sábado, 29 de agosto de 2009

Bancos preveem alta das dívidas

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fabio Barbosa, previu ontem que a inadimplência no País deverá continuar em trajetória de alta por, pelo menos, mais dois meses. “Os números divulgados (pelo Banco Central) não assustaram. Vieram dentro do previsto”, comentou. O executivo se referia aos dados, divulgados na quarta-feira pelo BC, mostrando que, em julho, a parcela dos empréstimos com atrasos superiores a 90 dias subiu pelo oitavo mês seguido e atingiu 5,9% das operações, o pior nível da série estatística, iniciada em 2000.

Embora espere que uma inadimplência em alta no curto prazo, o presidente da Febraban acrescentou que, no longo prazo, a tendência é de estabilização da taxa de atrasos. “No último trimestre do ano, devemos ver a redução destes números”, disse, esclarecendo que sua análise tem como base a perspectiva de que, na ocasião, haverá reflexo da retomada da atividade econômica sobre o setor financeiro, após o grande impacto da crise mundial.

Os índices de inadimplência devem voltar ao nível pré-crise apenas no ano que vem. “O importante é que daqui a um mês ou dois, a inadimplência pare de crescer”.

O diagnóstico mensal do BC ainda revelou que, em julho, o volume de empréstimos cresceu 2,6% ante junho. Mais uma vez, bancos públicos lideraram esse movimento de alta, com destaque para os R$ 25 bilhões emprestados pelo BNDES à Petrobras.

Fonte: Jornal Tribuna do Norte

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