quarta-feira, 31 de março de 2010

Receita prorroga prazo de entrega da declaração do Simples

Novo prazo de entrega vai até 15 de abril.
Declaração anual é feita pelo site da Receita Federal.



A Receita Federal prorrogou o prazo de entrega da Declaração Anual do Simples Nacional (DASN) 2010, relativa a 2009, que inicialmente deveria se encerrar nesta quarta-feira (31).

A Receita informou que o prazo agora vai até o dia 15 de abril. Segundo o Comitê Gestor do Simples Nacional, a medida foi adotada por problemas operacionais do Serviço Nacional de Processamento de Dados (Serpro).

A expectativa é que até o final do prazo 3 milhões de empresas entreguem a declaração. Até esta terça, 2,55 milhões de declarações já haviam sido entregues.

Do G1, em São Paulo

segunda-feira, 29 de março de 2010

Insinuante e Ricardo Eletro criam nova gigante do varejo

As redes de móveis e eletrodomésticos Insinuante, da Bahia, e Ricardo Eletro, de Minas Gerais, devem anunciar entre hoje e amanhã a união de suas operações. Juntas, as empresas devem ampliar seus negócios no Nordeste, no Rio de Janeiro e no interior de São Paulo.

A nova empresa terá 480 lojas espalhadas em 17 Estados do país. Com faturamento de R$ 4,6 bilhões anuais, a Insinuante/Ricardo Eletro deverá ser maior do que o Magazine Luiza (faturamento de R$ 3,8 bilhões no ano passado), que ocupa a segunda colocação no ranking do varejo no país, atrás de Pão de Açúcar/Casas Bahia.

O controle deverá ser dividido entre as duas redes -cada uma possuirá 50% de participação. Ricardo Nunes, dono da Ricardo Eletro, deve comandar a nova companhia. Luis Carlos Batista, da Insinuante, fica no conselho de administração.

No ano passado, Nunes disse que seu objetivo era consolidar e não vender a empresa. A rede montou um centro de distribuição em São Paulo e previa abrir mais 50 lojas no interior do Rio de Janeiro em 2010. O faturamento da rede no ano passado foi da ordem de R$ 2,1 bilhões, o que representou um aumento de 28% sobre 2008.

A decisão de fundir as duas redes ocorreu após o negócio entre o grupo Pão de Açúcar e as Casas Bahia no ano passado. Parceira do BTG Pactual, de André Esteves, a Insinuante foi uma das finalistas para a compra das Casas Bahia.

Fundada em 1959 em Vitória da Conquista, no interior da Bahia, a Insinuante, que começou suas operações com o comércio de calçados, tem cerca de 220 lojas. A Ricardo Eletro, fundada em 1989 em Divinópolis (MG) pelos irmãos Ricardo e Rodrigo Nunes, possui cerca de 240 lojas no país e emprega cerca de 8.000 pessoas.

A concentração no varejo, principalmente após o negócio entre Pão de Açúcar e Casas Bahia, estimula a fusão de redes menores, segundo consultores de varejo. A indústria é contrária ao movimento porque perde poder de negociação e fica nas mãos de grandes clientes.

Por: Fátima Fernandes e Toni Sciarreta - Folha de S.Paulo

domingo, 28 de março de 2010

Banco flutuante com conexão via satélite leva posto eletrônico a ribeirinhos no AM

Atendimento é feito a bordo de navio-mercado que percorre o Rio Solimões.

Não é por falta de agência bancária perto de casa que populações ribeirinhas na bacia do Rio Solimões, no Amazonas, vão deixar de abrir conta corrente. Desde dezembro de 2009, um dos grandes bancos brasileiros atende a essas pessoas com um posto eletrônico adaptado nas dependências do navio-mercado Voyager III, que sai de Manaus duas vezes ao mês, rumo ao município de Atalaia do Norte, perto da fronteira com o Peru.

Só foi possível criar esse sistema depois de cerca de três anos de pesquisa, já que a tecnologia utilizada não existia da forma como foi concebida em nenhuma parte do mundo. Como o sinal do banco precisava chegar a regiões remotas da Amazônia, mas o posto de atendimento ficaria dentro de um barco em movimento, a solução foi se inspirar em equipamentos avançados de navegação, encontrados na Espanha.

Dessa forma, técnicos do banco instalaram no topo do Voyager III uma antena satelital móvel importada, cujo funcionamento se dá por meio de uma cápsula que a encobre.


A cápsula, produzida com material que protege a antena contra as intempéries do clima tropical, faz um giro completo e fica se movendo enquanto o barco avança pelo rio, sempre à procura da melhor posição para se conectar com o satélite. Se não fosse assim, a ligação só funcionaria no momento em que a embarcação estivesse parada.
"Ao desenvolver o sistema, o primeiro ponto foi permitir, de forma simples, que o ribeirinho pudesse fazer todas as operações bancárias em um terminal de auto-serviço", explica André Martins, presidente da Rede Ponto Certo, empresa responsável pela tecnologia empregada no banco flutuante. "O avanço todo está em fazer com que essas pessoas, não acostumadas com as tecnologias como quem vive em grandes cidades, possam aprender e usar esse serviço."

O terminal instalado no banco só não permite ao ribeirinho realizar saques e depósitos. Mas as operações podem ser feitas no próprio caixa do navio-mercado, que também aceita vender seus produtos por meio do pagamento em cartão.

O Voyager III navega pelo Solimões levando 200 passageiros e 500 toneladas de toda a sorte de alimentos e utilitários, desde um palito a uma telha, um frango congelado ou uma impressora. Afinal, nada pode faltar em uma região que recebe apenas duas vezes a cada mês um mercado com produtos comuns em cidades urbanizadas.

O barco possui, dependendo da viagem, uma gerente e cerca de cinco funcionários treinados para atender interessados nos serviços bancários. Em quatro meses, mais de 300 contas foram abertas.

Mas o mercado potencial é bem maior, já que, em um trajeto de 1.600 quilômetros pelo Rio Solimões, o navio esbarra em 50 comunidades ribeirinhas e 11 cidades. Outras 64 vilas estão distribuídas em locais próximos, em braços de rio que permeiam o leito principal do Solimões. De Manaus até a cidade de Atalaia do Norte, passando por Tabatinga, o maior centro urbano perto da fronteira com o Peru, existem cerca de 240 mil moradores.

Alguns vilarejos pelo caminho possuem postos de atendimento avançado do banco, que funcionam para estimular os negócios em cada local e têm parte dos serviços oferecidos por meio de um banco postal, como é o caso de Jutaí e Tonantins. Mas as distâncias entre um posto e outro geralmente são grandes, ainda mais considerando que parte da população se desloca usando canoas sem motor.

Por: Lucas Frasão - Globo Amazônia, em São Paulo


sexta-feira, 26 de março de 2010

Cadastro Empresarial mapeia negócios no Rio Grande do Norte

Publicação registra dados de questões como informalidade no estado e servirá de referência para ações do Sebrae

Uma radiografia dos negócios existentes na área urbana de todos os municípios do Rio Grande do Norte. Este é o perfil do Cadastro Empresarial do Rio Grande do Norte (CEMP), desenvolvido pelo Sebrae no Rio Grande do Norte e que está na publicação ‘Negócios Potiguares’.

“A pesquisa do cadastro cobriu todos os municípios para mapear num só documento os empreendimentos produtivos. É uma ferramenta prática para quem deseja investir ou ampliar sua empresa, além de dar novos rumos à orientação prestada pelo Sebrae e subsídios às políticas públicas de apoio aos pequenos negócios”, enfatiza o superintendente do Sebrae/RN, José Ferreira de Melo Neto.

O diretor também destaca o papel das micro e pequenas empresas na economia do estado. “As empresas com até quatro trabalhadores foram responsáveis pela criação, em 2009, de mais de 15 mil empregos no Rio Grande do Norte. Foram elas que amenizaram o problema do desemprego”, acredita Melo, anunciando também que o estado já conta com 1.482 empreendedores individuais. A meta do Sebrae/RN é chegar a 13 mil empreendedores cadastrados nesta categoria.

Após minuciosa análise e cruzamento das informações reunidas no cadastro, chegou-se a resultados já esperados e a outros surpreendentes, segundo os responsáveis pela pesquisa. O CEMP revelou que mais da metade das empresas potiguares ainda atuam na informalidade. Dos 66.301 negócios classificados como produtivos, 60,9% são informais e somente 39,1% estão devidamente registrados. Foi verificado também que a maioria das empresas formais está concentrada nos setores de serviço (49,1%) e comércio (46,3%).

De acordo com o estudo, entre os negócios que funcionam sem registro, a situação é semelhante mas há uma predominância de concentração no setor comercial (56,9%) em relação ao de serviço (29,9%).

Essas informações serão utilizadas pelos gestores de projetos e pelos dirigentes na definição do direcionamento estratégico do Sebrae e serão disponibilizadas, através da Central Fácil, para o público que diariamente consulta a instituição sobre questões relativas à abertura e ao desenvolvimento de negócios.

A publicação foi lançada na segunda-feira (22), em Natal, em solenidade com a presença de empresários e autoridades.

Da Agência Sebrae de Notícias

terça-feira, 23 de março de 2010

Desbloqueio de celular independe de contrato com operadora, dizem entidades

Anatel aprovou nesta semana o desbloqueio sem custo para o cliente. Idec e ProTeste afirmam que mudança é vantajosa para o consumidor

Por: Ligia Guimarães

O consumidor que quiser desbloquear o celular para usar chips de outras operadoras deverá ter seu pedido prontamente atendido pela empresa, segundo decisão da Agência nacional de Telecomunicações (Anatel). Órgãos de direito do consumidor ouvidos pelo G1 dizem que a regra vale mesmo que o cliente esteja atrelado a algum tipo de contrato de fidelização à prestadora do serviço.

A mudança promovida pela Anatel vale assim que a medida for publicada no Diário Oficial da União, o que, segundo a agência, deve ocorrer nos próximos dias.

Segundo especialistas em relações de consumo, é comum que operadoras de telefonia móvel neguem o desbloqueio do aparelho do cliente alegando que ele recebeu algum benefício (desconto em pacote de serviços ou aparelho grátis) e tem um período obrigatório de permanência naquela operadora.

“Agora está claro para o consumidor que, se ele compra um aparelho em promoção e fica fidelizado, não pode ser imposto o bloqueio em contrapartida. Antes não ficava claro”, explica Guilherme Varella, advogado do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec).

”Antes [da decisão desta semana] as operadoras atrelavam a fidelização ao desbloqueio do celular, e isso está desbloqueado a partir dessa interpretação da Anatel. Agora, a fidelização não pode impedir o desbloqueio”, diz a coordenadora da Pro Teste, Maria Inês Dolci.

O direito ao desbloqueio sem custos é benéfico para o consumidor, segundo coordenadora da Pro Teste. "Por que é bom para o consumidor? Porque ele pode usar o chip de outras operadoras no aparelho, conforme for mais conveniente pra ele. Se você vai viajar, por exemplo, pode comprar lá no exterior um chip e colocar lá para usar na viagem", explica.

Fidelização x desbloqueio

Para Varella, a decisão representa um avanço para a liberdade do consumidor, já que obriga as companhias a só venderem aparelhos celulares que tenham possibilidade tecnologia de desbloqueio. “Algumas empresas estavam disponibilizando aparelhos com dispositivo ‘hard blocking’, que impedia tecnologicamente a troca do chip. Esse tipo de prática está proibida."

A própria Anatel ressaltou nesta-sexta-feira que a decisão não interfere nos contratos de fidelização feitos entre operadora e cliente, que ocorrem quando o cliente se compromete a permanecer com uma prestadora de serviço por período determinado (de, no máximo, um ano) em troca de um benefício acordado previamente entre as duas partes.

"O rompimento do contrato por parte do usuário antes do prazo de permanência fixado no contrato (no máximo de 12 meses) poderá ensejar a cobrança de multa e outras penalidades fixadas previamente no contrato", afirma a Anatel em comunicado.

Segundo Varella, do Idec, a multa caso o cliente quebre o contrato de fidelização não pode exceder o valor equivalente a 10% do total de parcelas que ainda restam ser pagas. "Por exemplo, se fez um plano com a empresa para pagar R$ 60 por mês e ainda faltam seis meses para acabar o contrato, a multa pode ser de no máximo 10% dos R$ 360 que o cliente ainda precisaria pagar", diz o advogado.

De acordo com Maria Inês Dolci, o consumidor que enfrentar resistência ao desbloqueio ou demora por parte das operadoras deve reclamar imediatamente em órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, e na Anatel, que regula o setor. A denúncia à Anatel pode ser feita pelo número 133 ou pelo site: www.anatel.gov.br.

Opinião das operadoras

O diretor de mercado da Oi, João Silveira, disse que a empresa, que só vende aparelhos desbloqueados desde 2007, comemora a decisão da Anatel. "Há uma resistência das outras operadoras em desbloquear. Já estava claro no regulamento, e a Anatel agora deixou mais claro. Nossa mensagem aos clientes é: desbloqueie seu celular na hora da compra."

A TIM disse que, desde 1º de fevereiro, só vende aparelhos desbloqueados e que faz o desbloqueio gratuito dos celulares dos atuais clientes, mediante apresentação da nota fiscal.

As operadoras Vivo e a Claro disseram que só vão se pronunciar sobre a decisão da Anatel depois que a súmula for publicada no Diário Oficial.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Mulheres detêm 44% dos planos privados

Atualmente, 44% dos 13 milhões de planos de previdência ativos no País são de mulheres. Em 2000, dos cerca de cinco milhões de planos, 35% eram do público feminino

O interesse feminino em planejar o futuro cresce a cada ano, prova disso se está nos números da Federação Nacional da Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). Atualmente, 44% dos 13 milhões de planos de previdência privada ativos no País são de mulheres. Em 2000, dos cerca de cinco milhões de planos, 35% eram do público feminino. Para o vice presidente da Fenaprevi, Renato Russo, a tendência é ter cada vez mais mulheres na previdência. ``Sobretudo se levarmos em conta que hoje, segundo o IBGE, 35% dos lares brasileiros são sustentados por elas``, destaca.

A consolidação econômica feminina também é apontada por especialistas como o fator que tende a impulsionar a participação delas no mercado de previdência complementar. A expectativa de o público feminino atuar cada vez mais na administração financeira fez o Santander criar o Projeto Mulher. Entre os bancos de varejo (Itaú Unibanco, Bradesco, HSBC, Banco do Brasil), o Santander é o único que tem planos de previdência direcionados exclusivamente às mulheres.

As aplicações mensais, que terão condições especiais em março (mês do dia da mulher) na Previ Mulher, são de no mínimo R$ 100, com taxa de carregamento de 2% e de administração também de 2% sobre o valor investido.

Na Brasilprev, uma das maiores companhias de previdência privada e que trabalha sob a bandeira do Banco do Brasil, dos 1,19 milhão de clientes da empresa, 43% são do sexo feminino. Outros números da empresa indicam que o público feminino adquire planos de previdência complementar mais cedo do que os homens.

Do total de clientes mulheres, 44% têm até 30 anos. Já da clientela masculina, esse número é de apenas 37%. Apesar de serem a maioria, elas ainda são consideradas conservadoras. Atualmente, 43% dos investimentos de risco no mercado nacional são feitos por mulheres, segundo números da Fenaprevi. Em 2005, esse número era de apenas 17%.

Apesar de serem a maioria na procura pela previdência privada, as mulheres devem ficar de olho na idade em que se quer começar a investir no futuro. A servidora pública Áurea Martins decidiu abrir um plano de previdência privada faltando apenas seis anos para se aposentar, mas viu que o investimento não seria viável. ``Não vi muita vantagem por causa da minha idade, 49 anos, já que precisaria iniciar o plano investindo valores muito altos``, explica. A alternativa foi abrir um plano de previdência privada para o filho, de 23 anos. ``Comecei em janeiro deste ano a depositar R$ 100 todo mês para ele porque sei que não terá perdas e acaba sendo uma aposentadoria a mais para meu ele``, confessa. (HO)

E-Mais

>1. As empresas que atuam no ramo de Previdência Completar estão vinculadas ao Ministério da Fazenda e são regulamentadas e fiscalizadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão do governo que recebe mensalmente relatórios oficiais das entidades para apuração de todos os valores e aplicações.

>2. Segundo o superintendente estadual do Banco do Brasil, as contribuições realizadas pelos proponentes ao plano são aplicadas em um Fundo de Investimento em Cotas, ficando a critério do cliente optar pelas diversas modalidades oferecidas pelos bancos.

>3.Esses fundos combinam investimentos no mercado de renda fixa e no mercado acionário, em diferentes proporções.

Fonte: Caderno Negócios Jornal O Povo

domingo, 21 de março de 2010

Planeje o seu futuro agora

Planos de previdência, poupança, renda fixa, mercado de ações. Qual o melhor investimentos para garantir a sua aposentadoria? Essa é uma pergunta, cuja resposta depende de muitas variáveis

Por: Helaine Oliveira

O que você planeja para o seu futuro? Ainda é pequeno o número de pessoas que se prepara para a velhice, embora essa seja uma questão fundamental, diante da expectativa de ampliação da média de vida da população.

Para ter uma renda razoável e direito a viagens, saúde e lazer é importante aprender a guardar um dinheiro para o futuro. Além dos vários planos de previdência privada oferecidos pelo mercado, é possível você fazer sozinho seu planejamento financeiro. Entretanto, isso exige disciplina e uma boa avaliação dos investimentos. Para quem não quer ter esse trabalho, os analistas recomendam os planos de previdência.

De acordo com o economista Andrei Simonassi, quanto mais cedo iniciar o investimento, melhor. ``Se você começar a depositar R$ 50 por mês para o seu filho de cinco anos, por exemplo, quando ele tiver 20 anos a conta já vai pelo menos R$ 25 mil, que ele pode retirar para complemento dos estudos, se preferir``, explica. Simonassi afirma ainda que para dar início a um plano de previdência privada, o primeiro passo é o planejamento.

``A pessoa deve colocar todas as contas no papel, incluindo até os gastos mais supérfluos, como chicletes ou maços de cigarros comprados, por exemplo. Em seguida deve-se comparar com a receita mensal e o que sobrar pode ser investido``, explica.

O economista defende a ideia de se investir em previdência privada, uma vez que o dinheiro depositado irá complementar a aposentadoria. ``A pessoa deve ter em mente que guardar este dinheiro não deve ser sacrifício, mas sim uma maneira de não ser surpreendido no futuro, já que o que se recebe de aposentadoria é quase insuficiente para os gastos que a idade exige. É viável, sobretudo para os trabalhadores informais e aqueles profissionais que não possuem tanta estabilidade no emprego``, destaca. Já o consultor Emerson Castello Branco não aconselha o investimento em previdência privada. ``Em geral não vale a pena porque é mais viável a pessoa administrar seu próprio dinheiro, investindo em fundos de renda fixa ou ações, que dão um retorno maior``. Para ele, o prazo de rendimento da previdência privada diminui as chances do dinheiro crescer, se comparado a outros planos. ``A previdência privada não tem mobilidade, é o que a gente chama de -engessado-`

quarta-feira, 17 de março de 2010

Uso de FGTS em consórcio de imóvel começa amanhã

Para poder usar os recursos, a conta do FGTS e a titularidade da cota do consórcio devem estar no mesmo nome, o imóvel deve ser residencial urbano e ter sido comprado com carta de crédito do consórcio.

A Caixa Econômica Federal anunciou hoje que pessoas com Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) poderão, a partir de amanhã, utilizar os recursos da conta para amortizar, liquidar e pagar parte das prestações de consórcios imobiliários. A medida, que já havia sido aprovada pelo Conselho Curador do FGTS no fim de 2009, esperava apenas a regulamentação da Caixa para começar a valer.

Segundo o banco, a novidade estará disponível para os clientes que já tenham sido contemplados com a carta de crédito e adquirido o imóvel. Para poder usar os recursos, a conta do FGTS e a titularidade da cota do consórcio devem estar no mesmo nome. Além disso, o imóvel precisa ser residencial urbano e deve ter sido comprado com a carta de crédito do consórcio. Interessados devem procurar a administradora do consórcio.

Outra exigência é que o imóvel adquirido esteja na localidade onde o cliente trabalha ou reside há mais de um ano. Nas regiões metropolitanas, também é permitido usar o FGTS em residências localizadas em cidades vizinhas.

O cliente não pode ser dono de outro imóvel no local, nem ter em seu nome financiamento ativo do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) em qualquer parte do Brasil na data de compra da residência. O FGTS só pode ser usado para abatimento no consórcio de imóveis com valor de até R$ 500 mil. Os demais usos já permitidos para os recursos do FGTS continuam a valer, como os que destinam o saldo do fundo para lances no consórcio ou para completar o valor da carta de crédito.

Por: Fernando Nakagawa - Agência Estado

segunda-feira, 15 de março de 2010

O círculo virtuoso dos negócios de sucesso

Os quatro pontos-chave para ganhar a preferência do consumidor

Há quatro pontos-chave comuns às empresas que conseguem alcançar e manter o sucesso de seus negócios de maneira virtuosa e sustentável, estando recorrentemente na lista de preferências do consumidor em determinada categoria.

- Entender o consumidor
Entender o comportamento do consumidor e suas atitudes em relação à determinada categoria de um produto é o primeiro passo para companhias que almejam posição de destaque em seus mercados. Sem conhecer as expectativas do cliente, dificilmente a empresa conseguirá criar ideias que sejam capazes de atender às suas necessidades.

- Desenvolver “claims” de superioridade do produto
Claim significa promessa, afirmação. A empresa precisa definir claims que ajudem a garantir a superioridade de seu produto naquilo que é mais relevante para o consumidor. Ou seja, precisa ter afirmações claras quanto às características e diferencias de seu produto nas questões que o consumidor julga fundamentais. Os claims podem ser de natureza competitiva como também dirigidos a desenvolver a categoria ou o consumo na categoria. Por exemplo, se a usuária de um xampu acredita que ter um produto que deixe os cabelos mais lisos é o mais importante, aquele fabricante precisa ter claims que digam que o xampu X é o que garante o cabelo mais liso entre todos os concorrentes do mercado. Outro exemplo aconteceu no mercado de enxaguatórios bucais, em que os claims prometeram uma forma fácil de tornar a boca mais limpa e saudável. O crescimento desse mercado após a execução desses claims foi notório.

- Buscar sustentabilidade para os “claims”
A empresa precisa ter uma sequencia de inovações que a protejam de novas ofertas da concorrência para conquistar seus consumidores. O investimento dirigido à inovação e renovação dos claims garante sustentabilidade e blindagem contra as novidades dos competidores.

- Ter uma comunicação eficiente criativa
Esse ponto é de extrema importância e traz diversos desdobramentos na estratégia corporativa. No briefing inicial de qualquer campanha de comunicação, é preciso definir quais serão os objetivos da propaganda (o que se espera dela, desenvolvimento da categoria, reforço da marca?) e a estratégia da propaganda propriamente dita.

Na estratégia de comunicação, é fundamental definir quatro pontos:

Qual o público-alvo
Quanto mais focado, melhor para o sucesso da propaganda.

Qual o benefício básico do produto
Na definição do benefício básico, deve-se responder a pergunta “Por que o consumidor vai escolher o meu produto?”

Quais são as razões que sustentam o benefício básico, “reason why”

Qual o tom da propaganda e o caráter que se pretende dar para a marca e/ou usuário da marca

A estratégia precisa estabelecer, entre esses quatro pontos, onde estará o foco da comunicação, uma vez que há muitos elementos e a comunicação eficiente é aquela focada em uma ideia principal. O mais importante é o benefício básico? Ou deve-se dar foco ao “reason why” ou ao tom da comunicação? É muito importante consultar as atitudes e comportamentos do consumidor, pensar bem nos objetivos e na estratégia da propaganda, pois muitas vezes o caminho do sucesso não é aparente. A comunicação é tão boa quanto é a sua estratégia. O desafio exige planejamento, dedicação e muito trabalho (muitas vezes com a ajuda de parceiros ou pessoas que enxerguem o empreendimento com algum distanciamento), mas o resultado é, sem dúvida nenhuma, compensador.

Por: Carlos Gottschalk (Época Negócios)

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sábado, 6 de março de 2010

Fatores de risco não são novos, mas seguem travando negócios

Por: Josué Leonel

A indefinição continua dando o tom nos mercados. O anúncio das medidas fiscais na Grécia e de indicadores melhores que o esperado nos EUA não foi suficiente para convencer os investidores a irem com tudo às compras de ativos de risco nesta quarta-feira. E, nesta quinta-feira, os sinais são de que o mercado deve continuar patinando.

Em que pese os analistas e operadores citarem alguns fatores específicos como razões para o momento atual de cautela, estes motivos não são, a rigor, novos. O temor de desaceleração do crédito na China, por exemplo, é uma consequência natural e esperada das várias medidas já adotadas pelo governo e pelo banco central do país para conter o excesso de liquidez. O inesperado seria que não ocorresse uma desaceleração.

Teve operador que chegou a citar o conteúdo do Livro Bege nesta quarta-feira como fator de retração. No fundo, porém, os comentários feitos pelo Fed no documento não foram muito além daquilo que todos já conhecem: que as condições econômicas americanas continuaram a melhorar ligeiramente no início de 2010, mas as nevascas que atingiram o país afetaram a atividade.

A falta de sinalizações mais concretas por parte dos governos europeus em apoio à Grécia após o país anunciar as medidas de austeridade fiscal também ajudou a tirar o gás dos investidores. Também neste caso, contudo, não há razões para maiores surpresas. Até as pedras das ruínas de Atenas sabem que o mais difícil começa agora, com a implementação das medidas. Não seria muito lógico a França e a Alemanha jogarem a esperada boia de salvação antes de os gregos darem os primeiros passos para tirar as promessas do papel.

Há muitos outros fatores de risco rondando o mercado, como o de a capitalização da Petrobras trazer diluição muito expressiva na participação dos acionistas na empresa. Também neste caso, porém, trata-se de uma incerteza antiga, que só ganha evidência agora porque o momento de definição começou a se aproximar.

Embora este e outros fatores de risco não sejam novos, eles podem continuar travando os negócios ainda por algum tempo. A capitalização da Petrobras só deve ser votada no Senado nos próximos meses e a operação financeira em si pode ficar para o segundo semestre. A Grécia e demais europeus não devem sair da berlinda tão cedo. Da mesma forma, as dúvidas sobre a sustentabilidade do crescimento nos EUA e Europa e sobre o impacto das medidas de restrição na China não devem ser esclarecidas no curto prazo.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Atendimento a clientes: valores que não implicam gastos

A equação do desenvolvimento e apuração de bons resultados, na área de atendimento ao cliente, representa despesas para sua empresa? Preste atenção para esta informação: “estatísticas estimam que, se uma empresa gasta de 2% a 5% de sua folha de pagamento anual com treinamento de funcionários, ela terá cerca de 10% de aumento no lucro bruto. Além disso, empresas com alto nível de serviço a clientes, e uma base de clientes leais, podem cobrar até 10% mais que seus concorrentes. Numa soma simples, se você treinar seus funcionários para fornecer melhor atendimento aos clientes, seu lucro bruto pode aumentar em 20%”.

Então basta treinar meus funcionários para a excelência no atendimento, que posso gerar mais lucros para minha empresa? A resposta é não! E é exatamente isso que analisaremos nesse artigo.

O desafio é justamente esse: sempre tornar o cliente o foco das estratégias de sua empresa. A recomendação é ser uma empresa orientada ao cliente. Na dinâmica da economia atual, empresas, em todos os ramos de atividades, buscam caminhos para aumentar a satisfação dos clientes.

Vender visando atender as expectativas de seus clientes, deve ser o norte da bússola de sua empresa. Esse conceito já foi muito explorado e, se não é praticado por sua empresa, tenha certeza, sua empresa está ultrapassada. A ordem agora é exceder as expectativas dos clientes.

Portanto, a questão é: quem é o meu cliente, quais são suas necessidades, desejos e expectativas? Seja qual for o porte de sua empresa, criar um banco de dados de seus clientes e mantê-lo atualizado é a primeira providência. O segundo passo é estabelecer um relacionamento, ou seja, cuidar de seus clientes. Como em qualquer relacionamento, se você cuidar deles, o resultado será a lealdade e fidelidade. E qual empresa não deseja manter clientes leais e fiéis? Mas, para isso a empresa deve estar totalmente envolvida, desde o proprietário, gerentes e demais funcionários – seja qual for o organograma de sua empresa, em atividades e valores que não envolvem custo algum, pois são desenvolvidas por pessoas.

Que valores são esses que estou citando?

1. Credibilidade, confiança, reputação
No mundo dos negócios, como em qualquer relação, credibilidade é tudo. Se você promete que seus serviços ou produtos atendem as expectativas de seus clientes, então cumpra a promessa.

2. Conveniência
No mundo atual, disponibilidade de acesso rápido e conveniência são fundamentais. As pessoas têm cada vez menos tempo, menos dinheiro e mais opções. É fundamental atender seu cliente no tempo que ele exige, dentro de suas necessidades e onde ele quer ser atendido.

3. Facilidade
Torne tudo muito simples e fácil ao seu cliente. Eles já possuem outros tipos de preocupações. Não se torne mais uma preocupação. Se você causou algum inconveniente, assuma pedindo desculpas e seja sincero. Mas, acima de tudo, solucione seu problema no prazo mais curto possível, sem tomar seu tempo.

4. Excelência
Todos na empresa, sem exceção, devem retribuir com excelência a escolha de seus clientes.

Todos nós queremos trabalhar com excelentes pessoas e excelentes empresas. Supere. Se as pessoas de sua empresa são boas, não é o suficiente. Se elas são ótimas, não é o suficiente. Motive a superação sempre.

5. Antecipação
Ação, e não reação. Não espere que seu cliente peça. Ofereça dentro de suas necessidades e perfil. Não espere que ele reclame, pergunte antes. Faça uma pesquisa de satisfação e antecipe.

Chegue antes para surpreender seus clientes e a aceitação será mais fácil.

Esses cinco valores e características envolvem o esforço de recursos que sua empresa já possui, ou seja, o recurso humano.

O próximo passo é estabelecer um canal para monitorar a reação dos seus clientes, transformar sua empresa em uma que seja orientada ao cliente, capaz de avaliar o nível de satisfação dos mesmos.

Antes, torne clara, de preferência por escrito, a política de atendimento da empresa, para que não haja enganos ou desentendimentos. Para manter um canal aberto de comunicação com os clientes você deverá avaliar as características de seus clientes e dentro de seu perfil oferecer as ferramentas de aferição que podem ser feitas por e-mail, telefone ou visitas pessoais.

Determine em cada área da empresa quem será o responsável pelo atendimento, ou seja, delegue. E aplique os cinco conceitos de valores acima descritos. Esteja pronto para aprender com as reclamações. Encare-as como oportunidades de conhecer melhor as necessidades dos clientes. Todas essas recomendações não envolvem custo e estão ao alcance da pequena e micro empresas.

Por: Wlamir Bello (Consultor – Sebrae/SP)

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quinta-feira, 4 de março de 2010

Franquias: bons negócios no RN

Por: Sílvia Ribeiro Dantas - Repórter

Para tornar real o sonho de ter o próprio negócio, cada vez mais pessoas vêm optando por fazer parte de uma rede de franquias. De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), nem mesmo a crise financeira internacional, que abalou diversos setores da economia entre os anos de 2008 e 2009, foi suficiente para intimidar o crescimento das franquias em todo o mundo. A associação estima que em 2010, haverá um incremento de 15% no faturamento do setor em todo o país, o que significa chegar a um total de R$ 72 bilhões até o final deste ano. Para o Nordeste, o crescimento esperado é de 17%.

Nesse tipo de negócio, há uma relação do empreendedor com uma empresa consolidada no mercado, para possibilitar o uso de uma marca que já é forte e dispor de serviços de apoio. Dessa forma, o franqueado passa a administrar uma nova empresa a partir de regras estabelecidas pelo franqueador, o que possibilita manter um padrão para aquela marca e a transferência de know-how no segmento.

Dados da ABF mostram que dentre os segmentos com maior crescimento, tanto no número de franquias no país quanto em faturamento, estão os de acessórios pessoais e calçados, alimentação, beleza e saúde e o de moda. O diretor executivo da entidade, Ricardo Camargo, atribui boa parte desse crescimento ao público feminino. De acordo com ele, os segmentos que mais crescem estão bastante ligados ao universo da mulher e isso tem ocorrido devido ao aumento de sua força no mercado de trabalho, em todo o país.

Camargo diz que elas estão passando cada vez mais tempo fora de casa, consequentemente toda a família brasileira tem passado a consumir mais comida industrializada ou em restaurantes e isso é um incentivo ao segmento alimentício. Aliado a esse fator, está também a preocupação feminina com o visual, que tem impulsionado diferentes segmentos. “As mulheres sempre tiveram uma maior preocupação com o próprio corpo do que os homens e agora que não dependem mais do dinheiro do companheiro, elas decidem sozinhas quais produtos de beleza ou roupa vão comprar, o que fortalece os segmentos de beleza e saúde, bem como os de moda e acessórios pessoais e calçados. “As mulheres estão fazendo a diferença para as franquias”.

O diretor executivo explica que o sistema de franquias possui algumas particularidades e destaca a importância de existir um bom relacionamento entre franqueador e franqueado, para possibilitar um constante intercâmbio de informações e fortalecer cada vez mais a empresa. “É essencial que haja um diálogo constante, em especial na região Nordeste, que possui tantas particularidades comportamentais e gastronômicas, em relação ao restante do país”, afirma o representante da ABF.

Interiorização

Um ponto que vem chamando a atenção no setor é a atual tendência à interiorização das franquias, durante os últimos anos. Esse fenômeno está começando a ser percebido no Rio Grande do Norte, uma vez que há até bem pouco tempo essas empresas estavam concentradas em Natal e agora Mossoró está passando a ser um novo polo.

Ricardo Camargo diz que, mesmo com essa nova realidade, as cidades que concentram a maior quantidade de novas franquias ainda são as capitais, com destaque na região Nordeste para Salvador, Recife e Fortaleza.

Franquias em Natal expandem seus negócios

Empresa brasileira com maior número de franquias, a rede de cosméticos e perfumaria O Boticário foi fundada em 1977, no Paraná, e em 2007 somava 2.492 unidades em todo o país. A empresa chegou a Natal em 1982 e até o final de 2010 deverá somar 20 lojas no Rio Grande do Norte, de acordo com o diretor da franquia na Grande Natal, Glauber Gentil.

O diretor revela que a expansão tem ocorrido não apenas aqui no estado e o grupo adquiriu a reserva de mercado da Grande São Luis, no estado do Maranhão, em 2006. “O alinhamento com o franqueador fez com que nós pudéssemos ampliar nossas atividades a partir de outra praça, mas com a mesma empresa. Lá, também pretendemos ter 20 lojas até o final do ano e, certamente, este grupo unido está entre os 10 maiores clientes da fábrica no Brasil”, avalia Glauber Gentil.

Atuando em outro segmento no qual as franquias estão conseguindo ótimo desempenho no país, a rede americana de sanduíches Subway abriu a sua primeira unidade em Natal no ano de 2005. O franqueado da marca, Tales Rosado, se anima com a boa aceitação do produto na capital e planeja chegar a um total de cinco lojas no estado ainda este ano. “Hoje, temos uma loja no Midway e outra em Petrópolis, estou estudando mais dois pontos em Natal e um em Mossoró”, revela.

Rosado diz que a opção por abrir uma franquia se deu, principalmente, pelo fácil acesso ao know-how da empresa e pela marca já ser forte em diversos países. “Conhecia o produto bem antes de decidir abrir o negócio e imaginava que seria bem aceita, pela força que a marca possui”, conta o franqueado.

Bem menos conhecida do que as duas empresas anteriores, a recém-chegada a Natal Safe Clean oferece serviços de limpeza para tapetes, carpetes e estofados, impermeabilização e higienização de tecidos, além de tratamento para couros. O franqueado, Win Van Veen, destaca que esta é a primeira franquia do segmento a se instalar no Brasil. “Investi uma faixa de R$ 70 mil e espero ter um retorno em um período entre 3 e 5 anos”, diz.

De acordo com Win, a escolha por investir no mercado de Natal ocorreu pela cidade estar em pleno crescimento, com possibilidades futuras de profissionalização. “Estudei o mercado da cidade por seis meses e optei pela franquia por já ser uma receita pronta para começar a trabalhar, com apoio 24 horas, tecnologia de última geração, conhecimento de mercado, programação de gestão e seguindo um padrão só”.

Bancos têm linhas especiais para abertura das franquias

As vantagens de investir em uma franquia, de acordo com o diretor executivo da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Ricardo Camargo, são inúmeras. Ele aponta como principais, a baixa taxa de mortalidade das empresas, a possibilidade de ganho de maturação em pouco tempo e o acesso à linhas de financiamento com juros baixos junto aos bancos.

De acordo com Camargo, na região Nordeste, a principal instituição a disponibilizar uma linha de crédito exclusiva para investimentos ligados ao setor de franquias é o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), cuja projeção de volume a ser financiado durante este ano pra investidores do setor chega aos R$ 100 milhões.

O gerente do ambiente para micro e pequena empresa do BNB, Lauro Ramos, informa que durante o ano passado, somente para a abertura de franquias de uma única empresa, o banco negociou créditos no valor de R$ 15 milhões. Segundo Ramos, a atual dinâmica da economia do país fez com quem o Nordeste passasse a ser o destino de grandes redes de franquia que atuam no país, ao mesmo tempo em que permitiu a empresas da região se tornarem franqueadoras. “Vemos o fortalecimento do consumo das classes baixas e isso tem sido muito bom para a economia do país, bem como do Nordeste”, avalia.

Ramos diz as linhas do BNB voltadas exclusivamente para as franquias possuem diferenciais, como a possibilidade de financiar até 100% do seu orçamento para as empresas com faturamento de até R$ 2,4 milhões e um bônus de adimplência de 25% nos juros para aquelas localizadas em municípios do semiárido, caso não haja atraso no pagamento das parcelas do financiamento. “Enquanto algumas empresas cobram juros de 11% ao ano, temos linhas em que essa taxa é de 5,06%”.

Para dar segurança ao investidor, o banco possui um cadastro com franqueadoras avaliadas e divididas por segmento. “Isso acelera bastante o processo, por não haver a necessidade da apresentação de projetos individuais a cada novo pedido”.

Franqueadores nem sempre têm bons resultados

Algumas empresas potiguares apostam no modelo de franquias para expandir suas atividades e chegar a diferentes cidades brasileiras, mas os resultados nem sempre são semelhantes. Bons exemplos dessa tendência são a farmácia de manipulação Farmafórmula, a lanchonete Pittsburg, e a confecção Botton.

A Farmafórmula deu início ao sistema de franquias no ano de 1996, com uma loja em Fortaleza, capital do Ceará, e atualmente possui um total de 50 farmácias, distribuídas nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste do país. “A franquia dá direito a usar a marca e ter todo o serviço de apoio, desde a implantação à atuação no dia a dia. Na estrutura de uma nova unidade, o franqueado investe entre R$ 90 mil e R$ 180 mil”, revela o diretor de franquia da empresa, Marcel Ribeiro Dantas.

De acordo com Marcel, o faturamento médio de uma franquia modelo da farmácia fica em torno de R$ 30 mil por mês. “Posso dizer que temos lojas cujo faturamento é bem maior e a diferença nesse volume ocorre por variáveis, como o esforço do franqueado e o mercado onde a loja está inserida”, afirma.

Atuando há apenas três anos como franqueadora, a lanchonete Pittsburg já conta com 11 lojas, nas cidades de Natal, Mossoró e Campina Grande. “Com as franquias, conseguimos incrementar nosso faturamento em 18%, no ano de 2008, elevando esse número para 25% no ano seguinte e pretendemos ultrapassar os 32% em 2010, para consolidarmos de vez como a marca mais lembrada no segmento”, diz o gerente de marketing do Pittsburg, Gustavo Maia.

Mas nem só de boas notícias vive o setor e a Botton tem passado uma experiência diferente das demais. A empresa, que hoje tem 18 anos, promove um processo de extinção de suas franquias, estimulando aquelas que existem atualmente a se transformar em multimarcas. “Agora estamos nos concentrando na expansão via lojas multimarcas. Através da fábrica, que fica em Parnamirim, atendemos a mais de 200 clientes do Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará, principalmente de pequenos municípios. Hoje, ainda temos 20 franquias e pretendemos, com o tempo, manter as lojas Botton apenas em Natal”, explica o diretor da empresa, Glauber Gentil.

O empresário conta que a opção por mudar a forma de expansão da empresa se deu pela grande concorrência que há no segmento, o que terminou por inviabilizar algumas novas franquias da marca. “A concorrência na moda é muito acirrada. Quem vai comprar uma camisa no Midway, tem mais de 100 opções de loja para pesquisar”, declara Gentil.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Brasil é líder em crédito bancário, segundo BIS

Entre julho e setembro do ano passado, o Brasil recebeu US$ 13,2 bilhões em créditos estrangeiros, voltando aos mesmos níveis antes da crise

Por Agência Estado

O Brasil vai no sentido contrário à tendência mundial e recebe o maior volume de crédito de bancos internacionais entre os mercados emergentes e o terceiro no mundo. O país também aproveitou o bom momento no cenário internacional para as economias emergentes para se tornar no fim de 2009 no maior emissor de papéis no mercado financeiro entre os países emergentes e garantir a captação de recursos.

Os dados foram divulgados ontem pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), que indica que entre julho e setembro, US$ 13,2 bilhões em créditos estrangeiros foram restabelecidos ao país. O Brasil, assim, volta a ter níveis de crédito superior ao que registrava em 2007, pré-crise.

O BIS alerta que, apesar dos bilhões de dólares garantidos aos bancos por governos desde o início da crise, os empréstimos continuam caindo no mundo. Um sinal é que bancos estão simplesmente sentando sobre os vastos recursos que hoje dispõem e continuam se recusando a voltar a fazer empréstimos como em 2007 e 2008.

O problema mais recente está com os bancos europeus que, diante da incerteza sobre a situação da Grécia e da zona do euro, vem limitando o volume de créditos. No mundo inteiro, os créditos sofreram uma queda de US$ 360 bilhões no terceiro trimestre em comparação ao segundo trimestre. A queda é a menor desde o início da crise.

Alguns dos poucos que registraram altas foi a Bélgica, com expansão em créditos de US$ 23,1 bilhões. Nos Estados Unidos, os bancos voltaram a emprestar e a expansão foi de US$ 134 bilhões. Mas, de uma forma geral, os países europeus registraram perdas importantes, com queda líquida de US$ 138 bilhões.

O bloco de países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, teve o segundo trimestre de crescimento de créditos, com expansão total de US$ 42 bilhões. A expansão de créditos no País foi a maior desde meados de 2008 e superou as da China, com alta de US$ 8,2 bilhões, e da Índia, com US$ 2,5 bilhões.

Outro ponto considerado pelo BIS é de que mais de 95% da alta no fluxo de créditos foi destinada à empresas no País, e não a outros bancos. A constatação é de que isso mostraria a demanda por empresas para fazer investimentos na produção. O fenômeno de recursos destinados ao setor produtivo, e não aos bancos, é registrado também em outros países emergentes.

Diante de um ambiente favorável aos emergentes, o Brasil ainda emitiu US$ 11 bilhões em papéis no mercado internacional no fim de 2009. Ao todo, 90% das emissões foram feitas por bancos, contra US$ 700 milhões por empresas e US$ 600 milhões por governos. A meta era a de aproveitar o cenário para captar recursos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Jamil Chade)

terça-feira, 2 de março de 2010

Brasileiro paga uma das tarifas de eletricidade mais caras do mundo

Valor é mais alto que no Canadá, Estados Unidos, Noruega, França e México, e deve aumentar ainda mais neste ano

Por: Nicola Pamplona

Em meio a uma sucessão de apagões, o brasileiro paga uma das tarifas de energia mais caras do mundo. Segundo levantamento da consultoria Advisia, por encomenda da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace), as tarifas no País só perdem para as cobradas na Alemanha, numa comparação com 7 países industrializados.

O levantamento aponta que a tarifa paga pelo consumidor brasileiro - seja residencial ou industrial - é mais alta do que as do Canadá, Estados Unidos, Noruega, França e México. O estudo usa dados de 2007, por causa da defasagem nos sistemas internacionais de consulta, como a Agência Internacional de Energia (AIE). Mas, segundo especialistas, a relação não mudou substancialmente.

Na época, a tarifa residencial média no Brasil era de US$ 184 por megawatt-hora (MWh) e a industrial, de US$ 138 por MWh. O valor mais baixo para residências era encontrado na Noruega, de US$ 48 por MWh. No segmento industrial, o Canadá tinha a melhor tarifa: US$ 68 por MWh. Na Alemanha, que tinha as maiores tarifas, os consumidores residenciais pagavam US$ 212 por MWh e os industriais, US$ 84 por Mwh.

"Deveria haver alguma relação entre custo de energia e qualidade, até porque boa parte da tarifa brasileira é referente a encargos, incluindo o sistema de transmissão, que está falhando", comenta o presidente da Abrace, Ricardo Lima. Ele cita ainda os Encargos sobre Serviços do Sistema, outra taxa paga para manter a confiabilidade no fornecimento. Ao todo, os encargos e impostos representaram metade do custo da energia comprada pelas indústrias brasileiras em 2007.

A área energética do governo cita justamente a carga tributária como fator preponderante no alto preço da eletricidade, pois o custo da produção de energia está entre os mais baixos do mundo.

A sucessão de falhas, seja em linhas de transmissão ou redes de distribuição, indica que a relação entre custo e qualidade, indicada por Lima, está desproporcional. Levantamento publicado pelo no fim de 2009 indica que o número de interrupções no fornecimento em 2008 foi o pior desde 2001.

Os dados de 2009 ainda não foram fechados, mas especialistas avaliam que os últimos meses foram muito ruins. Esta semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou uma multa de R$ 9,5 milhões à distribuidora Light por interrupções no fornecimento nos meses de novembro e dezembro. Ontem, o governo de São Paulo voltou a cobrar explicações da Eletropaulo pelo mesmo motivo.

Ex-presidente da distribuidora paulista, o hoje consultor Eduardo Bernini destaca o avanço nos últimos anos, mas concorda que o verão mostrou que há grande fragilidade na rede de distribuição de energia nas principais cidades. Ele ressalta, porém, que a qualidade no fornecimento também implica tarifas mais altas.

O levantamento da Advisia indica ainda que, entre os países pesquisados, o Brasil teve o maior aumento de tarifas industriais no período, de 21,6% ao ano, ante 12,7% no México e 1,2% na Alemanha.

A expectativa do mercado é que de os preços voltem a ser pressionados este ano, já que as chuvas nos reservatórios das hidrelétricas estão abaixo da média histórica, o que aponta para a necessidade de uso de térmicas.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o volume de água armazenável nos reservatórios das Regiões Sudeste e Centro-Oeste está em 63% da média histórica de fevereiro. "Está chovendo muito, mas no lugar errado", aponta o professor Nivalde de Castro, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

O preço do mercado atacadista para a próxima semana, divulgado sexta-feira, atingiu R$ 34 por MWh, após quase seis meses mantendo o valor mínimo, em torno dos R$ 12. "As condições dos reservatórios tendem a se deteriorar, com reflexo sobre os preços", diz Castro.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Os erros que matam empresas

Consultores americanos apontam dez decisões erradas que podem implodir um negócio – principalmente se for de pequeno porte

Por Álvaro Oppermann

Decisões equivocadas de empreendedores costumam ser tão ou mais lesivas aos negócios do que turbulências financeiras – principalmente no caso de companhias de menor porte. Foi pensando nisso que os empreendedores americanos Luke Johnson e Jay Goltz escreveram sobre os erros mais comuns do mundo empresarial. Johnson é sócio da firma de private equity Risk Capital Partners e colunista do jornal inglês Financial Times. Goltz é dono do Goltz Group, uma pequena rede de varejo de Chicago especializada em objetos de arte e design, e mantém um blog no site do jornal The New York Times. “Empresários tomam centenas ou milhares de decisões por ano, muitas das quais parecem sem consequência. Porém, mesmo os menores detalhes podem ser decisivos à sobrevivência do negócio”, escreve Goltz. A seguir, os dez problemas mais comuns apontados pela dupla, adaptados ao contexto brasileiro.

MAIS DO QUE AS CRISES, AS DECISÕES ERRADAS SÃO
O GRANDE RISCO PARA OS NEGÓCIOS

Endividamento crônico_Com a retomada econômica, muitos empreendedores veem o aumento das dívidas como uma situação menos preocupante – o que não é verdade. Os empreendedores precisam ter total clareza dos motivos do endividamento e do destino dos recursos obtidos por meio de financiamentos e empréstimos. Caso a dívida seja de fato maior do que a capacidade da empresa de pagá-la, é recomendável uma renegociação imediata.

Sócios e funcionários errados_Várias companhias dão com os burros n’água por causa de disputas entre os sócios. Jamais entre num negócio sem um acordo por escrito. Numa outra escala, a contratação do empregado errado pode também ser explosiva. Se você não for o responsável direto pelas contratações, treine bem os funcionários encarregados delas.

Contador errado_A tarefa principal do contador não é lançar dados em livros de registros, mas sim auxiliar a empresa na análise e nas decisões estratégicas de negócios. Ele precisa ter um conhecimento profundo das atividades da empresa que assessora. Um contador despreparado ou desatualizado é um risco altíssimo.

Dependência excessiva_É comum, entre empresas pequenas, a dependência a um único cliente. Se ela o perde, os problemas podem ser incontornáveis. A resposta é a diversificação da clientela. Outra dica: como fornecedor, procure se tornar insubstituível. Assim, os riscos de ser cortado por um cliente diminuem.

Caos em TI_Investir uma pequena fortuna em sistemas de informática de performance sofrível é caminho certo para o desastre. Busque um fornecedor que não apenas tenha bagagem técnica mas também inspire confiança.

Entrar numa guerra de preços_A concessão de descontos agressivos pode se tornar uma estratégia suicida. O único ganhador desta batalha é o cliente, que fica mal acostumado com os preços irrisórios. Na disputa pelo cliente, tente oferecer outros diferenciais. O fator preço é o mais arriscado para a saúde do seu negócio.

Aluguel caro_Você se entusiasma, e aluga a sede dos sonhos para o negócio. Isso pode ser uma bomba relógio. Parece óbvio, mas um negócio jamais deve ser iniciado ou expandido sem uma garantia de receita.

Erros de seguro_São comuns três problemas em relação aos seguros. O primeiro, não entender a relação que existe entre o valor do seguro e o valor do que é segurado na empresa. O segundo é não prever processos movidos por funcionários, em questões como assédio moral. Em terceiro, não estar protegido contra a perda de receitas.

Tornar-se antipático_Não é só o mau atendimento que afugenta clientes mas também atitudes sutis, como não aceitar cartões de crédito de determinadas bandeiras ou ser inflexível nas formas de pagamento. São decisões totalmente justificáveis, mas podem irritar os clientes.

Não inovar_Algumas empresas levam o lema do “em time que está ganhando não se mexe” ao pé da letra. A autocomplacência costuma se instalar nas empresas com uma velocidade espantosa. Em alguns casos, é até mesmo saudável incutir no negócio um leve estado de paranoia, como defende o fundador da Intel, Andy Grove.