sábado, 6 de fevereiro de 2010

Sociedade entre amigos. Isso dá certo?

Desde o começo os parceiros devem saber aonde querem chegar.

Será possível criar uma empresa de sucesso com aquele amigão de infância ou colega de classe? É obvio que ninguém firmaria uma parceria com um desconhecido ou até um inimigo, mas a afinidade no campo pessoal não basta para que a parceria dê certo.

Ter competências complementares é um bom começo. "Mesmo que os sócios tenham a mesma formação técnica, é recomendável que ocupem funções distintas dentro do negócio", diz o consultor Rogério Tsukamoto, da FGV-SP. A empresa Plenodonto, de assistência odontológica, de São Paulo, por exemplo, tem no comando dois dentistas amigos, João Bosco Muniz Simon, que é o responsável pela administração e pelas visitas às empresas clientes, e Eduardo Rodrigues Ferreira Marques, que atende pacientes e percorre os consultórios da rede para inspecionar os serviços. Eles afirmam que a divisão do trabalho é um dos elementos de sucesso do negócio, criado em 1996.

Mas as ambições têm de ser semelhantes. São comuns os casos em que quando começa a entrar dinheiro na empresa, um dos donos quer reaplicar no negócio e outro só pensa no carro novo e na casa de praia. É preciso que, desde o começo, os parceiros saibam aonde querem chegar.

Mais dinheiro em caixa
Com uma receita maior, as possibilidades de desentendimento entre os sócios aumentam. Por isso, tanto os investimentos como as retiradas mensais dos donos da Penodonto seguem regras bem definidas, de acordo com empresários. É um cuidado importantíssimo, na opinião do consultor da FGV-SP.

Contratação de parentes
Mesmo que as finanças estejam indo bem e a empresa em expansão, nada de contratar aquele sobrinho ou cunhado desempregado. "Se admito um parente que não dá o resultado esperado, meu sócio terá dificuldade em demiti-lo e isso é ruim", afirma Simon.

Transparência
O diálogo e a sinceridade entre as partes são básicos para evitar problemas. Mesmo assim, é importante que haja um contrato social bem claro para evitar dores de cabeça no futuro, na opinião de Tsukamoto. "Se um sócio morrer, quem vai sucedê-lo? Um filho ou a esposa? Ou o outro sócio pode comprar a sua parte?", diz. "É preciso pensar nessas coisas enquanto tudo vai bem e o negócio ainda está no começo. Depois fica difícil ou até impossível."

Da Redação (PEGN On line)

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