sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Eike Batista deixa em aberto possibilidade de aquisição de TV

Embora tenha dito que "interessa, sim", o empresário não falou sobre possíveis negociações. Silvio Santos disse que único negócio que não vender é o SBT.

Alvo de rumores de que estaria estudando a compra do SBT, o empresário Eike Batista deixou em aberto a possibilidade de adquirir a rede de televisão de Sílvio Santos. Perguntado se seria interessante ter um canal de televisão, visto que o Grupo EBX anunciou ontem uma joint venture com a multinacional de mídia, esportes e entretenimento IMG, Eike economizou na resposta: "Claro. Interessa, sim".

Apesar de parecer animado com a possibilidade, o empresário foi vago. "Estamos olhando tudo que dá para arbitrar e fazer melhor", disse. "O Brasil tem áreas de excelência em que compete com qualquer player mundial, mas tem outro lado que é o Brasil ineficiente. Em tudo o que é ineficiente enxergamos espaços grandes", disse hoje a jornalistas após participar de homenagem do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Rio (Firjan).

Em entrevista publicada hoje no jornal O Estado de S. Paulo, Luiz Sandoval, executivo do Grupo Silvio Santos, disse que o único negócio que Silvio Santos não admite vender é o SBT. As especulações surgiram ontem, embaladas pelas notícias referentes aos problemas no banco Panamericano, pertencente ao grupo do apresentador, e ganharam vulto na rede de microblogs Twitter.


O SBT e outras empresas do Grupo Sílvio Santos foram dados como garantia em um empréstimo de R$ 2,5 bilhões tomados do Fundo Garantidor de Crédito para cobrir um rombo financeiro no banco. A postura de Eike difere do posicionamento adotado em julho, quando usuários do Twitter especularam sobre o interesse do empresário em entrar na área de comunicação com a compra do Jornal do Brasil. Na ocasião, ele negou os boatos. "Apesar da admiração pelo JB, respondendo a tweets sobre o assunto, investir em empresa de comunicação não está no foco da EBX neste momento", publicou ele no site sobre as mensagens recebidas. Sobre a atuação da joint venture com a IMG, Eike citou o potencial do sócio na área de conteúdo. "Eles têm mais de 20 mil horas de conteúdo anual, que divulgam através da mídia mundial. É uma empresa essencialmente de conteúdo", afirmou.


O empresário disse também que a expectativa é de que sejam gerados negócios na construção de arenas multiuso para receber shows e eventos esportivos. "Os americanos estão despertando para o potencial do consumo brasileiro", disse, citando que a demanda no País tende a explodir nos próximos anos. Ele não revelou o local dos possíveis investimentos nas arenas, mas disse que várias regiões serão estudadas.

A empresa formada a partir da parceria receberá o nome de IMGX, seguindo o mesmo padrão de outras empresas de Eike. Segundo Eike, outro investimento de peso que o seu grupo vai fazer é em uma fábrica brasileira de automóveis. "Queremos que ela (a fábrica) esteja produzindo dentro de três anos", disse. A ideia, disse, é atrair um parceiro com larga experiência em tecnologia. "Estamos falando com chineses, japoneses, europeus, americanos. Queremos a BMW no Brasil", afirmou, citando que a demanda de veículos nos próximos dez anos deve crescer expressivamente.

Por: Agência Estado

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