sábado, 29 de janeiro de 2011

Sebrae quer fomentar a produção de artesanato no RN

O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-RN, Sílvio Bezerra, propõe parceria entre Sebrae, Estado e Municípios para fortalecer e incrementar a produção de artesanato nas diversas regiões do Rio Grande do Norte.

Annapaula Freire e Cleonildo Mello

Governadora Rosalba Ciarlini e Sílvio Bezerra participam da abertura da Fiart


Reunir os principais polos para produzir artesanato em larga escala para atender às demandas do meio corporativo do Estado e abrir novos mercados para escoamento da produção, através de parcerias com governo do Estado e prefeituras. A proposta foi lançada pelo presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-RN, Sílvio Bezerra, durante a abertura oficial da 15ª edição da Feira Internacional de Artesanato (Fiart), que está sendo realizada até o próximo domingo (30), no Centro de Convenções de Natal.

Ao lado do diretor Técnico do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcanti, o presidente do CDE lançou a ideia de estimular a união e capacitação do segmento artesanal para produzir peças em série, que possam ser adquiridas por empresas locais e repassadas, por exemplo, como brindes em datas comemorativas. “É com satisfação que o Sebrae está presente na Fiart e a ideia é ampliar essa parceria”, disse Sílvio Bezerra para a governadora Rosalba Ciarlini, sinalizando uma possível parceria para incrementar a produção artesanal do Rio Grande do Norte. “Temos total interesse de fomentar o crescimento e fortalecimento do artesanato do Estado e vamos trabalhar para isso”, declarou Silvio Bezerra, durante a solenidade.

O Sebrae é um dos parceiros da Fiart e está com três espaços na feira: Casa Sebrae, o Espaço de Comercialização e o Território Seridó, novo projeto da Instituição que foi lançado no evento. Para a Fiart, foram convidados diversos artesãos e cooperativas atendidas pelo projeto de Artesanato do Sebrae.

DEDICAÇÃO - Entre traços, linhas e curvas dos belíssimos bordados da região do Seridó existem, mãos dedicadas, porém um rosto prevalece nas criações típicas das artesãs daquela localidade. Quando as irmãs Dirce e Dilma saíram pelas ruas de Natal, de Currais Novos e de Caicó para divulgarem as peças de uso em cama, mesa e banho, nenhum seridoense poderia imaginar a força que os bordados influenciariam na identidade da região. Dilma Medeiros Josué tem 86 anos e desde os 12 anos dedica-se a produzir criações em tecido. Antes acompanhada da irmã (já falecida e com o talento de bordar a mão), a exímia costureira propagou a arte pelas terras de sua cidade natal: Caicó.

O processo das peças artesanais começa de uma idéia abstrata que se transforma em uma espécie de stence. Do esboço, a idéia parte para as mãos habilidosas na técnica da costura. A anciã, depois de anos dedicados ao trabalho braçal em máquinas de costura, se concentra em apenas criar os desenhos que serão transformados em flores, folhas e outras formas no tecido. Até hoje, os desenhos de Dilma são os mais requisitados. Uma criação sua foi levada para o Vaticano e serve como toalha de mesa para o papa Bento XVI.

Do esforço de Dilma, várias mulheres do Seridó adotaram a prática da costura como ganha pão e dão luz aos célebres bordados seridoenses. A criatividade e o empreendedorismo da pioneira criaram, inclusive, um dos eventos de maior renome do município de Caicó: a Feira de Santana. Junto com Dirce, agregaram as primeiras bordadeiras a fim de comercializar seus trabalhos na Feira.

A criadora integra a Associação das Bordadeiras e Artesãs do Seridó e foi escolhida para representar o grupo na solenidade de abertura da 16ª Fiart. Dilma entregou a governadora Rosalba Ciarlini uma peça artesanal em formato do Arco de Santana. “É em símbolo de reciprocidade, de que ela precisa fazer algo por nós”, disse.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias RN

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Casa Sebrae mostra potencial decorativo do artesanato

Estrutura montada em feira internacional, no Rio Grande do Norte, evidencia como peças populares podem ser usadas na ambientação

Cleonildo Mello


Rio Grande do Norte - Para provar que o artesanato também é capaz de criar espaços confortáveis, elegantes e agradáveis sem necessariamente ter de recorrer ao estilo rústico, o Sebrae no Rio Grande do Norte montou um espaço que demonstra a utilização desse tipo de trabalho na decoração do lar com bom gosto e em vários estilos. A Casa Sebrae é uma das atrações da 15ª edição da Feira Internacional de Artesanato (Fiart), realizada no Centro de Convenções de Natal até domingo (30). O evento reúne 1,6 mil artesãos de diversos estados e de 18 países. O Sebrae é um dos realizadores da Fiart.

A Casa Sebrae tem chamado a atenção dos visitantes desde a abertura do evento, no último fim de semana. Cada cômodo recebeu um toque de identidade da cultura potiguar. Há exemplares da produção artesanal de diversos municípios do Rio Grande do Norte. Pode-se ver da arte sacra de Santa Cruz ao labirinto da praia de Touros, passando pelo artesanato em preto e branco (tipologia utilitária com ênfase nas cores do petróleo e do sal) de Mossoró, pelas peças delicadas em fibra de coco de Ponta do Mel e em palha de carnaúba de Ceará-Mirim.

No terraço, uma rede com bordados – artigo típico do Seridó – dá um charme e ar despojado à varanda, composta também de adega com cachaças de alambique produzidas em cidades do Litoral Sul do estado, especialmente em Goianinha. No local, também estão flores ornamentais traduzidas em arranjos.

“Nossa proposta é apresentar o artesanato potiguar como elemento fundamental para decorar ambientes de todos os estilos, do rústico ao clássico e, assim, estimular a aquisição desses produtos por parte de consumidores, arquitetos e decoradores do estado”, explica a gestora do projeto de Artesanato do Sebrae no Rio Grande do Norte, Jupira Nunes. Estimativas indicam que até o término da feira 70 mil pessoas visitem o local e prestigiem o trabalho dos artesãos.

Por: Agência SEBRAE RN de Notícias

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Declaração de rendimentos das MPE podem ser entregues até 28 de fevereiro

Decisão segue tendência da Receita para aceitar recebimento em prazo médio de dois meses


Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSIM) ampliou de 31 de janeiro para o último dia de fevereiro de cada ano o prazo para o Empreendedor Individual entregar a Declaração anual do Simples Nacional.

O Comitê também prorrogou alguns prazos de pagamento de tributos do Simples Nacional para empreendedores dos municípios do Rio de Janeiro recentemente atingidos por enchentes e deslizamentos de terras.

A ampliação do prazo para entrega da declaração anual de receita do Empreendedor Individual está na Resolução n° 81/10. Conforme o secretário executivo do Comitê Gestor do Simples Nacional, Silas Santiago, a decisão beneficia os empreendedores seguindo a tendência verificada na Receita de entrega de declarações num prazo médio de dois meses.

Até agora, segundo o secretário, de mais de 809 mil empreendedores individuais, apenas 60 mil entregaram a declaração. E lembra que a apresentação dessa declaração é indispensável para a emissão do carnê de pagamento da taxa fixa mensal do empreendedor individual. “A não apresentação sujeita o contribuinte a multa cujo valor mínimo é de R$ 50,00”, alerta.

Ajuste
A Resolução número 81 também atualizou, a partir do novo salário mínimo de R$540,00, os valores fixos mensais pagos pelos empreendedores individuais que ficam assim: R$ 59,40 para a Previdência Social, R$ 1 de ICMS ( para indústria e comércio) e R$ 5,00 de ISS, para o setor de serviços.

Simples Nacional
A prorrogação de prazos para pagamento de tributos do Simples Nacional relativos a municípios do Rio de Janeiro está na Resolução nº 82/10. A medida abrange os seguintes municípios de Areal, Bom Jardim, Nova Friburgo, Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto, Sumidouro e Teresópolis.

Nesses municípios o pagamento dos tributos do Simples Nacional ficam assim: Pagamento referente a dezembro de 2010 com vencimento em 20 de janeiro de 2011, o prazo fica para o dia 29 de julho de 2011. Pagamento referente a janeiro de 2011, com vencimento em 20 de fevereiro de 2011, o prazo fica para o dia 31 de agosto também de 2011. Pagamento referente a fevereiro de 2011, com vencimento em 20 de março de 2011, o prazo foi ampliado para o dia 30 de setembro de 2011.

A orientação do CGSIM é que os contribuintes desses municípios gerem o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) referente a dezembro de 2010 só depois da atualização do aplicativo PGDAS que já trará as novas datas de vencimento. A previsão é que esse aplicativo esteja pronto “nos próximos dias”.


Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios - Da Agência SEBRAE de Notícias

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Consumidores estão mais informados que vendedores, diz pesquisa

Dados indicam que os varejistas que não investem em tecnologia poderão ter prejuízos nos negócios

Consumidores testam o iPhone 4, da Apple: quatro de cada 10 compradores atendidos por vendedores equipados com dispositivos móveis tiveram melhor experiência de compra

São Paulo - Os consumidores estão mais informados do que os vendedores das lojas. Pelo menos é o que diz a última edição da pesquisa mundial sobre compras de fim de ano, realizada anualmente pela Motorola Solutions. O estudo indicou que 55% dos varejistas pesquisados acreditam que, no período de festas de 2010, os clientes tiveram acesso a mais e melhores informações que as equipes dos pontos de venda.

O resultado seria consequência da crescente disponibilidade de ferramentas de compra online e aplicativos para telefones móveis que permitem comparar preços e ter acesso a descontos e redes sociais. O levantamento indica ainda que os varejistas que não investem em tecnologia poderão ter seus negócios prejudicados: 28% das pessoas que visitaram alguma loja teriam deixado de gastar US$ 132, em média, por problemas relacionados ao atendimento no ponto de venda, à falta de produto e de atendentes e às longas filas para pagar.

Por outro lado, quatro de cada 10 (43%) compradores atendidos por vendedores equipados com computadores móveis portáteis afirmaram que o dispositivo melhorou sua experiência de compra. A pesquisa também indica que a maioria dos varejistas (87%) acredita que os consumidores podem encontrar facilmente uma melhor opção, por isso a importância do acesso à informação em tempo real.

Além disso, 39% dos clientes que utilizam smartphones deixaram a loja sem fazer nenhuma compra e seus dispositivos móveis foram determinantes nessa decisão: 12% consultaram online os preços em outras lojas e 8% verificaram a disponibilidade dos produtos em outros estabelecimentos. Quase 25% dos pesquisados disseram ainda que concluíriam suas compras em lojas com terminais de pagamento portátil e 9% afirmaram que utilizariam seu próprio telefone móvel para escanear itens e processar o pagamento sem a ajuda de um vendedor.

Por: Sylvia de Sá - Mundo do Marketing - Via Exame.com

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Copa deve gerar negócios para 7,7 mil pequenas empresas

Mapeamento de oportunidades do Sebrae para o segmento será finalizado até abril

A Copa do Mundo de 2014 deve gerar oportunidades de negócios para 7,7 mil micro e pequenas empresas (MPE) nas 12 cidades-sede da competição. O número faz parte de estudo encomendado pelo Sebrae junto à Fundação Getúlio Vargas (FGV) e engloba nove setores da economia: construção civil, tecnologia da informação, turismo, produção associada, agronegócio, madeira e móveis, têxtil e confecção, comércio varejista e serviços. Dessas áreas, as quatro primeiras já tiveram seu mapeamento de oportunidades finalizado. A expectativa é mapear todos os setores até abril.

Até 2012, o Sebrae investirá R$ 48 milhões em projetos de consultoria, inovação e acesso a mercados, entre outras ações, com o objetivo de melhorar o nível de gestão das micro e pequenas empresas nas cidades-sede. “Estamos nos preparando não só para a Copa de 2014, mas também para o pós-evento. O crescimento da demanda virá acompanhado de um aumento do nível de exigência e as micro e pequenas empresas terão que melhorar o processo de gestão para atuar num ambiente cada vez mais seletivo", ressalta o diretor técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos. "Trata-se de um grande desafio, porém isso é positivo, já que as empresas ficarão mais fortes, gerarão mais empregos e aumentarão seu faturamento”, assinala o diretor.

As áreas que devem gerar mais oportunidades de negócios para as MPE são a de infraestrutura (arenas esportivas, principalmente), mobilidade urbana (melhoria de estradas, transporte urbano e vias públicas) e serviços, com destaque para o turismo.

Conjunto de metodologias
Segundo Dival Schmidt, coordenador do comitê técnico do Programa Nacional para Atuação do Sistema Sebrae na Copa de 2014, o número de micro e pequenas empresas beneficiadas pelo evento tende a ser multiplicado. Os projetos da instituição terão como prioridade a disseminação de tecnologias e a capacitação em gerenciamento. “Temos um conjunto de metodologias usadas para capacitar pequenos negócios e vamos utilizá-las nesse processo”, afirma Schmidt.

Na construção civil, as grandes empreiteiras que vão erguer os estádios devem contratar pequenos negócios para trabalhar, por exemplo, na remoção de entulhos. Os setores industrial, comercial e serviços também são áreas potencias para os donos de pequenas empresas.

O Programa Nacional para Atuação do Sistema Sebrae na Copa de 2014 abriga projetos estaduais e nacionais, seminário, estudos e debates. Dival Schmidt destaca que a instituição atuará no pré, durante e no pós-Copa. “Usaremos esse grande evento para mudar e preparar os pequenos negócios para aumentar sua competitividade”, diz.


Por: Karla Lucena e Fabrício Zago

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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

8 dicas para sua empresa sobreviver ao primeiro ano

Saiba o que fazer para evitar a mortalidade nos primeiros meses do negócio.









Muito trabalho: aprenda a manter a empresa saudável no período mais crítico


Depois de abrir uma empresa, é provável que o empreendedor se depare com pelo menos um desses problemas: falta de clientes, de capital, dificuldades na administração e no planejamento, burocracia e alta carga tributária, mão de obra e concorrência. Segundo um levantamento feito pelo Sebrae/SP, esses são os principais motivos que levam ao fechamento de uma empresa. “O primeiro ano é um ano de sobrevivência, de tentar se manter no mercado. Até porque dificilmente a empresa vai ser rentável nesse período”, explica Sérgio Diniz, consultor da instituição.

“Esse primeiro ano é de muita tentativa e erro”, define Adir Ribeiro, sócio-diretor da Praxis Education, empresa especializada em conhecimento nas áreas de canais de distribuição, franchising e varejo. O resultado é que 18% dos empresários fecham antes dos doze meses e 61% perdem dinheiro por causa disso. Por isso, confira as dicas dos especialistas para passar longe da falência no primeiro ano de funcionamento da sua empresa.

Planeje-se
Esse é o ponto crucial para o sucesso ou fracasso de uma empresa. Por isso, ter um plano bastante alinhado é importante. “As coisas vão te tirando do rumo e o plano serve para você lembrar. Mas também não pode ser rígido a ponto de te fazer perder oportunidades. É uma bússola para os negócios”, explica Ribeiro.

Verifique sua capacidade financeira
A falta de capital é o segundo motivo que leva ao fim de um negócio. Por isso, nesse momento, o empreendedor precisa ter controle dos gastos. “O desespero financeiro faz você abraçar tudo e se perder. Tenha uma estrutura de gastos enxuta para não desestabilizar as finanças”, ensina Ribeiro. Por exemplo, exerça você mesmo cargos que não são essenciais.

Não perca o consumidor de vista
Para ter foco no negócio é preciso conhecer bem o mercado. “É importante acompanhar o comportamento do consumidor para ofertar sempre aquilo que ele está querendo”, diz o consultor do Sebrae/SP. À medida que vai conhecendo melhor o público, o empresário consegue acertar mais e criar uma frequência de compra. “Tenha uma gestão próxima dos clientes para não perder de vista o que eles querem. No começo você tem mais chances de fazer mudanças”, explica Ribeiro.

Fique de olho na concorrência
Conhecer e acompanhar os concorrentes ajuda a ver o que eles não fazem tão bem e ue pode virar uma oportunidade para o seu negócio conquistar o cliente. “Saiba também o que os seus concorrentes fazem melhor do que você e busque ações que neutralizem isso”, ensina Diniz.

Tenha mais de um fornecedor
Prospectar sempre novos fornecedores é importante. Para vender bem é preciso comprar bem e isso é um grande desafio no começo. “Ficar nas mãos de um mesmo fornecedor é arriscado. A internet ajuda a encontrar outros fornecedores, assim como feiras, exposições e seminários”, afirma o consultor do Sebrae/SP.

Aprenda a cuidar do estoque
O empresário que trabalha com estoque precisa fazer um controle rígido das mercadorias. Para os especialistas, estoque mal administrado significa que o capital de giro fica parado e vai faltar dinheiro no caixa.

Tenha controle sobre tudo
Contas, compras, finanças, caixa. É o empresário quem precisa ter controle sobre tudo que acontece na empresa. “O empreendedor precisa ter informações sobre o dia a dia para poder tomar decisões corretas e evitar a mortalidade”, ensina Diniz. Para o sócio-diretor da Práxis Education, a dica é não abraçar todas as oportunidades. “Você se desgasta e não desenvolve visão crítica”, alerta.

Não deixe seus valores de lado
É fato que no começo de um negócio as dificuldades são enormes,mas mantenha seus valores e sua reputação neste primeiro ano.“Ter disciplina está relacionado ao comportamento do empreendedor”, diz Ribeiro. “Isso serve para qualquer tipo de empresa. Sobreviver significa começar a ter lucros e recuperar o dinheiro investido na empresa”, afirma Diniz.

Por: Priscila Zuini - Exame.com

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

RN encerra o ano com quase 70% dos municípios com Lei Geral sancionada

Dos 167 municípios potiguares, 114 cidades já têm a lei, que beneficia profissionais autônomos e as micro e pequenas empresas, em vigor. Triunfo Potiguar e Barcelona foram os municípios com a legislação recém aprovada. O Estado contabiliza 11.050 empreendedores individuais.

Cleonildo Mello


Um ambiente com as condições favoráveis para o desenvolvimento dos pequenos negócios já é uma realidade na maioria dos municípios do Rio Grande do Norte. Aproximadamente 70% dos municípios potiguares estão com a Lei Geral sancionada e em fase de implantação. Ao todo, são 114 dos 167 municípios do RN onde a lei está em vigor. Nessas localidades, as micro e pequenas empresas (MPE’s) e profissionais autônomos podem gozar do amparo do tratamento diferenciado e simplificado, estabelecidos pelas Lei Geral das Micro e Pequenas Empresa. Entre os benefícios gerados a partir da implantação da lei, estão a redução da burocracia para a criação de novos negócios, a desoneração tributária através do Simples Nacional, a priorização das micro e pequenas empresas nas compras governamentais, o acesso à inovação e à tecnologia, a facilitação do acesso ao crédito e aos serviços financeiros, entre outros.


A mais recente regulamentação da Lei Geral no Rio Grande do Norte foi no município de Triunfo Potiguar, localizado na região do Vale do Assú, distante 254 quilômetros de Natal, e que tem cerca de 3,3 mil habitantes distribuídos numa área de 268 quilometros quadrados. Com um PIB de R$ 13,8 milhões, segundo informações do IBGE referentes ao ano de 2008, a economia desse município está inserida numa região propícia, sobretudo, ao agronegócio.Daí, a importância da regumentação da Lei Geral na cidade, como instrumento estimulador da criação de novos pequenos negócios e fortalementos dos alí instalados.


Outro município que teve a legislação aprovada foi Barcelona, uma pequena cidade do Agreste Potiguar, distante 86 quilômetros de Natal, e que tem cerca de 4 mil habitantes. A economia barcelonense está baseada praticamente na atividade agrícola e no setor de serviços, que juntos respondem por quase 99% das fontes de renda locais. “A sanção dessa legislação na esfera municipal é de fundamental importância para a efetivação dos incentivos aos pequenos negócios, pois é no município onde a Lei Geral ganha corpo e favorece, de fato, as bases produtivas, que, normalmente, são compostas na sua quase totalidade por micro e pequenas empresas e pequenos produtores rurais”, destaca o gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae-RN, Hélmani Rocha. Segundo ele, a cobertura de grande parte do território potiguar com a Lei Geral aprovada é resultado de um trabalho intenso e de esclarecimento junto aos prefeitos e vereadores.


“O nosso foco para o próximo ano será estimular a aprovação da Lei nos municípios que estão com as minutas elaboradas ou em tramitação nas câmaras municipais. A maioria dessas cidades é de pequeno porte”, garante Helmani Rocha, que ressalta os benefícios também para o munícipio. Um deles é o aumento na arrecadação de tributos, sobretudo o Imposto Sobre Serviço (ISS), que, no caso de empresas optantes do Simples, os recursos decorrentes da arrecadação desse tributo chegam automaticamente nas contas das prefeituras. Isso porque o recolhimento do ISS passa a ser efetuado na forma prevista pelo Comitê Gestor do Simples Nacional, e não haverá retenção na fonte do ISS nos serviços prestados pelos empresários.


BAIXA INFORMALIDADE


A regulamentação tamnbém influencia diretamente na redução do índice de informalidade, já que fica mais vantajoso para empresas ser devidamente registradas. Hélmani Rocha também enfatiza a importância de todas as prefeituras manterem o cadastro empresarial local atualizado. Isso favorece um maior controle sobre o número de empresas existentes na cidade, projeções de receitas e, principalmente, elaboração de políticas públicas que contemplem o maior número de empresários.


As primeiras regulamentações da Lei Geral aconteceram no interior do Estado ainda em 2007. Apodi, Assú, Areia Branca, Serra Negra do Norte, Messias Targino foram algumas das primeiras cidades potiguares a ter as respectivas leis aprovadas pelas Câmaras Municipais e a lei sancionada pelos respectivos prefeitos. Hoje, o mapa indica uma abragência maior, com 114 municípios que dão prioridade às MPE’s e ao Empreendedor Indvidual. Atualmente, o Rio Grande do Norte já conta com 11.050 empreendedores individuais e mais de 48 mil empresas enquadradas no regime simplificado de arrecadação de tributos, o SuperSimples.


Fonte: Agência SEBRAE de Notícias RN

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

RN tem mais três frutas certificadas no Fair Trade

O mais distante que as frutas, produzidas pelas famílias dos assentamentos Fazenda Paz (Maxaranguape) e Nova Dimensão (Rio do Fogo), conseguiram chegar foi em São Paulo. Ultrapassar as fronteiras nacionais era um sonho que parecia difícil de ser concretizado. Mas, nesta semana, uma notícia baniu qualquer sombra de pessimismo que imperasse entre os 93 pequenos produtores integrantes da Cooperativa de Agricultores dos Frutos da Paz (Cooapaz). A entidade conquistou a certificação em comércio justo para vender no exterior abacaxi, coco e limão a valores diferenciados. Com esse selo, o Rio Grande do Norte passa a ter quatro tipos de frutas que podem ser enviadas para o mercado internacional. O melão cultivado na comunidade de Pau Branco (Mossoró) também tem o mesmo certificado.

A certificação foi concedida pela instituição alemã Fairtrade Labelling Organizations (Flo-Cert) – Certification for Development (Certificação para o Desenvolvimento, em português). O processo durou oito meses. Com o apoio e a consultoria do Sebrae-RN, a cooperativa se preparou para cumprir as exigências que essa modalidade de comércio exige. Para entrar nesse sistema, os produtores devem se organizar em associações, adotar um processo democrático de decisões, ter a igualdade entre homens e mulheres, respeitar as leis trabalhistas e o meio ambiente. Já as empresas que compram pelo sistema de Comércio Justo se comprometem a adquirir matérias-primas certificadas e a pagar um preço mínimo para possibilitar a produção. As empresas ainda devem pagar bônus para investimentos em projetos sociais e fechar contratos a longo prazo com os agricultores.

“Nosso trabalho naturalmente já segue os preceitos exigidos pelo comércio justo e solidário. Temos como princípio produtivo o beneficiamento das famílias envolvidas. Sempre tivemos o desejo de exportar e agora as condições estão mais favoráveis”, ressaltou o presidente da Cooapaz, José Manoel do Nascimento, ao receber o certificado.

No total, os dois assentamentos somam 120 hectares de cultivo, dos quais 100 são dedicados para o plantio de frutas. Na área restante, a produção é voltada para subsistência das famílias assentadas com o cultivo de feijão, hortaliças, jerimum, macaxeira e batata doce. Das frutas, as mais competitivas são o mamão papaia, abacaxi, coco e limão. Mensalmente, são produzidas 80 toneladas de abacaxi, a metade vai parar no mercado paulista. As demais são comercializadas no Rio Grande do Norte e, no caso do mamão, em estados vizinhos. Isso garante um faturamento de R$ 1,1 milhão por ano. Com a certificação, esse montante poderá crescer significativamente.

“Os preços de produtos certificados normalmente são na faixa de 10 a 20% acima dos produtos não certificados. Essa diferenciação é para garantir um prêmio social. O consumidor estará pagando mais para ter produtos certificados, sabendo que este valor adicional será entregue à cooperativa para ser investidos em projetos sociais na comunidade”, explicou o consultor Naji Harb, que prestou acompanhou o processo de certificação da Cooapaz. Segundo ele, o Estado é pioneiro na certificação dessas três frutas. Naji Harb acredita que o mercado inglês será o principal comprador dos gêneros. “Para frutas frescas certificadas no sistema Fairtrade, a Inglaterra é o maior mercado. O volume de compra dos outros países europeus ainda é muito pequeno. O foco deles é no café, sucos e produtos processados. Outra vantagem é a aproximação do Sebrae-RN junto à Fundação Fairtrade da Inglaterra ajuda muito neste processo”, ponderou o consultou.

Organização ajudou produtores

Para o diretor técnico do Sebrae, João Hélio Cavalcanti, a certificação da cooperativa reflete o grau de organização do trabalho desenvolvido pela cooperativa. “Essa certificação foi um desafio estabelecido pelo Sebrae e prova a competência do nosso corpo técnico para apoiar os pequenos negócios. A empresa certificadora é muito exigente dentro dos critérios. Se já é difícil para uma empresa conseguir esse certificado, imagine para um assentamento”. Segundo o diretor, o comércio justo é uma alternativa viável para grupos de pequenos produtores e está dentro da missão institucional do Sebrae. “É importante para o Rio Grande do Norte ter cooperativas certificadas em comércio justo. Isso abre novas perspectivas de desenvolvimento, já que a cooperativa teve de se adequar aos padrões internacionais”.

A Cooapaz ainda não tem nenhum acordo comercial com empresas estrangeiras, já que o título só foi aprovado na última quinta-feira. No entanto, a cooperativa participará de rodadas de negócios promovidas pelo Sebrae voltadas exclusivamente para o segmento de fair trade. A certificação da Cooapaz é válida por um ano, seguida de uma nova auditoria. A cooperativa é assistida pelo Sebrae desde a abertura, há mais de dois anos, participando do projeto de Fruticultura e do Território do Mato Grande.

Melão potiguar é pioneiro no certificado

A fartura proporcionada pela exportação de melão na região Oeste também é compartilhada por 20 pequenos produtores de Pau Branco, localidade da zona rural de Mossoró onde vivem três mil famílias, que dependem essencialmente da agricultura familiar. A Cooperativa de Desenvolvimento Agroindustrial Potiguar (Coodap), que reúne esses agricultores, é a primeira do mundo a ter certificação em comércio justo do mundo para venda de melão. A fruta produzida na comunidade recebeu o certificado Fair Trade em setembro do ano passado.

Assim que foi certificada, a entidade, conseguiu enviar 250 toneladas de melão para uma rede de supermercados da Inglaterra, por um preço entre 20% e 30% acima do praticado normalmente. Além disso, a cada quilo vendido, a cooperativa ganhou 10 centavos de dólar para ser aplicado em projetos sociais nas áreas de saúde e educação na comunidade. Neste mês, o bônus atingiu o patamar de R$ 22 mil.

“Hoje já temos até internet pra comunidade. É uma melhoria que nunca imaginamos ter para oferecer às pessoas que vivem na localidade. Isso é muito importante para a comunidade toda. É melhoria na vida de todos nós”, comemora Ubiratan Carvalho, membro da cooperativa. Hoje, a Coodap exporta melão para diversos países da Europa, sobretudo para a Holanda e Reino Unido.

Mel e castanha também no comércio justo

Outros itens importantes da pauta de exportação do Rio Grande do Norte serão certificados em comércio justo e solidário em 2011. O Sebrae espera ainda no primeiro semestre do ano contar com a castanha de caju, produzida na comunidade de Novos Pingo (Assu), e o mel obtido na região de Serra do Mel nas rodadas de negócio do segmento de Fair Trade. Técnicos do Sebrae acompanham cooperativas instaladas nas duas localidades para que esses produtos tenham a certificação e passem a ser comercializados fora do Brasil com preços mais justos e competitivos.

“Queremos mostrar para o mercado nacional que o Rio Grande do Norte tem produtos de excelente qualidade que estão sendo adquiridos por grandes redes de varejo do mundo. Queremos fazer um marketing desses produtos que participam desse modelo diferenciado de vendas”, enfatizou o diretor técnico do Sebrae, João Hélio Cavalcanti, destacando o fato da bonificação.

Esse modelo de comércio é caracterizado por uma série de procedimentos corretos. São práticas, como o não uso agrotóxico, não se apropriar do trabalho infantil e escravo, preservação da saúde das pessoas e do meio ambiente, respeito à legislação trabalhista, pagamento de preço justo e estímulo ao desenvolvimento sustentável, cooperativismo e associativismo.

Fonte: Tribuna do Norte - Economia

Bradesco abre agência na Cidade de Deus e planeja mais nove unidades

Comunidade conta com uma população de 120 mil pessoas. A próxima está prevista para fevereiro na comunidade de Rio das Pedras

Por Agência Estado


O Bradesco inaugurou nesta quarta-feira a primeira agência bancária da Cidade de Deus, comunidade habitacional localizada na zona oeste do Rio de Janeiro, com uma população de 120 mil pessoas. A abertura contou com a presença do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi.

O plano de expansão do banco nas comunidades do Rio de Janeiro prevê a inauguração de mais nove agências. A próxima está prevista para fevereiro na comunidade de Rio das Pedras. Ainda este ano serão abertas as unidades do Complexo do Alemão, Gardênia Azul, Dona Marta, Salgueiro, Terreirão, Tijuquinha, Turano e Vila Cruzeiro.

No Rio de Janeiro, o Bradesco já tem uma agência na comunidade da Rocinha, inaugurada em 2007, e um correspondente bancário na favela Cantagalo Pavão Pavãozinho, inaugurado em maio de 2010. O banco também tem uma estratégia para a venda de seguros populares em comunidades carentes do Rio. No Morro Dona Marta, oferece uma apólice residencial que custa R$ 9,90.


Em São Paulo, o banco também resolveu abrir uma rede de atendimento em comunidades carentes. Em novembro de 2009, inaugurou uma agência na comunidade de Heliópolis, a maior da capital paulista, com uma população de mais de 100 mil habitantes. Em setembro de 2010, iniciou as atividades na comunidade de Paraisópolis.


O Bradesco está presente em 100% dos municípios brasileiros com uma rede de atendimento composta de mais de 43 mil pontos. Esta rede presta serviços a cerca de 61 milhões de clientes.

Sobre a abertura da unidade hoje na Cidade de Deus, o presidente do Bradesco destacou em nota: "Chegamos a essa comunidade em uma fase de resgate da paz, da ordem e da tranquilidade, tão necessárias para o exercício pleno e diário da cidadania. Nosso objetivo é contribuir para esta nova fase."