O processo de empreender requer dos candidatos a empresários atenção a diversos fatores e análises que juntas convergem para minimização dos riscos dos negócios. Antes de tudo, o empreendedor deve pensar em uma perspectiva mercadológica, nada adianta recursos, experiência e identificação com uma atividade, qual seja ela, se não existir potencial de mercado para absorver a oferta, seja essa de bens ou de serviços. Isso é uma lógica de mercado. Vários outros fatores ainda são essenciais para a abertura de um negócio, como Análise mercadológica mais abrangente: Quem serão meus concorrentes? Qual o perfil dos futuros consumidores? Existem fornecedores em potencial? Para o tipo do negócio o ponto comercial é viável? O mercado é sazonal? O quanto de investimento eu vou precisar e de quem conseguir? O negócio é viável economicamente? Entre outras.
Há pouco mais de dois anos atuando na unidade de orientação empresarial do SEBRAE no Rio Grande do Norte, deparo-me com inúmeras situações, algumas eu diria até curiosas. Há os que sem a menor cerimônia questionam de imediato, “qual o negócio que está dando certo?”, outros clientes têm no mínimo três idéias de negócios diferentes, ou seja, sem foco algum, há os que estão cansados do patrão e de qualquer forma querem montar seu negócio, a atividade não importa, ser empresário é a saída, os que têm uma experiência em alguma atividade e desejam a aproveitar o know how para montar seu negócio, e ainda aqueles que deflagrados sem uma fonte de renda, procuram no empreender a sua sobrevivência.
Algumas dessas situações são absurdas? Podem até ser... Mas eu diria que o empreendedorismo está muito além da abertura de uma empresa. O que está em jogo geralmente são sonhos, planos de vidas, expectativas, desejos, enfim autonomia pessoal e financeira. Nesse sentido, nosso papel se torna cada vez mais importante. Não podemos “jogar um balde de água fria” na idéia do empreendedor, nem podemos também viajar em uma idéia e esquecer que ela diverge de oportunidade. Uma linha tênue separa o sonho do mundo real, do mercado.
Uma ferramenta essencial e imprescindível para solucionar essas perguntas e minimização dos riscos é o Plano de Negócios, nele o empreendedor traça suas metas, estabelece prioridades, seus diferenciais competitivos e formata seu negócio em todos os aspectos. O Plano de Negócios, guardadas as proporções, é tal qual um plano de vôo, nele é analisado todas as variáveis que culminam no alcance do objetivo, ou seja, a chegada ao local de destino. Então... O que está esperando? Procure as orientações necessárias, inicie seus estudos e monte seu Plano de Negócios, que com certeza ele será essencial para alcançar o sucesso no mundo dos negócios.
Robson Lopes Matos
Administrador e Analista do SEBRAE/RN.
Um comentário:
Parabéns, Robson pela escrita e a Leonel pela postagem.
O artigo está assertivo e esclarecedor.
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