domingo, 20 de novembro de 2011

"Se você está com o cliente, está certo", diz dona da Amor aos Pedaços

Ivani Calarezi, sócia da rede Amor aos Pedaços, garante: é preciso tratar bem o cliente.

Consultar o serviço de atendimento ao consumidor (SAC) como primeira missão do dia. Deslocar imediatamente uma equipe de São Paulo para Resende, cidade localizada no interior do Rio de Janeiro, para constatar in loco os motivos das reclamações de clientes. E ficar sentada no ponto de venda observando como reage um desconhecido no instante em que degusta um dos doces cuidadosamente elaborados pela empresa.

Para Ivani Calarezi, não importa o tamanho da rede Amor aos Pedaços, da qual é sócia. Assim foi, é e sempre será a gestão da empresa. Lá, estatísticas e métricas são aceitas, mas não substituem o bom e velho relacionamento entre empresa e cliente. “Gosto de olhar nos olhos do consumidor para saber o que funciona ou não”, diz a empresária. “O cliente que reclama é o cliente que você não perde. Ele quer te ajudar.”
Ivani é pianista por formação e a cozinha sempre foi um hobby. Por isso, quase três décadas após a inauguração da primeira loja da rede - hoje são cerca de 60 unidades -, ela ainda dá expediente com a mesma empolgação inicial.

“Nunca tive crise porque, na verdade, nem sei o que é crise. O dinheiro é uma consequência quando gostamos do que fazemos. Ainda passo 12 horas dentro da cozinha experimental brincando e bordando com o meu sonho”, afirma.


A empresária e sua sócia, Silvana Marmonti, optaram por crescer pelo sistema de franquias. Mas é Ivani quem dá a palavra final na seleção dos parceiros. E a qualidade é uma preocupação constante. Tanto que funcionários da empresa visitam um a um os fornecedores da rede periodicamente. “Queremos saber, por exemplo, se a plantação de morangos usa a água adequada na irrigação das frutas”, conta a empreendedora.

:: Os detalhes que fizeram a estratégia de Ivani funcionar ::

Inovação
Para Ivani, nem sempre o cliente sabe o que quer. Às vezes, é muito importante deixar as pesquisas de lado para seguir os instintos.

SAC
São três letras fáceis de falar, mas complicadas de gerenciar. O serviço, porém, é levado a sério na rede Amor aos Pedaços.

Compartilhe
O pulo do gato de Ivani foi escolher uma sócia que a liberou para se dedicar ao que ela realmente domina: a criação de doces e bolos.

Portfólio
O setor de alimentação fora do lar exige um ritmo forte de lançamentos. Por isso, a rede se esforça nesse quesito.

Olhar firme
Outro diferencial na gestão da empresa é não delegar tarefas estratégicas, como a escolha final dos franqueados.

Por: Renato Jakitas - Estadão PME

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

2º Café Empreendedor - Encontro de Empreendedores

O SEBRAE/RN, através do Escritório Regional do Trairi - Santa Cruz/RN, realiza neste dia 09 de novembro, às 09h, o segundo Café Empreendedor - Encontro de Empreendedores.

Com o tema "Oportunidades de Negócios para a Copa do Mundo de 2014", ministrada pelo analista do SEBRAE/RN e gestor do Projeto SEBRAE/RN e a Copa de 2014, Célio José Vieira de Moura, os empresários da Região do Trairi terão a oportunidade de refletir e despertar para o universo de oportunidades que a Copa do Mundo 2014 já está proporcionando para Micro e Pequenas Empresas.

O evento conta com a parceria da Câmara de Dirigentes Lojistas - CDL de Santa Cruz e da Rádio Santa Cruz AM 1410.


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Mercado de festas infantis agora diversifica serviços para ganhar espaço

Setor oferece eventos que podem reunir tantos convidados quanto um casamento.

Ao dar uma olhada no número de comemorações que alguns pais preparam hoje para seus filhos, fica fácil entender porque o mercado de festas infantis ainda apresenta boas oportunidades de negócio. E como as mães hoje trabalham, muitas não conseguem arrumar tempo para organizar uma festa – mas têm dinheiro para contratar quem faça isso por elas.

A longa lista de festas infantis começa antes mesmo de a criança nascer, com o chá de bebê. O que antes se resumia a uma reunião informal entre amigas, ganhou status de evento e pode reunir tantos convidados quanto um casamento. A depender do tamanho do bolso do casal.

Logo depois do nascimento do nenê, lá vem outra novidade. Um número crescente de pais tem aderido a uma comemoração pouco usual, criada para evitar que o bebê receba muitas visitas em casa. Chama-se “chá de apresentação”, uma festa em que a criança é apresentada para a família e para o círculo de amigos do casal de uma só vez.

Ainda não acabou. Nas famílias católicas, é possível que os pais organizem outra festa muito em breve: a comemoração do batizado. Até que, enfim, a criança complete um ano e inaugure a era dos aniversários infantis.

“As principais oportunidades para quem pretende abrir um buffet ou quer montar uma empresa que forneça produtos e serviços para festas infantis é se especializar em comemorações voltadas para crianças de até 3 anos de idade”, indica Zuleica Russi, organizadora do Mega Festas Kids & Teen, exposição que reúne fornecedores do setor.

Para Zuleica, as empresas com foco neste público vendem mais, conseguem fidelizar o cliente desde o berço e ainda sofrem menos com as oscilações do cenário econômico. “Pai e mãe sempre dão prioridade para a festa do filho, principalmente nesta idade”, afirma a organizadora do Mega Festas.

As festas mais simples, para 50 pessoas, não costumam sair por menos de R$ 3 mil, estima Zuleica. A partir daí, a imaginação e a disposição a gastar é que ditam o limite das despesas. Não é difícil encontrar organizadores que já tenham feito festas de R$ 50 mil para crianças.

O ramo oferece muitas oportunidades, sem dúvida. Mas também apresenta concorrência acirrada. “É preciso construir uma reputação no setor para conseguir indicações”, reforça Zuleica. “ E ter um diferencial também é importante, porque há muitas empresas já estabelecidas no mercado.”

A demora para que a empresa ficasse conhecida foi a principal dificuldade enfrentada por Kika Duarte, dona da Auguri Festas. “Nesse setor, a propaganda não adianta muito. O que vale é o reconhecimento do seu trabalho pelos pais das crianças e pelas pessoas que frequentam as festas”, afirma. “São eles que vão trazer outros clientes.”

As festas organizadas pela Auguri, normalmente voltadas para crianças de até 3 anos, costumam custar entre R$ 5,8 mil e R$ 7,2 mil. Para 50 pessoas. Ela fornece o serviço de buffet e a decoração.  No setor há nove anos, Kika acredita que a principal tendência desse mercado é a personalização. “Ninguém quer uma festa igual àquela feita para a outra criança. Cada mãe que entra aqui pede para eu criar uma coisa nova, que tenha a cara do seu filho.”

Ao organizar uma festinha com a cara de sua filha Catarina, a empresária Fernanda Quintanilha e sua cunhada Priscila Quintanilha acabaram criando um novo negócio. O Chá das 5 é o nome da empresa que organiza um chá de bonecas para comemorar aniversários de meninas que tenham entre 4 e 9 anos.

“A ideia foi retomar costumes simples, que foram perdidos, e assim estimular a convivência entre as crianças”, define Priscila. A empresa leva todo o mobiliário, a decoração e as comidinhas para a festa, que pode comportar no máximo 20 meninas. Recém-criada, a empresa atua em São Paulo e Brasília. O trabalho já foi contratado por uma academia de balé (que quer fazer um chá de confraternização para as alunas) e por muitas menininhas doidas para brincar de boneca com as amigas. O preço do serviço? R$ 120 por criança.

Por: Carolina Dall'Olio - Estadão PME

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Oito em cada dez paulistanos estão nas redes sociais. Aproveite!

Números comprovam necessidade da pequena empresa organizar uma estratégia virtual.

De cada dez moradores de São Paulo, oito estão nas redes sociais. Esta é uma das conclusões da Pesquisa sobre Hábitos dos Paulistanos na Internet, realizada em maio com mil entrevistados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).

Segundo o levantamento, cerca de 9,35 milhões de pessoas, ou 82,73% dos moradores da capital paulista, fazem parte de ao menos uma rede social. Entre as pessoas com mais de 18 anos e menos de 35, o total é ainda maior, chegando a 89,54%. Aqueles com idades entre 35 e 70 anos, o total saltou de 61,05% em 2010 para 73,27% neste ano.

O Orkut segue como a rede social mais comum, com 74,91% de penetração, mas o site que pertence à empresa Google vem perdendo espaço, pois no ano passado sua popularidade chegava a 82,08%. Quem vem ganhando terreno é o Facebook, que registra 30,06 pontos porcentuais de aumento de uma pesquisa para outra, atingindo agora 54,04% da população paulistana. O Twitter é usado por 19,06% e o MSN, por 66,10%.

Os números comprovam a necessidade das pequenas e médias empresas organizaram - o quanto antes - uma estratégia para as redes sociais. Para ajudá-lo, o site do Estadão PME organizou abaixo informações importantes sobre cada mídia social e, principalmente, como tirar o melhor proveito delas.

Orkut e Facebook
O Orkut ainda é um importante canal de contato com o público das classes C e D. Portanto, não deve ser descartado como ferramenta pelas empresas que visam esse público-alvo.

Já o Facebook funciona como uma boa ferramenta de contato com universitários e as classes A e B. Os especialistas recomendam que as fan pages e as comunidades da empresa sejam um espaço de discussão, onde o empresário não apenas divulgue suas ações, mas também gere conteúdo e interação entre os usuários.

Além disso, as ferramentas podem ser utilizadas para realizar promoções e para a venda de produtos por meio do social commerce. “O Facebook divulgou que possui mais de 800 milhões de usuários ativos, um público enorme. E ainda pretende com seu redesenho manter o usuário conectado por mais tempo na página, o que mostra a força que essa ferramenta tem”, afirma o consultor de marketing digital Cláudio Torres.

Twitter
“O twitter é surdo”, brinca o professor Alexandre Marquesi, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em referência ao fato de que a interação no microblog é menor do que a que acontece no Facebook, por exemplo. Para ele, o canal tem que ser utilizado para uma exposição positiva da empresa e como um canal de atendimento ao cliente.

Um exemplo de uso do twitter considerado positivo pelos especialistas é o da varejista norte-americana Best Buy, que criou um twitter exclusivo, o @twelpforce, para tirar dúvidas dos consumidores da loja sobre os produtos.

Quem responde às questões são os próprios vendedores da loja. “Essa é uma boa estratégia para a empresa que não consegue gerar conteúdo original na rede”, diz Torres. Já para as empresas que produzem informação em um blog, por exemplo, o twitter pode ser usado como meio de divulgação desse conteúdo.

Foursquare
A rede, que permite que usuários cadastrados informem por meio do seu smartphone o estabelecimento comercial onde está, realizando um check in online, ganhou popularidade nos últimos meses, mas ainda está longe de ser uma ferramenta considerada tão eficiente pelos especialistas em marketing digital quando o Facebook. Ainda assim, pode ser uma forma interessante de pequenos estabelecimentos comerciais ganharem, sobretudo, status. “Como as pessoas só fazem check in em lugares bons, a empresa precisa trabalhar o posicionamento da sua marca”, diz Marquesi, da ESPM.

Uma das formas de chamar a atenção dos clientes mais utilizadas na rede e que pode ser adotada pelas pequenas empresas é oferecer prêmios para o mayor (prefeito) do estabelecimento - título dado ao consumidor que frequenta mais vezes o lugar - como um café gratuito ou uma diária grátis em um hotel, por exemplo. Outra boa estratégia é acompanhar o comportamento do cliente do foursquare em outras mídias sociais e ver como outras pessoas interagiram com o check in realizado pela pessoa no estabelecimento. No próprio site da ferramenta há uma página para empresas com dicas sobre como usar o Foursquare.

Youtube
Os especialistas recomendam que a ferramenta seja utilizada para produção de conteúdo informativo e como forma de demonstrar os usos de um produto. “Uma academia pode gravar um vídeo com os seus professores dando dicas de exercícios e de saúde”, exemplifica Torres. Segundo ele, esse conteúdo traz visibilidade e credibilidade para a marca.

Um caso famoso de uso do youtube é uma campanha da empresa americana Blendtec, que para demonstrar o poder de sua linha de liquidificadores, criou no You Tube o programa Will it blend?, no qual o fundador da marca, Tom Dickson, tritura produtos diversos, como um iPad ou um par de tênis.

Via: Estadão PME 

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Arcor lança biscoito com nanotecnologia



"Cooling", como é chamada a tecnologia, mantém aroma mentolado encapsulado e o revela conforme ele vai sendo consumido.
A Arcor do Brasil anunciou o lançamento do novo “Danix Choco Shake” sabor Milk Shake de Chocolate, sob licença dos Pinguins de Madagascar.

A nanotecnologia empregada na guloseima, denominada “cooling”, conserva e mantém encapsulado o aroma mentolado e refrescante que vai sendo revelado a cada mordida. Para se chegar ao resultado final ideal, o produto foi estudado por cerca de dez meses.

Além da sensação gelada, contém chocolate maltado e Vitacálcio (complexo de vitamina e cálcio), proteína responsável pelo fortalecimento e crescimento dos ossos e também dos dentes.

Segundo o diretor de Marketing de Biscoitos e Panificados da Arcor do Brasil, Rodrigo Peçanha, a empresa espera um crescimento de 30% de vendas para a linha de biscoitos Danix. “Nosso consumidor é muito exigente e sempre almeja novas experiências, por isso, investimos muito em novos sabores e nos personagens licenciados para aproximar o público infantil da marca”, explica.

Por: Exame.com

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O método Steve Jobs

Centralizador e perfeccionista, inventivo e empreendedor. Esse era o perfil do homem que criou a maior empresa de tecnologia da história, a Apple.

 Steve Jobs durante um evento especial de divulgação do iPhone 4 na Califórnia, 2010 (Robert Galbraith/Reuters)

Não existe alguém no mundo da tecnologia que desperte a mesma paixão que Steve Jobs provoca. Seus admiradores, antes um restrito grupo de usuários de Macs, podem atualmente ser encontrados entre jovens e velhos, pobres e ricos, especialistas e neófitos – um fruto do sucesso de iPod, iPhone e iPad. As  palavras do gênio inventivo eram ouvidas com atenção por milhares conectados à internet a cada apresentação de um novo produto que ninguém sabia que existia, mas que, a partir de sua aparição, tornava-se um item "necessário" ou até "vital". Ao mesmo tempo, Jobs era conhecido como um chefe extremamente exigente, cruel por vezes, um perfeccionista que, segundo lendas, chegou a demitir funcionários no elevador da companhia porque eles demoraram a responder a uma  indagação acerca de um produto em desenvolvimento.

Jobs não era engenheiro, designer ou administrador de empresas formado por uma universidade. Mesmo assim, conseguiu criar produtos inovadores e esteticamente imitados por toda a concorrência, além de ter tirado a empresa que ajudou a criar da falência, transformando-a em uma das mais rentáveis e lucrativas do mundo. Talvez essa seja a resposta para o seu sucesso: em vez de pensar como um técnico, ele enxergava o mundo pelo prisma do usuário. "Jobs conseguia conversar com as pessoas de igual para igual, sem aquele discurso técnico, chato", afirma Eric Johnson, da fundador e diretor da Ironfire Capital, empresa de investimentos.

Steven Paul Jobs foi adotado. Seus pais adotivos tiveram de prometer que o menino cursaria a faculdade para poder ficar com ele. Apesar dos esforços, o rapaz desistiu de estudar seis meses depois de ingressar na Reed College, uma universidade liberal em Portland, Oregon. Resolveu viajar pela Índia (Jobs é budista) e, de volta à Califórnia, se juntou a Steve Wozniak para fundar a Apple, se tornar o mais jovem milionário da indústria de informática, ser chutado da empresa que criou, montar uma nova empresa (que fracassou), comprar um estúdio de animação 3D (que se tornaria a Pixar), voltar para a Apple e mudar a vida de todos nós com os produtos que ajudou a criar durante a última década.

A melhor maneira de entender o sucesso de Steve Jobs é recordar a avaliação que ele fez de si próprio durante o discurso proferido para a turma de formandos da Universidade de Stanford, em 2005. Ele contou que abandonou a faculdade para fazer um curso de caligrafia, narrou o episódio de saída da Apple e, por fim, falou sobre a doença que o acompanhava há anos, um câncer no pâncreas. E resumiu o mantra que criou para si: faça o que você ama e siga sua intuição.

Em seu livro Inovação, A Arte de Steve Jobs, Carmine Gallo, especialista em treinamento de executivos e estudioso da vida do pai da Apple, afirma que o método de trabalho de Jobs obedecia a sete mandamentos: faça o que você gosta, cause impacto no universo, coloque o cérebro para funcionar, venda sonhos em vez de produtos, diga não a mil coisas, crie experiências incríveis e defina bem sua comunicação. As diretrizes guiaram todo o trabalho do criador, do processo de criação dos produtos à sua divulgação.

Leander Kahney, autor do livro A Cabeça de Steve Jobs, adiciona outro ingrediente importante para a receita do sucesso, um componente que fez parte da personalidade do gênio empreendedor: controle. Jobs era extremamente perfeccionista e não admitia que nada fosse feito sem seu aval. Isso é tão claro que até nas embalagens dos produtos Apple há o toque dele. De acordo com Kahney, para Jobs, o ato de desembalar o produto é tão importante quanto o de usá-lo. Ele não foi o inventor do iPod, mas foi o responsável por tornar o tocador de MP3 um dispositivo que todos os usuários pudessem usar. Para isso, disse a engenheiros e designers o que iria funcionar ou não. Estava certo.

Trabalhar com prazer e manter controle sobre a própria criação são dois aspectos importantes no método Steve Jobs. Enquanto o primeiro tem um aspecto romântico, o segundo revela um elemento essencial para a Apple. Um exemplo: todos os lançamentos da empresa são envoltos por uma aura de segredo. Como será o novo iPhone? Quais as novas funcionalidades do iPad? Esses temas são debatidos em sites de tecnologia e também na imprensa em geral – além de virar assunto entre consumidores. O segredo busca potencializar o impacto das novidades. E mesmo com o vazamento quase diário de informações, Jobs conseguia causar um grande reboliço cada vez que subia ao palco para mostrar um novo produto.

O controle total sobre seus produtos foi fundamental também para afirmar a marca Apple. Se o usuário quer usar o iOS, tem que comprar um iPhone. Se quer o Mac OS X, deve adquirir um Mac. Assim, a empresa monitora de perto seus usuários e não abre espaço para a divisão do negócio com outros fabricantes, como acontece com a Microsoft e o Google Android, para citar dois exemplos. Para Jobs, não havia meio termo. A história recente da tecnologia provou que ele estava certo.

Por: Sérgio Miranda - Veja

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Histórias de sucesso são relatadas em livro editado pelo Sebrae

A publicação conta a trajetória de pessoas, empresas e instituições que fizeram de seus negócios um exemplo de empreendedorismo. O lançamento do livro será em Mossoró e faz parte das comemorações do Dia da Micro e Pequena Empresa.

Um grupo de 33 empresas envolvidas direta ou indiretamente com a cadeia produtiva do petróleo decidiu formar uma rede, a REDEPETRO RN, para ganhar mais competitividade em outubro de 2009. Naquele mesmo ano, a Cooperativa de Desenvolvimento Agroindustrial Potiguar (COODAP) comemorava um feito inédito: trinta contêineres de melão cultivado pela comunidade de Pau Branco, em Mossoró, atravessam o atlântico com destino à Inglaterra.

Perto dali, em frente à Igreja de Santa Luzia, padroeira dos mossoroenses, a artesã Francisca Fernandes, hoje formalizada como Empreendedora Individual, em 2008 confeccionava pela primeira vez uma caricatura em biscuit, a do cantor jamaicano Bob Marley. Enquanto isso, o casal de empresários Pedro e Aurita Negócio decide esquecer o ramo de bonés e investir na fabricação de fardamentos para as indústrias petrolíferas e salineiras com a Pollybrindes.

As coincidências de datas, locais e momentos de conquistas para as pessoas, empresas e instituições citadas comprovam que a visão empreendedora pode ser determinante para transformar negócios aparentemente simples em exemplos de sucesso no mercado. As trajetórias desses quatro casos bem sucedidos na região de Mossoró estão reunidas no livro “Histórias de Sucesso do Empreendedor Potiguar III”, que será lançado pelo Sebrae no Rio Grande do Norte, nesta quarta-feira (5) – Dia da Micro e Pequena Empresa, às 18 horas, no Escritório Regional do Oeste, em Mossoró.

A publicação traz 13 casos de empresas e empreendedores que, com o apoio e consultoria do Sebrae-RN, alcançaram sucesso com os seus negócios e hoje são referência para as demais empresas nos referidos segmentos. O livro relata a trajetória de empreendimentos situados nas diversas regiões do Rio Grande do Norte, sendo cinco deles de Mossoró e regiões próximas. “Com a publicação desse livro, comprovamos a força do empreendedorismo nas diversas regiões e que nasce a partir de pessoas com visão, dispostas a encontrar diferenciais competitivos e vontade de fazer o melhor em seus segmentos”, ressalta o diretor superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto.

Com 126 páginas, a publicação conta histórias como dois projetos desenvolvidos pelo Sebrae-RN – o Natal Pensando Moda e a REDEPETRO RN - alcançaram êxito agregando diversas empresas ligadas à mesma cadeia produtiva. Comprova o valor do agronegócio, destacando a Farinha dos Anjos e o bom exemplo do melão da COODAP, além do artesanato, ao descrever a história das associações de artesãos mossoroenses e de Vera Cruz. No setor industrial, o livro descreve o fortalecimento da Ster Bom e da Pollybrindes, assim como a empresa transportadora Auto Peças São Paulo. Vem do turismo os casos do Restaurante e Cachaçaria Urca do Tubarão, Pousada Bella Vista e Pousada Casa de Taipa.

Por: Cleonildo Mello - Agência SEBRAE/RN de Notícias

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

SEBRAE/RN realiza 1º Café Empreendedor


O SEBRAE/RN através do Escritório Regional do Trairi, sediado em Santa Cruz/RN realiza neste dia 04/10/2011, às 08h, o 1º Café Empreendedor - Encontro de Empreendedores.

Uma oportunidade para empresários e empreendedores conversarem sobre temas que permeiam o universo da gestão de micro e pequenas empresas e obter novas perspectivas de negócios.

Na sua primeira edição o Café Empreendedor terá como tema principal as "Mídias Sociais e o Mundo Corporativo", uma análise dessas ferramentas como oportunidades de negócios e relacionamento com clientes, seus desafios e oportunidades.

Não percam!!!

Equipe Café Empreendedor

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Como vender para outras empresas?

Muitas pequenas e médias empresas não vendem seus produtos para os consumidores finais, mas para outras empresas e precisam fazer o chamado marketing B2B (bustiness-to-business).

Nesses casos, o processo de decisão de compra é mais esquematizado e racional. Esse processo pode ser influenciado por três fatores, que sua empresa deve conhecer: o centro de compras do cliente potencial, a filosofia da organização de compras ou a cultura corporativa e a situação de compra.

O centro de compras pode ser composto por uma única pessoa ou, em empresas maiores, ser mais estruturado e formado por alguém que inicia o processo de compra, alguém que influencia os demais, aquele que efetivamente toma a decisão, o comprador propriamente dito, o usuário e o guardião, que controla as informações e o acesso àqueles que tomam as decisões.

Frequentemente, esses papéis são exercidos por pessoas de diversas áreas, como compras, finanças, manufatura e comercial. Por isso, é importante que sua empresa consiga dialogar de maneira clara e persuasiva com todas essas áreas.

A cultura da organização é o conjunto de valores, tradições e costumes que direcionam o comportamento dos funcionários. Essa cultura tem grande influência nas decisões de compras.

Por exemplo, se a empresa-cliente for mais democrática, você precisará convencer a maioria ou todos os membros do centro de compras. Por outro lado, se a empresa for mais autocrática, valerá mais usar seu tempo descobrindo quem é a pessoa do centro de compras que de fato decide.

Há basicamente três situações de compra. A recompra direta é mais simples, pois o comprador está apenas repetindo compras anteriores e, se ele já for seu cliente, seu papel será garantir a manutenção do bom relacionamento.

Na recompra modificada, o comprador altera alguma coisa, podendo ser a especificação do produto, seu nível de qualidade, o preço desejado, as condições de entrega, entre outros. Nesse caso, abre-se uma nova rodada de negociação. Por último, a nova compra é o momento em que sua empresa precisa persuadir o novo cliente a fechar negócio.

Por: Daniela Khauaja - Portal Exame.com

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sucessão nos negócios: pai e filho comandam restaurante de sucesso

Com técnica e talento, Rodrigo Oliveira ajudou o pai a transformar o Mocotó, restaurante da família, em referência.

O restaurante Mocotó, responsável por colocar o bairro paulistano da Vila Medeiros no mapa da gastronomia brasileira, prova que uma empresa familiar pode melhorar – em vez de desandar – quando chega à segunda geração. A casa, aberta pelo pernambucano José Oliveira de Almeida em 1973, ganhou apuro técnico na cozinha e gestão profissional em 2005, quando Rodrigo Oliveira passou a dividir com o pai a condução do negócio.

Não seria justo com seu José dizer que o Mocotó só virou um sucesso depois de Rodrigo. Nada disso. Quando era menor, o Mocotó já vivia com as mesas ocupadas e a reputação da cozinha sempre foi boa na região.

Mas no momento em que Rodrigo se graduou em gastronomia, mudou as receitas e reorganizou o restaurante, o Mocotó atingiu outro patamar: ganhou respeito no sofisticado mundo gastronômico, chamou a atenção da imprensa e atraiu um público amplo. Decolou.

Hoje, o local atende cerca de 20 mil consumidores por mês. Como o tíquete médio é de R$ 35, estima-se que o faturamento mensal do restaurante chegue a R$ 700 mil. A clientela, antes formada apenas por moradores da região, agora engloba também políticos, artistas, jogadores de futebol e outras celebridades. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é um dos novos frequentadores. “Mas quando ele veio aqui teve de encarar a fila de espera como todo mundo”, garante seu José.

Ser um lugar simples e democrático é uma das características que o Mocotó carrega desde o início – e que Rodrigo, sabiamente, manteve. Por isso, mesmo depois de melhorar a qualidade dos ingredientes, o Mocotó continuou a praticar preços acessíveis a todos. Com R$ 15 é possível fazer uma refeição completa no local – o ganho da empresa vem da escala.

O DNA da cozinha foi preservado, mas os sabores nordestinos funcionaram como ponto de partida para que Rodrigo criasse suas receitas. Com pesquisa, talento e técnica, ele mudou parte do cardápio. Mas teve de submeter cada novo prato ao crivo do pai. “Ele é formado em gastronomia, mas eu sou formado em ‘mocotologia’. Eu sei bem do que os clientes gostam”, ironiza seu José.

Gestão
Além da cozinha, Rodrigo melhorou também a gestão do Mocotó. Para o chef, o principal erro já cometido pelo restaurante foi permitir que os funcionários cumprissem uma jornada árdua. “Eu e meu pai sempre achamos normal trabalhar 14, 16 horas. Nós fazemos isso, então, as pessoas que trabalham aqui também faziam”, diz. “Mas é uma situação que não se sustenta”, conclui o empresário.


Além de registrar todos os 54 funcionários e respeitar o expediente, Rodrigo aprimorou os cuidados que o pai já dispensava à equipe. Manteve o hábito de só contratar conhecidos (deles e dos funcionários) e de fazer todos começarem pelos cargos mais baixos. Mas passou a oferecer treinamento, melhorou a remuneração fixa e instituiu a divisão igualitária dos 10% pagos pelos clientes.

Seu José e Rodrigo nem sempre – ou quase nunca – concordam sobre os rumos do negócio. “Eu sou estourado e o Rodrigo é cabeça dura”, define o pai. Rodrigo avisa que pretende abrir, em breve, um novo restaurante na região. Mas seu José não gosta da ideia. “Eu e meu pai sempre discutimos”, admite o filho. “Mas quando vamos embora do restaurante eu falo ‘bênção, pai’, e ele me dá um beijo e a bênção.”

Por: Carolina Dall'Olio - Estadão PME

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Saiba como ganhar clientes e popularidade com as mídias sociais

Especialistas explicam as melhores estratégias para uma pequena empresa fazer bom proveito desse tipo de ferramenta.

Na quinta-feira  passada, Mark Zuckerberg veio a público anunciar uma série de mudanças na sua rede social, o Facebook,  com o objetivo de aumentar a interação e o tempo de permanência do usuário no site. O anúncio só veio reforçar o que a maioria das empresas já sabe: estar presente nas  mídias sociais é cada vez mais importante para ganhar visibilidade, clientes e dinheiro. “Essas ferramentas deram um poder para as pequenas empresas  que antes era acessível somente para as grandes ”, diz o professor de redes sociais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Alexandre Marquesi.

Mas saber usar essas ferramentas de maneira adequada é fundamental para as ações no mundo virtual não se tornarem uma arma contra o próprio negócio. Para Marquesi, são três as estratégias que uma pequena empresa pode desenvolver na rede: a realização de promoções como desconto no preço de produto e serviços, o uso do social commerce para comércio no mundo virtual e a utilização de links patrocinados para tornar uma marca conhecida. “Essas ferramentas dão exposição e exigem que a empresa se exponha de forma positiva”, diz.

Antes de criar perfis nessas redes a empresa deve ouvir o que seus clientes têm a dizer. Analisar o perfil do público-alvo, a forma como essas pessoas se comportam e a linguagem utilizada ajuda a desenvolver a estratégia de inserção da empresa na internet. “As empresas entram nessas redes tentando estabelecer muito rápido uma rede de seguidores, quando a primeira coisa a ser feita é ouvir”, diz o consultor de marketing digital e autor do livro “A Bíblia do marketing digital”, Cláudio Torres. “Na rede social as empresas não são o que elas acham que são, mas sim o que os consumidores enxergam nelas.”

Outro ponto importante destacado pelos especialistas é que as mídias sociais não são um canal de propaganda, mas sim uma ferramenta para criar relacionamento com os consumidores. “O ideal é criar conteúdo e gerar informações e discussões sobre temas ligados ao negócio”, diz Torres.

O terceiro passo é cuidar da reputação do negócio. Não só é importante responder aos comentários e mensagens deixadas pelos clientes, como também solucionar problemas e reclamações. E não adianta tentar esconder comentários negativos ou falhas do negócio. “A internet não é um ambiente manipulável”, afirma Torres. Por isso, Marquesi, da ESPM, sugere que no Twitter ou no Facebook , por exemplo, a empresa crie páginas separadas, uma para divulgação de conteúdo da empresa e outra para atendimento a clientes.

Por último, está a adoção da melhor estratégia para cada ferramenta. Confira abaixo algumas sugestões de como utilizar as principais mídias sociais:

1 - Orkut e Facebook
O Facebook já ultrapassou o Orkut em número de usuários e em popularidade entre os brasileiros, mas o Orkut ainda é um importante canal de contato com o público das classes C e D. Portanto, não deve ser descartado como ferramenta pelas empresas que visam esse público-alvo.

Já o Facebook funciona como uma boa ferramenta de contato com universitários e as classes A e B. Os especialistas recomendam que as fan pages e as comunidades da empresa sejam um espaço de discussão, onde a empresa não apenas divulgue suas ações, mas também gere conteúdo e interação entre os usuários. Além disso, as ferramentas podem ser utilizadas para realizar promoções e para a venda de produtos por meio do social commerce. “O Facebook divulgou que possui mais de 800 milhões de usuários ativos, um público enorme. E ainda pretende com seu redesenho manter o usuário conectado por mais tempo na página, o que mostra a força que essa ferramenta tem”, afirma Torres.

2 - Twitter
“O twitter é surdo”, brinca o professor Marquesi, em referência ao fato de que a interação no microblog é menor do que a que acontece no Facebook, por exemplo. Para ele, o canal tem que ser utilizado para uma exposição positiva da empresa e como um canal de atendimento ao cliente. Um exemplo de uso do twitter considerado positivo pelos especialistas é o da varejista americana Best Buy, que criou um twitter exclusivo, o @twelpforce, para tirar dúvidas dos consumidores da loja sobre os produtos.

Quem responde às questões são os próprios vendedores da loja. “Essa é uma boa estratégia para a empresa que não consegue gerar conteúdo original na rede”, diz Torres. Já para as empresas que produzem informação em um blog, por exemplo, o twitter pode ser usado como meio de divulgação desse conteúdo.

3 - Foursquare
A rede, que permite que usuários cadastrados informem por meio do seu smartphone o estabelecimento comercial onde está, realizando um check in online, ganhou popularidade nos últimos meses, mas ainda está longe de ser uma ferramenta considerada tão eficiente pelos especialistas em marketing digital quando o Facebook. Ainda assim, pode ser uma forma interessante de pequenos estabelecimentos comerciais ganharem, sobretudo, status. “Como as pessoas só fazem check in em lugares bons, a empresa precisa trabalhar o posicionamento da sua marca”, diz Marquesi, da ESPM.

Uma das formas de chamar a atenção dos clientes mais utilizadas na rede e que pode ser adotada pelas pequenas empresas é oferecer prêmios para o mayor (prefeito) do estabelecimento – título dado ao consumidor que frequenta mais vezes o lugar – como um café gratuito ou uma diária grátis em um hotel, por exemplo. Outra boa estratégia é acompanhar o comportamento do cliente do foursquare em outras mídias sociais e ver como outras pessoas interagiram com o check in realizado pela pessoa no estabelecimento. No próprio site da ferramenta há uma página para empresas com dicas sobre como usar o Foursquare.

4 - Youtube
Os especialistas recomendam que a ferramenta seja utilizada para produção de conteúdo informativo e como forma de demonstrar os usos de um produto. “Uma academia pode gravar um vídeo com os seus professores dando dicas de exercícios e de saúde”, exemplifica Torres. Segundo ele, esse conteúdo traz visibilidade e credibilidade para a marca.

Um caso famoso de uso do youtube é uma campanha da empresa americana Blendtec, que para demonstrar o poder de sua linha de liquidificadores, criou no You Tube o programa Will it blend?, no qual o fundador da marca, Tom Dickson, tritura produtos diversos, como um iPad ou um par de tênis.

Por: Lígia Aguilhar - Estadão PME

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Como as empresas podem reduzir os efeitos da valorização do dólar

Velocidade da escalada da moeda exige rapidez dos empreendedores para se ajustar ao novo cenário.

Com o dólar cotado acima de R$1,90, o maior patamar registrado desde julho de 2009, as pequenas e médias empresas precisam rever suas estratégias.  E logo. A velocidade da escalada da moeda norte-americana exige rapidez dos empreendedores para ajustarem suas ações ao novo cenário econômico. Confira a seguir algumas medidas que podem ajudar as empresas a reduzirem os efeitos negativos provocados pela valorização do dólar:

DÍVIDAS
“A primeira medida a tomar é parar de contrair dívidas em dólar”, avisa José Carlos Luxo, professor do Programa de Capacitação da Empresa em Desenvolvimento da Fundação Instituto de Administração (Proced-FIA).

Para quem tem dívidas em dólar, o melhor é tentar quitá-las o quanto antes, se possível. Assim, a empresa evita ficar refém de novas altas da moeda norte-americana. Mas se ainda restam muitas parcelas a serem pagas, a recomendação é tentar renegociar a dívida e postergar ao máximo as últimas prestações. Afinal, a perspectiva de médio prazo é que os juros caiam no Brasil e o real volte a se valorizar.


NATAL
Quem ainda precisa adquirir produtos e matérias-primas para suprir a demanda de fim de ano deve fazer isso agora. As compras devem ser pagas preferencialmente à vista. As encomendas para 2012, entretanto, ainda podem ser adiadas. Afinal, a aposta do mercado é que a cotação do dólar volte a cair já no início do ano que vem.

“Os empresários devem ser cautelosos ao tomar suas decisões, é claro. Cada um saberá analisar com mais conhecimento as particularidades do setor em que atua”, afirma o economista Francisco Pessoa, da LCA Consultores. “Mas eles também não devem se aterrorizar porque o ano que vem não será tão ruim assim”, aposta Pessoa.

VIAGENS
O turismo é um dos primeiros setores que sentem os efeitos da escalada do dólar. “É bem possível que agora haja uma diminuição da procura por viagens internacionais no fim do ano”, avisa Pessoa.

A saída para pequenas e médias agências de turismo é criar pacotes alternativos, que privilegiam países da América do Sul ou até mesmo os Estados Unidos, oferecendo mais alternativas aos clientes. “Mas se a crise realmente se agravar, os preços em países da Europa e nos Estados Unidos podem cair e, assim, anular os efeitos da alta do dólar”, declara Pessoa.

Para as empresas que têm viagens de negócios programadas para daqui até o fim do ano, a dica é comprar as passagens agora e adquirir a moeda em “parcelas”. Com a aquisição parcelada, é possível fazer um preço-médio, diminuindo o risco de comprar apenas em momentos em que a cotação esteja alta.

EXPORTAÇÃO
Para os exportadores, a alta do dólar representa um certo alento. Portanto, é tempo de trabalhar bastante para fechar o maior número possível de contratos neste período. Até porque o cenário é passageiro. Além da tendência de valorização do real se sustentar a médio prazo, a crise deve se agravar e a demanda do mercado externo vai se encolher ainda mais.

Por: Carolina Dall'olio - Estadão PME

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Diletto enfrenta o desafio de crescer sem perder a classe

Rede pretende ampliar seu faturamento neste ano, mas sem perder a identidade.

No restaurante Fasano, as sobremesas do cardápio têm sorvetes da Diletto em suas receitas. Quem passeia pelo Shopping Cidade Jardim pode provar os gelados da marca enquanto confere vitrines de grandes grifes mundiais. A empresa também produz os únicos picolés que estão à venda nas disputadas gôndolas do empório Santa Luzia.

Com apenas dois anos de vida, a fabricante de sorvetes Diletto, sediada em São Paulo, já conquistou espaço em alguns dos pontos de venda mais badalados do País - e até do exterior.

Para tanto, teve de superar gigantes como Unilever e Häagen-Dazs. Hoje, depois de distribuir seu produto em dois mil estabelecimentos e faturar R$ 10 milhões em 2010, a Diletto se prepara para receber o aporte de um fundo de investimentos e enfrenta o desafio de crescer sem descaracterizar a imagem da marca.

O histórico da empresa depõe a seu favor: tudo que foi feito até agora deu certo. O primeiro passo da Diletto, aliás, foi copiar uma fórmula familiar que já havia obtido sucesso na Itália do início do século 20.

Lá, Vittorio Scabin se diferenciou da concorrência ao produzir um picolé premium. "Na região do Vêneto, meu avô era o único a fabricar um produto de qualidade nesse formato", explica o empresário Leandro Scabin, que imitou seu 'nono' quando decidiu abrir, em 2009, a Diletto brasileira.

Parecia algo simples. Mas Scabin garante que a principal dificuldade enfrentada por ele foi justamente a de equilibrar uma massa bastante cremosa (que caracteriza um sorvete italiano de qualidade) em um palito. "Eu não poderia simplesmente reproduzir as receitas do meu avô porque ele fazia tudo de forma artesanal", justifica Scabin.

Foram necessários muitos testes até encontrar a fórmula certa. Ao fim do processo, porém, a empresa tinha chegado a dois resultados importantes: possuía um produto inovador e poderia assegurar que era capaz de entregar grandes pedidos.

Ao dar essa garantia, a Diletto ganhou a confiança de clientes de peso. A formação societária da empresa também ajudou a abrir portas: além de Scabin, o ex-sócio do Banco Pactual, Fábio Pinheiro, e o publicitário da W/McCann, Fábio Meneghini, também são donos da empresa. Por tudo isso, a Diletto cresceu muito rápido - a estimativa é faturar R$ 22 milhões em 2011, seu terceiro ano de vida. "Poderia ser até mais, porém, precisamos ir com cuidado", diz Scabin.

Hoje a empresa já não faz um trabalho de vendas ativo. E recusa, todos os dias, propostas de lojistas interessados em revender seus produtos - que custam de R$ 4 a R$ 7. "Os nossos sorvetes só podem estar expostos em pontos de venda onde o consumidor seja capaz de compreender a história da nossa marca e valorizá-la", resume Scabin.

Para crescer, portanto, além de contar com capital de um fundo de investimentos, a Diletto prepara o lançamento de novas versões de seu produto, como o sorvete em massa vendido em copinhos de 500 ml - bem semelhantes aos da Häagen-Dazs.

Para o consultor Francisco Alberto Madia, da Madiamundomarketing, a Diletto precisa "evitar as tentações". Ele acredita que a empresa deve mesmo recusar os convites dos varejistas e se concentrar apenas em vender mais para os mesmos clientes. "Eu continuaria a apostar no picolé, que é o diferencial da marca, e criaria novos sabores”, sugere. "A empresa poderia evitar a briga com produtos de grandes marcas e manter o foco no nicho de mercado que encontrou."

Por: Carolina Dall'olio - Estadão PME

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Mundo da moda adota o Instagram

O Instagram roubou a cena na Fashion Week de Nova York, semana passada.

O aplicativo gratuito para o iPhone permite que amadores apliquem em fotos de celular técnicas antigas de processamento de película e logo compartilhem os resultados com o mundo através da web. Os entusiastas da moda - um grupo que já é obcecado com imagem - estão apaixonados pela capacidade do aplicativo de fazer com que imagens de baixa qualidade pareçam belas obras de arte. Nas tendas da semana de moda, editores, blogueiros e relações públicas usavam os filtros digitais do Instagram para carregar milhares de imagens oníricas, para a ojeriza de alguns fotógrafos profissionais.

As imagens vão de instantâneos da passarela a flagras dos bastidores e vários outros objetos bastante mundanos. A conta de Oscar de la Renta no Instagram exibia uma foto de uma almofada de alfinetes. Leandra Medine, que faz o blog de moda "The Man Repeller", exibe instantâneos quase diários da roupa que escolhe para o dia.

"Faço um Instagram de tudo, de recém-nascidos a pizzas e novos sapatos Alexander Wang", diz Medine. "Minha vida fica muito mais interessante no X-Pro."

O X-Pro II é um dos 15 filtros que os usuários do Instagram podem aplicar numa foto. Ele torna as cores muito mais vívidas e acrescenta uma borda preta, enquanto outros filtros, como o Earlybird, dão um aspecto lavado à imagem e arredondam as bordas. O nome dos filtros é relativamente arbitrário. "Lomo-fi" é uma referência à câmera russa Lomo, que criou efeitos como o "olho de peixe". O "Hefe" surgiu quando um dos co-fundadores bebia uma cerveja tipo "hefeweizen".

Depois que o usuário do programa ajusta a foto, pode compartilhá-la em vários sites de relacionamento social, como Twitter e Facebook. A imagem também vai para o blog da pessoa no Instagram, que oferece um fluxo constante de imagens e permite que os usuários "sigam" outros e "curtam" ou comentem suas imagens, o que dá ao Instagram a fama de ser um Twitter de fotos.

O Instagram, que tem o brasileiro Mike Krieger entre os criadores, é o mais recente capítulo do mundo cada vez mais entrelaçado da moda e da tecnologia. A Semana de Moda de Nova York, que antes era um evento só para pessoas do setor, se tornou uma epopeia multimídia com multidões de participantes usando o Twitter para descrever os desfiles em tempo real ou tirando fotos de smartphone e compartilhando instantaneamente.

O aplicativo tem tantos fãs quanto inimigos. Ben Ritter, um fotógrafo de moda do Brooklyn, detesta como os recursos de melhoramento de imagem se tornaram a parte mais importante - mais do que o cenário, pessoa ou objeto capturado na própria foto.

"Esses truques vão substituir a necessidade de conteúdo interessante", disse Ritter.

Lançado em outubro, o Instagram já conseguiu 9 milhões de usuários. O co-fundador e diretor-presidente da firma que o desenvolveu, Kevin Systrom, diz que a empresa não faz nenhum esforço para conquistar "fashionistas" ou qualquer outro grupo - em parte porque a firma ainda tem menos de dez empregados.

Por: Elizabeth Holmes - The Wall Street Journal

domingo, 18 de setembro de 2011

Pequenos negócios ainda resistem ao cartão eletrônico

Sebrae promoverá eventos para que empreendedores conheçam as vantagens desse meio de pagamento no comércio varejista.


Apesar do crescimento do mercado de cartões nos últimos anos – o volume aumentou 476% entre 2000 e 2011 - os meios eletrônicos de pagamento ainda estão fora dos negócios de boa parte das micro e pequenas empresas (MPE) brasileiras. A estimativa do Sebrae é que 3 milhões de micro e pequenos negócios não aceitam nenhum tipo de cartão atualmente. Eles representam mais da metade das cerca de 5,3 milhões de empresas enquadradas no Simples Nacional. Para tentar mudar esse cenário, o Sebrae vai investir na capacitação e em parcerias com instituições.

Com o intuito de esclarecer os empreendedores sobre os benefícios que podem ter por aceitar pagamentos com cartões, o Sebrae firmou uma parceria com o Instituto Redecard, da empresa credenciadora Redecard. O acordo prevê a participação do Sebrae em dois projetos do instituto: o Programa Empreendimento Sustentável do Instituto Redecard e o Palco Itinerante Redecard.

Com início nos próximos dias, o primeiro é um evento com o objetivo de apoiar empreendedores para transformarem seus negócios em empresas sustentáveis. Empresários que são casos de sucesso dentro dos programas do Sebrae vão contar suas histórias de empreendedorismo durante as palestras. A iniciativa passará por diversas cidades brasileiras. O calendário ainda está sendo definido pelo Instituto Redecard.

Já o Palco Itinerante Redecard é um evento cultural com o intuito de aproximar a Redecard dos varejistas brasileiros. Inicialmente, 16 cidades foram selecionadas para participar até o fim de janeiro de 2012. A primeira será Recife (PE), entre os dias 23 e 25 de setembro. A segunda edição será entre os dias 30/09 e 02/10 em João Pessoa (PB). Em todos os municípios o Sebrae vai participar com a promoção de uma das oficinas para Empreendedor Individual (SEI),

O Sebrae está finalizando também a formatação de uma palestra que será realizada em todo o país a partir de janeiro de 2012. A palestra vai ajudar empresários a avaliar os impactos da utilização de meios eletrônicos de pagamento em seus negócios. Hoje há iniciativas pontuais em alguns estados - no Rio Grande do Norte e no Rio Grande do Sul são realizados seminários de crédito em parceria com as credenciadoras. A meta da instituição é divulgar que o custo de manutenção de uma máquina de cartão de crédito para o empresário reduziu e que a aceitação do uso de cartões entre seus clientes ajuda a elevar as vendas.

“É importante mostrar que é uma operação garantida, sem risco para os pequenos negócios. Está mais fácil usar o cartão eletrônico, já é possível a utilização de apenas uma máquina no estabelecimento. A micro e a pequena empresas podem inovar na relação com seus clientes, oferecendo essa opção de pagamento. A inclusão dessas empresas nesse segmento é um conforto que agrega valor ao negócio, pois garante a venda e satisfaz os clientes, principalmente das classes C,D e E que chegam ao mercado consumidor”, diz o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos.

Aumento da receita
Uma pesquisa realizada pela Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) com 300 empresários mineiros em junho de 2011 mostra que 64% deles tiveram redução de custos com a unificação dos terminais de operação com cartão de crédito. A convergência, feita desde 1º de julho de 2010, levou a uma redução das taxas cobradas pelas administradoras e do valor pago pelo aluguel das máquinas. Para alguns empresários, o custo continua elevado, mas, aceitar cartão, segundo destaca o diretor, pode resultar em elevação da receita e em queda da inadimplência para os pequenos negócios, além de representar uma possibilidade a mais de oferta de crédito aos empreendedores.

O objetivo do Sebrae é que os empreendedores aproveitem as oportunidades que surgem com a expansão do mercado de cartões. A previsão, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), é que até o fim deste ano o país tenha um total de 684,3 milhões de cartões em circulação, incluindo cartões de crédito, de débito e de lojas. O volume é cinco vezes maior que o número de cartões registrado em 2000 - de 118,7 milhões - segundo pesquisa da Abecs com o Instituto de Pesquisas Datafolha. Desses, 52% estão nas mãos da população das classes C, D e E, principais consumidores das MPE. O crescimento do número de transações foi ainda maior no período: saltou de 1,1 bilhão, em 2000, para 8,2 bilhões, estimativa feita para 2011.
 
Por: Mariana Flores (Via Agência SEBRAE de Notícias)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Vaidade abre mercado para novos empreendedores

Salões de beleza crescem 12% ao ano e consumidores buscam serviços personalizados e comércio on line.

Sempre mais: com mais dinheiro, mulheres da classe C querem investir mais em beleza e saúde

Depois de mais de 20 anos na França, a estilista Renata de Barbosa Ingold Boudon voltou ao Brasil cheia de vontade de fazer as unhas em uma manicure. “Na França, as pessoas não têm esse hábito”, explica. O desejo de Renata fez com que ela criasse a Disk Manicure. “Comecei a prestar atenção nos salões e achava aquilo pouco higiênico. Abri a empresa por uma necessidade pessoal”, conta.

Mais do que a vontade de ter a própria manicure em casa, Renata aproveitou o bom momento do mercado de beleza e estética. Os dados de uma pesquisa encomendada pela Associação Nacional do Comércio de Artigos de Higiene Pessoal e Beleza (Anabel) mostram que, tanto no comércio como em serviços, o setor está aquecido. O número de salões de beleza cresceu 78% entre 2005 e 2010 o varejo, 26% desde 2007.

Parte desse crescimento está atrelada ao avanço da classe C, que aproveita a renda a mais para investir na aparência. Um estudo feito pelo instituto Data Popular comparou o gasto da nova classe média e da elite com beleza. Em 2010, as mulheres da classe C investiram 19,7 bilhões de reais no setor. Há oito anos, esse gasto era de 6 bilhões. Nas classes mais ricas, o investimento em beleza e estética cresceu 3,6 bilhões de reais no mesmo período.

Para o diretor-superintendente do Sebrae/SP, Bruno Caetano, a soma de baixo investimento e demanda ajudam os empreendedores deste mercado. “Considerando a menor escala de operações, o menor valor de investimento e o acesso relativamente facilitado à tecnologia, é natural que exista um maior número de oportunidades nas áreas de comércio, como de perfumarias, e serviços, como cabeleireiros”, diz.

Como Renata, que hoje administra um rede de oito franquias de manicure em domicílio, outros empresários têm aproveitado o momento para investir no mercado. “Os empreendedores individuais do segmento de beleza e estética estão entre os que mais têm formalizado seus negócios. Salões de beleza e afins representam 7,5% das formalizações entre julho de 2009 e fevereiro de 2011”, diz o diretor-superintendente do Sebrae/SP.

O setor que emprega mais de 3 milhões de pessoas, ainda tem espaço para mais gente. “Eu nunca vi um povo tão vaidoso. Acho que nenhuma área do mercado de beleza está desaquecida e, por isso, a gente tem que estar sempre inovando”, opina Renata.

Para o Caetano, do Sebrae/SP, quem estiver pensando em investir na área precisa conhecer o mercado e se preparar. “Basicamente, o que recomendamos é que, primeiramente, seja feito um plano de negócio e converse com profissionais da área. Saiba qual público atender, a necessidade de capital de giro e o retorno do investimento”, diz.

Na internet
Além dos salões e lojas de cosméticos, o comércio eletrônico também é um canal promissor para a área. Segundo levantamento realizado pelo MercadoLivre, as vendas de produtos de beleza e saúde cresceram 47% só no primeiro semestre deste ano. “Esta categoria cresceu 50% a mais que a média de outras. O consumo feminino vem se estabelecendo no comércio eletrônico e os vendedores identificaram isso”, justifica Helisson Lemos, diretor-geral das operações do MercadoLivre.com para o Brasil.

O crescimento no site, usado na maioria por pequenos e médios empresários, é reflexo de um movimento intenso do mercado de beleza também na internet. Alexandre Seródio, sócio do Belezanaweb, comprova isso. “Essa é uma área muito promissora, mas muita competitiva e acho que a internet é o futuro das vendas diretas”, explica o empreendedor que comercializa produtos profissionais de beleza.

Uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) e da consultoria Booz & Co indica que o consumo de cosméticos tem potencial para crescer 5% ao ano em volume nos próximos 4 anos, o que vai fazer o setor passar de 27,3 bilhões de reais para 50 bilhões de reais.

Convivendo com a experiência do pai, que foi executivo do Avon, Seródio conta que aprendeu desde criança a vender para mulheres. Com mais de 30 marcas e 2 mil itens no portfólio, o site faturou 8 milhões de reais em 2010 e pretende dobrar o faturamento neste ano. “Hoje, a empresa cresce até três dígitos por ano e acabou de fechar com um fundo de investimento americano. Por confidencialidade, não posso dizer o nome do fundo ou o valor, mas é o mesmo que investiu no Peixe Urbano e no Netshoes”, conta o empreendedor.

Por: Priscila Zuini - EXAME.com

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Aprenda a vender para o governo

A 4ª edição do Fomenta é realizado pelo Sebrae em parceria com o Ministério do Planejamento.

O dono de uma pequena e média empresa terá em novembro uma oportunidade interessante para aprender como deve estruturar o seu negócio para vender seus produtos ou serviços para o governo. Entre os dias 23 e 24 de novembro, em São Paulo, ocorre o IV Fomenta. O evento tem como objetivo principal ampliar a participação dos pequenos negócios nas compras públicas brasileiras.

Durante o evento, explicam os organizadores, haverá um Painel de Oportunidades no qual gestores de compras da administração pública direta e indireta contarão aos participantes como funcionam os processos de compras. Além disso, eles explicarão qual é o tratamento diferenciado, determinado por lei, conferido aos pequenos empresários.

Outro aspecto interessante do evento será a Rodada de Negócios. Haverá reuniões entre compradores de entidades públicas e empreendedores com o objetivo de estimular o fechamento de novos contratos. Haverá rodadas em diversos setores, entre eles, mobiliário para indústria, máquinas e equipamentos, tecnologia da informação, viagens e eventos, etc.

Os participantes ainda poderão participar de oficinas de capacitação, seminários temáticos, além de painéis com especialistas internacionais sobre compras públicas.

O evento ocorre no centro de convenções do WTC do Hotel Sheraton (Avenida Nações Unidade, 12.551, Brooklin Novo). E o evento é gratuito.

O Estadão PME também preparou um serviço para o pequeno e médio empresário preparar o seu negócio para conquistar grandes clientes. São cinco passos:

1. Mantenha as contas em dia
Para participar de licitações é necessário apresentar documentos que comprovem a regularidade da empresa. Muitas das grandes corporações também exigem um kit básico de informações para fazer um pré-cadastro de fornecedores. Por isso, o primeiro passo para acessar esses mercados é ter a empresa formalizada e com as contas em dia. "Ninguém considera trabalhar com uma empresa informal", alerta o diretor geral da T-Gestiona, Clóvis Travassos.

2. Monte um portfólio e persista
A melhor forma de venda ainda é a pessoal, garante o consultor de marketing do Sebrae-SP, Gustavo Carrer. "Se uma pessoa não te recebeu, deixe um folder e ligue depois para saber se ela leu", sugere. Contratar representantes comerciais que já tenham uma carteira de grandes clientes também ajuda. Algumas empresas possuem um setor específico de suprimentos. Nesses casos, cadastre-se no departamento de compras para entrar na lista de possíveis fornecedores.

3. Associe-se a redes e grupos
Ter escala e preço baixo são dois requisitos difíceis de serem atendidos pelas micro e pequenas empresas brasileiras. A solução pode ser associar-se a grupos e cooperativas para, dessa maneira, melhorar a capacidade de negociação, ganhar conhecimento e também experiência. "Embora essa realidade seja pouco comum, o cooperativismo ajuda na busca de garantias reais e contratos com regras mais justas e equilibradas para os dois lados", analisa Carrer, do Sebrae.

4. Invista em serviços exclusivos
Se por um lado a pequena empresa não consegue competir com grandes players quando o assunto é preço e escala, por outro, pode desbancar toda a concorrência se oferecer algo único e inovador. Sandro César Nunes, da Sigmarhoh, tornou-se prestador de serviços da Petrobrás quando desenvolveu uma tecnologia própria para fazer testes de formação em poços de petróleo. Para isso, participou de um programa de transferência de tecnologia da própria Petrobrás.

5. Cuide bem do seu cliente
Uma das melhores formas de cativar as grandes empresas é oferecer atendimento personalizado. Ser o único a fornecer um produto no curto prazo, fazer alguma adaptação para atender a uma necessidade ou se colocar à disposição para atender diretamente o cliente, fazem a diferença. "Nem tudo é preço. Em algumas áreas, eu prefiro contratar a pequena empresa porque quando acontece algum problema eu falo direto com o dono", diz André Dias, diretor da GGD Metals.

O engenheiro agrônomo Ricardo Murakami, de 29 anos, aposta tanto na venda para outras empresas que pretende dedicar o seu negócio, uma empresa de produtos para paisagismo, apenas para esses clientes. Conheça a história do empreendedor logo abaixo.

Por: Estadão PME

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Simples Nacional - Parcelamento de débitos deve beneficiar 560 mil pequenas empresas

Regularização com o fisco também pode alavancar o número de formalizações de negócios.

Cerca de 560 mil pequenas e microempresas serão beneficiadas com a possibilidade de parcelar débitos fiscais em até 60 vezes. O financiamento da dívida, no entanto, só poderá ser feito depois da validação do projeto que altera a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas pelo Senado, previsto para acontecer ainda neste ano. Após a aprovação, as mudanças no Simples Nacional, anunciadas em agosto deste ano pela presidente Dilma Rousseff, passam a valer a partir de janeiro de 2012.


Os efeitos da aprovação do parcelamento pelo Senado serão sentidos pelos empresários. Ao regularizar a situação fiscal da empresa eles poderão usufruir de facilidades que estão no regime tributário Simples Nacional — que, entre os benefícios para pequenas e microempresas, prevê alíquotas mais baixas para empreendimentos de pequeno porte.

“O número de formalizações de empresas também deve aumentar, já que antes elas não podiam fazer parte do Simples com dívidas fiscais”, explica Julio Durante, consultor do Sebrae/SP.

Com as contas da empresa em dia, o empresário deve manter o foco para não perder as rédeas do negócio e se endividar novamente. Segundo Durante, a falta de planejamento e organização com as finanças são o principal motivo para a inadimplência. “Muitos empresários cometem o erro de não contabilizar o custo dos impostos nas contas. Este é um dos erros mais comuns: eles administram um negócio pensando como pessoa física e não jurídica”, explica.

Planejamento
De acordo com o consultor do Sebrae/SP, uma grande parte dos negócios que fracassam não levaram em consideração que os impostos são um custo que impactam na conta corrente e que, preteridos , eles podem dificultar a sobrevivência da empresa. “As pendências fiscais devem ser encaradas como parte da manutenção do funcionamento da empresa. Incluí-los nos custos evitaria uma série de transtornos como a restrição de crédito”, diz.

A precaução evita a perda de controle e a inadimplência. Segundo Durante, com este cuidado básico os empresários podem perceber a sua real situação financeira e antes da empresa apresentar problemas financeiros, o que torna possível a reversão do quadro. “Sem pendências fiscais os empresários terão mais competitividade e isso os tornará mais eficientes”, finaliza.

Por: Estadão PME

terça-feira, 13 de setembro de 2011

De garçom a presidente da rede Fogo de Chão

Jandir Dalberto, que assumiu o comando em agosto, após compra pelo GP

Para muitos gremistas, a vitória do tricolor gaúcho na Copa do Brasil de 89 pode ter ficado para trás. Mas Jandir Dalberto, presidente da rede de churrascarias Fogo de Chão no Brasil, ainda tem muito o que comemorar. O desempenho do time naquele ano mudou seu destino.

Então com 21 anos, Dalberto morava em Santo Antônio de Sudoeste (PR), cidade que faz fronteira com a Argentina e hoje tem 19 mil habitantes. Foi ao ganhar uma aposta de que seu time iria para a final que recebeu do pai, torcedor do Internacional, uma viagem ao Rio para ver o jogo. Era para ser uma estada rápida, mas o jovem aceitou um emprego de garçom numa churrascaria e nunca mais voltou para morar com a família, que plantava soja e produzia leite.

Após trabalhar em concorrentes, chegou em 1990 a São Paulo e à Fogo de Chão, fundada em 1979 pelos irmãos gaúchos Jair e Arri Coser e Jorge e Aleixo Ongaratto. Em 14 meses virou gerente. Era diretor de operações até agosto, quando assumiu a presidência da empresa no Brasil, com sete unidades. Nos Estados Unidos, são 16 com duas outras a caminho.

Dalberto chegou à presidência quando a GP Investments - que já tinha 35% da rede - adquiriu os 65% do negócio que pertenciam aos irmãos Coser, por US$ 200 milhões. O diretor, com 22 anos de casa, foi pego de surpresa e temeu ser retirado do cargo. "Acabou que fui valorizado". O GP não colocou, até agora, nenhum gestor na empresa.

A churrascaria, que faturou R$ 170 milhões em 2010, rema na contramão de muitas empresas, que estão focando o Brasil. O plano é abrir de duas a três unidades ao ano nos EUA e apenas uma ao ano no mercado brasileiro. A operação nacional cresceu 9% no primeiro semestre; e a americana, 7%, em relação a igual período de 2010. "Aqui não temos tantas cidades que comportam uma Fogo de Chão", diz Dalberto. A candidata deve ter pelo menos 2,5 bilhões de habitantes e uma renda alta. Por enquanto, ele estima que o país suporte apenas mais seis unidades, enquanto os EUA têm capacidade para mais 25. "Lá quase não há concorrência e o sistema de rodízio é uma coisa nova em muitas cidades".

No Brasil, a rede inaugurou em julho sua primeira unidade no Rio de Janeiro, no aterro do Flamengo, e está procurando locação para abrir outra na mesma cidade e a quarta em São Paulo.

A rede está investindo em produtos próprios. "É um sonho antigo da Fogo de Chão". Há três anos, oferece caipirinhas com a cachaça da casa, produzida por um terceiro no Rio Grande do Sul. São consumidos cerca de 100 mil litros ao ano da aguardente, que chegará aos EUA em outubro. O grupo pensa até em ter, no futuro, uma marca de carne.

Em março a empresa também lançou quatro rótulos de vinhos tintos - um malbec argentino (R$ 98), um cabernet sauvignon chileno (R$ 98), um primitivo italiano (R$ 98) e um barolo também da Itália (R$ 185). "Procuramos vinhos que se adaptam bem com as carnes, numa faixa de preço razoável e com uma margem expressiva", explica. "Já saiu 50% da produção e fizemos a segunda compra", acrescenta. A rede, que vende ao todo 10 mil garrafas de vinho ao mês, encomendou 6 mil unidades de cada rótulo. Ao mesmo tempo, retirou da carta o primeiro da marca, depois de um ano de experiência. "Era um blending [mistura de uvas] e nem todo mundo gosta", diz. Dalberto planeja ter seis rótulos próprios. 

Por: Adriana Meyge - Valor Econômico