Empresas que, juntas, representam 80% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro estão apreensivas com relação à crise internacional. No entanto, a confiança de que o País pode crescer entre 1,6% e 4% este ano permanece, informa o site InfoMoney.
A pesquisa, referente a janeiro, revelou que há confiança de que a inflação terá baixo crescimento, entre 3% e 5%, a taxa de câmbio sofrerá pouca alteração, ficando entre 5% e 9%, e as taxas de juros vigentes apresentarão queda entre 0,5% e 3%.
O resultado é do Sensor Econômico do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), indicador criado para captar a expectativa do setor produtivo, lançado nesta segunda-feira (9) em São Paulo, na sede do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial).
O lançamento foi feito pelo ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Mangabeira Unger, e pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann.
Análise por setoresDepois de anos de crescimento, todos os setores esperam um quadro adverso em relação à situação financeira e à margem de lucros. O resultado se traduz na intenção de não ampliar a capacidade produtiva este ano.
O Sensor Econômico mostra os setores com preocupações diferentes. O agropecuário, por exemplo, avalia que o PIB brasileiro deve apresentar um crescimento baixo este ano, inferior a 1,5%, e que, nas trocas externas, a tendência será de queda no superávit comercial do país. Os motivos seriam a retração esperada nas exportações e o aumento moderado das importações.
A indústria, por sua vez, embora acredite em um quadro adverso para as exportações brasileiras, é menos pessimista quanto ao crescimento das importações. No entanto, é o único setor que espera um ano problemático nas três variáveis destacadas: utilização de capacidade (abaixo de 80%), contratação de mão-de-obra (redução entre 0,9% e 3%) e margem de lucro. Já o setor de serviços e comércios está apreensivo quanto à queda das exportações e a possibilidade da queda da margem de lucros.
Quanto à contratação de trabalhadores, as empresas de agropecuária se mostram apreensivas, mas estão menos pessimistas do que os demais setores.
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