segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Proposta prevê redução de jornada

Representantes dos empresários disseram ao presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), serem contrários redução da jornada de trabalho das atuais 44 horas para 40 horas semanais como prevê proposta de emenda Constituição (PEC), em tramitação na Casa. As centrais sindicais, por sua vez, ameaçam fazer greve em todo País para pressionar a aprovação da medida no Congresso.

Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro Netto (PTB-PE)), aprovar a proposta nesse ano é eleitoreiro. Segundo Monteiro Netto, a crise que o Brasil passou no ano passado não permite que a indústria assuma mais gastos para produzir com a redução da carga horária, calculada em torno de 2%. Ele acredita que essa redução da jornada de trabalho causará um impacto forte no setor, que poderá gerar desemprego.

Para Monteiro Netto, essa proposta precisa ser melhor debatida e não pode ser uma regra geral para todo o País, tem que ser levado em conta as diferenças regionais. Segundo ele, muitas indústrias, na prática, já adotam uma carga horária menor, mas tornar a medida obrigatória seria drástico para a indústria.

O vice-presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Roberto Della Manna diz que os empresários não podem aceitar a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. ``Não há possibilidade nem mesmo de haver uma redução gradativa, a cada ano``, disse o dirigente da Fiesp.

Greve
As centrais sindicais, por sua vez, aumentam a pressão e ameaçam fazer greves em todo o País para forçar a Câmara dos Deputados a aprovar a PEC.

Os representantes dos trabalhadores dizem que estão dispostos até a negociar uma forma gradativa para reduzir a jornada para 40 horas. Como muitos parlamentares, eles avaliam que, se a proposta for ao plenário, não haverá dificuldades em ser aprovada, já que ninguém quer ter o desgaste político de ficar contra a medida em um ano de eleição.

Temer disse que vai continuar negociado com os dois lados busca de um entendimento que viabilize a votação da PEC. ``Temos que ouvir os dois lados``.

Fonte: Jornal O Povo

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