sexta-feira, 16 de abril de 2010

Percepção positiva fortalece empreendedorismo no país

Para população adulta brasileira, abrir um negócio representa status e respeito perante a sociedade.

Regina Xeyla, enviada da ASN

No Brasil, as oportunidades para o empreendedorismo e a autoconfiança da população caminham juntas. Segundo dados da pesquisa Global Entrepeneurship Monitor, a GEM 2009, divulgada nesta terça-feira (6), 80,3% dos brasileiros avaliam o início de um novo negócio como opção desejável de carreira.

A percepção citada acima perfaz 70,2% dos 18,8 milhões de empreendedores iniciais – aqueles à frente de negócios com menos de 42 meses de existência. Em 2009, quando o Brasil sentia os reflexos da crise iniciada nos Estados Unidos, 57,3% dos empreendedores iniciais afirmaram perceber para os próximos seis meses boas oportunidades para se começar um novo negócio nas regiões onde vivem. A percepção de oportunidades e habilidades dos entrevistados não para por aí: 68,3% afirmaram que no Brasil aqueles que alcançaram sucesso ao iniciar um novo negócio têm status e respeito diante da sociedade.

De modo concreto, essas condições contribuem para a criação de um caldo cultural propício à dinâmica do empreendedorismo. Todo ano, o GEM pergunta aos entrevistados se o medo do fracasso os impediria de criar uma empresa. No Brasil, mais uma vez nota-se uma postura considerada positiva no que tange à inserção em atividades empreendedoras, pois apenas 32% teriam no medo um fator impeditivo para o início de um novo negócio.

Percentual semelhante é verificado quando se restringe o foco da análise apenas àqueles que percebem boas oportunidades de negócios. Neste contexto, 30% disseram que o medo do fracasso é um bloqueio para iniciar um empreendimento, percentual abaixo da média de todos os 54 países participantes desta 10ª edição da GEM.

Desafios
Apesar dos resultados positivos, o GEM 2009 revela alguns dados preocupantes. A inovação ainda precisa estar mais presente nas empresas brasileiras. Apenas 5,4% dos empreendedores iniciais acreditam que seus produtos ou serviços são considerados novos por todos. Já 11,1% consideram oferecer alguma novidade e 83,5% não pensam em disponibilizar algo novo a quem quer comprar.

Outro ponto de preocupação diz respeito à expectativa dos empreendedores entrevistados em entrar no mercado internacional. Em 2009, 89,5% deles responderam que não tinham nenhuma previsão de exportar.

Entre as ações do Sebrae para estimular a inovação nas micro e pequenas empresas está o Programa Agentes Locais de Inovação (ALI). Mais de 800 profissionais em diferentes especialidades foram capacitados pelo Sebrae para levar conceitos de inovação a micro e pequenas empresas. Os agentes visitam a empresa e produzem um diagnóstico gratuito. Nele são identificadas as principais dificuldades e o que pode melhorar na empresa. A partir do diagnóstico, os agentes preparam um Plano de Ação. Posteriormente, o agente acompanha a evolução do empresário.

Atualmente, o ALI está em operação em dez estados, nos quais há atendimentos a empresas. São eles: Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Paraná, Paraíba, Pernambuco e Sergipe. Cerca de 10 mil empresas já foram sensibilizadas. Dessas, 4.468 aderiram ao programa. Em Rondônia, Rio Grande do Sul, Pará, Tocantins, Acre e Paraná o programa está em fase da capacitação dos agentes locais. Ao todo serão treinados 175 profissionais para atender, até o fim de 2010, 5.150 empresas de 33 setores. O ALI encontra-se em fase pré-operacional em mais noves estados.

Outra solução do Sebrae voltada para incentivar as micro e pequenas empresas a inovarem e se inserirem no mercado internacional é o Programa Sebrae para Empresas Avançadas, que trabalha quatro módulos: Estratégias, Gestão da Inovação, Encontros Empresariais e Planejando para Internacionalizar. Criado há dois anos, atendeu cerca de 2 mil interessados em 2009 e para este ano estão previstas 30 mil consultas em vários estados.

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