sábado, 18 de julho de 2009

Do pessimismo carrancudo ao otimismo moderado

Toda mídia destaca que o Brasil está deixando a recessão para trás. A Reuters chega a proclamar a nova era dos juros baixos no país. E a GM anuncia um investimento de US$ 1 bilhão no mercado nacional.

Impulsionada por rumores de que a Vale fechou acordo com compradores chineses para vender minério com descontos menores que os previstos e por uma nova onda de otimismo nos EUA, a Bovespa avançou 4,96% nesta quarta-feira. As ações da mineradora subiram 8%.

Para um mês que começou tão nebuloso, com a fuga de capitais estrangeiros, poderia ser pior.

Só não dá para sustentar uma substituição maior do pessimismo carrancudo por um otimismo moderado porque ainda está havendo perda de renda no país. O emprego industrial caiu pelo nono mês consecutivo em São Paulo. A retomada da produção em alguns segmentos não é acompanhada por contratações. E alguns analistas veem uma recuperação lenta no cenário. Dos 22 segmentos industriais pesquisados pela Fiesp, 14 mais demitiram do que contrataram em junho. Isso resultou em queda de 0,42% no nível de emprego.

É difícil parar este movimento de retração. Há apenas uma safra lenta de contratações em alguns setores. Em muitos casos, com queda de qualidade dos empregos oferecidos.

Por outro lado, o cenário externo melhorou. A economia chinesa, atenção, cresceu 7,9% no segundo trimestre. Um avanço e tanto, já que a expansão de janeiro a março havia sido de 6,1%. E a Bolsa de Nova York subiu 5,8% em três dias.

Por: Alexandre Teixeira - Época Negócios

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