sexta-feira, 3 de julho de 2009

Enquanto uns Choram, Outros Vendem Lenços!

No momento da maior crise de todos os tempos no mundo da indústria automotiva, pelo menos uma montadora está se expandindo e pretende sair fortalecida: a FIAT que sob a liderança de Sergio Marchione está se tornando, com a aquisição do comando da Chrysler, na sexta maior empresa do setor – atrás da Toyota, GM, Volkswagen, Renault-Nissan e Ford. Todas estão enfrentando desafios gigantescos, com destaques preocupantes para a nipo-francesa e a combalida GM.

A liderança da Fiat nos negócios da Chrysler vai produzir uma virada e tanto na tradicional montadora americana em pelo menos dois aspectos: (I) tecnologia para fabricação de carros menores e mais eficientes e (II) na penetração no mercado da América Latina, onde a empresa americana vendeu no ano passado apenas pouco mais de 12 mil veículos.

Meu vizinho no condomínio onde moro estava bastante preocupado hoje pela manhã. Ele é proprietário de um grande utilitário esportivo da Chrysler, um modelo importado – já que a marca não possui nenhuma fábrica no Brasil. Ele adquiriu esse tradicional gosto americano pelos grandes veículos durante o período que residiu na Califórnia. No elevador, me perguntou se eu achava que a Fiat iria ou não manter os poucos 32 pontos de venda que a Chrysler possui no Brasil, o que garantiria a assistência técnica à qual estava acostumado. Afinal – disse-me ele: “a gente compra hoje um carro não é só pelo produto, mas pela qualidade dos serviços que espera receber”.

A estratégia de Marchione é bastante ousada. Desde 2004 ele já montou cerca de 30 associações em vários países do mundo como na Rússia, na Índia, na China — só nesse país a nova fábrica que será construída em parceria com o Guangzhou Group pretende produzir 140 mil veículos por ano.

Você acha que Marchione está certo em expandir a FIAT na hora da crise ou ele deveria ser mais cauteloso e esperar a poeira passar? E no futuro, terá ainda lugar o sonho americano das grandes pick ups, utilitários e automóveis grandes?

Por: César Souza - Blog do Líder

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