segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Como construir seu patrimônio

PLANEJANDO DÁ

Os economistas dizem que, independentemente do salário, dá para se aposentar com a renda compatível com a ativa

Se você tem 30 anos de idade, quer se aposentar aos 55, manter o mesmo padrão de vida que tem hoje até os 90 anos e não tem nenhum centavo guardado ou investido, não precisa entrar em desespero, basta, a partir do próximo salário recebido, separar 10% - nunca menos que isso - e guardar em uma poupança ou fundo de previdência. Os economistas garantem que independentemente do salário que você receba, se cumprir esse planejamento terá reserva suficiente para garantir, na velhice, o mesmo patamar salarial que tinha enquanto na ativa.

Aos mais conservadores, o conselho é iniciar guardando dinheiro em um poupança. Quando o bolo financeiro já estiver maior, o investir pode optar por colocar uma parte em Certificados de Depósito Bancário (CDB), que, em números de hoje dará um retorno em torno de 0,8%. Outra alternativa, aplicar em um fundo de previdência privada. Para este, deve-se considerar uma ressalva importante. "É um investimento de longuíssimo prazo e não deve ser feito pensando em saques antecipados, uma vez que as perdas decorrentes dessa antecipação são grandes demais", aconselha o economista Alex Araújo.

Na teoria tudo é muito fácil, na prática, a maioria das pessoas, ao elaborar um orçamento acaba percebendo que gasta mais do que ganha. "Esse é o primeiro passo para começar a rever sua vida financeira", aconselha o economista. A ação incial, segundo ele, é listar os compromissos que a pessoa ou família possui. A ideia é elaborar um orçamento, dimensionar custos e comparar com as receitas. "Mas não se sabote, liste todos os custos, por menores que sejam", aconselha Araújo.

Após essa avaliação, deve-se conferir o que é essencial e, caso seja necessário, descartar o que for supérfluo. Feito isso, é só incluir um investimento ou poupança como algo corriqueiro no orçamento. Planejar ajuda a evitar erros, como a falta de recursos numa situação de emergência ou evita que se contratem dívidas além do necessário.

Uma vez que você adquire o hábito de juntar para o futuro, pode começar a pensar nas várias possibilidades de investimento: a mais simples é a poupança, que oferece o risco mais baixo, mas também o retorno menor (em torno de 0,6% ao mês). "É indicada para o investidor com perfil super conservador ", explica. Para os que fazem parte desse grupo, mas ousam dar pequenos voos, o conselho é investir em um CDB, que é aceito tanto por bancos como por financeiras e tem um retorno em torno de 0,85% ao mês.

Uma terceira alternativa são os fundos de investimentos. Há os tipos conservadores - os títulos públicos e os CDBs - e os mais agressivos que mesclam com investimentos em ações e outros títulos mais arriscados como commodities, derivativos e moedas. Há ainda os investimentos não financeiros como adquirir imóveis (conservador) ou abrir seu próprio negócio (arriscado). "Mas não deixam de ser uma alternativa à poupança".

Fonte: Caderno Negócios Diário do Nordeste

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei esse texto... foi muito inspirador e vou tentar coloca-lo em prática... sei que vai exigir muita disciplina mas acho que se a receita estiver correta não vou me arrepender!