quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Wal Mart vai investir de R$ 2 bilhões a R$ 2,2 bilhões no Brasil em 2010

Valor é o maior aporte da rede no país e supera em 40% os investimentos deste ano

Por Elisa Campos

O Walmart, a terceira maior rede de supermercados do país, aposta em um 2010 de grande crescimento para suas operações no Brasil. A multinacional americana irá investir de R$ 2 bilhões a R$ 2,2 bilhões no próximo ano, para ampliar sua presença no território nacional. O volume de recursos só perde para o que será investido nos Estados Unidos em 2010 e é o maior aporte de capital no país desde que a rede iniciou suas operações no Brasil, há 14 anos. O montante é ainda 40% maior do que o volume deste ano, de R$ 1,6 bilhão.

Com o investimento, a rede planeja abrir entre 100 e 110 unidades nos formatos de hipermercado, supermercado, loja de atacado, clube de compras e loja de vizinhança. Mais da metade delas será voltada para as classes C, D e E, com as bandeiras TodoDia (varejo) e Maxxi (atacado). “Apesar da ascensão das classes D e E, ainda há espaço para muito crescimento entre a baixa renda”, explica Héctor Núñez, presidente do Walmart no Brasil. A abertura das novas unidades irá gerar cerca de 10 mil empregos diretos no ano que vem.

Todos os novos hipermercados da rede serão ecoeficientes. Hoje, o Walmart conta com cinco hipermercados e um centro de distribuição do tipo no país. Essas unidades economizam 40% do consumo de água, 25% do de energia elétrica e reduzem em 30% as emissões de gás carbônico (CO2).

A expectativa da companhia é que a rede, hoje em 18 estados brasileiros, esteja presente em todo território nacional dentro de cinco anos. “O Brasil é um dos principais países no mundo para o Walmart. Não é à toa que o B de Brasil vem na frente da sigla Bric. Vamos nos fortalecer no Sudeste e continuar com a nossa estratégia de oferecer preço baixo todo dia, além de continuar a investir no comércio eletrônico”, afirma Núñez.

Segundo o executivo, o crescimento das vendas virtuais surpreendeu a rede varejista. Lançado há pouco mais de um ano, em outubro de 2008, o e-commerce do Walmart fatura muito mais do que o esperado e está 18 meses à frente do que era previsto no plano de negócios da empresa.

Consolidação

Nos últimos quatro anos, o Walmart investiu por volta de R$ 4,5 bilhões no Brasil. A cada ano foi registrado um aumento do montante destinado ao país: 1 bilhão em 2007, R$ 1,2 bilhão em 2008 e R$ 1,6 bilhão em 2009.

Neste ano, o Walmart abriu três centros de distribuição (Betim, São Paulo e Porto Alegre) e 91 lojas em todo país, sendo 61 da rede Todo Dia, 20 do Maxxi Atacado, quatro do Walmart, duas do Nacional, uma do Sam’s Club, duas do Bom Preço e uma do Hiper Bompreço. Com a expansão, foram criados 10 mil empregos diretos e 30 mil indiretos.

Presente no evento para o anúncio dos investimentos da empresa no Brasil em 2010, o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou que o crescimento dos investimentos “demonstra que a economia brasileira está respondendo aos estímulos” e o quanto é importante para o país a ascensão da baixa renda.

Apesar de a rede não divulgar a expectativa de faturamento para 2009, Núñez afirmou que mesmo com a crise o desempenho do ano “foi muito superior ao de 2008” e que “o varejo não sentiu grande impacto em função da crise”. No ano passado, a multinacional faturou R$ 17 bilhões, um crescimento de 13% em relação a 2007, quando a receita foi de R$ 15 bilhões.

O Walmart termina 2009 com 435 e 80 mil funcionários no Brasil. A rede varejista atua hoje nas regiões Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste, com cinco formatos e nove bandeiras.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

As habilidades do executivo de sucesso

No passado, as prioridades eram a organização, o planejamento e o foco no resultado. Hoje é mais importante saber gerenciar a inovação, influenciar pessoas, saber dizer não e manter equipes de alta performance motivadas

Por Sérgio Averbach e Rodrigo Araújo*

Os mercados globalizados estão alterando significativamente a maneira como os executivos lideram os negócios. Dados do Yale Center of Study of Globalization demonstram em 1970, apenas 7 mil companhias atuavam em mercados fora de seu próprio território; em 1990, este número passou para 30 mil e em 2003, chegou a marca de 63 mil, sem considerar as mais de 800 mil subsidiárias e afiliadas das empresas analisadas.

O aumento exponencial das fronteiras das empresas exige a transformação de seus líderes. Fica premente a necessidade de se reinventar, aprendendo a conjugar o binômio transformar para continuar no jogo. Diariamente é preciso fazer o exercício de se perguntar o que é necessário fazer de novo e diferente para sobreviver e se antecipar às constantes alterações. Num mercado que traz a cada dia novos elementos e desafios, a sensação é da necessidade de “matar 5 leões por dia”. Para tal, é necessário desafiar continuamente suas próprias fortalezas.

Hoje o ambiente de negócios é mais complexo e cada vez menos previsível. Diante desse novo paradigma, encontramos líderes que não foram preparados para operar nesse contexto. Foram educados e treinados a concentrar sua atenção em poucas prioridades, enquanto a necessidade atual é a habilidade de realizar várias tarefas simultaneamente. Também, muitos desconsideram dimensões globais e a necessidade de compreender culturas distintas para se sobressair.

Diferente da nova geração, onde a lei é “fazer tudo ao mesmo tempo”, uma grande parcela dos executivos se perde no mar de novas demandas e acaba por apresentar resultados aquém do esperado. Como então atingir a performance excepcional diante do volume exponencial de desafios e prioridades?

No passado, as prioridades eram a organização, o planejamento e o foco no resultado. Hoje, embora esta última permaneça na agenda dos executivos mais valorizados, as outras estão em segundo plano. Passam a ser críticas as competências mais estratégicas: gerenciar a inovação, empatia/entender e influenciar pessoas, saber dizer não (sorrindo!) e manter equipes de alta performance motivadas.

Uma das chaves está em investir no próprio autoconhecimento como primeiro passo para impulsionar o desenvolvimento pessoal, e conseqüentemente o profissional. Executivos precisam aprender a desenvolver novas competências que envolvem questões nunca antes pensadas para sua agenda: serem efetivamente exemplos/modelos para os seus liderados, e com transparência nunca antes vista. Hoje dependendo de como os executivos e empresários reagem às pressões, passam a ser criticados fortemente.

O executivo precisa ganhar uma compreensão cristalina das novas prioridades em seus mercados e empresas, e só depois identificar seus pontos fortes e quais habilidades são críticas para desenvolver.

No passado, as prioridades eram a organização, o planejamento e o foco no resultado. Hoje, embora esta última permaneça na agenda dos executivos mais valorizados, as outras estão em segundo plano. Passam a ser críticas as competências mais estratégicas: gerenciar a inovação, empatia/entender e influenciar pessoas, saber dizer não (sorrindo!) e manter equipes de alta performance motivadas.

Claro que há competências mais fáceis de serem identificadas e desenvolvidas, e outras mais complexas. As operacionais se enquadram no primeiro grupo, enquanto as chamadas “soft skills”, características interpessoais, como a habilidade de resolver conflitos, conviver em ambientes desconhecidos e lidar com a diversidade, estão dentre as mais difíceis.

Para as mais complexas, vivências são as melhores catalisadoras do processo de desenvolvimento – participar de um processo de gestão de mudança, por um processo de fusão ou aquisição, ou, ainda, passar por um processo de expatriação para um país com realidade muito diferente da que se está acostumado. Neste último se vive uma nova e desafiante realidade cultural que precisa ser administrada, ao mesmo tempo em que é vital gerar resultados extraordinários, e tudo isso em um contexto diferente do que o executivo está habituado.

O executivo deve centrar seus esforços no desenvolvimento das habilidades estratégicas. Essas competências serão um diferencial claro no futuro. Ser capaz de “criar o novo e o diferente”, aprender com as próprias experiências e conseguir aplicá-las em contextos desconhecidos, bem como compreender genuinamente o ponto de vista do outro são algumas das competências essenciais dos executivos de alto nível cada vez mais cobiçados.

* Sérgio Averbach é Presidente da Korn/Ferry International na América do Sul, e Rodrigo Araújo é Sócio-Diretor Sênior responsável pela Especialização em Ciências da Vida e Saúde

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Montadora abre inscrições para trainees

A Mercedes-Benz abriu vagas nas áreas de engenharia, pesquisa e desenvolvimento, produção, compras, vendas e marketing, finanças, TI e RH. As oportunidades são para a unidade de São Bernardo do Campo (SP)

O programa de trainees 2010 da montadora Mercedes-Benz está com inscrições abertas até o dia 22 de fevereiro. As vagas são para a unidade de São Bernardo do Campo (SP), onde são fabricados caminhões e ônibus da marca, além de agregados, como motores, câmbios e eixos. Para concorrer, o candidato deve ser graduado há no máximo três anos e ter inglês fluente.

As oportunidades são para as áreas de engenharia, pesquisa e desenvolvimento, produção e funções relacionadas, compras, vendas e marketing, finanças e controlling, tecnologia da informação (TI) e recursos humanos (Rh). Com duração de 12 a 15 meses, o programa de trainees vai oferecer o desenvolvimento de três projetos, sendo pelo menos um deles como experiência internacional. Também estão incluídos estágios na produção e em um concessionário da marca.

Há ainda dois módulos de treinamentos internacionais. A seleção consta de avaliação de currículo, testes on-line, entrevista e dinâmicas de grupo. Há ainda a fase assessment center, na qual os candidatos realizam diversas tarefas, assistidos pelos gestores das possíveis áreas de atuação. As inscrições podem ser feitas no site www.mercedes-benz.com.br/carreira.


MAIS TRAINEE

A multinacional Alstom - empresa de equipamentos e serviços para geração de energia e transporte ferroviário - também está recebendo inscrições para o programa de trainee 2010 da empresa.

As vagas são para a divisão responsável pela criação de produtos e serviços hidrelétricos, a Alstom Hydro, localizada fábrica da empresa em Taubaté (SP).

Quem quiser se candidatar deve ter concluída a graduação em engenharia (elétrica, eletricista, eletrotécnica ou mecânica) entre dezembro de 2007 e dezembro de 2009, ter inglês avançado, espanhol intermediário, conhecimentos do pacote Office, disponibilidade para viagens ou mudanças de cidade, estado e país.

As inscrições devem ser feitas, até 10 de janeiro de 2010, no site w.alstom.com.br/home/careers, no link “Programa de Trainee Alstom 2010 – Divisão Hydro”. Os candidatos serão submetidos a testes online e etapas presenciais.

Fonte: Caderno Empregos Jornal O Povo

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Sonegador terá fiscalização especial da Receita

Regime especial de fiscalização prevê até auditor da Receita Federal controlando o caixa da empresa

Por Valor Online

Contribuintes que repetem conduta de sonegação fiscal serão submetidos a um regime especial de fiscalização que prevê auditor da Receita Federal controlando o caixa da empresa. O regime especial também estabelecerá a redução pela metade do prazo de pagamento de tributos. Essas são algumas das normas excepcionais da Instrução Normativa (IN) nº 979, divulgada ontem, que ainda impõe multa de 150% quando as infrações são comprovadas.

A Receita também publicou ontem a Portaria nº 2.923 que definiu os critérios de acompanhamento dos grandes contribuintes. Esse grupo é integrado por 10.568 empresas, das quais que aproximadamente 2,5 mil são do setor público. Esses grandes contribuintes são responsáveis por cerca de 80% da arrecadação com tributos.

O subsecretário de Fiscalização da Receita Federal, Marcos Vinícius Neder de Lima, explicou que a IN 979 apenas regulamentou a Lei 9.430 de 27 de dezembro de 1996 ao criar o Regime Especial de Fiscalização (REF). As medidas excepcionais contra esse tipo de contribuinte que insiste em desrespeitar a lei também autorizam que os auditores usem controles eletrônicos das operações comerciais da empresa investigada.

O ato de abertura de um REF pode ser determinado por um dos dez superintendentes regionais e não depende mais de assinatura do secretário da Receita. No passado, Neder revelou que esse regime já chegou a ser adotado apenas quatro vezes. " A certeza de punição do infrator é uma das garantias do recolhimento espontâneo dos tributos que, atualmente, está perto dos 95% " , comentou.

Neder avisou que, apesar de alguns setores terem histórico de problemas com a Receita - bebidas, cigarros e combustíveis, por exemplo - o REF será determinado contra contribuintes que, reiteradamente, omitem receitas, são punidos, mas continuam operando. Há preocupação especial para reprimir a concorrência desleal provocada pelos sonegadores.

Para o subsecretário, o objetivo da Receita é reforçar a fiscalização porque a impunidade enfraquece a presença do Fisco. Ele explicou que aumentar a arrecadação não é o principal alvo das autoridades tributárias. Ele avisou que a atuação " forte " da Receita favorece os bons pagadores e a tributação tem de ser neutra ao alcançar todos. " Vêm algumas maldades por aí. O sistema tributário é como um prédio. Se não há pressão, a caixa d´água não enche " , comparou.

Com relação ao grupo dos grandes contribuintes que têm, todos os anos, acompanhamento econômico-tributário diferenciado ou especial, Neder fez questão de dizer que a Portaria 2.923 apenas atualizou uma política necessária, porque eles são responsáveis por aproximadamente 80% da arrecadação federal. Nesses casos, não há necessariamente omissão de receita, mas sofisticados planejamentos tributários que, muitas vezes, dependem de operações internacionais. " Estamos preparando uma estrutura para acompanhar melhor esses grandes contribuintes que exploram lacunas da lei. O grande desafio é verificar se, apesar da aparente legalidade, há sentido econômico em algumas operações " , disse.

(Arnaldo Galvão | Valor)

domingo, 20 de dezembro de 2009

Lucro de bancos pesa mais nos juros

IMPACTO RECORDE

Segundo o Banco Central, quase 70% da taxa média de juros praticada pelos bancos é composta pelo "spread"

O peso dos impostos e do lucro dos bancos sobre as taxas de juros atingiu em 2008 o maior nível da década, de acordo com estudo divulgado, ontem, pelo Banco Central (BC). O "Relatório de Economia Bancária e Crédito" mostra ainda que a inadimplência dos consumidores, apontada muitas vezes como a "vilã" dos juros altos, perdeu espaço nessa conta nos últimos dois anos.

De acordo com o Banco Central, quase 70% da taxa média de juros praticada pelos bancos é composta pelo chamado "spread" bancário, que é a diferença entre o juro que a instituição financeira cobra dos seus clientes e o que paga para captar o dinheiro.

No ano passado, a crise financeira provocou uma elevação desse custo, que subiu 40% e atingiu o maior nível no período 2001-2008. A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou que não vai se pronunciar até analisar os dados do relatório. O principal componente dessa conta ainda é a inadimplência, cuja participação subiu no ano passado, mas ainda está abaixo da verificada há dois anos. Hoje, ela responde por 33,6% do "spread". Mas os componentes que também subiram e estão no maior nível verificado nos últimos oito anos são o lucro dos bancos, que representam quase 30% do "spread", e os tributos e encargos, com participação de 23%. Outros fatores, como custos administrativos e de direcionamento obrigatório do dinheiro dos bancos, perderam importância nessas contas.

O Banco Central assume também a sua responsabilidade sobre o aumento dos juros aos tomadores no ano passado, período em que a taxa básica (Selic) foi elevada até as vésperas da quebra do banco de investimentos norte-americano Lehman Brothers, em setembro. Aumento que, aliás, chegou a ameaçar a permanência da atual diretoria do BC no cargo, devido às pressões do governo.

"A evolução do custo médio das operações no âmbito do crédito referencial refletiu a ampliação das incertezas e da aversão ao risco, consubstanciada na elevação do "spread´ bancário, bem como a elevação da taxa Selic", diz a instituição.

As pesquisas mensais do BC mostram que já houve um recuo das taxas de juros e dos "spreads" no segundo semestre de 2009, devido à normalização do mercado de crédito verificada após o momento mais agudo da crise financeira.

Fonte: Caderno Negócios Diário do Nordeste

sábado, 19 de dezembro de 2009

Nova regra do IR deve mudar comportamento do contribuinte

Por: Sílvio Crespo, estadao.com.br

As medidas tomadas pelo governo na quarta-feira relacionadas ao Imposto de Renda devem provocar uma mudança no comportamento dos contribuintes, prevê o consultor Antônio Teixeira Bacalhau, da IOB. “As pessoas tinham essa mentalidade: ‘Vou lançar despesa (na declaração do IR) sem comprovante e, se passar, passou’. Agora, a situação complicou para essas pessoas. Se não tem comprovante, então não lança a despesa.”

Após a Medida Provisória 472 (veja detalhes no quadro abaixo), publicada na quarta-feira (16), o contribuinte que declarar uma despesa, esperando um abatimento no Imposto, e não tiver comprovante fica sujeito a duas multas.



Situação de quem lançar na declaração despesas sem ter comprovante 'vai complicar', diz consultor

Uma, que já existia, era de 75% sobre o valor do imposto que deixou de ser pago. A outra, que foi instituída pela MP, é de 75% sobre o valor da despesa. Por exemplo: se o contribuinte, sem comprovante, declarou que teve despesas médicas de R$ 5.000, e isso lhe daria um desconto de R$ 2.000, antes da MP ele tinha multa de R$ 1.500 (75% dos R$ 2.000). Agora, ele terá que pagar, além desse valor, mais R$ 3.750 (75% dos R$ 5.000), ou seja, uma multa total de R$ 5.250.

Caso fique comprovado que houve uma fraude, ou seja, que o contribuinte deliberadamente lançou uma despesa que não existiu, a multa sobre o valor da despesa sobe para 150% (o que daria R$ 7.500 na hipótese citada).

Bacalhau, que é coordenador da consultoria de IR do IOB, nota que, com o sistema eletrônico, a Receita tende a ficar mais atenta não só às grandes despesas lançadas, mas também às pequenas.

Pessoa jurídica

Em relação às pessoas jurídicas, o artigo 27 da Medida Provisória ataca uma brecha no sistema de compensação de créditos. Quem tem dinheiro a receber do fisco pode, em vez de sacá-lo, utilizar esse crédito para abater PIS, Cofins ou IR. “Como a Receita tem prazo de cinco anos para homologar, tem empresa que declara crédito que não existe, só para ganhar tempo. Agora, quem fizer isso, terá que pagar uma multa de 75% (sobre a falsa despesa declarada)” , explica Bacalhau.

As novas medidas passam a valer a partir da declaração do Imposto de Renda de 2010 (ano-base 2009).

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Receita aperta fiscalização em grandes empresas

Empresas sujeitas a novo regime de fiscalização terão presença física permanente de auditores fiscais

Por: Adriana Fernandes, da Agência Estado

Na mais dura medida de fiscalização dos últimos anos, a Receita Federal do Brasil resolveu regulamentar uma medida de exceção para reforçar o combate à sonegação de grandes devedores. Instrução normativa publicada nesta quinta-feira, 17, no Diário Oficial da União regulamenta artigo da Lei 9.430, de dezembro de 1996, que permite a criação do Regime Especial de Fiscalização (REF).

As empresas sujeitas a esse regime, explicou o subsecretário de Fiscalização da Receita, Marcos Neder, sofrerão fiscalização ininterrupta com a presença física permanente de auditores fiscais da Receita. As empresas também terão reduzido à metade os períodos de apuração e prazos de recolhimento dos tributos. Por exemplo, o tributo que é pago mensalmente terá que ser pago a cada 15 dias.

As empresas que forem incluídas no REF terão que usar compulsoriamente um controle eletrônico das suas operações entregue pela Receita. Esse controle eletrônico será feito diariamente. As emissões de documentos comerciais e fiscais da movimentação financeira da empresa também ficará sob controle especial dos auditores.

"É uma medida de exceção pela qual a Receita vai controlar a boca de caixa da empresa", afirmou o subsecretário. Segundo ele, a medida é dura, mas será usada com "parcimônia" pela Receita Federal. O regime começará a ser utilizado a partir do início de 2010.

Neder explicou que as empresas sujeitas ao REF são grandes devedores contumazes, que frequentemente são autuados pela Receita, mas que continuam operando prejudicando a concorrência entre as empresas. Ele destacou que o Supremo Tribunal Federal (STF) não permite que Receita feche o estabelecimento de devedores contumazes.

Essa medida de exceção, segundo o subsecretário, não tem como foco setores específicos, mas grandes devedores. Ele destacou, no entanto, que há setores em que é mais frequente a sonegação, como o de combustíveis, bebidas, cigarros e setor importador.

Neder disse que havia uma grande pressão dos contribuintes que pagam seus impostos em dia e também dos fiscais da Receita para que o REF fosse regulamentado. Ele negou que a medida tenha alguma relação com os impactos da crise financeira internacional na arrecadação. "A Receita está tentando recuperar crédito tributário de empresas que estão sempre infringindo a lei e continuam operando. Vamos dificultar a vida dessas empresas", disse.

O subsecretário disse que essa medida é importante para aumentar a percepção de risco do contribuinte. Segundo ele, o que garante a arrecadação é a certeza de punição do infrator, é a sensação de risco. Ele fez uma comparação inusitada do sistema de fiscalização com uma caixa d'água de um prédio. "Tem que entrar água (na caixa d'água), mas uma maior pressão ajuda a entrar mais água", afirmando que, no caso da fiscalização, a pressão funciona como na caixa d'água.

Ele antecipou que novas medidas de reforço na fiscalização serão tomadas em breve. "Estão vindo algumas maldades por aí. Aos poucos, vocês vão ver", disse.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Lições aprendidas sobre Gestão Empresarial com Peter Drucker

Os executivos eficazes são os que se apropriam de cinco práticas ou hábitos de pensamento:
Sabem administrar o seu tempo
Perguntam-se “como posso contribuir?” e concentram seus esforços nos resultados deles esperados e não no trabalho.
Trabalham a partir de suas forças , não se baseando em (consertar) suas fraquezas
Sabem colocar “first things first”, ou seja, priorizam as áreas em que uma execução superior poderá fazer uma diferença
Sabem tomar as melhores decisões

São cinco os elementos do processo eficaz de tomada de decisão:
- A compreensão sobre se a situação em jogo é genérica ou excepcional
- A definição das condições-limite, ou seja, das especificações que uma eventual resposta tem de satisfazer.
- A averiguação do que é certo fazer antes de levar em conta concessões e adaptações necessárias.
- A elaboração da ação para executar a decisão antes de tomá-la
- A verificação sobre se a decisão foi acertada, confrontando-a com o desenrolar dos acontecimentos.

São cinco as funções básicas do administrador:
- Definir objetivos
- Organizar o grupo
- Motivar e comunicar
- Medir o desempenho
- Desenvolver pessoas (incluindo a si mesmo, o que talvez seja o mais importante de tudo).

São cinco os desafios do executivo atual:
- Tornar os colaboradores mais produtivos
- Administrar o ciclo de vida da empresa
- Criar mudanças
- Equilibrar curto e longo prazos gerenciando o mercado dos produtos e serviços, o mercado do dinheiro e o mercado de funcionários
- Gerenciar com vista unicamente à prosperidade da empresa

São cinco os mercados que apresentam grandes oportunidades de crescimento:
- Lazer
- Saúde
- Educação
- Varejo financeiro
- Informação e comunicação global

a)A empresa deve ser dividida de forma federativa, por unidades de negócios em vez de funções. b)O management deve ser voltado para os resultados, não para os meios, e é preciso haver métricas que permitam avaliar estes resultados.
c)Os resultados estão fora da empresa, não dentro, pois vêm do aproveitamento de oportunidades, não de resolução de problemas.
d)As empresas devem criar “mercados por meio de trabalho consciencioso e sistemático” e “hábitos de compra massificados”. Ou seja, devem fazer marketing.
e)As empresas devem promover o empowerment dos funcionários, ou seja, permitir-lhes tomar decisões, delegar-lhe poder.
f)Os profissionais devem gerenciar a si mesmos, diferenciando entre o que é ser eficiente (fazer certo as coisas) e o que é ser eficaz (fazer as coisas certas), administrando o tempo e priorizando tarefas (first things first).
g)Existem três tipos de equipes, bem identificadas em uma analogia com os esportes:

- Time de beisebol: os jogadores jogam no time e não como um time. Todos possuem posições fixas, que nunca mudam. Esse time é a clássica indústria, com a famosa linha de produção e o trabalho feito em série.
- Time de futebol: os jogadores também possuem posições fixas, mas eles jogam como um time. O trabalho de cada integrante acontece em paralelo. Precisa haver um técnico, que dita as regras e organiza o time com uma estratégia bem definida. Estrelas podem ajudar a levar o time para frente, mas também podem desestabilizar a equipe.
- Time de duplas no tênis: provavelmente o que mais gera inovações genuínas. Os jogadores possuem uma posição primária e precisam “cobrir” os espaços deixados pelo parceiro.

Fonte: Revista HSM /Dezembro de 2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Uma década de fusões e aquisições gigantes e decepcionantes

Por José Paulo Kupfer

O jovem colega Rodrigo Martins, aqui do portal Estadão, que cuida dos assuntos informáticos do meu blog e enfrenta minha ignorância tecnológica, me botou para mediar a categoria “Negócio”, na interessante Retrospectiva colaborativa que a moçada do portal inventou. O desafio é selecionar os 15 principais negócios concretizados nos últimos dez anos, seja no Brasil, seja no mundo.

Por coincidência, o ”Valor” republicou, esta semana, uma coluna de Dennis K. Berman, que escreve no “The Wall Street Journal”, justamente com um raio-X dos grandes negócios do período. A sua conclusão é a de que o recorde não foi só no número de aquisições ou fusões. Mas, também, de operações fracassadas ou que ficaram longe dos objetivos.

Com base em dados da empresa de pesquisas Dealogic, Berman informou que, de 2000 até agora foram assinados, em todo o mundo, 316.657 acordos de compra ou fusão de empresas – o que dá uma média de 87 por dia. Esses negócios foram avaliados em um total de US$ 25,2 trilhões, o que equivale à metade do produto interno bruto anual mundial.

É o caso de concordar com Berman na escolha do negócio da década: a compra do banco de investimentos americano Lehman Brothers pelo banco britânico Barclays, efetivada há pouco mais de um ano. A curiosidade é que este não é o talvez óbvio negócio da década pelo volume de recursos envolvido. Na verdade, o Barclays arrematou a sesquicentenária instituição financeira por módicos US$ 1,75 bilhão. O fim do legendário Lehman Brothers, tragado no epicentro da maior crise econômica mundial em seis décadas, justifica a indicação.

Analisando as 25 maiores maiores fusões ou aquisições da década, Berman contabilizou apenas nove em que a cotação das ações no fim de dez anos registrava ganhos em relação ao valor dos papéis na data de anúncio do negócio. Alguns exemplos: a compra da Texaco pela Chevron. Triplicou, no período, o valor de mercado da empresa resultante.

Já há listas, no blog da Retrospectiva, área “Negócio”, de destacadas fusões ou aquisições no mercado brasileiro. No caso dos negócios internacionais, Berman listou os dez maiores. São os seguintes:

1) Santander – ABN Amro

2) Time Warner – AOL

3) AT&T – BellSouth

4) Glaxo Wellcome- SmithKline Beecham

5) Pfizer-Wyeth

6) Sanofi/Synthelabo-Aventis

7) Mitsubishi Tokyo-UFJ Holdings

8 ) Procter&Gamble-Gillette

9) Pfizer-Pharmacia

10) J.P. Morgan Chase-Bank One

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Escassez de Líderes

Há escassez de líderes para pôr estratégias em andamento e existe a tendência de negligenciar o longo prazo. É o que revela a pesquisa realizada por HSM e Empreenda.

A grande maioria dos executivos brasileiros (80% deles) estima que o País crescerá entre 3% e 5% ao ano entre 2010 e 2015. Para quase a metade (48%), será bem mais difícil conduzir os negócios nos próximos cinco anos do que nos cinco anos que passaram, ainda que, já para 2010, 80% deles esperem que sua empresa expanda seu mercado. Além disso, 46% dos entrevistados estimam crescimento de mais do que 10% para as organizações que representam –organizações estas que, contudo, não contam com líderes adequados e suficientes para executar a estratégia.

Essas são algumas das conclusões do estudo realizado pela HSM e pela Empreenda, no mês de novembro, com 1.065 executivos –presidentes e diretores de empresas. De acordo com César Souza, presidente da Empreenda, estamos diante de um cenário de otimismo, mas com evidências de desequilíbrio entre a gestão do curto e do longo prazos.

Entre os desafios vislumbrados para os cinco anos que virão, três temas tiveram destaque: “garantir que a estratégia faça parte do dia a dia da empresa” (41,2%), “desenvolver líderes para a execução da estratégia” (39,0%) e “tornar processos mais eficientes” (36,0%).

“Aumentar a rentabilidade da empresa” é a prioridade para 70,3% dos entrevistados. A segunda prioridade mais citada foi “concentrar-se nos mercados existentes” (45,8%), seguida de “ganhar participação de mercado” (36,1%).

Fazendo a estratégia acontecer

Expressivos 63% dos entrevistados afirmaram que não possuem líderes em quantidade suficiente para conduzir a execução estratégica. Com isso, 57,1% colocaram o desenvolvimento de novos líderes como principal preocupação dentro do tema “liderança” –o que está em consonância com a recomendação que Jack Welch deu em sua palestra nesta ExpoManagement. Seguem-se as preocupações com “fazer com que todos entendam seu papel” (41,8%) e “ter líderes capazes de influenciar os stakeholders [grupos de interesse]” (36,0%).

Clientes e canais

Os principais desafios da gestão de clientes e canais para os próximos cinco anos, segundo o estudo, são:

• Ter uma cultura organizacional em que toda a empresa esteja voltada ao cliente (48,9%);
• Entender com mais profundidade os desejos e necessidades dos clientes (39,0%);
• Gerar mais valor para o cliente sem aumentar custos (31,6%).

Um alerta

O consultor explicou que também é importante observar o que não é preocupação para esses executivos. “O papel do líder é garantir o presente, enquanto constrói o futuro, mas a pesquisa mostrou que ao não querer expansão internacional ou fusões, nem se preocupar com inadimplência, os entrevistados estão mais concentrados no curto prazo. Assim, só metade da equação está clara”.

Ele alerta que, se o país está realmente decolando, como se propaga mundialmente, outros penetrarão em nosso mercado. “Ao buscar melhores parceiros e cuidar de oportunidades de diversificação, estaremos cumprindo melhor nossas obrigações de líder, que incluem diminuir riscos e aproveitar oportunidades para o futuro”.

Por: César Souza

domingo, 13 de dezembro de 2009

Os 7 Habitos do Líder Eficaz: A Receita de Rudolph Giuliani

Ao deixar o cargo no final de 2001, ele foi eleito como um dos melhores prefeitos que a cidade já teve devido às estatísticas de segurança, prosperidade, serviços sociais e redução de impostos. A saída da administração, a cura do câncer de próstrata e o anúncio público de um tumultuado divórcio apimentado por uma relação conjugal prolongaram sua fama após os atentados ao World Trade Center em 11 de Setembro daquele ano.

Segundo Rudolph Giuliani existem sete atitudes essenciais para a liderança eficaz:

Ter uma visão, “saber o que você acredita; saber quem você é”. O líder deve conhecer a sua essência, saber o que ele próprio representa. Nós lideramos através de idéias, através de uma visão clara e de princípios bem estabelecidos. Essa visão deve ser inspiradora e – importante – deve ser de longo prazo.

Ser otimista. Não um otimismo que signifique alijar-se da realidade e não enxergar os problemas, mas no sentido de ter uma postura positiva, encarar os problemas de frente e apontar as soluções para superá-los. O líder é alguém que enxerga as adversidades como um desafio à sua inteligência e capacidade.

Ter coragem. Coragem não significa a ausência de medo, mas a capacidade de lidar com o medo e de assumir riscos, inspirando as pessoas a seguirem o seu exemplo. Giuliani conta que sempre é abordado com a seguinte questão: “devemos ter medo de outro ataque terrorista?”. Sua resposta é sempre a mesma: “Sim, nós devemos. A grande questão é o que fazer com esse medo”.

Estar preparado. Devemos procurar antever todas as possibilidades de revezes – isso na administração de um negócio, de uma cidade ou de um país. O treinamento nos prepara, inclusive, para eventos inesperados que não estavam previstos em nosso planejamento inicial.
Parte de um líder é preparar-se para o pior.

Trabalho em equipe. Os líderes precisam ser lembrados que ninguém consegue nada sozinho. Ele deve encontrar pessoas que compensem seus pontos fracos, deve equilibrar forças e fraquezas. Nenhuma pessoa é capaz de reunir todas as habilidades que uma organização precisa. Uma de suas qualidades, segundo o próprio, é ter um rápido poder de decisão. “Tomo decisões de forma muito rápida. Isso é bom em situações de emergência, mas não tão bom em situações normais. Procuro me cercar de pessoas que me desaceleram. Eles dizem: ‘pense mais um pouco, você tem mais tempo, não precisa decidir agora’”.

Comunicação. Um líder deve saber transmitir suas idéias às mentes e corações das pessoas. Comunicar é algo simples: consiste apenas em falar com pessoas e entender que só conseguimos as coisas através dos outro.

Amar as pessoas. Um verdadeiro líder ama as pessoas que estão sob sua responsabilidade. É normal líderes de grandes organizações e de grandes cidades passarem a enxergar apenas números e estatísticas. Não devemos cair nesse erro. Apenas o amor sincero pelas pessoas conquistará o seu apoio e confiança. O líder precisa estar presente quando as pessoas precisam. Como diz Giuliani: “ir a casamentos é opcional, mas ir a funerais é obrigatório, pois é lá que as pessoas mais precisam de nossa presença”.

Por: César Souza

sábado, 12 de dezembro de 2009

Fique de olho em 12 ameaças de Natal na internet

Por Rafael Barifouse Notícia Tags: mcafee, vírus

A McAfee divulgou um alerta sobre os 12 golpes de internet mais comuns no fim de ano. “É um período em que os cibercriminosos costumam tirar proveito da época de festas para roubar dinheiro, a identidade e informações financeiras dos consumidores”, diz o relatório. Segundo uma pequisa do instituto americano State of the Net, US$ 8 bilhões foram roubados de internautas nos últimos dois anos. Confira como se prevenir:

1. Emails com pedidos de doações

Aproveitando-se da generosidade alheia, hackers enviam e-mails que parecem vir de organizações beneficentes legítimas, mas que são, na realidade, sites falsos criados para roubar as doações, informações de cartão de crédito e identidades dos doadores.

2. Faturas falsas de serviços de entregas

Os cibercriminosos enviam faturas e avisos de entrega falsos que aparentemente provêm da Federal Express, da UPS ou do Serviço Aduaneiro dos EUA. Eles enviam e-mails aos consumidores solicitando informações de cartões de crédito para reembolso na conta, ou solicitam que os usuários abram uma fatura on-line ou um formulário da alfândega para receber uma encomenda. Se a pessoa seguir as instruções, suas informações serão roubadas ou programas mal-intencionados serão instalados automaticamente em seus computadores.

3. Pedidos de amigos em redes sociais

Eles também enviam e-mails aparentemente autênticos de “Solicitação de nova amizade” em redes sociais. Ao clicar nos links desses emails, os usuários podem instalar automaticamente programas mal-intencionados nos computadores e permitir o roubo de informações pessoais.

4. Cartões de Natal virtuais

No último Natal, a McAfee descobriu um vírus disfarçado de cartão virtual da Hallmark e de promoções de Natal do McDonald’s e da Coca-Cola. Anexos de e-mail com PowerPoints natalinos também são bastante usados pelos criminosos virtuais. Cuidado com os links nos quais você clica.

5. Produtos luxuosos com desconto

Recentemente, a McAfee descobriu uma nova campanha de Natal que leva os compradores a sites cheios de malware que oferecem presentes de luxo “com desconto” das marcas Cartier, Gucci e Tag Heuer. Os cibercriminosos utilizam até mesmo logotipos falsificados da Better Business Bureau para induzir os internautas a comprar produtos que nunca receberão.

6. Compras em redes públicas

A Forrester Research Inc. prevê o aumento das vendas de Natal pela Internet neste ano, em busca de promoções. Enquanto os usuários compram e navegam em pontos de acesso abertos, os hackers podem espionar a atividade deles para tentar roubar suas informações pessoais. A McAfee orienta os usuários a nunca fazer compras pela Internet usando computadores públicos ou redes Wi-Fi abertas.

7. Temas natalinos

Durante a época de Natal, os hackers criam sites natalinos falsos para as pessoas que procuram toques de celular ou papéis de parede com temas natalinos, letras de canções de Natal ou um protetor de tela festivo. Baixar arquivos com temática natalina pode infectar um computador com spyware, adware ou outros programas mal-intencionados.

8. Golpe de emprego por email

Como desemprego em alta no mundo, os golpistas estão à caça de pessoas desesperadas em busca de trabalho em má situação financeira, com a promessa de empregos bem remunerados e oportunidades de lucros trabalhando em casa. Quando a pessoa interessada envia suas informações e pagam sua ‘taxa de inscrição’, os hackers roubam seu dinheiro em vez de dar continuidade à oportunidade de emprego prometida.

9. Promoções em sites de leilões

Muitas vezes, os golpistas ficam à espreita em sites de leilões durante a época de Natal. Os compradores devem ficar atentos a oportunidades em leilões que parecem ser muito boas para serem verdadeiras, porque, muitas vezes, essas compras nunca são entregues.

10. Roubo de senha

O roubo de senhas aumenta de maneira desenfreada no final do ano, pois os ladrões virtuais utilizam ferramentas de baixo custo para descobrir a senha das pessoas e distribuir programas mal-intencionados para gravar a digitação, conhecidos como “programas de captura de digitação” (ou keyloggers). Quando os criminosos conseguem acesso a uma ou mais senhas, eles passam a ter acesso irrestrito às informações bancárias e de cartão de crédito dos consumidores e podem limpar as contas em questão de minutos. Também é comum que eles distribuam spam da conta do usuário para seus contatos.

11. Internet Banking

Os cibercriminosos induzem os consumidores a divulgar seus dados bancários, distribuindo e-mails com aparência oficial, supostamente das instituições financeiras. Eles solicitam que os usuários confirmem as informações das suas contas, inclusive nomes de usuário e senhas, avisando que as contas serão bloqueadas se não seguirem as instruções. Assim, é frequente que os criminosos vendam essas informações através de um mercado negro virtual. Nesta época de Natal, é comum que aconteça esse tipo de golpe já que as pessoas monitoram atentamente seus gastos e compras.

12. Pedido de resgate por arquivos

Os hackers assumem o controle dos computadores das pessoas através de vários desses golpes, até mesmo atuando como sequestradores virtuais, roubando os arquivos dos computadores e criptografando-os, tornando-os ilegíveis e inacessíveis. O golpista sequestra os arquivos do usuário e exige o pagamento de um resgate em troca da devolução desses arquivos.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Custo ambiental terá de ser embutido nos preços

Para combater o aquecimento global economicamente, o impacto das emissões deverá encarecer de viagens aéreas ao consumo de carne, diz Gianetti

Por Alexandre Teixeira

Há algo de fundamentalmente errado no sistema de preços que vigora no planeta. Os gases do efeito estufa não são precificados. No mundo todo, o sistema registra o custo monetário da produção de um quilowatt/hora de energia. Mas não calcula o custo em emissões de CO2 se a eletricidade for gerada, por exemplo, em uma usina termelétrica. Por isso, tem-se a percepção de que o kw/h produzido a partir da queima de carvão é muito mais barato que o kw/h obtido em uma usina de vento. Isso significa que o sistema de preços não capta parte do custo real da produção energética. "Se a humanidade quiser enfrentar o aquecimento global, certas coisas vão ter que ficar mais caras. Cruzar o Atlântico para ir à Europa uma vez resulta em mais emissão de carbono do que as de um indiano pobre por um ano", afirma Eduardo Gianetti da Fonseca, economista do Insper.

Do mesmo modo, a emissão de gases pelo rebanho mundial de bovinos, suínos e aves supera a da frota de automóveis de todo o planeta - mas seu custo ambiental não é levado em conta na formação de preços dos alimentos à base de proteína animal. Para Gianetti, isso vai ter de ser corrigido. Consequentemente, carne e leite ficarão mais caros.

Isso não acontecerá voluntariamente, como mostram as primeiras experiências empresariais que apelam à sensibilidade do consumidor. Recentemente, a British Airways deu a seus clientes a opção de, na compra de passagens aéreas, adquirir créditos de carbono correspondentes à emissão de gases provocadas pela viagem. Resultado? Adesão próxima de zero. Ou seja, quando se resolver levar a sério o custo ambiental dos võos, o preço vai ter que subir na marra. "Se continuarmos no caminho atual [ignorando o custo ambiental do consumo] e houver alguns acidentes climáticos importantes, haverá medidas governamentais nesta direção", afirma ele. Autoritarismo? "Não é muito diferente do imposto sobre cigarros e bebidas. Os cidadãos vão ter de entender que nem todo o custo dos bens e serviços que consomem está sendo computado."

Gianetti prevê que o consumidor global vai mudar o mix de produtos que compra à medida que o sistema de preços for alterado. Bens e serviços com alto impacto ambiental tendem a tornar-se proibitivamente caros. Produtos pouco onerosos ambientalmente ficarão mais baratos. Muito embora não tenha conseguido citar exemplos do que deve baratear, Gianetti diz que as vantagens para o planeta seriam evidentes. Se, por exemplo, a economia incorporar no preço do do kw/h de energia o custo ambiental, a energia eólica pode se tornar a opção mais barata.

Para que isso aconteça, o que falta é a definição de uma fórmula para converter em valores monetários o custo das emissões de CO2. "O grande desafio agora é chegar ao preço do carbono", afirma Gianetti.

Mais complicado é definir como cobrar pela preservação da natureza, assunto da maior relevância para o Brasil. O país tem na Floresta Amazônica um ativo ambiental que interessa ao mundo. Se existe mercado para a conservação, é possível firmar contratos de compra e venda deste ativo. Mas as questões subjacentes são espinhosas. Como será feito esse contrato? Quem vai fiscalizar a preservação? "Esta discussão toca no problema da soberania, que é uma caixa de pandora", diz Gianetti. "Este é o grande nó a desatar."

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Gripe suína é tema de novo golpe dos Hackers

Suposto E-mail do Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA leva a site que, se acessado, baixa programas maliciosos para o PC

Por meio de um e-mail que leva o usuário a um site falso, hackers espalham um vírus de computador prometendo a oferta de vacinas contra o H1N1.

O E-mail vem em nome do Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos, contendo um link que parece levar a uma página oficial do governo norte-americano, no qual o interessado deve preencher um formulário de vacinação, segundo pesquisadores das empresas de segurança Symantec e AppRiver.

Ao acessar o falso site, o usuário baixa automaticamente programas mal-intencionados para seu PC. Os hackers que controlam o site transformam a máquina num servidor de “spam”, e a partir daí, usam-na para roubar dados pessoais, de outros computadores. Na terça-feira, 1º, milhões de spams associados à gripe suína foram detectados pelos pesquisadores como parte desse golpe.

Cyber-criminosos costumam usar assuntos polêmicos do noticiário para atrair as vítimas, o acidente de carro do golfista Tiger Woods e o início da temporada anual de compras de fim de ano foram usadas para ataques nestes últimos dias.

Fonte: Redação O Povo Online e Agências

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O mundo digital é o mundo real

Por: Hélcio Brasileiro*

Inclusão digital é um assunto que tem tudo a ver com você. Com todos os setores econômicos, com a cultura, com a educação, com a ciência, com a arte, com seus amigos, sua família, seus filhos. Não, aqui não tem nenhum exagero. Pra começo de conversa, acredito que todos nós, adultos, nascidos ``analógicos de carteirinha``, estamos vivendo este processo na pele.

Com certeza você já passou por algo similar ao que testemunhei com a minha sobrinha Valentina, logo que ela completou três anos. Ela queria ver um desenho que não estava no ar no momento. Recorri à Internet. Sem ser alfabetizada e sem incentivo específico em casa, já que os pais utilizavam computador apenas no trabalho, Valentina começou a passear com o cursor do mouse na tela. Após alguns minutos de navegação caótica, ela percebeu os caminhos para optar entre os vídeos, jogos, experimentar de maneira intuitiva, com total autonomia, o universo do personagem que ela tanto gostava.

A Valentina não vai passar por esta transição que a gente vive com tantas crises e divagações. Nem os meninos e meninas a quem dei aula em diversos bairros de baixa renda em projetos maravilhosos de pontos de cultura como Encine, Aldeia e TV Janela. Há alguns anos, eles já usavam o celular com uma intimidade mais do que natural. Tiravam fotos, jogavam, baixavam, ouviam e trocavam músicas via bluetooth. Imagine o que pode acontecer se a TV digital atingir os níveis de interatividade que todos sonhamos.

Conectados
Sendo nativos digitais ou não, estamos cada vez mais conectados. Tente lembrar de alguém que você conheça que não tenha celular. O mundo digital é o mundo real. As crianças de hoje, quando crescerem, não perceberão esta diferença tão evidente para nossos olhos. E, por incrível que pareça, o mais importante disso tudo somos nós, são as pessoas. Inovações tecnológicas vemos todos os dias. Coisas fantásticas, inacreditáveis - até a próxima novidade. Tudo isso, no entanto, pouco serve senão é utilizado por nós. A revolução mais difícil, porém inevitável, é a adequação de governos, empresas, instituições, sistemas políticos, de cada um de nós, a uma comunicação horizontalizada e multilateral.

Quando se trata de inclusão digital como preocupação social, devemos considerar que esta inclusão vai muito além de dar acesso às máquinas com conexão de banda larga. Estamos vivenciando uma nova forma de nos relacionar, uma cultura da participação. Relevância hoje em dia é muito mais do que um cargo corporativo ou um título acadêmico. Ela pode ser alcançada na rotina a partir do reconhecimento de um grupo reunido por interesses comuns. Por redes sociais espontâneas que superam limites geográficos.

Em Fortaleza temos blogueiros sendo pagos para produzir conteúdo para empresas estrangeiras, outros assediados como mídia por megacorporações multinacionais, temos desenvolvedores trabalhando em parceria com gente do outro lado do mundo. As oportunidades de negócio em todos os setores são vastas. Nada disso é previsão de futuro ou utopia. Está acontecendo agora.

Para inserir, como se propõe a inclusão digital, é imprescindível a capacitação de professores, do investimento em educação, que alunos se reconheçam criticamente dentro de seu próprio contexto, vislumbrem transformações, e como podem conseguir um protagonismo real dentro de uma sociedade em rede: seja pelo seu conhecimento, por sua arte, por algo que produza, pelo próprio merecimento.

* HÉLCIO BRASILEIRO é jornalista e integrante do Conselho Consultivo de Leitores do O POVO.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A Internet e a economia do conhecimento

Você pode não ter percebido, mas estamos vivendo uma revolução silenciosa. Na sociedade contemporânea, uma economia dinâmica se molda diante da informação e do conhecimento

Um país que planeja se firmar como uma potência mundial e abraçar o desenvolvimento precisa enxergar longe e investir alto. É consenso que estamos diante da chamada ``economia do conhecimento``, onde cada vez mais "tempo é dinheiro" e o acesso à informação é encarado como um instrumento de trabalho valioso e necessário. E aqui & sem lamentação - não cabe esperar o alinhamento de um desarranjo histórico do que deixou de ser investido em educação, por exemplo. É preciso dar um salto, pular etapas para acelerar a entrada da população na Sociedade da Informação. O caminho passa pela universalização do acesso à Internet.

O cientista Mauro Oliveira, doutor em Tecnologia da Informação (TI) pela Universidade Paris, é um dos entusiastas da universalização da Internet. Para Oliveira, é atrasado pensar que, por não ter conseguido universalizar a educação com qualidade, o Brasil deva esperar para universalizar. ``Lembro que em 84 eu quis colocar computadores no Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará) igual vi na Argentina. Na época muitos professores disseram -como um abestado quer colocar computador se falta giz-. Só que esse processo não é linear. Se não cuidar da universalização da Internet as classes pobres serão sempre atrasadas. Defendo que a linearidade não pode ser usada na inclusão digital``, diz Oliveira complementando que a universalização, ao garantir Internet nas escolas públicas pode inclusive compensar o atraso na educação. "O fato de democratizar o acesso não resolve todos os problemas da educação, mas pode ser a infraestrutura em uma política que facilite resolver o problema``.

Oliveira entende a universalização da Internet como parte de um processo democrático e de inclusão social. ``É impossível um estado democrático em pleno século 21 sem a universalização da Internet mesmo que isso não resolva todos os problemas. A banda larga é o oxigênio. Tem que ter mesmo que em um primeiro momento não resolva tudo``, avalia Oliveira.

Entenda a Internet aqui como um meio capaz de beneficiar a vida cotidiana de várias formas, seja fornecendo informações aos serviços de saúde e educação, ao comércio ou lazer, seja facilitando a comunicação entre as pessoas, com um custo menor. É um meio extremamente atrelado à economia, onde já se percebe a mudança nos hábitos de empresários e consumidores, com reflexo direto na produtividade e competitividade das empresas.

Os desafios
O advogado especializado na área de Tecnologia da Informação e mestre em Informática Jurídica e Direito da Informática, Cristiano Therrien, chama a atenção para os desafios que governos (municipais, estaduais e federal) têm ao planejar a universalização da Internet. Ele cita primeiro o desafio cultural. ``O desafio é entender o que quer se dizer com universalização da Internet, cidades digitais, banda larga para população. Pois são muitos conceitos e percepções diferentes desses temas``, pontua Therrien.

Therrien destaca ainda o desafio técnico da universalização. ``O desafio técnico é optar por um dos vários modelos diferentes de conectividade diferentes que estão disponíveis no mercado, cada um com várias vantagens e desvantagens. As incertezas ou dificuldades de definir um modelo único ou uma combinação de tecnologias, tem postergado a implementação de projetos de universalização de acesso nas grandes cidades", explica o advogado, que também é assessor TI da Prefeitura de Fortaleza. "Estamos avançando no campo projeto", contextualiza Therrien sobre a tentativa de universalizar a Internet em Fortaleza.

Outro desafio apontado é administrativo. A dificuldade, por exemplo, é estabelecer as instâncias de governo responsáveis por inclusão digital e conectividade social, estabelecer orçamentos adequados e realistas para estas áreas relativamente recentes de ação pública e os limites dos que devem ser as ações de governo e o que deve e pode ser realizado pelo setor privado.

Por último, Therrien cita o desafio financeiro consequência dos colocador anteriormente.``É entender e definir a relação custo/benefício de uma rede de banda larga para a conjunto da sociedade, com as devidas diferenciações que são necessárias fazer neste tipo de iniciativa, pois se quer beneficiar sobretudo as camadas da população mais digitalmente excluídas``, finaliza.

Por: Dalviane Pires - Caderno Negócios Jornal O Povo

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Para Nobel de Economia, câmbio no Brasil não faz sentido

Professor Paul Krugman diz que há avaliação exagerada no País por parte de investidores internacionais

Por: Ricardo Leopoldo - Agência Estado

O prêmio Nobel de Economia, Paul Krugman, professor da Princeton University nos EUA, afirmou que o atual nível de câmbio do Brasil "é um problema real e, se for mantido no atual patamar - por um prazo duradouro -, pode prejudicar a economia nacional, especialmente gerando efeitos negativos sobre as exportações e o agravamento do déficit das contas correntes". "O patamar atual do câmbio é semelhante ao registrado no início de 2008, quando os preços das commodities estavam muito elevados. Isso não é saudável", ressaltou.

Embora Krugman não tenha defendido de forma peremptória que o governo adote medidas específicas para coibir a valorização do real ante o dólar norte-americano, o intelectual afirmou que dois caminhos poderão ajudar a coibir a apreciação excessiva do câmbio. Um deles é a adoção de impostos sobre capitais que ingressam no País, o que o governo passou a fazer recentemente com a implementação da alíquota de 2% de IOF sobre o ingresso de investimentos estrangeiros em ações e títulos de governo brasileiro.

A outra alternativa, segundo ele, é a compra de reservas cambiais, movimento que deve ser mantido pelo Banco Central (BC) no curto prazo, como manifestou seu presidente, Henrique Meirelles. Em agosto de 2008, a poupança externa atingiu US$ 205 bilhões. Atualmente, o montante está próximo a US$ 237 bilhões.

Krugman ressaltou que o atual fluxo de capitais para o País é "uma bolha", mas não manifestou se ela vai estourar nos próximos meses. Na sua avaliação, o ingresso maciço de recursos no País é fruto de uma avaliação exagerada de investidores internacionais, pois, segundo o acadêmico, "o Brasil não será superpotência amanhã, mas o mercado já precifica isso".

O acadêmico disse ainda que o otimismo excessivo dos investidores em relação ao futuro do Brasil não é tão positivo no curto prazo, pois tende a estimular o ingresso de investimentos e valorizar ainda mais o câmbio. Ele destacou, em tom de brincadeira, que talvez as autoridades do governo não deveriam dizer que a situação do País é bastante favorável, a fim de reduzir a avaliação muito favorável dos investidores sobre a economia brasileira. Krugman afirmou que uma parte de sua poupança está aplicada em títulos do Brasil, mas não soube discriminar quais eram, pois fazem parte de um fundo de investimentos.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Governo está 'monitorando' câmbio e pode intervir, diz Tesouro

Real teve valorização de 35% em relação ao dólar no ano, gerando preocupações no setor exportador

Por: Gustavo Nicoletta, da Agência Estado

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse que o governo está "monitorando a taxa de câmbio e estará preparado para corrigir quaisquer distorções" que eventualmente sejam detectadas. O real teve uma valorização de aproximadamente 35% em relação ao dólar do início do ano até agora, gerando preocupações no setor exportador.

Augustin disse que o governo prosseguirá com a política de compras sistemáticas de dólares para aumentar as reservas. "Esta política continuará e será gerenciada pelo banco central", afirmou. As reservas brasileiras estavam em US$ 238 bilhões no final de novembro, posição US$ 5 bilhões superior à registrada em outubro.

O secretário disse também que o governo divulgará seu plano anual de gerenciamento da dívida no início de 2010. "Posso dizer agora pelo menos uma coisa sobre o plano", disse Augustin. "Pretendemos reduzir a relação dívida/PIB no ano que vem."

A relação entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil estava em 44,8% até 31 de outubro, ante 36,0% no final de 2008. A dívida do setor público cresceu nesta ano por conta dos impactos da crise mundial sobre o país, que provocaram um declínio na receita com impostos.

Apesar disso, a economia brasileira deve se recuperar em 2010. A maior parte dos economistas espera um crescimento de 5% para o PIB no ano que vem e uma expansão de 1% para 2009. As informações são da Dow Jones

sábado, 5 de dezembro de 2009

Receita amplia fiscalização digital

O Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), sistema da Receita Federal que obriga empresas a substituir a papelada contábil e fiscal por arquivos eletrônicos, entra em nova fase a partir do ano que vem. Este ano, o projeto passou a valer para um número ainda restrito de empresas selecionadas pelo Fisco. Em 2010, entra na reta final de implantação, abrangendo maior número de companhias - só no Sped contábil, passa de 8 mil para 180 mil contribuintes - e levando-as a uma verdadeira operação de guerra em seus departamentos tributários.

"2010 é o ano de entrada da grande massa de empresas", diz José Othon de Almeida, sócio-líder da Deloitte para o Sped. No Sped fiscal, pelo menos 4,7 mil estabelecimentos se somarão aos atuais 29 mil que já fazem parte do sistema. Na nota fiscal eletrônica, outra frente do projeto da Receita, o número de contribuintes pessoas jurídicas vai mais que dobrar no próximo ano, chegando a 80% dos de CNPJs no País. "O sistema já está maduro e dificilmente devem ocorrer postergações (por parte da Receita)."

A obrigatoriedade vale para empreendimentos de todos os portes, desde que optantes pelo regime tributário de lucro real. Elas passam a ter de enviar mensalmente o registro de apuração de impostos à Receita, e a substituição dos livros contábeis por arquivos digitais. Isso muda a forma de apuração e processamento das informações tributárias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Veja os horários de funcionamento dos bancos neste Natal e Ano Novo

Agências abrem e fecham mais cedo na véspera de Natal.
Horário de abertura no dia 24/12 terá diferença entre cidades.


Os bancos vão abrir e fechar mais cedo na véspera de Natal e ficarão fechados nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro, informou nesta segunda-feira a Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

A entidade diz que as contas de consumo (água, luz, telefone etc.) que vencem no dia 25 de dezembro (uma sexta-feira) podem ser pagas sem multa no dia 28 de dezembro (segunda-feira), quando os bancos abrem normalmente.

Já as contas que vençam nos dias 31 de dezembro (quinta) ou 1º de janeiro (sexta) podem ser pagas no dia 4 de janeiro (segunda).

A Febraban lembra que os clientes podem agendar nos bancos o pagamento das contas, se desejarem. Também é possível pagar as contas nos postos de autoatendimento e correspondentes não-bancários como Correios, lotéricas e outras lojas.

Veja na tabela abaixo o horário de atendimento dos bancos no dia 24 de dezembro, véspera de Natal:

ESTADOS REGIÕES HORÁRIO
Estados com horário igual ao de Brasília Capitais e regiões metropolitanas 9h às 11h
Estados com horário igual ao de Brasília Interior 8h às 10h
Estados com diferença de uma hora em relação a Brasília Capitais e regiões metropolitanas 8h às 10h
Estados com diferença de uma hora em relação a Brasília Interior 7h às 9h
Estados com diferença de duas horas em relação a Brasília Capitais e regiões metropolitanas 8h às 10h
Estados com diferença de duas horas em relação a Brasília Interior 7h às 9h


Veja na tabela abaixo o funcionamento dos bancos em cada dia neste final de ano:

DIA HORÁRIO CONTAS QUE VENCEM NO DIA
24/12 (quinta) Ver tabela acima Pagar normalmente
25/12 (sexta) Fechado Pagamento dia 28/12 sem multa
26/12 (sábado) Fechado Pagamento dia 28/12 sem multa
27/12 (domingo) Fechado Pagamento dia 28/12 sem multa
28/12 (segunda) Horário normal Pagar normalmente
29/12 (terça) Horário normal Pagar normalmente
30/12 (quarta) Horário normal Pagar normalmente
31/12 (quinta) Fechado Pagamento dia 04/01 sem multa
01/01/2010 (sexta) Fechado Pagamento dia 04/01 sem multa
02/01 (sábado) Fechado Pagamento dia 04/01 sem multa
03/01 (domingo) Fechado Pagamento dia 04/01 sem multa
04/01 (segunda) Horário normal Pagar normalmente

Fonte: Do G1, em São Paulo

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Mercado virtual deve faturar R$ 10,5 bilhões

As atuais facilidades das compras on-line geram no setor expectativas de fechar este ano com R$ 10,5 bilhões de faturamento, 28% a mais do que em 2008. De janeiro a junho deste ano, o faturamento do setor chegou aos R$ 4,8 bilhões, um crescimento de 27% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o relatório WebShoppers Brasil, divulgado pela e-bit. O levantamento mostra ainda que 15,2 milhões de pessoas fizeram pelo menos uma compra no período, enquanto em 2008, eram 11,5 milhões.

No primeiro semestre deste ano, o ticket médio do comércio eletrônico ficou em torno de R$ 323, consequência do aumento de vendas de eletrodomésticos e artigos de informática. Em maio, a venda virtual de eletrodomésticos, após o anúncio da redução do IPI, cresceu 50% em relação a abril. Os produtos mais vendidos foram livros e assinaturas de revistas e jornais, seguidos da categoria saúde, beleza e medicamentos, informática, eletrodomésticos e eletrônicos. Foram vendidos 297 mil televisores, o que representa um faturamento de R$ 297 milhões, além de 256 mil notebooks e um faturamento de R$ 274 milhões.

No relatório também foi mostrado o nível de satisfação dos consumidores. Mais de 86% responderam que estão satisfeitos com o comércio eletrônico e apontam motivos, como credibilidade das lojas, que está aumentando, comodidade, parcelamento, variadas formas de pagamento e frete grátis. Os compradores ainda apontaram as causas para o aumento da procura por pequenas lojas virtuais. Foram relatadas as inúmeras informações de lojas e produtos em sites de busca, comparação de preços, conteúdo colaborativo e meios de pagamento.

Atrativos

Além de facilidades com cartões de crédito e boletos bancários, as lojas que vendem on-line também oferecem comodidades que se tornam atrativos para compradores. Entregas de mercadorias programadas em horário específico e embalagens personalizadas são algumas das apostas do setor. (GCN)

Fonte: Caderno Negócios Diário do Nordeste

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Carros voltam a ter financiamentos em 80 meses

Longos financiamentos voltam a ser ofertados no mercado. Entre as opções estão os prazos de 120 dias para pagar a primeira parcela e quase sete anos para quitar a dívida

As facilidades para comprar o carro novo estão de volta ao mercado. As concessionárias oferecem financiamentos de até 80 meses, com a primeira parcela para o carnaval de 2010. Mas se as condições parecem tentadoras, especialistas apontam que o cliente deve planejar o orçamento antes desse tipo de compra.

Há 20 dias o diretor da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) e da Fortal Automóveis, Raimundo Brasileiro, oferta veículos novos da Ford com financiamento em até 80 meses, sendo a primeira parcela para 120 dias. Quem optar por esse financiamento hoje quitará o veículo depois de assistir à Copa do Mundo de Futebol no Brasil e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. De acordo com Brasileiro, os longos financiamentos voltaram a aquecer o mercado.

Para o presidente do Sindicato dos Revendedores de Veículos Automotores do Estado do Ceará (Sindivel), Everton Fernandes, os prazos dos financiamentos estavam reduzidos por conta da queda de oferta de crédito, devido aos temores de reflexos da crise econômica. Fernandes acredita que os indicadores econômicos deste ano apontam para um futuro mais claro, que permitem planejamentos a longo prazo.

Mas o presidente do Sindivel alerta os clientes que planejam esse tipo de compra. "O valor da parcela não deve ultrapassar 30% do orçamento e o financiamento não deve ter um prazo maior que o tempo estimado para o uso do veículo. Sendo assim, se a ideia é manter um carro por três anos, o valor total deve ser pago em 36 meses", explica. "Se preciso, é melhor adquirir um carro usado", completa.

Fernandes lembra ainda dos custos com manutenção, que aumentam conforme o tempo de uso do carro e ainda os gastos, além da parcela do financiamento. ``O consumidor deve calcular as despesas com IPVA, renovação do seguro, trocas de pneu etc. Estes gastos também tem que entrar no planejamento antes de fechar negócio``, aconselha, ressaltando que o grande número de parcelas somado aos custos extras ode gerar inadimplência.

Mas para o diretor da Fenabrave, Raimundo Brasileiro, as vendas estão com boa aceitação e ``historicamente, não tem muita inadimplência. A classe média baixa paga bem``. Ainda assim Everton Fernandes orienta aos consumidores que não conseguirem cumprir com o pagamento que negocie com a empresa, podendo inclusive devolver o carro para amenizar a dívida.


PALAVRA

- O valor da parcela não deve ser maior que 30% do orçamento.
- Faça uma projeção de renda para os próximos meses ou anos.
- Quanto maior o período de uso do carro, mais gastos com manutenção. Considere as despesas no cálculo da parcela.
- O veículo gera custos com gasolina, IPVA, renovação de seguro, revisão, troca de pneus etc.
- Tenha garantia de que pode pagar pelo menos seis parcelas caso perca o emprego.
- Economize em outras despesas cotidianas.

Fonte: Caderno Negócios Jornal O Povo

domingo, 29 de novembro de 2009

As 10 armadilhas da gestão da inovação

É preciso gerenciar o processo de inovação para que a intenção de inovar não morra no discurso das lideranças

Por Maximiliano Carlomagno e Felipe Ost Scherer


A inovação ganhou destaque nos meios de comunicação e nos escritórios de empresários, políticos e acadêmicos como a alternativa para superar o concorrente, atender os desejos atuais e futuros dos clientes e garantir a sustentabilidade de empresas públicas e privadas.

É preciso gerenciar o processo de inovação para que a intenção de inovar não morra no discurso das lideranças. Motivados pelo charme e novidade do tema, diversos gestores têm implantado iniciativas de inovação em suas empresas. Mas cuidado! O caminho da gestão da inovação é cheio de armadilhas. Abaixo elencamos as 10 armadilhas mais comuns da Gestão da Inovação e como evitá-las:

1 - Implantar o canal de idéias e achar que estabeleceu um processo de inovação na empresa - Com a grande facilidade de utilização da intranet e internet nas empresas, muitas iniciam os programas de inovação abrindo um canal para colocação de idéias de maneira eletrônica. Passado pouco tempo, percebem que poucas idéias são adicionadas e aquelas cadastradas têm baixo potencial inovador, muitas vezes servindo de canal de reclamações de questões relativas à chefia ou à remuneração. A solução para esse erro é estabelecer um contexto fértil à inovação, que contemple práticas para as 8 dimensões que compõem o octógono da inovação: estratégia, cultura, liderança, pessoas, relacionamentos, funding, estrutura e processo.

2 - Deixar a criatividade fluir livremente - Não! Direcione, delibere os caminhos, estabeleça uma estratégia de inovação. Alguns especialistas acreditam que a criatividade e o caos são inseparáveis. No entanto, a experiência tem nos mostrado que criar direcionadores para que as pessoas na organização utilizem sua criatividade é o melhor caminho. Para isso, a empresa deve definir sua Estratégia de Inovação, estabelecendo tipos e temáticas de inovação desejadas, e comunicar aos colaboradores, criando um catalisador da criatividade e um guia para a busca de novas idéias.

3 – Pedir os números de mercado muito cedo - Esse é um erro comum das empresas que “não querem” errar! Pedir números como tamanho de mercado, fluxo de caixa descontado, taxa de retorno do investimento de uma ideia muito cedo. Essa exigência de informação antes do necessário faz com que somente as melhorias sejam aproveitadas. Projetos de maior grau de novidade e incerteza tendem a ser barrados já que muitas vezes nem a própria idéia está consolidada ou conceituada de maneira a fazer esse tipo de projeção. O resultado é o desenvolvimento de projetos com menor grau de incerteza e conseqüentemente menor potencial de geração de resultado para a empresa. A lógica é simples, e a solução também! No início deve-se trabalhar no “enriquecimento” da idéia a partir de informações qualitativas, do entendimento do benefício que a nova idéia apresenta e das alternativas concorrentes. Num segundo momento será possível realizar projeções à medida que as incertezas sobre a idéia vão sendo reduzidas.

4 – Deixar o “pai ou a mãe” da ideia fazer a gestão do projeto do começo ao fim - Para muitas pessoas, uma boa ideia é como um filho, e como todo pai ou mãe, ninguém melhor que eles mesmos para cuidar da criança. No entanto, em termos de gestão da inovação, em determinadas situações o autor de uma ideia de potencial inovador, não necessariamente é a pessoa mais adequada para fazer a mesma acontecer. Algumas pessoas podem ser muito criativas, mas pouco efetivas na condução de um projeto. Profissionais com alto conhecimento técnico carecem de visão de mercado. A solução é realizar a “polinização cruzada”, fazendo com que diferentes pessoas de dentro e até mesmo fora da empresa possam contribuir na transformação de idéias em inovações.

5 – Medir os resultados da inovação pelo ganho financeiro ou número de produtos/serviços desenvolvidos - Sem dúvida, esses são indicadores importantes para gestão da inovação na empresa, porém não devem ser os únicos. O ideal é montar um Innovation Scorecard (ISC) que, como o BSC, permite que sejam monitoradas as 4 dimensões fundamentais para a gestão da inovação: contexto para inovação, processo de inovação, tipos de inovação e também os resultados da inovação.

6 – Pedir que cada pessoa dedique um pouco do seu tempo à inovação - É a mesma coisa que pedir que ninguém se dedique de forma efetiva ao tema. Todos podem participar do processo de inovação em uma organização, porém a experiência tem mostrado que sem uma coordenação definida do processo, pouca atenção será dada à inovação. O envolvimento com a operação tende a censurar as demandas de inovação. A intenção não é excluir ninguém do processo, mas criar uma estrutura, de acordo com cada empresa, para ser responsável pela gestão do programa de inovação.

7 – Estabelecer uma verba do orçamento para inovação - A intenção é boa, mas isso não é suficiente. Sem dinheiro não ocorre inovação. No entanto, o risco desse modelo é que na busca por recursos, projetos que estejam mais longe do “core business” serão sempre preteridos em nome daqueles mais próximos daquilo que a empresa faz atualmente, já que estão “alinhados” com o negócio. A chave do sucesso para balancear as iniciativas é dividir a verba conforme os tipos e as temáticas de inovação ou mesmo um percentual para negócios fora do core business, se a empresa assim desejar.

8 – Utilizar os experimentos para acertar e verificar se iremos ganhar dinheiro com o projeto - Percebemos que as empresas realizam os projetos- pilotos com o enfoque inadequado. Se não ganham dinheiro nessa fase, entendem que é hora de cancelar o projeto. Experimentos são feitos para aprender de forma estruturada e reduzir as incertezas existentes na nova ideia. Se o projeto for realmente algo de potencial inovador, é provável que ao longo do desenvolvimento várias perguntas ainda estejam sem resposta, e o experimento é a oportunidade para tentar responder algumas delas.

9 – Trabalhar na perspectiva de quanto mais projetos melhor – Muitas empresas têm dificuldade de suspender projetos e produtos que se mostram ineficientes. Fazer a gestão do portfólio de inovação é mais do que acompanhar o número de projetos; é atuar de forma a balancear o portfólio, criando uma perspectiva de gestão de diferentes níveis de risco, investimento e prazo para poder tomar as decisões de alocação de recursos necessários.

10 – Acreditar que todas as ideias estão dentro da empresa – Ainda que os colaboradores sejam uma das principais fontes de ideias, é preciso adotar a mentalidade de “open innovation” e aproveitar o relacionamento com clientes, fornecedores, parceiros, institutos de pesquisa e, em determinados casos, até concorrentes para geração, refinamento e implementação de idéias de potencial inovador.

A inovação é uma das 3 prioridades para 80% dos executivos, segundo pesquisa recente sobre o tema. O resultado das iniciativas, no entanto, tem sido desanimador. Em torno de 60% acreditam que poderiam estar obtendo maiores e melhores resultados. Contornar estas armadilhas pode ser o começo da melhoria da produtividade da inovação na empresa.

Felipe Ost Scherer é Diretor da Innoscience, mestre em administração e professor da ESPM-RS. Maximiliano Carlomagno é Diretor da Innoscience, mestre em administração e professor de graduação e MBA do IBGEN. Ambos são autores do livro Gestão da Inovação na Prática, publicado pela Editora Atlas (www.inovacaonapratica.com.br).

sábado, 28 de novembro de 2009

Elas querem muito mais

Um estudo ouviu 12 mil mulheres nos cinco continentes (entre elas, as brasileiras) para descobrir como vivem, pensam e o que querem. Bons negócios à vista? Cerca de US$ 28 trilhões...


Por Karla Spotorno


Há muito se sabe que as mulheres são as principais decisoras nas escolhas de produtos e marcas domésticas. Um inédito levantamento mundial, que traçou um perfil do gênero em 22 países, agora contabiliza: seu poder de consumo vai aumentar em US$ 8 trilhões nos próximos cinco anos e saltar para US$ 28 trilhões. “A economia feminina terá impacto ainda maior do que o PIB conjunto dos países do Bric”, avalia Michael Silverstein, consultor sênior do Boston Consulting Group (BCG) e coordenador do estudo, ao fazer referência ao bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia e China. Por trás dessas cifras siderais há, entre outras, a previsão de que a força de trabalho feminina crescerá 20% até 2014. Pelo estudo, é possível estabelecer contrastes que emergem do retrato das brasileiras revelado pela pesquisa:

De cada 100 entrevistadas, 91 dizem que ganharão mais dinheiro em cinco anos, ante 71 da média internacional. Educação é a chave para alcançar o sucesso, segundo 87% das brasileiras – índice igualmente superior ao da média mundial (64%).

“As principais diferenças da brasileira de hoje em relação à de três ou quatro décadas atrás são a postura de vencedora e o consequente reforço da autoestima”, afirma a socióloga Clarice Herzog, que desde os anos 70 pesquisa o consumo e o comportamento feminino. “Hoje elas estudam, trabalham e cuidam da família.” As estatísticas oficiais confirmam a dramática transformação: elas formam 43% da população economicamente ativa (gente que está ocupada ou buscando emprego), já são maioria nas universidades (57%) e chefiam 35% das famílias, ou 21,3 milhões de lares, um crescimento de quase 9% em apenas um ano, de acordo com o IBGE.

>>> O preço do avanço é o estresse, como declara mais da metade das brasileiras entrevistadas, em proporção superior à média internacional (49%). “Existe aqui um ponto positivo. No passado isso vinha como lamentação. Hoje é diferente: elas não abrem mão de suas conquistas e seguem com suas multifunções”, diz Clarice.

Para Cecília Russo, sócia-diretora da Troiano Consultoria de Marca e autora de Vida de Equilibrista, a solução virá da maior flexibilidade do mercado de trabalho e da busca de equilíbrio na divisão das tarefas domésticas para amenizar a dupla jornada. Segundo o levantamento, 70% delas ainda continuam a cargo das mulheres ou de suas auxiliares. Tome como exemplo a executiva paulistana Daniela Costa, 31 anos, diretora da CA, do setor de TI, e mãe de trigêmeos de 1 ano. Ausente de casa por 11 horas diárias, ela aplica práticas de gestão empresarial na vida doméstica. Seu time reúne três babás e uma empregada, pouco menos da metade da equipe que coordena na CA. Foram recrutadas entre mais de 50 candidatas. Nas entrevistas, aplicou técnicas de seleção que usa quando tem de contratar alguém para a empresa. “Isso é importante, porque a gente percebe as contradições no discurso dos candidatos”, afirma.

Daniela criou uma espécie de manual de procedimentos e um plano de incentivos. Bem objetiva, a “Cartilha da Dani” estabelece os horários das refeições, do banho e da hora de dormir, além de tarefas rotineiras, como limpeza do uniforme, organização da casa, dos brinquedos, do quarto e das roupas das crianças. “A regra é clara para todas”, diz. Quem supera os resultados, pode receber um bônus em dinheiro ou até um aumento. “Vale a pena pagar mais se a funcionária vai além das expectativas. Sou perfeccionista. Não admito estar no trabalho pensando ou fazendo outras coisas. E não sou do tipo de mãe que liga a cada cinco minutos para saber o que o filho comeu.” Daniela ainda conta com uma grande ajuda do marido, Fábio Costa, gerente financeiro de um laboratório farmacêutico e, também em casa, encarregado do orçamento e das compras de supermercado.


sexta-feira, 27 de novembro de 2009

BID aprova linha de crédito de US$ 3 bi para pequena empresa

Recursos vão financiar investimento de pequenas e médias empresas.
Empréstimos terão prazo de 20 anos e carência de 4 anos, diz banco.


O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) aprovou nesta quinta-feira (19) uma linha de crédito de US$ 3 bilhões voltada ao financiamento das micro, pequenas e médias empresas brasileiras.

A assistência do BID incluirá fundos de contrapartida do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Brasileiro), também no valor de US$ 3 bilhões.

Segundo o BID, a meta é assegurar um fluxo estável de recursos de médio e longo prazo para financiar projetos de investimento de micro, pequenas e médias empresas, responsáveis pela geração de dois de cada três empregos no país.

"Os fundos proporcionarão liquidez para que as instituições financeiras ofereçam crédito para essas empresas expandirem, modernizarem e diversificarem sua produção", disse o banco em comunicado.

A liberação da primeira de uma série de três parcelas dessa linha, no valor de US$ 1 bilhão, foi aprovada pela diretoria executiva da instituição nesta quinta. Os empréstimos terão prazo de pagamento de 20 anos e carência de quatro anos.

Microempresas, microempresários e indivíduos poderão receber até US$ 200 mil de financiamento do programa. Pequenas e médias empresas poderão obter, respectivamente, até US$ 850 mil e US$ 3 milhões. O programa do BID dá continuidade a uma linha de crédito similar aprovada em 2004 pela instituição.

Do G1, com informações da Agência Estado

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Mais de 80 mil microempreendedores se formalizaram, diz governo

Programa está disponível para DF, SP, MG, RJ, RS, PR, SC, ES e CE.
Expectativa é de formalizar um milhão de trabalhadores até julho de 2010
.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou nesta sexta-feira (20) que o programa do microempreendedor individual já foi responsável pela formalização de mais de 80 mil trabalhadores desde que foi autorizado, em 1º de julho para o Distrito Federal e desde 24 de julho para os empreendedores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Posteriormente, foram incluídos também os estados do Espírito Santo, Ceará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O governo informa que a disponibilização da formalização no Portal do Empreendedor para os outros estados acontecerá somente em janeiro de 2010.

Responsável pelo Portal do Empreendedor, onde ocorre todo o processo de inscrição ao Programa do Empreendedor Individual, o MDIC registrou 2,29 milhões de visitas ao site. A meta é formalizar um milhão de trabalhadores até julho de 2010.

Processo de adesão

O processo de adesão é gratuito e feito pela internet. No site, o empresário individual obterá, no ato da formalização, o seu CNPJ, seu cadastro na Junta Comercial e sua inscrição no INSS. Mensalmente, o microempreendedor pagará menos de R$ 60, sendo a maior parte destinada ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A figura do microempreendedor individual foi criada pelo governo para que os trabalhadores se formalizem. É destinado ao microempresário, como doceiros, borracheiros, camelôs, manicures, cabeleireiros e eletricistas. Segundo o governo, há cerca de 11 milhões de trabalhadores na informalidade.

Ao aderirem ao programa, estes trabalhadores poderão contar com a chamada "rede de proteção social", pois sua família poderá contar com pensão por morte e auxílio-reclusão. Ao se formalizar, a trabalhadora passa a ter direito a salário-maternidade (dez contribuições). Os empreendedores também têm direito à aposentadoria por idade (180 contribuições), à aposentadoria por invalidez (12 contribuições) e ao auxílio-doença (12 contribuições).

Para se enquadrar na lei, além do faturamento anual máximo de R$ 36 mil, o empreendedor deve trabalhar sozinho ou com apenas um funcionário, ser optante do Simples Nacional, exercer atividades tipificadas de empreendedor individual e não ser titular, sócio ou administrador de outra empresa.

Os trabalhadores interessados em aderir ao Programa do Empreendedor Individual que não têm computador em casa poderão fazer a opção nas agências do Sebrae, nas empresas contábeis cadastradas no Simples Nacional e nas salas do empreendedor que estão sendo inauguradas pelo Brasil. É recomendável que o pagamento da primeira parcela seja feita somente após a confirmação da formalização pela Junta Comercial, informou o governo.

Problemas

Segundo o MDIC, o portal está disponível, embora apresente "problemas de instabilidade no sistema" em função do "grande volume de acessos simultâneos". Tais problemas podem, de acordo com o governo, ocasionar "dificuldades de concluir o registro em alguns momentos".

O Ministério do Desenvolvimento informou ainda que foi criada uma "sala de comando" do Portal do Empreendedor em 22 de otubro, mantendo num mesmo espaço físico os técnicos de todos os órgãos envolvidos.

Segundo o governo, a "sala de comando" dá "agilidade às soluções dos problemas e ao monitoramento do funcionamento do Portal". "A equipe está trabalhando para ajustar o sistema às necessidades encontradas até o momento, realizar os testes de funcionamento e otimizar sua operacionalização", acrescentou.

Fonte: Do G1, em Brasília

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Da águia à corrida ao pódio

As quatro etapas que o candidato ao posto mais alto da empresa deve transpor para chegar lá

Por Álvaro Oppermann


Tornar-se presidente é a aspiração de uma parcela significativa de executivos e executivas nas empresas. Ocorre que a sucessão corporativa é um assunto quase sempre envolto em brumas. E o que vaza na mídia muitas vezes ganha ares sensacionalistas. Mas um trabalho dos professores José Ramón Pin e Guido Stein, da Iese Business School, na Espanha, tenta desmistificar o processo – a exemplo de estudos dos especialistas em gestão Marshall Goldsmith e Ram Charan. O trabalho de Pin e Stein identifica as fases mais importantes da trajetória de um executivo e indica o que é importante saber e fazer para obter resultados.

A primeira etapa começa quando o profissional é promovido a um posto executivo. Na comparação de Pin e Stein, esse é o “estágio da águia”, uma analogia com a visão aguçada em todas as direções da ave de rapina. É durante esse período que o profissional deve ocupar estrategicamente uma posição de relevância, no que diz respeito ao futuro econômico da corporação (trocando em miúdos, geração de dinheiro novo e crescimento sustentável). No estágio da águia, quatro capacidades-chave precisam ser desenvolvidas: aprimorar-se em áreas específicas, aprender a delegar funções, discernir entre poder e influência (o profissional terá de influenciar pessoas hierarquicamente superiores) e, por fim – o que é especialmente valioso –, encontrar um mentor no alto escalão.

O segundo estágio, de acordo com o estudo, diz respeito ao desenvolvimento de competências executivas e ganhou a alcunha de “estágio da aranha” – nesse período, o profissional começa a tecer uma rede de relacionamentos internos e externos. Nestes tempos em que a hierarquia das empresas tem forma “achatada” – mais próxima a um disco de pizza do que a uma pirâmide –, saber tecer as redes é fundamental para conseguir se adaptar às mudanças na corporação, desenvolver relacionamento com clientes e atenuar conflitos. As redes de relacionamento poderosas não são construídas de interações casuais, mas sim por meio de atividades como dar palestras em eventos empresariais ou participar de comitês e forças-tarefa dentro da própria empresa.

O terceiro estágio é um prolongamento do anterior e é identificado pelo consultor Ram Charan, em um artigo sobre o mesmo assunto, ao louva-a-deus, o símbolo do equilíbrio. É a fase da consolidação. Nessa etapa, o executivo pula de uma posição de responsabilidade para outra. “O candidato pode começar gerindo um único produto, depois um segmento de consumo, para depois pilotar diversas linhas de produtos, uma unidade de negócios ou uma divisão”, escreve Charan.

Estágio da águia, da aranha e do louva-a-deus. A luta até
o topo se parece um pouco com o kung fu

É nessa fase, alertam Pin e Stein, que o plano do aspirante a CEO pode soçobrar, dependendo de uma série de fatores, da personalidade pessoal do executivo aos resultados profissionais. Para vencer esse período, “é crítico que o candidato mantenha a confiança e o apoio do atual presidente”, diz Goldsmith. Parece óbvio, mas não é. Como exemplo, ele lembra a história de um candidato potencial que teve a infeliz ideia de escrever e-mails jocosos sobre o presidente. Os e-mails acabaram inadvertidamente na caixa de mensagens do CEO, e o fim da história não precisa ser contado.

A quarta e última etapa é, enfim, a da seleção. O processo pode tomar a forma de uma “corrida de cavalos”, na qual vários candidatos disputam o cargo, ou uma “corrida de revezamento”, em que existe apenas um candidato, que é preparado para o cargo e “recebe o bastão”. Nessa etapa, os candidatos são altamente qualificados, e a decisão final depende da opinião de vários grupos – do atual CEO, dos subordinados diretos da presidência, do conselho, dos acionistas e até mesmo dos analistas de mercado e consumidores.

Porém, lembra Goldsmith, nem sempre a escolha do novo CEO segue critérios puramente objetivos. Em 1978, Lee Iacocca, tido pelos observadores de Detroit como o mais bem preparado candidato à presidência da Ford, acabou demitido da empresa sem cerimônia. “Às vezes, você simplesmente não gosta de alguém”, justificou então Henry Ford II. Ou seja, mesmo o sucesso nas etapas anteriores não garante que o sonho se realize.

Marshall Goldsmith – Considerado um dos mais respeitados especialistas em coaching para líderes nos EUA, ele também é autor de vários best-sellers, inclusive no Brasil, como Reinventando o Seu Próprio Sucesso e Coaching: o Exercício da Liderança

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Os principais desafios do empreendedorismo

Inovação, negócios sustentáveis e políticas públicas foram os temas que marcaram o início da Semana Global de Empreendedorismo, que aconteceu até o dia 22 de novembro, e reuniu cerca de 4 milhões de pessoas em todo o país em workshops e outras atividades sobre o tema

"Se Bill Gates estivesse aqui, ele ainda estaria na garagem”. A frase de Fernando Dolabela, consultor e professor da Fundação Dom Cabral, ilustra as dificuldades que os empreendedores brasileiros enfrentam. Entre elas: a carência mais políticas públicas específicas, a capacidade de inovar e a preocupação em criar uma empresa sustentável.

Estes foram alguns dos pontos levantados na abertura da segunda edição da Semana Global do Empreendedorismo, evento que acontece em 90 países durante sete dias para debater o tema.

O professor Fernando Dolabela, da Fundação Dom Cabral, afirmou ainda que a burocracia para abrir ou fechar uma empresa, a falta de investimento em inovação e as altas taxas de impostos fazem com que muitos desistam de seus negócios no meio do camnho. E isso, segundo ele, acaba influenciando outras gerações. “O que vemos na universidade são estudantes querendo prestar concurso público. É preciso gerar condições para que esses jovens desejem ser donos do próprio negócio”, afirma.

Já Paulo Okamotto, presidente do Sebrae Nacional, entidade de apoio às micro e pequenas empresas, é mais otimista. Para ele, o momento é bom para os novos negócios. Isso porque o Brasil está no radar de grandes corporações mundiais, o que pode gerar oportunidades aos empreendedores. “Falávamos que o Brasil era o país do futuro. O futuro já chegou e temos condições para superar as dificuldades”, afirmou Okamotto.

Rodrigo Teles, presidente do Instituto Endeavor, entidade sem fins lucrativos que promove o empreendedorismo, concorda com Okamatto. “O que vemos é que há um crescimento no Brasil de empreendedores por oportunidade e não só por conveniência. Acredito que o fato de o país ter reagido tão bem diante da crise econômica, faz com que a cultura empreendedora ganhe força, mesmo diante dos percalços”.

Teles justifica o crescimento do interesse pelo empreendedorismo com aumento do número de participantes na Semana Global. Na sua primeira edição, em 2008, cerca de 1,4 milhão de pessoas participaram das atividades em todos os estados brasileiros. Para este ano, cerca de 4 milhões são esperadas. “São pessoas que geram ideias e transformam oportunidades em grandes negócios”.

Os dados divulgados em 2008 pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que mede as taxas de empreendedorismo mundial, reforçam a tese de Teles. O Brasil é o terceiro país mais empreendedor entre os integrantes do G-20, grupo das 20 maiores economias do mundo, com uma pontuação de 12,02% no índice médio de empreendedores, atrás apenas da Argentina (16,5%) e do México (13,1%). De acordo com o ranking, são 3,82 milhões de indivíduos empreendedores no Brasil, com idade entre 18 e 24 anos.

Dessa parcela de brasileiros, 68% empreendem por oportunidade e 32% por necessidade – para cada brasileiro que empreende por necessidade, há dois que o fazem por oportunidade.

Negócios sustentáveis
Os debatedores ressaltaram a importância de criar um negócio sustentável. Segundo especialistas, não se pode abrir empresas e depois não ter como mantê-las. “É preciso pensar na perenidade de seus empreendimentos. E como fazer isso? A melhor maneira é adaptar-se ao cenário econômico,” afirma Ricardo Guimarães, presidente da Thymus Branding, consultoria de identidade de marca. “Sustentabilidade não pode ser uma bandeira de um grupo só e também não é só ligada ao meio ambiente."

Guimarães reforça que para ter um negócio sustentável é importante a colaboração entre os diferentes departamentos. Além disso, é preciso mudar o conceito de empresa. “As pessoas não são uma máquina, o fornecedor não é custo e consumidor é quem opina e pode colaborar com o produto. Isso precisa fazer parte das empresas nos dias de hoje”.

Por Viviane Maia

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sistema tributário não estimula empreendedorismo

Incertezas e mudanças constantes na cobrança de impostos atrapalham a criação de novos negócios

O sistema tributário brasileiro não estimula o empreendedorismo. Essa é a maior crítica feita por empresários e tributaristas no evento “Desafios Para Quem Gera Empregos”, promovido pela CNI (Confederação Nacional das Indústrias), nesta quinta-feira (19/11), que faz parte da Semana Global de Empreendedorismo.

Além de a carga tributária ser muito alta, a burocracia para cumprir todas as obrigações é muito grande e toma muito o tempo dos empresários. Estudo do Banco Mundial aponta isto ao afirmar que no Brasil são necessárias 2600 horas por ano para cumprir todas as normas e regras exigidas pelo sistema tributário, enquanto a média dos países desenvolvidos é de 120 horas. No ranking de facilidade para pagamento de impostos, o Brasil ocupa a 137ª posição entre 181 países.

Para os representantes da indústria, os empreendedores também são prejudicados pela falta de segurança em relação às políticas tributárias. “O ambiente atual no Brasil não facilita o empreendedorismo. O país não oferece ferramentas para que novos negócios prosperem”, afirma Evandro Guimarães, vice-presidente de relações institucionais das Organizações Globo, que participou da abertura do seminário da CNI.

Para Guimarães, a falta de segurança e de clareza em relação às regras impostas pelo governo prejudica o surgimento de novos negócios. Novas regras e diferentes alíquotas são aprovadas todos os dias. Com tantas mudanças, o empresário que abre seu negócio hoje não consegue prever o quanto pagará de impostos no final do ano que vem. “O brasileiro tem um potencial empreendedor, mas as incertezas muitas vezes levam os grandes talentos para a economia informal”, afirma Robson Braga de Andrade, vice-presidente da CNI.

O potencial empreendedor do brasileiro citado por Andrade é o primeiro passo, mas ainda não garante a criação de novos negócios. “Precisamos criar um ambiente capaz de transformar as ideias e as intenções em ações práticas”, diz Juliano Seabra, representante do Instituto Empreender Endeavor. Citando um estudo da OCDE, Seabra afirma que são necessários seis pontos determinantes para que a ação empreendedora dê certo: cultura, educação, inovação, acesso a capital, ambiente regulatório e condição de mercado.

O Brasil ainda não tem todos esses pontos, mas eventos como a Semana Global de Empreendedorismo, diz Seabra, têm o objetivo de estimular mudanças para tornar o país um solo fértil para o crescimento de novos negócios.

Por Silvia Balieiro

domingo, 22 de novembro de 2009

Banco Central vai selecionar 500 para compor quadro de servidores

Os concurseiros tiveram que esperar mais de quatro anos até que o BC abrisse o processo de seleção de novos servidores

O Banco Central lançou os editais para seleção de analistas e técnicos. As inscrições estarão abertas de 26 de novembro a 16 de dezembro. Os concurseiros tiveram que esperar mais de quatro anos até que o BC abrisse o processo de seleção de novos servidores.

Com sérios problemas de pessoal - cerca de 2 mil funcionários vão se aposentar até 2012 -, o órgão tem pressa em realizar a seleção e corre contra o relógio para poder nomear os aprovados até julho, quando a lei eleitoral passa a impedir o procedimento.

As 500 vagas, autorizadas em julho pelo Ministério do Planejamento, serão insuficientes para completar o quadro e o BC pretende chamar 50% mais aprovados, como permite a lei. São 350 vagas para analistas e 150 para técnicos.

Ao contrário do que ocorreu nos demais editais, as vagas não foram distribuídas por região, criando, assim, um banco único de aprovados.
A divisão para cada uma das regionais do banco só será conhecida no edital de convocação para o curso de formação, segunda etapa do
concurso.

A remuneração é um dos grandes atrativos do concurso: os analistas receberão R$ 12.413,65 e os técnicos, R$ 4.896,25. A partir de 1º de julho, esses valores passam para R$ 12.960,77 e R$ 4.917,28, respectivamente, por conta da última parcela do reajuste programado aos servidores federais.

A carreira não exige formação específica para analistas, apenas que seja de nível superior e, para os técnicos, a formação exigida é o ensino fundamental completo.

Analistas têm a função dividida em nas seguintes áreas: informática (50), economia (50), fiscalização (120), administração/comunicação (60), infraestrutura/auditoria (40) e processos (40). Os técnicos terão que escolher entre a área administrativa (75) e de segurança institucional (75).

O economista Charles Dias, 38 anos, esperava ansioso pela realização do concurso do BC. Há dois anos, ele trocou a agitação de São Paulo e 12 anos de atividade na iniciativa privada pela tranquilidade da casa dos pais em Pouso Alegre (MG) para se preparar para concursos públicos.

Na sua visão, houve pequenas mudanças no edital de agora em comparação ao do último concurso, de 2005. Ele acredita que o perfil dos candidatos fará toda a diferença. "As provas tendem a ser mais complicadas. Os concurseiros estão muito mais bem preparados do que há quatro anos. E é isso que fará toda diferença", avaliou.

A inscrição pode ser feita pelo site www.cesgranrio.org.br e custará R$ 50 e R$ 110, dependendo do cargo. As provas serão aplicadas no dia 31 de janeiro - no período matutino para técnicos e no verspertino para analistas - em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Porto Alegre, Belém, Belo Horizonte, Curitiba e Salvador.

Os aprovados na primeira etapa, passarão por avaliação de títulos e sindicância de vida pregressa antes de serem matriculados
no curso de formação, que terá duração mínima de 120 horas. O resultado das provas será conhecido em abril, no caso dos técnicos, e
em maio, no caso dos analistas.

Fonte: Caderno Negócios Jornal O Povo.