quinta-feira, 30 de julho de 2009

Bancos públicos ampliam empréstimos em 11% no semestre

Como representam a maioria no sistema, os bancos privados detêm a maior parcela do crédito ofertado, com participação de 41,6% em junho

BRASÍLIA - O Banco Central (BC) destacou hoje que a atuação dos bancos oficiais, no período de crise, foi mesmo importante para restabelecer a oferta de crédito interno a pessoas físicas e empresas. A fatia das instituições financeiras públicas no crédito global subiu de 34,5% em junho de 2008, antes do acirramento da crise, para 38,6% ao fim do primeiro semestre deste ano.

Como representam a maioria no sistema, os bancos privados detêm a maior parcela do crédito ofertado, com participação de 41,6% em junho. Mas a fatia caiu em relação a um ano antes, quando detinham 44,1%. Os bancos estrangeiros, por sua vez, registraram participação de 19,8% no estoque total de R$ 1,278 trilhão em crédito no Brasil.

Ainda segundo o BC, o saldo das carteiras de crédito dos bancos públicos cresceu 10,9% no primeiro semestre de 2009, enquanto os empréstimos dos bancos privados tiveram alta de apenas 1,4%. Entre os estrangeiros, houve retração de 1,9% na primeira metade deste ano.

Essa combinação gerou um crescimento de 4,2% no estoque de crédito do sistema financeiro como um todo no primeiro semestre.

Na avaliação do chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Altamir Lopes, o crédito mantém crescimento "moderado" no ano, a despeito de ser um ano de crise. Sua previsão é de que o estoque de crédito chegará a 45% do Produto Interno Bruto (PIB) ao fim de 2009. Em junho, atingiu 43,7% do PIB.

Dados parciais para julho, até o dia 16, mostram que o crédito geral crescia 0,2%, sendo alta de 0,8% para pessoas físicas e de 0,2% para empresas (considerando o crédito livre).

Também para os 12 primeiros dias úteis deste mês, a pesquisa do BC apontava recuo na taxa geral de juros para 36,2%, depois de ter fechado em junho em 36,7% ao ano. O custo médio das linhas a pessoas físicas ficou estável em 45,6%. A taxa para empresas recuava 0,6 ponto, para 26,8% anuais. Já o spread (diferença entre custos de captação e de aplicação) geral descia de 27,2% para 26,9% ao ano.

Por: Azelma Rodrigues Valor Online

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