacional e cria o Simples Rural

Dilma Tavares

Um projeto com novos ajustes à Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei complementar 123/06) será apresentado ainda este ano na Câmara dos Deputados. Entre as alterações estão correções nos valores da receita bruta anual de empreendedores para inclusão no Empreendedor Individual e para acesso ao Simples Nacional. Outra mudança é a inclusão de novas categorias no Simples Nacional, principalmente do setor de serviços.

As bases do projeto foram debatidas nesta quarta-feira (5) em reunião de integrantes da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa no Congresso Nacional com representantes do governo federal e de entidades representativas e de apoio ao segmento, como o Sebrae. A previsão é de que o projeto seja apresentado e aprovado ainda em 2010. Mas o teor da proposta ainda será discutido por parlamentares e interessados, como empresários e governos.

A idéia inicial é que a receita bruta anual do Empreendedor Individual, hoje limitada a R$ 36 mil por ano – uma média de R$ 3 mil por mês – suba para R$ 60 mil por ano. Já o teto das empresas para inclusão no Simples Nacional deverá passar de de R$ 240 mil para R$ 360 mil, no caso de micro empresas, e de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões para empresas de pequeno porte.

O projeto dever criar ainda o Simples Rural, permitindo que o pequeno produtor rural possa usufruir de benefícios tributários como os do Simples Nacional. Também está prevista a figura do Trabalhador Rural Avulso - a exemplo do Empreendedor Individual - possibilitando a formalização simplificada de empreendedores por conta própria no meio rural. A proposta reúne diversos projetos em tramitação na Câmara dos Deputados com disposições sobre pequenos negócios.

No âmbito geral, o projeto deverá promover um amplo ajuste na Lei Geral em áreas como desburocratização para abertura de empresas e simplificação das relações de trabalho com redução do depósito recursal. Cria ainda comitês gestores para tratar de assuntos estratégicos da lei, como os que possibilitam maior acesso dos micro e pequenos negócios as compras governamentais, à inovação e tecnologia e aos serviços financeiros.

“Temos que estabelecer uma banca de negociação, pois foi assim que conseguimos aprovar a Lei Geral da Micro e Pequena empresa”, disse o presidente da Frente parlamentar, deputado Cláudio Vignatti (PT/SC). Ele está otimista sobre a possibilidade de aprovação do projeto ainda este ano, um ano eleitoral. “Aprovamos a Lei Geral também em ano de eleição, em 2006”, disse, lembrando que os debates antecipados facilitaram o processo.

Lição de casa
Na reunião, o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, destacou a importância dos ajustes, mas também lembrou que, passados mais de três anos, a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa ainda precisa ser regulamentada e praticada pela maioria dos municípios do país. Ele explicou que o Sistema Sebrae está mobilizado para ampliar essa regulamentação e conclamou que os parlamentares também precisam ter amplo engajamento no processo.

“Precisamos do apoio de todos para criar uma cultura do entendimento dos pequenos negócios”, disse Okamotto. Ele afirmou que o Sebrae vai subsidiar mais os parlamentares na formalização de políticas que incentivem o crescimento das empresas. “Não teremos um país desenvolvido se não criarmos empresas com valores fortes para competir no mercado globalizado”. Para ele, isso inclui, por exemplo, acesso à tecnologia e ao crédito, além de mecanismos para a formação de mão-de-obra para o segmento.

A reunião contou com a participação de aproximadamente 100 pessoas, incluindo cerca de 40 deputados, o secretário-executivo do Comitê Gestor do Simples Nacional, Silas Santiago; o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e secretário-executivo da Redesim, Edson Lupatini.

A relação de integrantes de entidades empresariais inclui representantes da Confederação Nacional das Micro Empresas e Empresas de Pequeno Porte (Comicro), Confederação Nacional da Indústria, Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas, União dos Legislativos Estaduais. A proposta estará novamente em debate durante seminário conjunto da Câmara dos Deputados e do Senado no dia 26 de maio, no auditório Petrônio Portela, no Senado.

Serviço:
Agência Sebrae de Notícias - (61) 2107-9110
www.agenciasebrae.com.br

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Okamotto defende difusão de conhecimento no agronegócio

Presidente do Sebrae diz que é preciso discutir estratégias e investir em pesquisa para modernizar o setor

Regina Xeyla

Trocar experiências, refletir sobre atuações e prever possíveis cenários para o setor agrícola nos próximos anos. Esses são os principais objetivos da ‘Semana Sebrae do Agronegócio 2010’, que teve início nesta terça-feira (4), em Brasília. “Precisamos de reflexões como essas para que possamos elaborar e disseminar cada vez mais conhecimento”, disse o presidente da instituição, Paulo Okamotto, durante a abertura do evento, que prossegue até quinta-feira (6).

Segundo ele, existem hoje no setor gargalos difíceis de serem resolvidos. “Temos de ficar atentos, por exemplo, nos setores que tem fortes oscilações no mercado, como o leite e o café”, afirmou. Okamotto anunciou que, em breve, o Sebrae, em parceria com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), irá levar gestão para as propriedades rurais, transformando-as em empresas.

O presidente ressaltou que a instituição precisa estar atenta a eventuais mudanças a serem enfrentadas pelo agronegócio nos próximos anos, como, por exemplo, o êxodo rural. “Precisamos discutir sobre os instrumentos de mercado e de conhecimento, desenvolver estratégias, discutir políticas públicas e investir em pesquisas para podermos sair da agricultura arcaica”, afirmou.

Para o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, o evento é a oportunidade de dar voz e vez para os produtores e lideranças e de compartilhar experiências. “O evento representa um esforço de trabalho, com compartilhamento de reflexão e boas práticas”, disse. O diretor ressaltou ainda o crescimento que o setor teve no país em 2009 e apresentou a programação dos três dias de encontro. “Serão apresentadas, aqui, experiências inovadoras. São experiências concretas do que pode ser feito”. O diretor levantou a possibilidade de o evento acontecer anualmente.

A diretora de transferência de tecnologia da Embrapa, Fátima Deane, falou da necessidade do Sebrae e da Embrapa se aproximarem ainda mais. “O futuro das duas instituições devem estar mais entrelaçados”, disse. Para o assessor especial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Milton Ortolan, que esteve na abertura representando o ministro Wagner Gonçalves Rosi, o evento é significativo e importante para o setor. “A Semana Sebrae de Agronegócios vem somar a outras ações que vem sendo conduzidas para o agronegócios”.

O embaixador do Senegal no Brasil, Fôdi Sick, ressaltou o importante relacionamento que seu país tem com o Brasil, na área de agricultura em geral. Ele falou também sobre a importância do Sebrae para o desenvolvimento do país. “Minha vinda ao Brasil é em busca de aproximação entre Sebrae e as instituições similares do Senegal”, afirmou.

Lançamento – Ainda durante a solenidade de abertura do evento foi lançado o catálogo de Hortaliças Brasileiras. A publicação é resultado da parceria técnica entre Sebrae e Embrapa Hortaliças. “O catálogo traz alternativas por região e por período. "Trata-se de um produto de conhecimento, tecnologia e de forte impacto de mercado", explicou o gerente da Unidade de Agronegócios do Sebrae, Paulo Alvim. A publicação estará disponível para download, a partir de hoje, no portal do Sebrae.

Serviço:
Unidade de Agronegócios do Sebrae - (61) 3348- 7469
Semana Sebrae do Agronegócio 2010
4 a 6 de maio, Brasil 21, Brasília (DF)
Assessoria de imprensa: (61) 2107-9110 e 2107-9106

terça-feira, 4 de maio de 2010

IAGRAM / UFERSA promovem empreendedorismo em Mossoró/RN

Com a proposta de estimular a cultura empreendedora na região do semiárido, a Incubadora do Agronegócio de Mossoró/RN – IAGRAM estará promovendo nos dias 6 e 7 de maio, o I Seminário da IAGRAM e o II Encontro da Rede Potiguar de Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos do Rio Grande do Norte – REPIN. Os dois eventos vão acontecer simultaneamente na Universidade Federal Rural do Semi-Árido - Mossoró/RN, sendo o Seminário da IAGRAM no Auditório do CTARN e, o REPIN, no Auditório do Centro de Convivência, ambos localizados no Campus Central da UFERSA Mossoró.

Segundo o gerente da IAGRAM, o agrônomo Giorgio Mendes Ribeiro, a intenção é divulgar as ações da Incubadora e ao mesmo tempo abrir espaços para novas parcerias. “Serão dois dias para apresentação não apenas do nosso trabalho, mas também de resultados obtidos pelos nossos afiliados”, afirma Giorgio Mendes.

Recentemente, a Incubadora do Agronegócio ampliou sua área de atuação passando atender os mais diversos setores do agronegócio. “Na oportunidade vamos também mostrar a nova versão da IAGRAM que na sua fase inicial desenvolveu atividades apenas na área da apicultura”, adiantou o gerente.

A expectativa de Giorgio Mendes é de que os dois eventos possam reunir cerca de 200 pessoas que lidam diretamente com a questão do agronegócio. “Nossa intenção também é despertar o interesse dos produtores rurais, empresas e a comunidade acadêmica – estudantes e professores – para a inovação tecnológica e o empreendedorismo”, justificou o gerente da IAGRAM.

PROGRAMAÇÃO
O I Seminário da IAGRAM contará com uma extensa programação que será iniciada na quinta-feira, 6, a partir das 19h, prosseguindo durante toda a sexta-feira, 7, no Auditório Central da UFERSA. A abertura contará com ato solene enfocando a importância da Incubadora para o desenvolvimento da região, apresentação cultural e apresentação de um vídeo institucional sobre a Incubadora do Agronegócio. Na ocasião, haverá também a graduação de duas empresas incubadas pela IAGRAM, a Cooperativa Potiguar de Apicultura e Desenvolvimento Rural Sustentável – COOPAPI e a Associação dos Apicultores da Serra do Mel - APISMEL, que deixam o estágio de incubadoras passam atuar como empresas associadas.

O segundo dia será com intensa atividade com a programação começando às 7h da manhã, prosseguindo até às 17h. Os trabalhos serão iniciados com a palestra Motivando para Empreender, a ser proferida pelo consultor da FOCAR, Raimundo Fernandes.

Em seguida, das 08h50min às 10h30min, estão programadas diversas apresentações de experiências desenvolvidas por outras incubadoras do estado: a Incubadora de Bordados, a Incubadora de Cooperativas Populares, a Incubadora da Ovinocaprinocultura, o Centro de Inovação Tecnológica e o Núcleo de Incubação Tecnológica são algumas delas.

Na parte da tarde, após o intervalo do almoço, às 13h30min, os participantes vão assistir a palestra Programa Sebrae de Incubadoras de Empresas, a ser ministrada pela gestora nacional do Sebrae, Dra. Maria de Lourdes Silva. Em seguida, às 14h30min, a palestra Inovação como Estratégia Competitiva, com o o gestor de incubadoras do RN, João Bosco Cabral Freire. A última palestra do dia será às 16h, sobre Empreendedorismo e Inovação no Meio Rural, a ser proferida pelos analistas do Sebrae-RN, Fernando de Sá Leitão e Leonel Pontes.

REPIN – Já o II Encontro da Rede Potiguar de Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos do Rio Grande do Norte acontece na sexta-feira, 7, a partir das 13h30min, no Auditório do Centro de Convenções. A abertura do Encontro será feita pelo Dr. Murilo Diniz, diretor da Administração e Finanças do Sebrae/RN.

O REPIN terá prosseguimento com a leitura da Ata com o resultados obtidos no encontro do ano passado e, em seguida, será apresentado o Plano de Ação de Funcionamento da REPIN para 2010 e a eleição para a gestão 2010/2011. Confira, abaixo, a programação do I Seminário da IAGRAM e o II Encontro da Rede Potiguar de Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos do RN, na íntegra.

I SEMINÁRIO DA IAGRAM : PROMOVENDO EMPREENDEDORISMO NO SEMIÁRIDO

PROGRAMAÇÃO

QUINTA-FEIRA – 06/05
Local: Auditório do CTARN


TEMAS/ATIVIDADES

19h-19h30 - Apresentação Cultural
19h30-20h15 - Abertura do seminário (apresentação de autoridades)
20h:15-20h30 - Apresentação do vídeo institucional da IAGRAM
20h30-20h45 - Graduação de empresas incubadas da IAGRAM
20h50 - Coquetel de Encerramento

SEXTA-FEIRA – 07/05

07h-07h30
- Credenciamento
07h30-08h15
- Palestra: Motivando para empreender
Palestrante: Raimundo Fernandes (FOCAR)
08h15-08h35
- Apresentação da IAGRAM/UFERSA
08h35-08h50
- Apresentação INBORDADOS
08h50-09h10
- Apresentação NEB/INCOOP
09h10-09h30
- Coffee Break
09h30-09h50
- Apresentação da INEAGRO-Cabugi
09h50-10h10
- Apresentação CITECS/UERN
10h10-10h30
- Apresentação NIT/IFRN
10h30-11h
- Encerramento com Sorteio de brindes
11h-13h25
- Intervalo para almoço
13h30-14h35
- Palestra: Programa SEBRAE de Incubadoras de Empresas
Palestrante: Maria de Lourdes Silva (Gestora do SEBRAE)
14h35-15h40
- Palestra: Inovação como estratégia competitiva
Palestrante: João Bosco Cabral (Gestor de incubadoras RN)
15h40-15h55
- Coffee Break
16h-16h55
- Palestra: Empreendedorismo e Inovação no Meio Rural
Palestrantes: Fernando de Sá Leitã e Leonel Pontes (analistas SEBRAE-RN)
17h
- Encerramento com Sorteio de brindes

II ENCONTRO DA REDE POTIGUAR DE INCUBADORAS DE EMPRESAS E PARQUES TECNOLÓGICOS DO RN

SEXTA-FEIRA – 07/05
Local: Auditório do Centro de Convivência

TEMAS/ATIVIDADES

13h30-13h45
- Abertura Dr. Murilo Diniz, Dir. de Administração do Sebrae/RN
13h45-14h15
- Leitura da Ata com os resultados do I Encontro 2009
14h15-15h
- Plano de Ação de Funcionamento da REPIN em 2010
- Administração e Gestão da REPIN
- Eleição da REPIN para a gestão 2010 e 2011
Coordenação - Dra. Carla Motta
15h-15h45
- Coffee Break
15h45-16h55
- Ações e metas para 2010
17:00h
- Encerramento.

Enviada por: Pró-Reitoria de Extensão e Cultura

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Receita libera novo programa para quem atrasou declaração

O contribuinte que perdeu o prazo para fazer a declaração do Imposto de Renda 2010, que terminou às 23h59 na última sexta-feira (30/04), já pode baixar o novo programa do site da Receita Federal para acertar as contas com o fisco.

Com o novo programa- versão 2010v1.1-, o contribuinte que fizer a declaração com atraso já imprimirá a Darf com a multa a ser paga em banco. Já o Receitanet, programa utilizado para enviar o documento da declaração, não foi alterado.

A multa para quem declarar com atraso é de 1% ao mês sobre o IR devido. A punição mínima é de R$ 165,74 e a máxima de 20% do imposto. Se não houver valor a ser acertado, a multa é fixa em R$ 165,74.

Outro inconveniente enfrentado por quem deixar de declarar dentro do prazo diz respeito ao pagamento das quotas do imposto. Isto porque para quem, no lugar de receber restituição do IR, descobriu que estava em débito com a Receita, o prazo de pagamento da primeira quota do imposto parcelado também venceu no dia 30 de abril.

Ou seja, quem entrega a declaração atrasada também paga as quotas retroativas, arcando com os respectivos encargos. Finalmente, cabe ressaltar ainda que o contribuinte que não entrega a sua declaração, além de ficar em situação irregular com o Fisco, corre o risco de ter o seu CPF (Cadastro de Pessoa Física) cancelado. Por este motivo, deve-se regularizar a situação, enviando as declarações retroativas.

O contribuinte que perder o prazo de entrega das declarações poderá utilizar a internet ou procurar uma das unidades da Receita Federal para entregar o disquete - talvez você não saiba, mas depois de terminado o prazo, não é permitido o envio de declarações por disquete direto nas agências da Caixa Econômica ou do Banco do Brasil.

Para as declarações deste ano, o contribuinte utilizará o programa IRPF 2010 para preencher o formulário e baixar o programa Receitanet. Declarações de anos anteriores são feitas da mesma forma, mas, para cada ano, deve-se utilizar um programa gerador distinto, referente ao ano de entrega da declaração.

Acima do esperado
Até as 23h59 da última sexta-feira, a Receita Federal recebeu cerca 24,6 milhões de declarações, número que ficou pouco acima das expectativas iniciais que eram de 24 milhões.

Segundo o órgão, cerca de 600 mil contribuintes entregam declarações com atraso todos os anos. A declaração é exigida para quem teve rendimento tributável superior a R$ 17.215,08 no ano passado.

Saiba Mais
Para fazer a declaração do Imposto de Renda pela internet, é preciso baixar o programa gerador da declaração e o Receitanet, arquivo responsável pelo envio do documento para a Receita. Após baixar os dois arquivos, o contribuinte poderá enviar o documento preenchido para a Receita Federal.

Vale lembrar que o contribuinte que tiver imposto a restituir terá a multa debitada do crédito a ser restituído.

Por: UOL - Economia
*Com infomações da InfoMoney e Folha Online