segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Saiba como prevenir sua loja virtual contra ataques e fraudes

Especialistas dão dicas de como tornar um site seguro e conquistar a confiança do consumidor.
 
Só no primeiro semestre de 2011, 4 milhões de pessoas compraram pela primeira vez por meio do comércio eletrônico, contribuindo para um total de 27,4 milhões de indivíduos que já fizeram alguma compra pela internet. Até o fim deste ano, o e-commerce deve faturar R$ 18,7 bilhões, um crescimento de 26% em relação a 2010, segundo a pesquisa Web Shoppers do E-bit, empresa especializada em vendas pela web.
 
De olho nesses dados e em busca de uma fatia desse faturamento, muitas micro e pequenas empresas já aderiram a esse mercado. No entanto, para ter sucesso na web não basta criar um site. A mesma pesquisa - feita com base em mais de 11,5 milhões de questionários – revelou que os consumidores estão cada vez mais maduros e precavidos em relação à segurança ao consumirem. A reputação das lojas virtuais e a segurança que ela transmite para seus clientes, incluindo certificações, são considerados importantes e observados por 70% das pessoas antes de fechar uma compra pela web.
 
E é bom o empreendedor se preocupar também com a própria segurança, já que as fraudes no universo virtual são tão comuns que levaram ao surgimento de diversas empresas e ferramentas que fazem análise de risco das compras virtuais.
 
A empresária Mônica Claure, de 47 anos, mantém há cinco anos uma versão virtual da sua da sua loja de sapatos e acessórios Unik. Na primeira versão do site, o sistema apenas registrava a compra por meio do cartão de crédito. Era Mônica quem liberava os pedidos manualmente e levava cada encomenda até os Correios. “Com o tempo, recebemos várias fraudes de compras realizadas com o cartão de outras pessoas sem autorização e tivemos que arcar com os prejuízos”, conta. A solução inicial encontrada por ela para o problema foi exigir dos clientes que realizassem uma compra usando cartão de crédito, enviassem cópias dos seus documentos pessoais e comprovante de endereço para a loja física para que ela mesma fizesse a análise. Além de desagradar os consumidores, esse processo se tornou inviável com o passar do tempo devido ao volume de compras.

A empreendedora resolveu então incorporar uma ferramenta de pagamentos online ao site e contratar o serviço de uma empresa especializada em análise de crédito . Além de reduzir a incidência de fraudes, o volume de vendas cresceu e superou o das lojas físicas. “O cliente vai preferir comprar com você se você tiver esse sistema de segurança e um mediador de pagamento por cartão de crédito, que vai inclusive facilitar a compra”,diz.

O consultor da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), Gerson Rolim, concorda e aponta que além de empresas especializadas nesse tipo de serviço, existem diversas ferramentas de pagamento online que podem ser incorporadas a qualquer site facilmente e que cobram uma taxa ou porcentagem em cima das compras para fazer esse tipo de análise. Já no caso das empresas especializadas em identificar fraudes, o preço do serviço varia de acordo com o risco, o segmento da loja, o ticket médio, a demanda e as características da operação.

Esse investimento, no entanto, é importante porque mais de 80% das compras feitas pela internet hoje utilizam cartão de crédito.“Se não tiver esse tipo de solução, o empresário terá problemas. É claro que não existe fraude zero, mas o número deve ser pequeno, inferior a 2%”, diz.

E para demonstrar a credibilidade do site para o consumidor, Rolim recomenda que as pequenas empresas procurem inserir sua loja dentro de shoppings virtuais para tornar a marca conhecida e busquem certificações e selos que comprovem a segurança nas transações.

Por: Ligia Aguilhar - Estadão PME

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