Hoje, o consumidor entra numa loja de departamento e pode sair com dinheiro na mão. Facilidade ou armadilha?
Os consumidores brasileiros estão acostumados com linhas de crédito vigorosas, prazos cada vez mais longos na hora das compras e facilidade de obter financiamento até na loja de magazine. Mas, será que eles entendem até que ponto a facilidade de crédito traz benefícios? Geralmente, não. O resultado disto pode ser comprovado pela alta inadimplência, reflexo do consumo inconsciente. Essa realidade não é apenas prejudicial para quem compra, mas também para todas as instituições envolvidas neste processo. Até o crescimento econômico do País acaba sendo comprometido.
Embora longe do estouro de uma "bolha" de crédito como aconteceu nos Estados Unidos com o subprime - as operações de financiamento no País chegam perto de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional -, as facilidades e seduções do crédito podem causar estragos.
"A economia norte-americana foi apoiada no amplo crescimento da oferta de crédito desde 1950. O crédito é uma experiência ainda muito recente no Brasil. Os bancos por aqui não emprestavam dinheiro por conta da inflação alta", compara o economista Alex Araújo, superintendente da Federação do Comércio do Ceará (Fecomércio). De acordo com Araújo, o País vive uma fase de expansão do crédito, principalmente o bancário. "Até as lojas que financiam clientes têm origem no próprio financiamento bancário", explica. Ele cita dados do Banco Central (BC), dando conta de que, em maio último, o volume de crédito contratado no Brasil atingiu R$ 1,260 trilhão. "Este valor é inflacionado por que dentro estão os repasses dos bancos oficiais", lembra. Mas, a carteira de crédito à pessoa física, ressalta ele, apresenta crescimento de 20% se comparada a 2008.Araújo destaca que o volume de crédito no País cresceu 40% em 2008.
Este ano, a projeção é de que fique em 20%. "O endividamento aqui tem crescido mas não é problema. O bom uso do crédito, sim, ainda é um desafio ao consumidor". Muitas empresas já perceberam essa dinâmica e, por isso, adotaram iniciativas para orientar seus clientes quanto ao consumo de crédito e a cultura do planejamento. Para o especialista internacional em relações de consumo e publisher da Consumidor Moderno, Roberto Meir, a consciência educacional para o uso do crédito deve ser amplamente discutida.
Álvaro Musa, sócio-diretor da Partner Conhecimento, também descarta uma possível "bolha" no crédito no País. "O Brasil deve continuar com o crescimento vertiginoso que vem apresentando nos últimos anos", disse. Hoje, o volume de dinheiro (depósitos em bancos, bolsa de valores e etc) em circulação no mundo chega a US$ 130 trilhões. "Para evitar crises como a do subprime esse dinheiro deve circular de forma saudável, com educação financeira".
Freitas Cordeiro, presidente da CDL, concorda que o Brasil não corre risco de explosão da inadimplência por conta do crescimento do crédito. "O comércio hoje trabalha com financeiras e de fato o crédito à pessoa física ainda não está na sua plenitude. Ele aumentou 3,5% e tudo indica que vai chegar ao fim do ano tenha recuperado 5%", comenta.
Aos que esperam índices mais animadores no que diz respeito à oferta de crédito, o ex-ministro da Fazenda e sócio da consultoria Tendências, Maílson da Nóbrega, faz um alerta: "O Brasil ainda está engatinhando neste setor e ainda há muito por fazer". Para ele, quando se fala em crédito e perspectivas na economia brasileira, toda cautela é necessária. "Existem temores de ocorrer uma aceleração inflacionária, decorrente do crescimento da demanda interna, aquecida pelo aumento da renda e do crédito", diz.
Por: SAMIRA DE CASTRO
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Um em cada três usuários tem dívidas
Um em cada três usuários de cartões de crédito está inadimplente a mais de 90 dias, conforme dados divulgados pelo Banco Central. Os consumidores acabaram embarcando em promoções que anunciam pagamento em “10 vezes juros”, além de se empolgarem nas compras de Natal, férias e Carnaval. “As contas acumuladas no cartão ficam sem pagamento”, comenta José Geraldo Tardin, presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações deConsumo(Ibedec).
A procura sobre o assunto no Ibedec cresceu 40% este ano. “Hoje as administradoras estão facilitando bastante a emissão dos cartões e a concessão de limites, que é feita com base na fatura paga do mês anterior de um outro cartão. Assim,oconsumidor faz a “comprovação de renda” necessária para conseguir cartões de outras administradoras, obtendo um limite de crédito somado em todos eles, várias vezes superiores a sua capacidade de pagamento”.
Para Tardin, esta conduta irresponsável por parte das administradoras, somada a sede consumista das classes média e baixa estimuladas pelo governo, levou ao quadro desesperador do endividamento. A dívida no cartão de crédito é a que cobra os maiores juros do mercado brasileiro, chegando a 12% ao mês. Somados à multa, juros por atraso e cobrança indevida de comissão de permanência, a conta pode passar dos 15% ao mêssobre as parcelas vencidas e não pagas.“Emummêsoconsumidor é cobrado em taxas de juros equivalentes a 18 meses de rendimento da poupança”.O próprio Banco Central, reforça Tardin, divulgou recentemente um estudo sobre a indústria de cartão de crédito no Brasil, em que conclui que o setor não tem repassado aos clientes as reduções de custo obtidas com ganhos de escala e estuda medidas para diminuir os juros ao consumidor. “E ainda existem administradoras de cartões que estabelecem uma cláusula onde o cliente confere uma procuração para esta administradora buscar empréstimos nomercado para cobrir o valor não pago da fatura no vencimento”, diz. Este dispositivo é conhecido como “cláusula-mandato” e exigiria da administradora uma postura de buscar o empréstimo com as melhores taxas para o cliente.
Porém, na prática, elas são sempre vinculadas a algumbanco e não se preocupam em buscar taxas menores para os clientes, onerando ainda mais o consumidor.
Por Samira Castro
A procura sobre o assunto no Ibedec cresceu 40% este ano. “Hoje as administradoras estão facilitando bastante a emissão dos cartões e a concessão de limites, que é feita com base na fatura paga do mês anterior de um outro cartão. Assim,oconsumidor faz a “comprovação de renda” necessária para conseguir cartões de outras administradoras, obtendo um limite de crédito somado em todos eles, várias vezes superiores a sua capacidade de pagamento”.
Para Tardin, esta conduta irresponsável por parte das administradoras, somada a sede consumista das classes média e baixa estimuladas pelo governo, levou ao quadro desesperador do endividamento. A dívida no cartão de crédito é a que cobra os maiores juros do mercado brasileiro, chegando a 12% ao mês. Somados à multa, juros por atraso e cobrança indevida de comissão de permanência, a conta pode passar dos 15% ao mêssobre as parcelas vencidas e não pagas.“Emummêsoconsumidor é cobrado em taxas de juros equivalentes a 18 meses de rendimento da poupança”.O próprio Banco Central, reforça Tardin, divulgou recentemente um estudo sobre a indústria de cartão de crédito no Brasil, em que conclui que o setor não tem repassado aos clientes as reduções de custo obtidas com ganhos de escala e estuda medidas para diminuir os juros ao consumidor. “E ainda existem administradoras de cartões que estabelecem uma cláusula onde o cliente confere uma procuração para esta administradora buscar empréstimos nomercado para cobrir o valor não pago da fatura no vencimento”, diz. Este dispositivo é conhecido como “cláusula-mandato” e exigiria da administradora uma postura de buscar o empréstimo com as melhores taxas para o cliente.
Porém, na prática, elas são sempre vinculadas a algumbanco e não se preocupam em buscar taxas menores para os clientes, onerando ainda mais o consumidor.
Por Samira Castro
domingo, 30 de agosto de 2009
Como os números enganam
Valores numéricos altos confundem a maioria das pessoas e induzem a erros básicos
Responda rápido: você prefere receber 300 centavos ou US$ 3? Sim, é uma pegadinha. Os valores são equivalentes. Mas quando a Universidade Estadual de Ohio fez esta pergunta numa pesquisa descobriu que a maioria não achava a resposta tão óbvia. Os pesquisadores John Opfer e Ellen Furlong mostraram que as pessoas tendem a achar que é melhor ficar com os 300 centavos. “A sugestão de que o valor numérico se sobrepõe ao valor monetário pode ser generalizada para outras áreas da decisão econômica, como descontos, barganhas, jogos, seguros e contas médicas”, dizem Opfer e Ellen.
Foram feitos três estudos para a pesquisa, publicada na revista Psychological Science. Neles, os voluntários foram submetidos a jogos no molde do famoso “dilema do prisioneiro”, desenvolvido nos anos 50. No dilema original, dois hipotéticos suspeitos de um crime são presos pela polícia. Porém, sem todas as provas para condená-los, a polícia propõe um acordo, separadamente. Se um denunciasse o companheiro, e este ficasse quieto, o traidor ficaria livre – e o acusado seria condenado à pena máxima. Se os dois se traíssem, seriam condenados a uma pena média. Finalmente, se os dois ficassem quietos, ambos seriam condenados a uma pena mínima. A tese por trás do jogo é que a atitude mais racional é sempre trair, porque a consequência de cooperar e ser traído é a pior de todas.
Opfer e Ellen usaram esse modelo, mas no lugar de ameaças eles ofereceram recompensas em dinheiro. No primeiro teste, algumas duplas jogaram por dólares. Outras, por centavos. Se um decidisse colaborar com o companheiro, mas o outro o abandonasse, este último ganhava US$ 5 (ou 500 centavos), enquanto o primeiro ficava sem nada. Se os dois jogadores colaborassem, ambos ganhavam US$ 3 (ou 300 centavos). Por fim, se ambos decidissem pela traição, cada um ficava com US$ 1 (ou 100 centavos).
A expectativa era que, como nos jogos do dilema, a maioria optasse por trair. No entanto, não foi o que aconteceu. O grupo que jogou por valores numéricos pequenos (1, 3 e 5) seguiu o padrão esperado, e a maioria abandonou o companheiro. No entanto, os que jogaram por valores altos (100, 300 e 500) ficaram confusos e optaram por colaborar mais.
A confusão se manteve quando os grupos receberam valores numéricos iguais, mas monetariamente diferentes, como 3 centavos e US$ 3 ou 300 centavos e US$ 300. De novo, as pessoas não conseguiram lidar com números maiores. “Isso mostra que o efeito de dólares ou centavos é mínimo na hora da pessoa tomar a decisão de colaborar ou não – o fator de julgamento não era o benefício econômico (real), mas sim uma visão confusa sobre a magnitude dos números”, diz Opfer. Para ele, essa distorção ajuda a explicar por que alguns políticos dos Estados Unidos aceitaram facilmente dar US$ 700 bilhões para alguns bancos e recusaram US$ 15 bilhões para a GM. Sorte dos bancos.
Por Época NEGÓCIOS
Responda rápido: você prefere receber 300 centavos ou US$ 3? Sim, é uma pegadinha. Os valores são equivalentes. Mas quando a Universidade Estadual de Ohio fez esta pergunta numa pesquisa descobriu que a maioria não achava a resposta tão óbvia. Os pesquisadores John Opfer e Ellen Furlong mostraram que as pessoas tendem a achar que é melhor ficar com os 300 centavos. “A sugestão de que o valor numérico se sobrepõe ao valor monetário pode ser generalizada para outras áreas da decisão econômica, como descontos, barganhas, jogos, seguros e contas médicas”, dizem Opfer e Ellen.
Foram feitos três estudos para a pesquisa, publicada na revista Psychological Science. Neles, os voluntários foram submetidos a jogos no molde do famoso “dilema do prisioneiro”, desenvolvido nos anos 50. No dilema original, dois hipotéticos suspeitos de um crime são presos pela polícia. Porém, sem todas as provas para condená-los, a polícia propõe um acordo, separadamente. Se um denunciasse o companheiro, e este ficasse quieto, o traidor ficaria livre – e o acusado seria condenado à pena máxima. Se os dois se traíssem, seriam condenados a uma pena média. Finalmente, se os dois ficassem quietos, ambos seriam condenados a uma pena mínima. A tese por trás do jogo é que a atitude mais racional é sempre trair, porque a consequência de cooperar e ser traído é a pior de todas.
Opfer e Ellen usaram esse modelo, mas no lugar de ameaças eles ofereceram recompensas em dinheiro. No primeiro teste, algumas duplas jogaram por dólares. Outras, por centavos. Se um decidisse colaborar com o companheiro, mas o outro o abandonasse, este último ganhava US$ 5 (ou 500 centavos), enquanto o primeiro ficava sem nada. Se os dois jogadores colaborassem, ambos ganhavam US$ 3 (ou 300 centavos). Por fim, se ambos decidissem pela traição, cada um ficava com US$ 1 (ou 100 centavos).
A expectativa era que, como nos jogos do dilema, a maioria optasse por trair. No entanto, não foi o que aconteceu. O grupo que jogou por valores numéricos pequenos (1, 3 e 5) seguiu o padrão esperado, e a maioria abandonou o companheiro. No entanto, os que jogaram por valores altos (100, 300 e 500) ficaram confusos e optaram por colaborar mais.
A confusão se manteve quando os grupos receberam valores numéricos iguais, mas monetariamente diferentes, como 3 centavos e US$ 3 ou 300 centavos e US$ 300. De novo, as pessoas não conseguiram lidar com números maiores. “Isso mostra que o efeito de dólares ou centavos é mínimo na hora da pessoa tomar a decisão de colaborar ou não – o fator de julgamento não era o benefício econômico (real), mas sim uma visão confusa sobre a magnitude dos números”, diz Opfer. Para ele, essa distorção ajuda a explicar por que alguns políticos dos Estados Unidos aceitaram facilmente dar US$ 700 bilhões para alguns bancos e recusaram US$ 15 bilhões para a GM. Sorte dos bancos.
Por Época NEGÓCIOS
sábado, 29 de agosto de 2009
Bancos preveem alta das dívidas
O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fabio Barbosa, previu ontem que a inadimplência no País deverá continuar em trajetória de alta por, pelo menos, mais dois meses. “Os números divulgados (pelo Banco Central) não assustaram. Vieram dentro do previsto”, comentou. O executivo se referia aos dados, divulgados na quarta-feira pelo BC, mostrando que, em julho, a parcela dos empréstimos com atrasos superiores a 90 dias subiu pelo oitavo mês seguido e atingiu 5,9% das operações, o pior nível da série estatística, iniciada em 2000.
Embora espere que uma inadimplência em alta no curto prazo, o presidente da Febraban acrescentou que, no longo prazo, a tendência é de estabilização da taxa de atrasos. “No último trimestre do ano, devemos ver a redução destes números”, disse, esclarecendo que sua análise tem como base a perspectiva de que, na ocasião, haverá reflexo da retomada da atividade econômica sobre o setor financeiro, após o grande impacto da crise mundial.
Os índices de inadimplência devem voltar ao nível pré-crise apenas no ano que vem. “O importante é que daqui a um mês ou dois, a inadimplência pare de crescer”.
O diagnóstico mensal do BC ainda revelou que, em julho, o volume de empréstimos cresceu 2,6% ante junho. Mais uma vez, bancos públicos lideraram esse movimento de alta, com destaque para os R$ 25 bilhões emprestados pelo BNDES à Petrobras.
Fonte: Jornal Tribuna do Norte
Embora espere que uma inadimplência em alta no curto prazo, o presidente da Febraban acrescentou que, no longo prazo, a tendência é de estabilização da taxa de atrasos. “No último trimestre do ano, devemos ver a redução destes números”, disse, esclarecendo que sua análise tem como base a perspectiva de que, na ocasião, haverá reflexo da retomada da atividade econômica sobre o setor financeiro, após o grande impacto da crise mundial.
Os índices de inadimplência devem voltar ao nível pré-crise apenas no ano que vem. “O importante é que daqui a um mês ou dois, a inadimplência pare de crescer”.
O diagnóstico mensal do BC ainda revelou que, em julho, o volume de empréstimos cresceu 2,6% ante junho. Mais uma vez, bancos públicos lideraram esse movimento de alta, com destaque para os R$ 25 bilhões emprestados pelo BNDES à Petrobras.
Fonte: Jornal Tribuna do Norte
Índice usado para corrigir aluguel cai pela sexta vez
Apesar de ser a sexta queda seguida, a variação é menos acentuada do que a de julho (-0,43%)
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) , que serve de base de cálculo para o reajuste do valor do aluguel, encerrou o mês de agosto com taxa negativa de (-0,36%). Apesar de ser a sexta queda seguida, a variação é menos acentuada do que a de julho (-0,43%). O resultado reflete a média de preços coletados no período de 21 de julho a 20 de agosto.
A pesquisa mostra que os preços no atacado tiveram pequena recuperação. O Índice de Preços por Atacado (IPA) manteve-se com deflação (-0,61%), embora menos acentuada do que no mês anterior (-0,85%). O grupo de bens finais apresentou queda de 0,46% ante -0,31% no período anterior. No entanto, se for excluído o subgrupo alimentos in natura, a taxa salta para 0,70%.
O grupo bens intermediários teve alta de 0,06% (ante -0,66%) com destaque para o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que pulou de uma deflação de 4,08% para uma alta de 2,38%. Se for desconsiderado este subgrupo, o índice de bens intermediários teve variação negativa de (-0,24%) ante (-0,20%).
O grupo matérias-primas brutas teve baixa de 1,94%. No período anterior, a variasção foi positiva em 1,89%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0,34% (julho) para 0,16%. Cinco dos sete grupos pesquisados tiveram queda. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) diminuiu expressivamente o ritmo de alta com 0,01% ante 0,37%, influenciado por materiais e equipamentos com -0,39%, ante -0,10%.
Fonte: CadernoNegócios Jornal O Povo
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) , que serve de base de cálculo para o reajuste do valor do aluguel, encerrou o mês de agosto com taxa negativa de (-0,36%). Apesar de ser a sexta queda seguida, a variação é menos acentuada do que a de julho (-0,43%). O resultado reflete a média de preços coletados no período de 21 de julho a 20 de agosto.
A pesquisa mostra que os preços no atacado tiveram pequena recuperação. O Índice de Preços por Atacado (IPA) manteve-se com deflação (-0,61%), embora menos acentuada do que no mês anterior (-0,85%). O grupo de bens finais apresentou queda de 0,46% ante -0,31% no período anterior. No entanto, se for excluído o subgrupo alimentos in natura, a taxa salta para 0,70%.
O grupo bens intermediários teve alta de 0,06% (ante -0,66%) com destaque para o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que pulou de uma deflação de 4,08% para uma alta de 2,38%. Se for desconsiderado este subgrupo, o índice de bens intermediários teve variação negativa de (-0,24%) ante (-0,20%).
O grupo matérias-primas brutas teve baixa de 1,94%. No período anterior, a variasção foi positiva em 1,89%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0,34% (julho) para 0,16%. Cinco dos sete grupos pesquisados tiveram queda. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) diminuiu expressivamente o ritmo de alta com 0,01% ante 0,37%, influenciado por materiais e equipamentos com -0,39%, ante -0,10%.
Fonte: CadernoNegócios Jornal O Povo
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Acredite e Lute pelos Seus Sonhos

Conversei com Cleber Morais, presidente da Avaya, responsável por um substantivo resultado e posicionamento da empresa no hipercompetitivo mercado em que atua:
1) Quais os maiores sonhos e pesadelos dos lideres empresariais brasileiros?
O crescimento sustentável da empresa é o maior objetivo, afinal qual executivo não sonha em manter os negócios da sua empresa “up and running”. Ao mesmo tempo perpetuar o seu negócio em um ambiente tão competitivo como o de hoje, é o combustível que nos motiva.Outro grande objetivo está relacionado aos talentos, como manter e reter os profissionais. Me preocupo muito com o que oferecer a eles e como mantê-los. Estou sempre buscando novos programas de qualidade de vida, treinamentos diferenciados, atividades que colaborem com o desenvolvimento dos talentos e ao mesmo nos diferencie como empregadores e ofereça ao time interno um ambiente diferenciado para trabalhar. Por fim, uma outra grande meta é inovar, ou seja, estar preparado para os novos desafios, para as dificuldades nos negócios que virão e estar sempre atento a todas as oportunidades no futuro.
2) Na sua opinião, no segundo semestre de 2009, qual será o comportamento da economia brasileira?
Eu tenho uma visão muito otimista em relação ao segundo semestre de 2009 e para 2010. Acho que a pior fase da economia já passou no Brasil. Nosso governo criou os fundamentos necessários para ter uma economia crescente e ser um grande player no mundo. Eu realmente estou muito otimista com a retomada e o crescimento dos negócios.
3) Se você fosse escrever uma Carta a um jovem Líder, quais as 3 principais mensagens que daria?
Primeiro, acredite no seu sonho e corra atrás dele. Por mais distante e difícil que seja lute com perseverança e dedicação e eles se tornarão realidade.Depois, invista em você mesmo, na sua carreira e na sua educação e aposte em seu potencial. Hoje mais do que nunca, o executivo jovem tem que criar seu plano de desenvolvimento e colocá-lo em prática. Tenha certeza que grande parte dos resultados de sucesso virão da forma de como você se preparou e se adequou para fazer a diferença.E por fim, eu diria, acredite em seu feeling, que a maioria das vezes o levará à direção mais acertada e jamais deixe de trabalhar sempre com dedicação, paixão e ética.
Faça seu comentário!
Por: César Souza - Blog do Líder
Lei vai facilitar comparação de preços no supermercado
A lei vai obrigar os supermercados de Fortaleza a especificarem, além dos preços dos produtos, o valor que o cliente vai pagar por unidade de medida da mercadoria
A Lei do Preço Claro, aprovada em primeira discussão nesta quarta-feira, 26, na Câmara Municipal de Fortaleza, vai permitir que o consumidor compare com maior facilidade os preços de produtos nas prateleiras dos supermercados. Além de especificarem os preços nas etiquetas das gôndolas, os supermercados serão obrigados a apontar o valor que o cliente vai pagar por unidade de medida da mercadoria - litro, quilo, metro ou unidade.
Por exemplo, um pacote de biscoito com 200 gramas, que custa R$ 3,70, vai ter de especificar na etiqueta também qual o valor do quilo do produto. A medida visa facilitar a comparação dos preços entre artigos semelhantes.
O projeto de lei, de autoria do vereador Guilherme Sampaio (PT), prevê multa para os supermercados que descumprirem a regra e estabelece um prazo de 180 dias para a adequação dos supermercados após a entrada em vigor da lei.
Fonte: Redação O POVO Online
A Lei do Preço Claro, aprovada em primeira discussão nesta quarta-feira, 26, na Câmara Municipal de Fortaleza, vai permitir que o consumidor compare com maior facilidade os preços de produtos nas prateleiras dos supermercados. Além de especificarem os preços nas etiquetas das gôndolas, os supermercados serão obrigados a apontar o valor que o cliente vai pagar por unidade de medida da mercadoria - litro, quilo, metro ou unidade.
Por exemplo, um pacote de biscoito com 200 gramas, que custa R$ 3,70, vai ter de especificar na etiqueta também qual o valor do quilo do produto. A medida visa facilitar a comparação dos preços entre artigos semelhantes.
O projeto de lei, de autoria do vereador Guilherme Sampaio (PT), prevê multa para os supermercados que descumprirem a regra e estabelece um prazo de 180 dias para a adequação dos supermercados após a entrada em vigor da lei.
Fonte: Redação O POVO Online
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Cuidado com o débito em conta
O consumidor precisa adotar alguns cuidados para que a comodidade do débito em conta não se torne uma dor de cabeça futura. Mesmo que não haja contrato escrito, o banco pode ser responsabilizado se ocorrerem problemas.
Para muita gente o débito em conta é uma ferramenta indispensável que facilita os pagamentos de contas na correria do dia a dia. Mas para outros, especialmente os que não são muito organizados , nem estão sempre checando os pagamentos, pode se tornar uma dor de cabeça. Somente este ano o Banco Central já registra, na modalidade conta-débito com origem no Ceará, mais de 180 reclamações/denúncias. Para quem pensou estar aderindo a um bom serviço, mas caiu numa cilada, a saída é reclamar nos bancos e, em último caso, nos órgãos de defesa do consumidor ou Judiciário para obter ressarcimento por danos materiais ou morais.
A técnica da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP), Renata Reis, destaca que antes de contratar o serviço a pessoa deve procurar obter o máximo de informações possível. Entre elas cita: ver como funciona, o que vai ocorrer se não houver saldo positivo e se a prioridade do banco em caso de ter que optar por uma tarifa bancária e conta de luz, por exemplo, e ainda como faz para cancelar. Afirma que com contrato ou sem contrato o banco pode ser responsabilizado, inclusive pela falta de informações.
“É direito básico do consumidor ter informações prévias, claras e precisas sobre todo produto ou serviço adquirido”, completa, ressaltando que não pode ser arguida cláusula contratual se não foi dada ciência dela ao cliente. O diretor de Ações Coletivas da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE), Eginardo Rolim, lembra porém que se estiver no contrato, o banco não poderá ser acionado.
A coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), Maria Inês Dolci, afirma que a responsabilidade pela colocação das contas no débito automático também é do banco. “Eventualmente, se houver problema, o banco tem que informar”, completa. Todos concordam que o consumidor deve acompanhar a movimentação, principalmente as datas de vencimento das contas, para saber se a conta foi paga e se não foi procurar o banco para saber o que aconteceu.
Maria Inês salienta que não se deve utilizar esse serviço se não for permanecer muito tempo naquele banco. “Não é vantajoso se for mudar de banco”. E ao encerrar uma conta corrente também é importante lembrar se naquela conta era usada essa modalidade de pagamento. Observa ainda que, apesar do nome, há um certo tempo para efetivamente as contas serem debitadas. A cobrança não ocorre de imediato. Ela defende que a operadora seja informada.
Entre os principais cuidados estão checar o saldo após o dia do pagamento e ver se as contas foram debitadas, verificar o boleto que vai para a sua casa para ver se não houve cobrança indevida. Se houver problemas, os primeiros a serem acionados são a instituição bancária ou o fornecedor do serviço. Para a auxiliar administrativo Rejane Higino do Nascimento o pagamento através do débito automático tem dado super certo porque o banco com o qual ela trabalha só debita após o pagamento do salário. E ela também toma o cuidado de só fazer saques após o pagamento de todas as cobranças (água, luz, telefone), além de checar o extrato.
Por: Artumira Dutra
Para muita gente o débito em conta é uma ferramenta indispensável que facilita os pagamentos de contas na correria do dia a dia. Mas para outros, especialmente os que não são muito organizados , nem estão sempre checando os pagamentos, pode se tornar uma dor de cabeça. Somente este ano o Banco Central já registra, na modalidade conta-débito com origem no Ceará, mais de 180 reclamações/denúncias. Para quem pensou estar aderindo a um bom serviço, mas caiu numa cilada, a saída é reclamar nos bancos e, em último caso, nos órgãos de defesa do consumidor ou Judiciário para obter ressarcimento por danos materiais ou morais.
A técnica da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP), Renata Reis, destaca que antes de contratar o serviço a pessoa deve procurar obter o máximo de informações possível. Entre elas cita: ver como funciona, o que vai ocorrer se não houver saldo positivo e se a prioridade do banco em caso de ter que optar por uma tarifa bancária e conta de luz, por exemplo, e ainda como faz para cancelar. Afirma que com contrato ou sem contrato o banco pode ser responsabilizado, inclusive pela falta de informações.
“É direito básico do consumidor ter informações prévias, claras e precisas sobre todo produto ou serviço adquirido”, completa, ressaltando que não pode ser arguida cláusula contratual se não foi dada ciência dela ao cliente. O diretor de Ações Coletivas da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE), Eginardo Rolim, lembra porém que se estiver no contrato, o banco não poderá ser acionado.
A coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), Maria Inês Dolci, afirma que a responsabilidade pela colocação das contas no débito automático também é do banco. “Eventualmente, se houver problema, o banco tem que informar”, completa. Todos concordam que o consumidor deve acompanhar a movimentação, principalmente as datas de vencimento das contas, para saber se a conta foi paga e se não foi procurar o banco para saber o que aconteceu.
Maria Inês salienta que não se deve utilizar esse serviço se não for permanecer muito tempo naquele banco. “Não é vantajoso se for mudar de banco”. E ao encerrar uma conta corrente também é importante lembrar se naquela conta era usada essa modalidade de pagamento. Observa ainda que, apesar do nome, há um certo tempo para efetivamente as contas serem debitadas. A cobrança não ocorre de imediato. Ela defende que a operadora seja informada.
Entre os principais cuidados estão checar o saldo após o dia do pagamento e ver se as contas foram debitadas, verificar o boleto que vai para a sua casa para ver se não houve cobrança indevida. Se houver problemas, os primeiros a serem acionados são a instituição bancária ou o fornecedor do serviço. Para a auxiliar administrativo Rejane Higino do Nascimento o pagamento através do débito automático tem dado super certo porque o banco com o qual ela trabalha só debita após o pagamento do salário. E ela também toma o cuidado de só fazer saques após o pagamento de todas as cobranças (água, luz, telefone), além de checar o extrato.
Por: Artumira Dutra
Renovação de Talentos, a Lição a Aprender com Bernardinho

Tenho me defrontado com inúmeras situações nas quais, ao ajudar clientes a definirem o rumo futuro com uma estratégia de crescimento agressivo, os principais dirigentes das empresas se defrontam com o incômodo desafio: não ter gente qualificada para executar a estratégia de forma coerente com o crescimento planejado.
Os profissionais de RH sofrem com isso e ao serem cobrados, tentam convencer os executivos a definir seus sucessores e substitutos. Criam o “Banco de Talentos” ou os tradicionais programas de trainees e dos chamados “High Potentials”. Mas na hora da verdade fica claro que nem sempre esses talentos são aceitos pelos dirigentes como realmente potenciais a quem se deve dar oportunidade. E a maioria parte para contratar os substitutos no mercado, fora dos quadros da empresa. Como se esses programas fossem mais da área de RH do que algo validado pelos dirigentes da empresa.
Mas a maioria dos profissionais de RH nem servem como exemplo porque sequer tomam o remédio que prescrevem. Em recente evento com cerca de 300 deles, perguntei quantos já tinham identificado claramente seus sucessores para serem os futuros Diretores de RH em suas empresas. Quase a metade levantou a mão. Aí questionei: “E quantos de vocês que levantaram as mãos já conseguiram aprovar e legitimizar, com os outros dirigentes da empresa, esse sucessor que vocês identificaram?”. Apenas uns 10% continuaram com as mãos levantadas…
Por: César Souza - Blog do Líder
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Bancos vão implantar nova modalidade de pagamento
Através do Débito Direto Autorizado (DDA) será possível acessar eletronicamente os boletos de cobrança
Bancos colocam em operação, no próximo dia 19 de outubro, o Débito Direto Autorizado (DDA), serviço eletrônico para facilitar o controle e o pagamento de boletos de cobrança dos clientes. Por esse instrumento, será possível acessar eletronicamente os boletos de cobrança, dispensando o recebimento de boletos impressos. O diretor setorial de Serviços Bancários da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Iézio Ribeiro Sousa, diz que o DDA é uma forma prática e segura das pessoas e empresas controlarem as finanças. O cliente já pode procurar seu banco para obter informações sobre o cadastramento.
O sistema não tem similar no mundo. Por isso, tem despertado o interesse do setor bancário de outros países. A federação já apresentou o DDA em eventos do setor nos Estados Unidos, Itália e na América Latina. “Em alguns países existem sistemas parecidos, mas em nenhum deles há um sistema que integra todos os bancos do país inteiro. Por isso o DDA tem chamado muito a atenção no exterior”, afirma o superintendente da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP), Joaquim Kiyoshi Kavakama.
A Febraban explica que o DDA não é um débito automático. Porém, a exemplo do que ocorre com os boletos impressos, o cliente poderá solicitar o débito automático para quitar qualquer um dos compromissos acessados pelo DDA ou postergar esse pagamento. A entidade considera que o novo serviço traz uma série de vantagens para o cliente pessoa física ou jurídica que vai pagar a cobrança (sacado) e para o que a emite (cedente). Para o sacado, os benefícios incluem a maior facilidade de controle dos boletos a pagar, redução de documentos para manusear - em especial no caso das empresas - e certeza de recebimento de boletos dentro do prazo esperado. Para o cedente, será possível ter maior controle do fluxo das cobranças emitidas e há garantia de entrega dos boletos. O DDA também contribui para tornar as operações mais sustentáveis, pois pode evitar o uso anual de 1 bilhão de litros de água.
Por: Artumira Dutra
Bancos colocam em operação, no próximo dia 19 de outubro, o Débito Direto Autorizado (DDA), serviço eletrônico para facilitar o controle e o pagamento de boletos de cobrança dos clientes. Por esse instrumento, será possível acessar eletronicamente os boletos de cobrança, dispensando o recebimento de boletos impressos. O diretor setorial de Serviços Bancários da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Iézio Ribeiro Sousa, diz que o DDA é uma forma prática e segura das pessoas e empresas controlarem as finanças. O cliente já pode procurar seu banco para obter informações sobre o cadastramento.
O sistema não tem similar no mundo. Por isso, tem despertado o interesse do setor bancário de outros países. A federação já apresentou o DDA em eventos do setor nos Estados Unidos, Itália e na América Latina. “Em alguns países existem sistemas parecidos, mas em nenhum deles há um sistema que integra todos os bancos do país inteiro. Por isso o DDA tem chamado muito a atenção no exterior”, afirma o superintendente da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP), Joaquim Kiyoshi Kavakama.
A Febraban explica que o DDA não é um débito automático. Porém, a exemplo do que ocorre com os boletos impressos, o cliente poderá solicitar o débito automático para quitar qualquer um dos compromissos acessados pelo DDA ou postergar esse pagamento. A entidade considera que o novo serviço traz uma série de vantagens para o cliente pessoa física ou jurídica que vai pagar a cobrança (sacado) e para o que a emite (cedente). Para o sacado, os benefícios incluem a maior facilidade de controle dos boletos a pagar, redução de documentos para manusear - em especial no caso das empresas - e certeza de recebimento de boletos dentro do prazo esperado. Para o cedente, será possível ter maior controle do fluxo das cobranças emitidas e há garantia de entrega dos boletos. O DDA também contribui para tornar as operações mais sustentáveis, pois pode evitar o uso anual de 1 bilhão de litros de água.
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