domingo, 12 de julho de 2009

Saiba quando fechar a boca

Falar demais pode ser um pecado maior do que a timidez. Conheça cinco situações em que é melhor não dizer nada

Profissionais em todo o mundo sofrem com a timidez. Contudo, é no problema oposto – falar em excesso – que residem os efeitos mais danosos à carreira. É o que afirma a escritora de negócios Tamara “Tammy” Erickson, autora do badalado Plugged In. Tammy elencou, num artigo recente, as cinco situações em que é mais conveniente ficar de boca fechada:

Evite excesso de explicações_ O excesso de explicação, segundo ela, é um veneno, especialmente perigoso às equipes de venda. “Depois que o cliente já manifestou que vai comprar o produto, não perca tempo descrevendo mais um de seus itens ou benefícios.” A informação, quando em excesso, gera confusão e irritação. O princípio vale para a conduta do profissional no escritório. Seja sucinto, aconselha ela. Quando alguém perguntar no corredor “como vai você?”, não dê uma folha corrida de sua vida.

Sem desculpas na hora errada_O profissional deve estar sempre bem preparado. Porém, se acontecer o infortúnio de não estar, deve evitar as desculpas. Além de inócuas (não melhorarão o desempenho), elas o deixarão sob uma luz desfavorável frente aos colegas. “Começar uma reunião avisando a todos que você não teve tempo de se preparar adequadamente soa a insolência, desrespeito e desleixo”, diz Tammy. Também gera animosidade. “Lembre-se que, provavelmente, o colega da cadeira ao lado ficou até as 2 da manhã se preparando para a reunião.”

Não faça perguntas tolas_Elas mostrarão – de modo cristalino e pungente – o seu desconhecimento do assunto e despreparo. Esta é a dica mais capciosa da lista. Afinal, se você não domina um assunto, como vai saber se a sua pergunta é inteligente ou não? A saída é a discrição e a cautela, de acordo com a autora. Uma coisa é certa: evite dar espetáculos de pretensa erudição sobre assuntos que não domine. É uma receita certa para o desastre.

Não banque o engraçadinho_As piadas em ambiente de trabalho são uma perigosa via de mão dupla. O bom humor, quando dosado, é uma excelente ferramenta para tornar o profissional benquisto, quebrar o gelo e desfazer hostilidades. Contudo, não arrisque muito e saiba usá-lo. Ninguém gosta de engraçadinhos.

Evite o óbvio_É o caso da enfermeira que, antes de dar a injeção, avisa que “a agulha está esterilizada”. O reforço de um pressuposto pode ter efeito contrário: manchar uma reputação. Imagine um contador que avisa aos clientes de que não os está enganando. Foi uma situação assim, aliás, que inspirou Tammy a escrever sobre o bico calado. Durante um voo, o comandante, depois de informar sobre a previsão de chegada para dali a uma hora, fez um acréscimo: “Não se preocupem, temos combustível para chegar”. Felizmente, o aviso passou despercebido à maioria, mas não foi exatamente tranquilizador.
Por: Época NEGÓCIOS

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