sexta-feira, 31 de julho de 2009

Renovação de Talentos, a Lição a Aprender com Bernardinho


Nossos líderes precisam se inspirar mais no exemplo de Bernardinho, o técnico da nossa seleção masculina de vôlei que está demonstrando o que significa renovar talentos e cultivar sucessores e substitutos em uma equipe: começou há pouco tempo a formar uma nova geração de jogadores, caras novas com a camisa canarinha. E o time por ele liderado acaba de ganhar o campeonato da Liga Mundial, em Budapeste, culminando uma campanha de alta performance este ano. A maioria das empresas têm tido enorme dificuldade em conduzir programas de sucessão e de contar com substitutos em todos os níveis. O problema vem a tona toda vez que o fundador de alguma empresa desaparece de forma inesperada ou quando algum executivo fica impossibilitado de exercer suas funções ou simplesmente é afastado.

Tenho me defrontado com inúmeras situações nas quais, ao ajudar clientes a definirem o rumo futuro com uma estratégia de crescimento agressivo, os principais dirigentes das empresas se defrontam com o incômodo desafio: não ter gente qualificada para executar a estratégia de forma coerente com o crescimento planejado.

Os profissionais de RH sofrem com isso e ao serem cobrados, tentam convencer os executivos a definir seus sucessores e substitutos. Criam o “Banco de Talentos” ou os tradicionais programas de trainees e dos chamados “High Potentials”. Mas na hora da verdade fica claro que nem sempre esses talentos são aceitos pelos dirigentes como realmente potenciais a quem se deve dar oportunidade. E a maioria parte para contratar os substitutos no mercado, fora dos quadros da empresa. Como se esses programas fossem mais da área de RH do que algo validado pelos dirigentes da empresa.

Mas a maioria dos profissionais de RH nem servem como exemplo porque sequer tomam o remédio que prescrevem. Em recente evento com cerca de 300 deles, perguntei quantos já tinham identificado claramente seus sucessores para serem os futuros Diretores de RH em suas empresas. Quase a metade levantou a mão. Aí questionei: “E quantos de vocês que levantaram as mãos já conseguiram aprovar e legitimizar, com os outros dirigentes da empresa, esse sucessor que vocês identificaram?”. Apenas uns 10% continuaram com as mãos levantadas…

Faça seu comentário aqui: na sua empresa, existe um programa de substitutos e de sucessão claramente definido?

Por: César Souza

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