sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Carros flex revivem o Pró-Álcool

Programa fracassou nos anos 1980, mas o surgimento de carros bicombustíveis renovou a força do álcool como combustível que move o país

Quando o mundo enfrentava grave crise econômica em 1973 por causa do forte aumento do preço do petróleo no mercado internacional, gerando inflação e desemprego em economias ricas e pobres, o Brasil apostou na substituição em larga escala da gasolina pelo álcool como principal combustível dos carros que circulavam no país. Esse foi o principal objetivo do Pró-Álcool ou Programa Nacional do Álcool, idealizado pelo físico José Walter Bautista Vidal e pelo engenheiro Urbano Ernesto Stumpf e lançado pelo governo brasileiro em 1975.

Na época em que encher o tanque de gasolina custava uma fortuna e o preço do açúcar estava muito baixo, a solução de usar a cana-de-açúcar para produzir álcool para abastecer os veículos foi considerada uma grande, e rentável, sacada do governo. Em 1976, a produção era de 600 milhões de litros; em 1987, chegou a 12,3 bilhões de litros. Com financiamento público, donos de usinas de cana encontraram uma forma de enriquecer produzindo o novo combustível e as montadoras se apressaram para reformular os carros a gasolina e fabricar carros movidos a álcool. O primeiro foi o Fiat 147, em 1978. A aprovação foi total. Mais de 10 milhões de carros a álcool foram fabricados até 1986.

Mas governo não se preparou para dar continuidade ao Pró-Álcool num cenário econômico sem crise. Quando o preço do petróleo começou a cair e o do açúcar a subir, o programa entrou em crise. Mesmo subsidiados com dinheiro público, usineiros preferiram produzir açúcar e o álcool combustível começou a desaparecer das bombas dos postos brasileiros, chegando ao ponto de custar mais caro que a gasolina em 1987. Os donos de carros a álcool ficaram sem opções e a indústria automotiva interrompeu a produção de veículos movidos pelo combustível. Era decretada a falência do Pró-Álcool.

O álcool só voltou a mover os carros brasileiros em larga escala com o desenvolvimento da tecnologia flex-fuel ou bicombustível, que faz um motor funcionar com álcool ou gasolina, à escolha do motorista. Os primeiros carros flex fora fabricados nos Estados Unidos, como resposta a uma cobrança a indústria automobilística de fabricar veículos menos poluentes.

O Brasil decidiu adotar a tecnologia e hoje lidera produção e vendas de carros flex no mundo. Em 2008, foram quase 2 milhões de carros fabricados no país, um dado que renova a força do álcool como como combustível que move o país.

Fonte: R7

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Imposto, o grande vilão dos combustíveis

Além dos custos de produção, a tributação encarece o preço do produto no país

O álcool, a gasolina e o diesel percorrem um longo caminho até chegar à bomba dos postos onde você enche o tanque do seu carro. Ao longo do trajeto, o combustível absorve vários tipos de custos, como produção e transporte, que formam o preço que você conhece. Mas são os impostos que mais pesam no valor final que você paga.

Para cada litro de gasolina, 42% do preço correspondem à cobrança de ICMS (Imposto Estadual sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), PIS/Cofins (Programa de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico).

O mesmo vale para o diesel, só que com alíquotas menores. Na bomba, os impostos sobre o combustível representam cerca de 23% do preço final.

Já o álcool tem um preço menor porque sua produção é mais simples e barata, a partir da cana-de-açúcar, e a cobrança de impostos também são mais brandas. Não há incidência da Cide sobre o álcool, por exemplo. É cobrada apenas PIS/Cofins e ICMS, que representam cerca de 18,4% do valor do produto, de acordo com cálculo da Fecombustíveis, entidade que reúne empresas distribuidoras de combustíveis de todo o país.

Fontr: R7

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Exportadores estão menos otimistas

A recuperação da indústria voltada à exportação segue ainda abaixo da retomada geral do setor industrial do País. Levantamento especial da Fundação Getúlio Vargas (FGV), feito a pedido da Agência Estado, revela que os resultados mais recentes do Índice de Confiança da Indústria (ICI) não são tão otimistas quando concentrado apenas neste segmento. Em um universo de 66 exportadoras pesquisadas - com mais de 50% de seu faturamento em vendas externas -, o ICI foi de 86,9 pontos em setembro, o menor nível para o mês em oito anos. Por esta tabela, resultados abaixo de 100 pontos indicam pessimismo.

O câmbio é apontado como o principal motivo para as expectativas adversas da indústria exportadora. O diretor-executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, ressalta que, na comparação com meses anteriores, houve melhora na confiança do exportador em setembro. Mas acredita que o desempenho este ano ainda está longe do apresentado em 2008.

A previsão mais recente da AEB para 2009 é que o volume de exportações brasileiras atinja US$ 153 bilhões, saldo 22,3% inferior ao apurado em 2008, quando as vendas externas brasileiras bateram US$ 197 bilhões. A AEB tende a revisar para cima a estimativa. “Mas mesmo com a revisão, não chegará, nem de longe, perto do desempenho que tivemos no ano passado”, acrescentou.

O coordenador de Análises Conjunturais da FGV, Aloisio Campelo, avalia que a retomada da economia brasileira continua atrelada ao consumo interno, cuja demanda se recupera de forma mais rápida. “A demanda externa está se recuperando, mas ainda de forma muito lenta e gradual”, afirmou. O ICI dos exportadores, calculado em escala de 0 a 200 pontos, também foi menor do que o da indústria da transformação como um todo, que alcançou 109,5 pontos.

“O mês de setembro apresentou uma grande melhora em relação a agosto, quando a confiança dos exportadores foi de 71,1 pontos. Mas ainda está abaixo do registrado em 2008”, disse Campelo. No levantamento da fundação, é possível perceber que o ICI no primeiro semestre de 2008 entre as companhias exportadoras ficou acima de 100 pontos (o que significa otimismo), em todos os meses daquele período. No primeiro semestre de 2009, o ICI das exportadoras atingiu níveis entre 40 e 60 pontos.

O principal problema observado por Castro para a rentabilidade dos exportadores é o câmbio. Para a AEB, um “patamar de equilíbrio” para o dólar seria em torno de R$ 2,20. Nesse nível, a moeda norte-americana seria suficiente para angariar lucro nas exportações e, ao mesmo tempo, não elevaria tanto os custos dos empresários com a compra de insumos importados.

Fonte: Caderno Economia Jornal Tribuna do Norte

terça-feira, 27 de outubro de 2009

‘Novo real’ é chamado à atualização

A atual valorização do real, frente ao dólar, só é ruim para os exportadores de setores que não se atualizam. Essa é a visão do economista Marcos Alves, com relação ao atual fôlego que a moeda brasileira vem demonstrando, após uma valorização de mais de 30% em relação ao dólar desde o início de 2009. A cotação da moeda americana passou de quase R$ 2,30 em janeiro passado, para cerca de R$ 1,70 atualmente.

Para o economista, o real forte é a prova do aumento da confiança que os investidores dos demais países têm depositado na economia brasileira. “Quando o mercado começa a confiar no governo, naturalmente a moeda do país se fortalece e é o que está ocorrendo hoje no Brasil. O nível de confiabilidade aumentou muito, porque o país tem praticado fundamentos como manter uma macroeconomia previsível, uma moeda estável, respeito aos contratos e investimento em educação”, explica.

Mas a valorização da nossa moeda não traz mudanças apenas para os empresários ligados ao comércio exterior. Para o mercado interno, o real forte é vantajoso, porque o salário do trabalhador fica protegido, seu poder de compra aumenta e, consequentemente, o consumo se eleva, o que ajuda a combater a inflação. “O dólar como está hoje estimula o consumo, o salário dos trabalhadores se valoriza e a classe média pula de alegria, porque pode ir para o exterior se divertir”, diz.

A mesma análise é feita pelo coordenador de desenvolvimento comercial da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Otomar Lopes. “O dólar baixo pode ser considerado negativo para as exportações, de forma geral. Mas temos que lembrar que alguns setores da economia podem se beneficiar muito com o quadro atual”, avalia.

Lopes ressalta que esta pode ser uma boa oportunidade para quem lida com importações ou está necessitando investir em máquinas. Ele cita como exemplos de setores que podem se beneficiar, a área têxtil e de confecções, renovando o parque industrial, e o setor médico hospitalar, ao adquirir aparelhos de última geração. “Como os preços desses produtos são estabelecidos em dólar, comprar quando a cotação está baixa é vantajoso”, afirma.

Por outro lado, esclarece Otomar, setores que têm grande parte da produção voltada para o mercado externo podem ter que se adaptar à nova realidade. Dentre os principais atingidos no estado, ele aponta fruticultura, carcinicultura e balas e confeitaria. “A fruticultura sofre por boa parte dos insumos ser comprada em real e, com o dólar em baixa, a receita dos produtores diminui. Enquanto o setor de balas e confeitaria concorre com grandes empresas internacionais e uma variação de 2% a 5% no preço já faz muita diferença”, avalia.

O coordenador da Sedec classifica a carcinicultura como um caso particular, por ser um setor que acompanhou as mudanças sofridas pelo mercado. Otomar lembra que no final da década de 90, a produção era praticamente toda voltada para a exportação e, ao longo do tempo, os empresários foram passando a atingir também a uma fatia do mercado interno. “Para a fruticultura, talvez o melhor caminho seja seguir os passos dos carcinicultores”, sugere.

Otomar Lopes finaliza destacando que existe a possibilidade de o atual quadro da economia ser temporário e, caso o dólar volte a subir, as exportações podem ser facilmente retomadas. “De estrutura para isso, os empresários já dispõem”, conclui.

Carcinicultores buscam alternativas para vender

O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), Carlos Bezerra, afirma que a carcinicultura potiguar não tem sentido muito os efeitos negativos da baixa na cotação do dólar, por estar conseguindo alternativas capazes de aumentar o consumo interno do crustáceo. “A cotação baixa do dólar é negativa para o agronegócio, entretanto na carcinicultura não tem gerado muito prejuízo, uma vez que conseguimos atingir os mercados externo e interno”, diz.

De acordo com Bezerra, atualmente os empresários estão analisando maneiras de fazer com que a maior parte do produto não seja mais exportado in natura. “Não sabemos se o camarão cozido, na forma de patê ou alguma outra opção. Mas o certo é que faremos algo para aumentar o valor agregado do nosso produto”, completa o diretor da ABCC. Enquanto os exportadores procuram formas de driblar a redução do dólar, para os empresários que importam mercadorias, o momento é favorável, como revela o diretor da Miami Imports, Aristeu Costa.

O diretor da loja afirma que o atual cenário econômico permite a compra de produtos por preços mais baixos e o mercado tem forçado uma redução no valor de boa parte dos produtos, também para o consumidor. “Um notebook que era vendido por R$ 1.599 há três meses, hoje está por R$ 1.299”, exemplifica.

Por: Sílvia Ribeiro Dantas

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Não dá para trabalhar só no achismo

EXIGÊNCIA DO MUNDO MODERNO

Para continuar firme no segmento varejista, é preciso buscar informações e acompanhar o mercado

As constantes e velozes modificações na sociedade moderna, em consequência do aprimoramento acentuado da tecnologia, pressionam para que a mão-de-obra do varejo também se inove. "A qualificação é uma exigência do mundo contemporâneo. Hoje, o comércio não admite que se trabalhe apenas no feeling, no achismo. Há de se ter um mínimo de conhecimento para aplicar no negócio", afirma o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Ceará (FCDL), Honório Pinheiro.

Com 30 anos de experiência no varejo cearense, o empresário, atualmente diretor-presidente do Pinheiro Supermercados, conta que estudou e concluiu as faculdades de Administração de Empresas, Direito e Psicologia. Além da tripla graduação, também fez especializações em Administração e em Marketing. A dedicação à vida acadêmica, porém, nunca prescindiu das lições práticas obtidas nos 30 anos de negócio próprio, iniciado após anos de trabalho como executivo no grupo J. Macedo e na rede de automóveis Volkswagen em Fortaleza.

"É necessário que se una o conhecimento acadêmico ao prático. O varejista precisa estar preparado. Com o advento da internet e do Código de Defesa do Consumidor (CDC), as pessoas estão muito mais informadas sobre seus direitos e nós também devemos estar com esse atendimento customizado. Atendo em média 350 mil clientes por mês. Estou ávido em conhecer cada um deles", salienta Honório Pinheiro

Gerando 1.100 empregos diretos, espalhados em sete lojas de supermercado e um centro de distribuição, ele aponta que o estímulo ao desenvolvimento dos colaboradores é o caminho para fidelizá-los.

Prioridade

"Priorizamos a qualificação, inclusive financeiramente, e estimulamos aqueles colaboradores que querem estudar a fazer uma faculdade. Tenho a compreensão clara de que não há desenvolvimento sem educação, no sentido amplo, envolvendo cidadania, meio ambiente, o pensar coletivo", comenta o empresário. Honório Pinheiro lembra-se com orgulho que o primeiro supermercado do Brasil a obter as certificações ISO 9000 e ISO 9001 foi o seu.

"O que mostra o nosso interesse e compromisso com a qualidade. Fomos pioneiros na época", comenta o empresário.

O grupo de normas técnicas cria um modelo de gestão da qualidade voltado para as organizações. Além do foco na capacitação dos colaboradores, as normas estabelecem requisitos que auxiliam na melhoria dos processos internos, o monitoramento do ambiente de trabalho e a verificação da satisfação dos clientes, colaboradores e fornecedores. (LB)

Fonte: Caderno Negócios Diário do Noreste

domingo, 25 de outubro de 2009

Incorporação das classes de menor poder aquisitivo muda perfil do consumidor brasileiro

A classe C teve 27% de aumento de renda, o que possibilitou a disposição de comprar automóveis e produtos mais sofisticados

O perfil do consumidor brasileiro apresenta nova configuração, com a incorporação das classes de menor poder aquisitivo. Pelo menos é o que indica a pesquisa realizada pelo instituto Delloite no primeiro semestre de 2009. Os números foram apresentados na Brasil Shop – Feira e Congresso Internacional de Varejo, organizados pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).

Ao apresentar a pesquisa da indústria de bens de consumo e varejo da Delloite, Ira Kalish, discutiu as tendências no varejo a nível mundial e local (Brasil). Segundo ele, o Brasil tem se destacado dentre os países emergentes como Índia e China. “O mundo está de olho no país, na atração de novos investimentos”.

Kalish afirmou que um dos destaques da pesquisa é o fato de o consumidor brasileiro estar mais informado e educado. "Ele procura conhecer melhor os produtos. Os varejistas, por sua vez, tendem a elaborar melhores estratégias para atrair esse público mais seleto".

De acordo com o consultor da empresa, Altair Rossato, a situação brasileira demonstra ritmo de crescimento, em razão da nova mudança no cenário econômico. "As classes D e E começam a apresentar novos perfis de consumo".

Para ele, a explicação para a mudança está nas políticas sociais desenvolvidas pelo governo federal, que atualmente, investe cerca de R$ 1 bilhão por mês em programas assistenciais direcionados às camadas mais pobres. Isso fomenta o varejo para atender às necessidades de uma esfera social que antigamente não consumia.

A pesquisa mostrou que a mobilidade social gerou aumento no consumo de bens. Os dados revelam que as classes A e B, por exemplo, trocaram de automóveis com mais frequência e investiram na substituição de eletroeletrônicos mais modernos.

A classe C teve 27% de aumento de renda, o que possibilitou a disposição de comprar automóveis e produtos mais sofisticados, como aparelhos de televisão de LCD, computadores e notebooks. A classe E mostrou disposição de reformar a casa, comprar máquina de lavar roupa e telefones celulares.

O Congresso Internacional de Varejo ainda promoverá discussões sobre formas de pagamento de bens de consumo e o shopping center do futuro. A programação será encerrada com a entrega do Premium Shopping Alshop. O objetivo da premiação é reconhecer os esforços da indústria varejista nos shopping centers.

Neste ano, Brasília foi escolhida para sediar o encontro, depois de nove anos em São Paulo. A mudança se deu em função da força do comércio varejista que a capital federal detém atualmente. O encontro começou na terça-feira, 20, discutindo as turbulências do mercado, e termina nesta quinta-feira, 22, com uma palestra do publicitário Washington Olivetto.

Fonte: Caderno Negócios Jornal O Povo

sábado, 24 de outubro de 2009

2010 no alvo dos concurseiros

Concursos que foram autorizados em 2009 - mas que não lançaram edital - podem ser realizados ano que vem

Atenção concurseiros! 2010 é um ano que ainda pode render boas oportunidades em concursos públicos. Tribunal Regional Eleitoral, Ministério do Trabalho e Emprego, Banco Central (BC), Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Banco do Brasil (BB) e Polícia Federal (PF) são órgãos que podem realizar concurso no próximo ano.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2010 prevê a criação de 40 mil vagas para o Poder Executivo, no qual o Ministério do Planejamento é responsável em autorizar. Desse número, 15 mil são para a substituição de funcionários terceirizados

A expectativa gira em torno de alguns fatores: concursos que foram autorizados em 2009 e que ainda não lançaram edital, concursos autorizados e cujo o prazo para lançar edital expirou ou quando determinado órgão já está há um bom tempo sem lançar oportunidades.

Na avaliação do coordenador do curso preparatório Master, Bôni Oliveira, 2009 foi um ano com muitas oportunidades em órgãos federais, como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Receita Federal, que devem levar, pelo menos, quatro anos para contratar novamente

A assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão afirma estar analisando demandas de alguns ministérios, que podem ser divulgadas enquanto não sair Portaria.

Um comunicado da Secretaria de Gestão do MPOG afirma que segue a política de contratações em Educação, para preencher vagas em universidades federais e em Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFETS), como as 540 vagas autorizadas em 16 de outubro para as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), e de reforço na área da Saúde. Outra prioridade são as contratações de Peritos Médicos Previdenciários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para ampliar a capilaridade da rede de agências. Também prossegue a estruturação da área de segurança pública, além da consolidação das Agências Reguladoras.

Para os próximos concursos que surgirem, a professora do curso FB Concursos, Giovana Carranza, incentiva os candidatos a se prepararem para os que oferecem cadastro de reservas, pois existe sim a possibilidade de ocupar a vaga. ``Já teve concurso para cadastro de reservas que contratou mais de 400``, afirma, explicando que não existe nada certo.

``Se um órgão precisa de 150 funcionários, ele geralmente disponibiliza um número menor de vagas, pois pode surgir, por exemplo, uma nova tecnologia que poupe o número de funcionários. Mas as vagas que ele oferecer são obrigatoriamente preenchidas``, destaca.

Diferente do concurso que oferece um número certo de vagas, os que são para cadastro de reservas não tem a obrigação de contratar o selecionado. A contratação só acontece se realmente surgir a vaga. Mas para quem prestou concurso e passou dentro das vagas e não foi chamado dentro da validade do concurso, o concursado pode entrar na justiça, pois já existe jurisprudência favorável a convocação do aprovado no certame.

Para o próximo ano, estão previstas as contratações para alguns concursos realizados este ano, como as 33.012 vagas para o IBGE, para agente censitário do Censo de 2010. Todos os editais devem dizer a validade do concurso, que varia de seis meses a um ano, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. É dentro desse tempo que a nomeação deve acontecer e, por isso, tão importante é ler o que diz o edital.

Ano de eleição Ano que vem haverá eleições para Presidente, Senadores e Deputados Federais e Estaduais. De acordo com a Lei Eleitoral nº 9.504/97, é proibido nomear ou contratar o servidor público nos três meses que antecedem as eleições e até a posse dos eleitos. Mas se um concurso, no ano eleitoral, for homologado, ou seja, divulgado no Diário Oficial da União, três meses antes das eleições, a posse pode acontecer a qualquer momento. (Daiana Godoy)

Fonte: Caderno Empregos Jornal O Povo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Para conter dólar, governo taxa capital estrangeiro

O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou ontem que a entrada de capital estrangeiro será taxada em 2% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou ontem a expectativa do mercado e decidiu impor a taxação de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre a entrada de capital estrangeiro para investimentos em renda fixa e variável. A taxa será cobrada apenas na entrada e não terá diferença entre recurso de curto ou longo prazo.

A partir de hoje, os recursos estrangeiros que ingressarem no País por meio de Bolsa de Valores, título público e renda fixa terão incidência de IOF com alíquota de 2%. ``Eu queria anunciar a implantação de um tributo sobre aplicações de estrangeiros na Bolsa de Valores e também nas aplicações do mercado financeiro, ou seja, renda fixa. Não haverá taxação sobre investimento estrangeiro direto (IED)``, disse.

O ministro ressaltou que a aplicação de impostos sobre a entrada de capital estrangeiro tem como objetivo evitar ``um excesso de especulação na Bolsa de Valores e no mercado de capital em razão da grande liquidez que existe hoje no mercado internacional``. Mantega disse que o Brasil é hoje um mercado muito atrativo para o investidor externo e que a medida não tem como objetivo elevar a arrecadação federal que está em queda desde o início do ano em razão da crise.

Ele ressaltou que a medida foi tomada também para proteger a produção nacional, incentivar a volta dos investimentos e preservar o emprego dos trabalhadores. ``Queremos impedir um excesso de valorização do real. Quando o real se valoriza, acaba encarecendo nossas exportações e barateando as importações e já temos um aumento expressivo das importações e as exportações não estão crescendo como deveriam``, afirmou.

O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, afirmou que a medida anunciada desagradou todo o mercado. ``Essa medida pune o mercado pela sua eficiência. A valorização do Ibovespa não é fruto de especulação``. O índice acumula alta de 79,07% no ano. O executivo informou que os estrangeiros têm uma participação de cerca de um terço nos negócios realizados no segmento Bovespa. Em 2009, o saldo do capital externo na Bolsa somava R$ 21,551 bilhões até o dia 14. A BM&FBovespa estuda alternativas para que o Governo Federal faça ajustes na medida anunciada ontem.

Para o especialista em câmbio e economia internacional do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Nonnenberg, a adoção do IOF é um sinal de controle cambial que vai contra ``um dos pilares da política macroeconômica brasileira nos últimos 10 anos, que é o regime de câmbio flutuante``. (das agências)

E-Mais

1. O QUE FOI ANUNCIADO A partir de hoje, as aplicações de estrangeiros no mercado financeiro do País (Bolsa de Valores e renda fixa) passam a pagar 2% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida do governo tem prazo de validade indefinido.

2. COMO ERA ANTES Até março de 2008, não havia taxação. De março a outubro de 2008, vigorou uma alíquota de 1,5% de IOF somente para aplicações em renda fixa, e depois a cobrança foi extinta.

Fonte: Caderno Negócios Jornal OPovo de 20/10/2009

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Como identificar novos negócios

Analistas e profissionais de investimento do mercado discutem Capital Empreendedor do Nordeste

Private Equity, Venture Capital, IPO. Os termos mais do que comuns para quem trabalha com o mercado de capitais permearam as discussões do II Seminário Capital Empreendedor do Nordeste, que ocorreu com o V Encontro Regional dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais do Nordeste, realizado ontem na sede do Banco do Nordeste (BNB) do Passaré.

Além dos Fundos de Private Equity e Venture Capital, foram discutidos Os caminhos do capital empreendedor. ``O nosso objetivo é aproximar empreendedores, gestores de recursos e investidores com propósito de identificar oportunidade de negócios``, explicou Raimundo Porto Filho, presidente da Apimec Nordeste.

De acordo com Cláudio Vasconcelos Frota, diretor financeiro da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que participou do painel A indústria do capital empreendedor no Nordeste: oportunidades e desafios, o Nordeste hoje é a ``bola da vez`` no Brasil. ``É o momento ideal. O Nordeste está para o Brasil assim como o Brasil está para o mundo agora``, exemplificou.

``A necessidade da região Nordeste é maior, o consumo não satisfeito é maior. Além disso a diferença de renda na região tem um efeito maior, qualquer melhora reflete nas condições de mercado``, justifica.

Mudança
Segundo Frota, para que esse crescimento regional se concretize é importante uma mudança cultural, principalmente de quem recebe o investimento. ``Quem tem a empresa que vai receber fundos pensa que vai deixar de ser a dona ou que terá que dar satisfação. O que ocorre é que as empresas passam a ter uma exigência maior de governança corporativa``, explica. ``Isso é apenas um dos fatores de uma série de mudanças que está ocorrendo no mercado e que deve abrir um novo horizonte para este tipo de capital participativo para as empresas``, completa.

DICIONÁRIO
> PRIVATE EQUITY é um tipo de atividade financeira realizada por instituições que investem essencialmente em empresas que ainda não são listadas em bolsa de valores, com o objetivo de alavancar seu desenvolvimento.

> VENTURE CAPITAL é a forma de financiamento para estágio inicial de novos empreendimentos, novos produtos ou serviços.

> IPO é a sigla para a expressão em inglês Initial Public Offering que significa a abertura do capital de uma empresa no mercado acionário.

Por: Henriette de Salvi

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Como construir seu patrimônio

PLANEJANDO DÁ

Os economistas dizem que, independentemente do salário, dá para se aposentar com a renda compatível com a ativa

Se você tem 30 anos de idade, quer se aposentar aos 55, manter o mesmo padrão de vida que tem hoje até os 90 anos e não tem nenhum centavo guardado ou investido, não precisa entrar em desespero, basta, a partir do próximo salário recebido, separar 10% - nunca menos que isso - e guardar em uma poupança ou fundo de previdência. Os economistas garantem que independentemente do salário que você receba, se cumprir esse planejamento terá reserva suficiente para garantir, na velhice, o mesmo patamar salarial que tinha enquanto na ativa.

Aos mais conservadores, o conselho é iniciar guardando dinheiro em um poupança. Quando o bolo financeiro já estiver maior, o investir pode optar por colocar uma parte em Certificados de Depósito Bancário (CDB), que, em números de hoje dará um retorno em torno de 0,8%. Outra alternativa, aplicar em um fundo de previdência privada. Para este, deve-se considerar uma ressalva importante. "É um investimento de longuíssimo prazo e não deve ser feito pensando em saques antecipados, uma vez que as perdas decorrentes dessa antecipação são grandes demais", aconselha o economista Alex Araújo.

Na teoria tudo é muito fácil, na prática, a maioria das pessoas, ao elaborar um orçamento acaba percebendo que gasta mais do que ganha. "Esse é o primeiro passo para começar a rever sua vida financeira", aconselha o economista. A ação incial, segundo ele, é listar os compromissos que a pessoa ou família possui. A ideia é elaborar um orçamento, dimensionar custos e comparar com as receitas. "Mas não se sabote, liste todos os custos, por menores que sejam", aconselha Araújo.

Após essa avaliação, deve-se conferir o que é essencial e, caso seja necessário, descartar o que for supérfluo. Feito isso, é só incluir um investimento ou poupança como algo corriqueiro no orçamento. Planejar ajuda a evitar erros, como a falta de recursos numa situação de emergência ou evita que se contratem dívidas além do necessário.

Uma vez que você adquire o hábito de juntar para o futuro, pode começar a pensar nas várias possibilidades de investimento: a mais simples é a poupança, que oferece o risco mais baixo, mas também o retorno menor (em torno de 0,6% ao mês). "É indicada para o investidor com perfil super conservador ", explica. Para os que fazem parte desse grupo, mas ousam dar pequenos voos, o conselho é investir em um CDB, que é aceito tanto por bancos como por financeiras e tem um retorno em torno de 0,85% ao mês.

Uma terceira alternativa são os fundos de investimentos. Há os tipos conservadores - os títulos públicos e os CDBs - e os mais agressivos que mesclam com investimentos em ações e outros títulos mais arriscados como commodities, derivativos e moedas. Há ainda os investimentos não financeiros como adquirir imóveis (conservador) ou abrir seu próprio negócio (arriscado). "Mas não deixam de ser uma alternativa à poupança".

Fonte: Caderno Negócios Diário do Nordeste

domingo, 18 de outubro de 2009

Trabalhadores poderão usar FGTS para quitar consórcio

A regra será válida para as pessoas que forem sorteadas nos consórcios

Os trabalhadores poderão usar o Fundo de Garantida do Tempo de Serviço (FGTS) para o pagamento de parte das prestações de consórcio ou quitar o saldo devedor. A regra será válida para as pessoas que forem sorteadas nos consórcios.

Essa medida, que faz parte de projeto de lei sancionado na última quarta-feira, 14, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já havia sido negada pelo governo. Em outubro do ano passado, essa liberação do uso do FGTS que também estava prevista na lei que dispõe sobre os consórcios (nº 11.795/2008) foi vetada.

A explicação no veto, à época, foi que a medida “tenderia a reduzir os recursos de que o FGTS dispõe para financiamento de moradia própria no âmbito do SFH [Sistema Financeiro de Habitação], em especial para população de baixa renda, bem como dificultaria o financiamento de projetos de infraestrutura urbana e saneamento básico, que constituem a finalidade primária do FGTS”.

A alteração aprovada foi incluída pelo Congresso Nacional na MP 462/09, agora convertida em lei (nº 12.058/09). A medida ainda precisa ser regulamentada pelo Conselho Curador do FGTS, mas o texto sancionado já prevê que devem ser seguidas as regras dos financiamento habitacional concedido no âmbito do SFH. Uma delas é que é preciso ter no mínimo três anos de trabalho sob o regime do FGTS.

Antes dessa medida, era permitido o uso do FGTS para a oferta de lance ou complemento de carta de crédito. A presidente regional Centro-Oeste da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), Elis Regia Alves dos Reis, afirma que a medida coloca o consórcio no mesmo nível de outras formas de aquisição de imóvel pelo SFH. “Agora o governo está promovendo a isonomia”, avaliou. De acordo com ela, há atualmente mais de 530 mil pessoas inscritas em consórcios do segmento imobiliário.

Fonte: Caderno Negócios Jornal O Povo

Débito direto começa na segunda

Os grandes bancos investiram nas últimas semanas na divulgação do débito direto autorizado (DDA) entre seus clientes para garantir a adesão ao sistema que pretende substituir os boletos bancários pela cobrança eletrônica. Comunicados em agências, bate papo na internet, avisos nos caixas eletrônicos e sites foram alguns dos canais utilizados para explicar aos correntistas as facilidades do DDA, que entra em funcionamento a partir de segunda-feira.

O DDA consiste em um sistema em que o cliente consegue concentrar as cobranças em um único banco, por meio eletrônico. Todas as cobranças (mensalidades de escola, condomínio, boleto do cartão de crédito) registradas em nome desse correntista serão enviadas eletronicamente pelos credores por meio da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP). Atrelado a essa plataforma, os bancos podem agregar novos serviços para atrair os clientes a esse mecanismo de cobrança.

O Bradesco, por exemplo, disponibilizou aos clientes pessoas físicas o programa “Net Finanças”, que permite a organização do orçamento pessoal. Já as pessoas jurídicas terão acesso ao um programa para controlar com maior precisão o fluxo de pagamentos e recebimentos registrados no banco. “Estamos prontos para o início do DDA. Desde o dia 22 de junho todos os canais de atendimento estão abertos para receber essas adesões”, afirmou o gerente do Departamento de Comercialização de Produtos e Serviços, Rizaelcio Machado de Oliveira. De acordo com o executivo, o banco contava ao menos com 1 milhão de adesões ao DDA na quinta-feira. Ao todo, a instituição possui cerca de 20 milhões de correntistas.

Já no Itaú Unibanco, o cliente que aderir ao DDA poderá escolher um meio para ser avisado sobre a chegada de uma nova cobrança (SMS, e-mail) e o prazo de antecedência antes do vencimento para a chegada desses avisos. Mais de 300 mil dos 15 milhões de correntistas já optaram pela adesão. No caso do Grupo Santander, a campanha vai além dos canais tradicionais de atendimento ao cliente. A instituição irá veicular na mídia nacional campanhas publicitárias anunciando o início do DDA.

Além da campanha pela adesão, outro esforço dos bancos é para convencer os cedentes de boletos a registrarem esses títulos. Isso porque apenas quando uma cobrança é registrada na CIP é que ela pode fazer parte do DDA, ou seja, para garantir o sucesso do mecanismo de cobrança eletrônico é necessário garantir que as empresas emissoras das cobranças façam o registro desses documentos. Alguns prestadores de serviço, para evitar custos com o registro, enviam os boletos diretamente aos clientes. “A cobrança registrada favorece a liberação de limites de crédito para esses cedentes”, explicou Oliveira, do Bradesco.

O Itaú é outro banco que trabalha para conscientizar as empresas da importância do registro da cobrança. A diretora de Produtos de Pessoa Jurídica do Itaú Unibanco, Sandra Boteguim, há um ano 50% dos boletos de clientes da instituição eram registrado. Agora, com a campanha feita junto a esse público, o porcentual subiu para 75%. A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) estima que a média do mercado seja de 30%.

Leonardo Ribeiro, que coordenou o projeto do DDA pela Febraban, afirma que hoje a necessidade de caixa leva as empresas a realizarem o registro do boleto, que depois são utilizados em operações de descontos de recebíveis. Para que o registro também seja feito pelas empresas que não possuam necessidade de recursos no curto prazo, Ribeiro acredita que os bancos terão que oferecer algum tipo de benefício ou incentivo, como mostrar aos emissores de boletos ferramentas para melhorar a gestão de fluxo de caixa atrelado ao DDA e também a de dar maior conveniência aos sacados.

Ainda de acordo com Ribeiro, 98% das instituições financeiras já estão integradas ao DDA e já passaram pelos testes. Ao todo, o sistema bancário processa 2 bilhões de boletos por ano. No entanto, afirmou não ser possível estimar qual será a economia de papel, já que alguns emissores de cobrança já adotavam a prática de enviar os boletos por e-mail, ficando a critério do cliente imprimir ou não esse documento.

Fonte: Diário de Natal

sábado, 17 de outubro de 2009

Horário de verão começa à meia-noite de hoje

O horário de verão começa à meia-noite deste sábado, 17/10/2009, quando os relógios devem ser adiantados em uma hora. A medida, que visa à economia de energia elétrica, termina só à meia-noite do dia 20 de fevereiro. A mudança acontece no Distrito Federal e nos seguintes Estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Os demais estados das regiões Norte e Nordeste, fica fora da mudança.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o consumo de energia aumenta no período de vigência da medida, por causa do calor e do crescimento da produção industrial às vésperas do Natal. Conforme o ministério, o horário deve proporcionar uma redução de 4,4% no consumo de energia nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste do País. Com esse volume, é possível abastecer uma cidade com 5 milhões de habitantes durante a vigência da medida. Em todo o País, o governo federal estima que a economia de energia chegará a 5% nos horários de pico de consumo.

Adotado no Brasil desde 1932 com interrupções, o horário de verão busca o melhor aproveitamento da luz natural. A medida reduz o consumo de energia elétrica entre as 18h e as 20h.

O governo adota a iniciativa para amenizar as faltas de energia em regiões do país no verão e aumentar a segurança do sistema elétrico. Em 2008, o país poupou R$ 4 bilhões. Mas não há consenso: os críticos afirmam que os reservatórios das principais hidrelétricas estão cheios e garantiriam o fornecimento sem problemas.

Fonte: Diário de Natal

Trabalhadores nascidos em fevereiro já podem sacar o PIS/Pasep

Os nascidos em janeiro estão habilitados a fazer o saque desde o último dia 8

Trabalhadores com direito a receber o PIS/Pasep que nasceram em fevereiro poderão sacar o beneficio de R$ 465 a partir desta quinta-feira, 15, informou o Ministério do Trabalho e Emprego. Os nascidos em janeiro estão habilitados a fazer o saque desde o último dia 8.

A data limite para sacar o abono é 30 de junho de 2010, segundo o ministério. Para isso, o trabalhador pode utilizar o Cartão Cidadão (com senha cadastrada) ou se dirigir a uma agência da Caixa (PIS) ou do Banco do Brasil (Pasep) e apresentar o comprovante de inscrição no PIS/Pasep e a carteira de identidade.

O benefício é concedido a todo trabalhador que trabalhou com carteira assinada ou depois de ter sido nomeado em cargo público durante pelo menos 30 dias e recebeu, em média, até dois salários mínimos.

É preciso, ainda, estar cadastrado no PIS/Pasep há cinco anos, no mínimo. Há trabalhadores que recebem o PIS ou o Pasep diretamente na conta por meio de convênio das empresas com a Caixa ou o Banco do Brasil. O dinheiro pode ainda ser depositado ou sacado pelos trabalhadores de acordo com o calendário de liberações.

De acordo com o ministério, estão previstos recursos de R$ 7,6 bilhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para o pagamento do benefício a 16,6 milhões de trabalhadores identificados como beneficiários.

Dados parciais mostram que mais de 5,5 milhões de pessoas em todo o país ainda não sacaram o abono salarial. Desse total, mais de 2,7 milhões estão na Região Sudeste; 986 mil, no Sul; 935,4 mil, no Nordeste; 279,8 mil, no Norte e 431 mil, no Centro-Oeste.

Fonte: Caderno Negócios Jornal O Povo

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Administradores discutem gestão

Para discutir os impactos da gestão no desenvolvimento mundial, será realizado até sexta-feira, em Fortaleza, o XI FIA - Fórum Internacional de Administração, que traz o tema central "Gestão por Competência: a Administração como Desenvolvimento Mundial". "Queremos transmitir à sociedade a ideia de que todas as coisas passam pela gestão. O público e o privado, inclusive o individual, passa pela gestão", afirma o presidente do Conselho Regional de Administração do Ceará (CRA/CE), Reginaldo Oliveira.

Segundo ele, os bons resultados na gestão pública tanto no Brasil quanto em outros países do mundo são frutos de ações técnicas de bons gestores, que nem sempre são administradores profissionais.

Com a expectativa de quatro mil visitantes, o FIA 2009 reunirá palestrantes nacionais e internacionais como Dan Millman (EUA), Walter Longo, Waldez Luiz Ludwig, Eduardo Shinyashiki, Carlos Hilsdorf, Jussier Ramalho e Alvaro Mello. O encerramento do evento contará com a participação do publicitário Roberto Justus.

A cada dois anos o FIA é realizado em um país diferente. Já foram sede do evento Espanha, EUA, França, México e Portugal, além do Brasil. Para Oliveira, sediar o FIA tem um caráter simbólico para o Ceará. "Somos um dos Estados brasileiros que menos sofreu com a crise econômica mundial: enquanto a média do PIB nacional diminuiu, o PIB cearense cresceu. O Ceará também cresceu com empregos. Tudo isso é fruto de boa gestão" reforça.

Segundo ele, apesar de voltado à categoria de administradores, o FIA este ano será aberto à comunidade.

Fonte: Diario do Nordeste

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Varejo amplia número de parcelas

Prazo máximo para parcelar eletroeletrônicos e itens de informática, sem acréscimo, pode chegar a 15 vezes

Nunca as lojas ofereceram prazos tão longos para parcelamento sem juros no próprio cartão, que tem sempre um banco como sócio. Hoje, o prazo máximo para parcelar eletrodomésticos, eletrônicos e itens de informática, sem acréscimo, pode chegar a 15 vezes no Ponto Frio, no Extra e no Carrefour. No fim do mês passado, as Casas Bahia parcelavam em até 17 vezes sem juros. Esse movimento é uma clara indicação de que o comércio não espera uma alta de juros tão cedo, enquanto o mercado financeiro já especula sobre a provável elevação da taxa básica.

"Ofertas de prazos tão longos sem juros como os atuais é algo inédito", afirma o vice-presidente da Associação Nacional do Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira. No passado recente, lembra, anúncios de parcelamento em 12 vezes sem juros no cartão da loja eram raros.

Há várias interpretações para o alongamento de prazos. Segundo Ribeiro de Oliveira, a hiper concorrência entre varejistas ampliou as condições de pagamento. "Em São Paulo, as Casas Bahia querem manter a liderança diante da chegada do Magazine Luiza à capital e da compra do Ponto Frio pelo Grupo Pão de Açúcar".

Além disso, diz, as lojas devem ter grande volume de estoques negociados em condições favoráveis com a indústria, isto é, prazos mais longos de pagamento. Para o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, esse movimento de prazos mais longos no cartão das próprias lojas é a volta dos bancos privados ao crédito para a pessoa física, já que nesse tipo de financiamento feito por meio do cartão da loja sempre há uma instituição financeira no negócio. "Os bancos privados querem recuperar a fatia de mercado que perderam para os bancos públicos", afirma Borges.

ParticipaçãoDe acordo com dados do Banco Central, os bancos privados detinham 65,8% dos empréstimos para empresas e consumidores em setembro de 2008. Em agosto deste ano, eles respondiam por 59,6% do crédito. Agora, mesmo com a perspectiva de alta dos juros, os bancos não querem perder mais espaço.

Fonte: Caderno Negócios Jornal Diario do Nordeste.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Percentual de jovens na universidade dobra em dez anos

O estudo destaca que, na faixa de 18 a 24 anos, houve aumento da frequência de jovens ao ensino superior em todas as regiões do país entre 1998 e 2008

Nos últimos dez anos, dobrou a proporção dos jovens matriculados no ensino superior, de 6,9% para 13,9%, revela a Síntese dos Indicadores Sociais, divulgada nesta sexta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo destaca que, na faixa de 18 a 24 anos, houve aumento da frequência de jovens ao ensino superior em todas as regiões do país entre 1998 e 2008.

Mesmo assim, segundo o IBGE, o percentual brasileiro é baixo quando comparado ao de países como a França, Espanha e o Reino Unido, onde o índice superior a 50%, ou ainda em relação ao de algumas nações da América Latina, como o Chile (52%).

O estudo também indica que entre os jovens de 18 a 24 anos caiu de 8,6%, em 1998, para 2,9%, em 2008, a taxa de pessoas matriculadas no ensino fundamental, que deve ser concluído em torno dos 14 anos de idade.

O IBGE destaca que as desigualdades regionais ainda persistem no acesso à educação. "No Nordeste, que tem o menor percentual, apenas 8,2% dos jovens de 18 a 24 anos frequentam a escola, enquanto no Sul o percentual é mais do que o dobro: 19,0%”, diz o estudo

Segundo o instituto, entre 1998 e 2008, aumentou de 64,8% para 68,5% a proporção dos jovens de 20 a 24 que estavam no mercado de trabalho, enquanto a proporção daqueles que se dedicam apenas a afazeres domésticos caiu de 20,9% para 17,1%.

Em 1998, 38,1% das mulheres de 20 a 24 anos apenas trabalhavam. Em 2008, esse índice subiu para 42,1%. Entre os homens, o aumento foi menor (de 63,6% para 64,7%), embora eles ainda estejam mais presentes no mercado de trabalho. No grupo de 16 a 24 anos, a taxa de atividade das mulheres subiu de 53,6% para 58,3%, enquanto a dos homens caiu de 79,2% para 76,5%.

Outra constatação do IBGE é que o rendimento dos jovens trabalhadores aumentou entre 1998 e 2008. No grupo de 16 a 24 anos, subiu de 38,1% para 49,1% o percentual daqueles que ganhavam mais de um salário mínimo no período. Em contrapartida, diminuiu o percentual de jovens trabalhando em jornadas semanais longas, acima de 45 horas ou mais, de 38,9%, em 1998, para 28,8%, em 2008.

Fonte: Caderno Negócios Jornal O Povo

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Mulheres no mercado de trabalho crescem mais de 40% em uma década

Segundo o IBGE, o percentual de mulheres jovens e de idosas que trabalham no Brasil é superior ao de países europeus

A participação das mulheres no mercado de trabalho do país cresceu 42%, entre 1998 e 2008, segundo a Síntese de Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Eles indicam, em contrapartida, que em uma década diminuiu de 11,5% para 6,4% o percentual de meninas de 10 a 15 anos que trabalhavam. Mesmo assim, 136 mil crianças do sexo feminino ainda trabalhavam como empregadas domésticas em 2008.

Segundo o IBGE, o percentual de mulheres jovens e de idosas que trabalham no Brasil é superior ao de países europeus. Mas, uma boa notícia é que no período o percentual de mulheres com apenas um filho, cujo rendimento per capita é superior a dois salários mínimos, cresceu de 33,0% para 40,3% – mais de 7 pontos percentuais.

A pesquisa constata um indicador importante do ponto de vista da desigualdade racial, que embora em declínio, ainda persiste no país: em 2008, dois terços dos jovens brancos e menos de um terço dos pretos e pardos cursavam o nível superior; já 14,7% dos brancos adultos tinham nível superior completo em 2008, enquanto a parcela de pretos e pardos era de 4,7%.

Outro dado a confirmar essa desigualdade é o de que entre o 1% com o maior rendimento familiar per capita na população brasileira apenas 15% eram pretos ou pardos.

Fonte: Caderno Negócios Jornal O Povo

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Governo pode recuar e pagar restituição do IR

A ideia é ampliar o valor dos dois últimos lotes de restituição deste ano - previstos para novembro e dezembro

Diante do constrangimento gerado pela notícia de que o Ministério da Fazenda está adiando as restituições do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), o governo discute a reversão da medida. A ideia é ampliar o valor dos dois últimos lotes de restituição deste ano - previstos para novembro e dezembro. Dois superlotes evitariam que as devoluções do imposto pago a mais em 2008 sejam feitas apenas em 2010. A exceção ficaria para quem foi retido na malha fina por causa de algum problema na declaração de renda.

Segundo fontes ouvidas pela Agência Estado, a economia gerada até agora pelo adiamento da devolução do IRPF, da ordem de R$ 1,5 bilhão, não seria tão significativa a ponto de compensar o desgaste político que a manobra causou ao governo.

A decisão de retardar as restituições atinge a classe média, considerada eleitoralmente sensível ao noticiário e que ajuda a formar opinião de outros eleitores. Faltando um ano para as eleições, o governo não quer provocar a ira de quem vai às urnas. Por isso, segundo uma fonte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou insatisfeito com a decisão da Fazenda.

Lula discutiu a retenção das restituições ontem pela manhã com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, no Centro Cultural Banco do Brasil, sede provisória da Presidência. O governo considerou que a oposição fez seu papel ao criticar o adiamento, mas viu como exagerada a avaliação que houve "confisco".

Fonte: Caderno Negócios Jonal O Povo.

Governo pode recuar e pagar restituição do IR

A ideia é ampliar o valor dos dois últimos lotes de restituição deste ano - previstos para novembro e dezembro

Diante do constrangimento gerado pela notícia de que o Ministério da Fazenda está adiando as restituições do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), o governo discute a reversão da medida. A ideia é ampliar o valor dos dois últimos lotes de restituição deste ano - previstos para novembro e dezembro. Dois superlotes evitariam que as devoluções do imposto pago a mais em 2008 sejam feitas apenas em 2010. A exceção ficaria para quem foi retido na malha fina por causa de algum problema na declaração de renda.

Segundo fontes ouvidas pela Agência Estado, a economia gerada até agora pelo adiamento da devolução do IRPF, da ordem de R$ 1,5 bilhão, não seria tão significativa a ponto de compensar o desgaste político que a manobra causou ao governo.

A decisão de retardar as restituições atinge a classe média, considerada eleitoralmente sensível ao noticiário e que ajuda a formar opinião de outros eleitores. Faltando um ano para as eleições, o governo não quer provocar a ira de quem vai às urnas. Por isso, segundo uma fonte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou insatisfeito com a decisão da Fazenda.

Lula discutiu a retenção das restituições ontem pela manhã com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, no Centro Cultural Banco do Brasil, sede provisória da Presidência. O governo considerou que a oposição fez seu papel ao criticar o adiamento, mas viu como exagerada a avaliação que houve "confisco".

Fonte: Caderno Negócios Jornal O Povo

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Refinarias do RN e MA avançam nos projetos

Maranhão deve iniciar as obras de terraplenagem e RN apresenta à Petrobras todas as licenças

Enquanto o início das obras da refinaria cearense fica à espera de uma definição sobre se parte do terreno onde está planejada sua instalação é, ou não, pertencente à tribo indígena Anacé, as outras unidades de refino da Petrobras avançam nos seus projetos. Ainda este mês, a Premium I, a ser erguida no Estado do Maranhão, deve começar as obras de terraplenagem, segundo já garantiu o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Já o governo estadual do Rio Grande do Norte entregou ontem todas as licenças que permitirão o início das obras de ampliação da Refinaria Potiguar Clara Camarão (RPCC).

A refinaria potiguar terá capacidade de processamento de 30 mil barris de petróleo por dia, e poderá refinar tanto petróleo pesado da Bacia de Campos como petróleo leve do pré-sal, "como todas as refinarias da Petrobras", de acordo com o que informou a estatal em nota.

Já a maranhense está com seu projeto de construção "em pleno funcionamento", como garantiu o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, em nota encaminhada por sua assessoria de imprensa na última quinta-feira. "Temos área definida e estamos acelerando os contratos. A Universidade do Maranhão fez os estudos dos impactos ambientais, que estão sendo analisados pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente desde o dia 31 de agosto último", afirmou o Gabrielli.

Segundo a nota, ainda, a petrolífera está concluindo processo de licitação para cercar a área e remover a vegetação, avançando na definição do projeto para, após isso, iniciar o processo de terraplenagem. A Premium I será a maior do país, com capacidade de processar 600 mil barris diários de petróleo. "A partir do momento em que a diretoria da Petrobras aprovou sua construção, o projeto começou imediatamente a ser concretizado", garantiu Gabrielli na nota.

Já a Premium II, a ser instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), não tem mais o seu prazo de operação garantido para 2013, segundo afirmou o presidente da companhia, por conta das revisões que estão em curso no seu projeto básico. Já o início das obras depende da definição da Funai, sobre o reconhecimento, ou não, dos índios Anacé na área.

Fonte: Caderno Negócios Diário do Nordeste

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Produção orgânica ainda é pouco adotada no país

A maior parte dos produtos, no entanto, é voltada à exportação (60%), especialmente para o Japão, os Estados Unidos e a União Européia

A agricultura orgânica ainda é pouco adotada nas propriedades rurais do país. Apenas 1,8% do total de produtores brasileiros usam tal técnica. Os ramos mais frequentes nesse setor foram a pecuária e criação de outros animais (41,7%) e a produção das lavouras temporárias (33,5%). A maior parte dos produtos, no entanto, é voltada à exportação (60%), especialmente para o Japão, os Estados Unidos e a União Européia, além de mais 30 países.

As informações constam do Censo Agropecuário 2006, divulgado nesta quarta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se de um estudo que traça o perfil da atividade no país, desenvolvida em 5,2 milhões de unidades rurais, incluindo entre outros dados aqueles sobre produtores, estrutura fundiária, técnicas utilizadas e pessoal ocupado.

Segundo o documento do IBGE, entre os principais produtos orgânicos que seguem para o mercado externo são produtos in natura e processados da soja, açúcar e arroz (com origem na lavoura temporária), além do café e do cacau (com origem na lavoura permanente), e os provenientes da pecuária e da criação de pequenos animais (carnes, leite e derivados do mel) e do extrativismo (principalmente palmito).

No mercado nacional, o estudo mostra que a agricultura orgânica está presente de forma mais intensa no ramo da horticultura/floricultura (4,5%), que inclui a produção de frutas, verduras e legumes. Esses itens, conforme destaca o documento, têm peso significativo no mercado interno e são comercializados em diferentes pontos de venda nas grandes metrópoles, como redes de economia solidária entre produtores e consumidores e feiras livres locais.

O levantamento traz ainda informações sobre o perfil do agricultor que se dedica a essa prática. Na maior parte dos casos, trata-se do proprietário das terras exploradas (77,3%) – quatro em cada dez têm o ensino fundamental incompleto (41,6%) e dois em cada dez não sabem ler nem escrever. Além disso, mais da metade deles não participa de qualquer organização social (54,0%), mas entre os que têm vínculo organizacional, 36,6% são ligados a associações, sindicatos e outras entidades.

Segundo os técnicos do IBGE, esse cenário indica um resultado relevante ante os organizados em cooperativas, que representam apenas 5,9% dos agricultores dedicados à agricultura orgânica.

Fonte: Jornal O Povo

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Negócios também para os empreendedores individuais

Além das micros e pequenas empresas, os chamados empreendedores individuais também poderão vender produtos e serviços para os governos federal, estadual e municipais

Seu Raimundo Oliveira, 48, é morador do bairro Parangaba. Há mais de dez anos está fora do mercado formal de trabalho e vive do próprio negócio. É ambulante. Seu Raimundo já está sabendo do Empreendedor Individual(EI), novidade que permite que os trabalhadores que faturam até R$ 36 mil por ano saiam da informalidade e tenham direito a benefícios previdenciários. ``É uma coisa boa pra gente saber que vai poder se aposentar, né?``. O que seu Raimundo não sabia é que os empreendedores individuais vão poder fazer negócio também com os governos. ``Vixe, isso eu não sabia não``, conclui seu Raimundo complementando que vai se informar também sobre isso.

O EI é uma categoria que está enquadrada no Supersimples, ou seja, assim como as micro e pequenas empresas (MPEs), os empreendedores individuais também terão benefícios na hora participar das compras governamentais. Ao contrário do que acontece com as MPEs, as compras de empreendedores individuais não deverão ser feitas por meio de licitações convencionais, como o pregão eletrônico ou presencial. ``O EI é aquela pessoa que sobrevive, muitas vezes, de prestar um serviço simples. Não se caracteriza como um empresário estruturado. Vão ter direito à nota fiscal e vão poder oferecer seus serviços e produtos aos governos``, contextualiza Alci Porto, diretor técnico do Serviço de Apoio às Pequenas e Médias Empresas do Ceará (Sebrae-CE).

Porto avalia que por se tratar de serviços de pequeno porte, de reparos e serviços rápidos e, em geral, de necessidade imediata, não será necessário haver licitação. ``Dentro do limite do EI é feito uma tomada de preço. A Prefeitura, por exemplo, pede que empresários formais apresentem seus preços e quem apresentar o menor preço ganha``, explica Porto.

Serviços
De acordo com Tatiana Teófilo Scipião, economista da Secretaria de Finanças do Município (Sefin), a prestação de serviços deve ser o nicho em que os empreendedores individuais mais terão destaque nas compras governamentais. ``Vamos supor que será promovido um evento e precise de serviços de som. Antes esse serviço só podia ser contratado de uma empresa por conta da nota fiscal, mas agora podemos contratar um EI``, explica Tatiana complementando que ``mesmo sendo em eventos menores os empreendedores individuais serão beneficiados``.

Os empreendedores individuais do município de Fortaleza terão um cuidado especial por parte da Prefeitura. Tatiana garante que ``o EI é uma prioridade dessa gestão`` e que já estão concluindo a minuta de lei que vai tratar todos os aspectos do EI, como a questão tributária. ``Por exemplo, se o empreendedor vai exercer a atividade em casa, o IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) vai continuar sendo residencial. O empreendedor vai ter também isenção no pagamento de taxas e licenciamentos. É tudo uma questão de se organizar``, adianta Tatiana. A previsão é de que a minuta de lei chegue à Câmara ainda em outubro.

A assessora complementa que a Prefeitura, junto ao Sebrae, está capacitando pessoas para orientar aos que procurarem nas regionais informações sobre como se formalizar. (Dalviane Pires)

Adesão ao EIT
http://www.portaldoempreendedor.gov.br/

E MAIS

O Empreendedor Individual (EI) é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário

- Para ser um empreendendor individual, é necessário faturar até R$ 36 mil por ano, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular e ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria

- Entre as vantagens oferecidas por essa lei, está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilitará a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais.

- O EI é enquadrado no Simples Nacional e fica isento dos impostos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL).

- O EI, ao se formalizar, pagará apenas o valor fixo mensal de R$ 52,15 (comércio ou indústria) ou R$ 56,15 (prestação de serviços), que será destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS. Essas quantias serão atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo.

- Com essas contribuições, o Empreendedor Individual terá acesso a benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros.

- Após o cadastramento no Portal do Empreendedor, o CNPJ e o número de inscrição na Junta Comercial são obtidos imediatamente, gerando um documento que deve ser impresso, assinado e encaminhado à Junta Comercial acompanhado de cópia da Identidade e do CPF.

Fonte: Caderno Negócios Jornal O Povo

domingo, 4 de outubro de 2009

O Empreendedor Individual em foco

No Ceará, estima-se que pelo menos 1,5 milhão de pessoas estejam aptas a se beneficiar com o programa

As vantagens da formalidade serão postas em pauta na próxima sexta-feira, 9, no Centro de Negócios do Sebrae. É o Empreender 2009, realizado pelo Grupo de Comunicação O POVO, que em sua terceira edição traz como tema o Empreendedor Individual (EI).

O evento é uma oportunidade para tirar dúvidas sobre o tema. Vai abordar assuntos que vão desde as etapas de formalização até a necessidade capacitação dos empreendem por conta própria.

Estima-se que mais de 11 milhões de pessoas trabalhem com empreendedorismo individual no Brasil. No Ceará, calcula-se que pelo menos 1,5 milhão de pessoas estejam aptas a se beneficiar com o EI.

Além dos empreendedores que vivem na Capital, os que moram no Interior também terão acesso às discussões. O evento será transmitido ao vivo, por meio de videoconferência para Sobral, Iguatu, Quixadá, Crateús, Juazeiro do Norte, Limoeiro do Norte, Aracati, Itapipoca e Tauá.

MAIS DO EMPREENDER

- Empreender 2009 vai aprofundar questões nacionais voltadas para o Empreendedor Individual (EI) como políticas de crédito e municipalização.

- O EI foi instituído pela Lei Complementar 128 em dezembro de 2008 e é considerado um grande passo para políticas sociais.

- Por meio do EI, profissionais como sapateiro, pipoqueiro e costureiras poderão, entre outras coisas, emitir nota fiscal, participar de compras governamentais e obter aposentadoria pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

- A contribuição tributária foi simplificada e limitada ao máximo de R$ 51,65 mensais (considerando o salário mínimo de R$ 465).

- Durante o evento, os empresários individuais poderão participar de cinco oficinas que serão realizadas ao logo do dia, reunindo grupos de 250 pessoas, com duração de 50min cada.

- São elas: Financiamentos versus Garantias; Aprendendo com que já faz. As primeiras lições para o sucesso; Empreendedorismo nos municípios com mais de 20 mil habitantes; Oficina de qualificação do EI e Microcrédito.

- Mais informações e inscrições pelo

www.vceventos.com.br/empreender2009/

É gratuito.

Fonte: Caderno Negócios Jornal O Povo

Empresa de telefonia seleciona trainees e estagiários

A Oi abre processo seletivo para 2010. São 420 vagas de estágio em todo o País e oportunidades para duas categorias de trainees: executivo e expert. Inscrições até 25 de outubro
Aempresa de telecomunicações Oi está com seu processo seletivo para 2010 aberto para trainees e estagiários. Em todo o País serão 420 vagas para estágios. Há, ainda, oportunidades para duas categorias de trainees: executivo e expert. Os interessados podem se candidatar no endereço www.oi.com.br/euquerotrabalharnaoi até o próximo dia 25 de outubro.

Para concorrer na categoria expert, é preciso ter entre um e três anos de formado em qualquer curso voltado para Ciências Exatas (Engenharia, Processamento de Dados, Matemática, Física, etc). É necessária também a comprovação de experiência anterior em empresas, universidades ou estágios.

Já os candidatos a trainee executivo devem ter entre três e cinco anos de mercado. É desejável, também, uma pós-graduação, MBA ou Mestrado, além de comprovada experiência como líder em projetos, processos ou pessoas. Para os trainees, a base de trabalho será no Rio de Janeiro, mas as vagas de estágios poderão ser distribuídas de acordo com a necessidade de cada Estado.

Na Oi, o processo seletivo é composto por várias fases. Há provas online, dinâmicas de grupo, onde são discutidos “cases” situacionais, prova de inglês oral, painel executivo, além das entrevistas finais. A admissão de todos os candidatos está prevista para o início do ano de 2010, em janeiro.

Fonte: Caderno Negócios Jornal O Povo