Jovens brasileiros têm se interessado cada vez mais em abrir o próprio negócio, segundo revela o estudo Global Entrepreneurship Monitor (GEM) divulgado nesta terça-feira (17) pelo Sebrae.
Ao todo, 15% dos brasileiros entre 18 e 24 anos são empresários, aproximadamente 4 milhões de pessoas. Do total de empreendedores do país, 25% possuem até 24 anos, o que faz do Brasil o terceiro colocado no ranking mundial, atrás do Irã (29%) e da Jamaica (28%).
A pesquisa constatou também que tem ocorrido uma crescente qualificação dos mais novos quando eles decidem montar uma empresa. De acordo com o GEM, 68% dos jovens empreendem por oportunidade, ou seja, acreditam que o empreendimento pode prosperar.
Outros 32% abrem o negócio por necessidade e por não ter outro meio de sobrevivência.
Ênio Pinto, gerente nacional de atendimento do Sebrae, explica que o alto índice de jovens que empreendem por oportunidade mostra uma melhora qualitativa no jeito de encarar o mundo dos negócios e torna os jovens mais preparados para enfrentar a competição. "Eles estão identificando melhor quais são os nichos de atuação e têm refletido mais sobre como empreender", diz.
Simara Greco, do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBCQ), responsável técnica pelo estudo, acrescenta que jovens empreendedores estão entrando com muita força no mercado e há um espaço para o desenvolvimento de políticas públicas destinadas a esse setor da sociedade.
É importante ressaltar que em países em que a distribuição de renda é desigual, o jovem é obrigado a entrar no mercado de trabalho para ajudar na renda familiar. Nesses lugares a predominância do jovem empreendedor por necessidade é maior, pois há falta de emprego formal.
Perfil
De acordo com o GEM, o jovem empreendedor por necessidade tem renda na faixa de um a três salários mínimos e escolaridade de 5 a 11 anos. Eles desempenham, principalmente, serviços voltados ao consumidor (70%) em ramos do comércio e alimentação.
Por outro lado, jovens empreendedores por oportunidade dispõem de uma renda maior (36% ganham até três salários mínimos e 34% de três a seis salários) e uma escolariadade maior. Em geral, 25% cursam ou já terminaram o nível superior. "O jovem universitário, por exemplo, frente à escassez do trabalho formal, abre seu negócio em serviços especializados, tais como contabilidade, apoio jurídico, suporte de informática e outros", explica Simara.
Fonte: PEGN on line
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