
Em quatro meses, o presidente Raúl Castro liberalizou 178 atividades de trabalho, anunciou o corte de 500 mil cargos públicos (um décimo do total), e prometeu apoiar pequenas empresas e reformar o sistema tributário. Externamente, há um encontro de interesses: tanto Raúl quer atrair negócios quanto empresários querem acesso ao promissor, mas ainda inóspito, mercado cubano. O Brasil entraria aí.
"Os cubanos estão ficando mais agressivos e o Brasil quer responder a essa demanda", afirma Maurício Borges, diretor da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), do governo federal.
Além da mudança na apresentação em lojas, as Havaianas ganharam a bênção de Raúl para veicular dois spots publicitários em uma rádio. A entrega de brindes também foi liberada. "Não há preconceito ideológico. Cuba tem uma demanda altíssima e é promissora para qualquer firma séria do Brasil", diz Jorge Miranda, da Rolldey, companhia catarinense que acaba de fechar um contrato de US$ 5 milhões para fornecer painéis de madeira a empresas cubanas (estatais, claro) de construção civil.
A Apex levou 27 empresas brasileiras para um evento em Havana, na semana passada, esperando que a viagem rendesse US$ 29 milhões em negócios. Ao final, deu US$ 48 milhões. O Brasil é o oitavo fornecedor de bens e serviços a Cuba e Borges diz que o País subirá rapidamente na lista em um futuro próximo.
Por: Agência Estado
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