A crise econômica internacional não atrapalhou o crescimento das franquias e em 2008 o setor faturou R$ 55 bilhões, alta de 19,5% em relação a 2007, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
Ricardo Camargo, diretor executivo da ABF, ressalta que apesar da crise assustar os consumidores, outros fatores geram um impacto positivo no segmento. "No Brasil, os ramos mais afetados pela crise –automobilístico, financeiro e construção civil – não são representativos no mercado de franquia. Além disso, três fatores contribuíram – e muito – para os números no ano passado: aumento dos níveis salariais, aumento da taxa de emprego verificado até outubro e acesso das classes C e D ao consumo", explica o executivo.
Ele afirma também que ao perder o emprego, muitos profissionais optam pelo negócio próprio e, diante desse cenário, o modelo de franquias leva vantagens. De dezembro a fevereiro, as redes associadas registraram um aumento de 25% no número geral de interessados em adquirir uma franquia.
As expectativas para 2009 são que o setor deve continue crescendo, porém a taxas menores. A ABF estima um crescimento de 13%. "Estamos sendo conservadores, uma vez que as redes estão mantendo seus planos de investimento inalterados para o ano. Outro fator favorável para a expansão das redes é que os pontos comerciais tiveram queda de preço. Para quem deseja iniciar no mercado de franquias, o ponto comercial, na maioria das vezes, é o investimento mais significativo. Com a crise, o preço desses ativos caíram no Brasil e no mundo", explica Camargo.
A vinda de redes de franquia para o Brasil deve se acentuar daqui para frente, já que o Brasil tornou-se o país mais seguro para novos investimentos, em detrimento da China, Rússia e Índia.
"No franchising mundial, o Brasil é visto como referência. Ocupa a quarta posição no ranking e está no comando do principal órgão internacional do setor, o World Franchising Council, o que auxilia muito na criação de uma imagem positiva para o setor", explica Ricardo Camargo.
Quem mais lucrouAcessórios Pessoais e Calçados foi o segmento que mais cresceu em 2008, com alta de 44,8% em relação a 2001. O índice é resultado da entrada de novas e grandes redes no sistema como, por exemplo, os quiosques da Havaianas e Baloné (marca de acessórios para adolescentes da rede Morana).
Alimentação e Vestuário continuam expandindo e ambos registraram um aumento de 20% no faturamento.
Atualmente, operam no Brasil 1379 redes de franquia, responsáveis por aproximadamente 648 mil postos de trabalho diretos e mais de 2 milhões indiretos.
Fonte: PEGN On line - http://empresas.globo.com/Empresasenegocios/0,19125,ERA1697385-2919,00.html
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