quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Parceria entre Google e DudaMobile permite a pequeno negócio ter site para smartphone


Google coloca no ar hoje ferramenta desenvolvida para empreendedores e que será gratuita nos primeiros doze meses.

O Google, em parceria com a empresa DudaMobile, lança hoje no Brasil uma ferramenta capaz de adaptar um site convencional em móvel, visível portanto em smartphones. Um dos focos da iniciativa é atrair pequenos empreendimentos que ainda não oferecem ao consumidor uma versão mobile de suas páginas virtuais. “Para restaurantes, 14% do tempo de pesquisa o brasileiro faz pelo celular. Ou seja, 14% da demanda digital vem do celular, mas infelizmente essas empresas não oferecem uma experiência boa para o consumidor”, diz Peter Fernandez, especialista em publicidade móvel do Google para a América Latina.

A ferramenta faz parte do GoMo – iniciativa desenvolvida pela gigante de buscas para ajudar negócios a entrarem na era móvel – e não terá custos para o empreendedor no primeiro ano de uso. Após doze meses, o DudaMobile cobrará pelo serviço de hospedagem. “Basicamente, é uma parceria de distribuição. Para o Google, é incrivelmente importante educar o mercado sobre a importância de sites mobile. Para DudaMobile, é uma oportunidade de alcançar a audiência do Google”, analisa Fernandez.

O executivo afirma, porém, que o pequeno empresário não deve usar a ferramenta com a esperança de que ela aumentará sua relevância no sistema de buscas do Google. “Isso nunca afetaria os rankings. O que pode na verdade afetar o posicionamento dos sites feitos através dessa ferramenta é que as taxas de cliques para sites que funcionam em mobile sempre serão maiores do que as taxas daqueles que não funcionam bem. Então, ao longo do tempo, vai melhorar a qualidade do resultado”, garante Fernandez.

O Google não faz previsão sobre quantos pequenos empreendedores pretende atingir com o lançamento, mas o Brasil é o primeiro país da América Latina a receber o projeto – há planos para que a ferramenta esteja disponível em breve na Argentina e também no México.
Etapas. Para transformar o site, o empresário precisa passar por algumas etapas. A primeira é digitar, em um campo específico da ferramenta, o endereço da página virtual. Em seguida, o sistema faz a adaptação. O empreendedor poderá, no entanto, customizar a versão mobile – colocar o telefone em destaque ou criar um ícone para o interessado acessar o mapa com a localização do seu negócio. Durante o processo, a ferramenta vai gerar o código da versão mobile, que deverá ser incorporado ao original da página.

O Google não é a primeira empresa interessada em criar soluções para pequenos empreendimentos no Brasil. Recentemente, o Facebook lançou um programa que chama-se Rota do Sucesso. Trata-se de uma consultoria para empreendedores interessados em usar a rede social como estratégia de comunicação.

Mas por que o pequeno empresário brasileiro é tão interessante para grandes empresas?

“Toda essa questão tem explicação na teoria da cauda longa. Na verdade, pequenos clientes, juntos, podem ser maiores que os grandes mercados”, analisa o professor Marcelo Nakagawa, coordenador do centro de empreendedorismo do Insper. 

“Quando o Google lançou o AdWords e o AdSense, permitiu que a quitanda da esquina pudesse fazer propaganda em seu site. E juntando todas as quitandas do mundo, elas são muito maiores que a Unilever anunciando.”
 
Segundo Nakagawa, iniciativas desse tipo são passos que empresas como Google e Facebook precisam dar para continuarem suas trajetórias de expansão. “Eles são negócios fortemente pressionados porque estão crescendo a taxas menores e atender o pequeno empresário é um caminho natural para quem tem que crescer vendendo serviços no mundo online”, conclui.

Como funciona
Virtual - O empreendedor deve acessar o site onde a ferramenta está disponível (www.gomobrasil.com.br/comeceagora) e também precisará digitar o endereço virtual do site da sua empresa.

Customizar - A plataforma se encarrega da transformação, mas o empresário pode destacar, por exemplo, o telefone do seu negócio ou colocar um ícone com o mapa de localização da empresa.

Código - Durante o processo de adaptação do site, a ferramenta vai gerar o código da versão mobile. Ele deverá ser incorporado ao original na página da pequena empresa pelo webmaster.

Adaptação - O empreendedor, ou a pessoa responsável pelo site, vai precisar instalar o redirecionamento, importante para que o site ‘entenda’ a origem do acesso: desktop, notebook ou smartphone.

 Por: Daniel Fernandes - Estadão PME

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Os líderes avisam: faltam líderes no mercado

Foto: Monalisa Lins/Estadão
 
Sem espelho. Para o headhunter Robert Wong, liderança também é resultado de exemplos

Faltam líderes para sustentar as estratégias de crescimento das empresas nos próximos cinco anos. A afirmação não vem apenas de analistas do mercado de trabalho ou headhunters. Esta é a visão dos próprios líderes, segundo aponta um estudo realizado pela consultoria de negócios Empreenda.

Em agosto deste ano, a empresa entrevistou 840 presidentes, líderes de áreas de negócios e diretores durante o Congresso Nacional de Recursos Humanos (Conarh 2012). Para 87% deles, as empresas brasileiras não têm líderes suficientes para lidar com os desafios atuais e futuros das organizações. O índice vem piorando com o passar dos anos, segundo o presidente da Empreenda, César Souza. De acordo com ele, em 2009, quando começou a realizar a pesquisa, 63% dos executivos entrevistados demonstravam essa percepção. No ano passado, o número foi a 71%.

“A falta de liderança será o calcanhar de aquiles da expansão das empresas daqui em diante. É o que impede que as empresas tirem seus planos do papel e os transformem em realidade. Vejo muitas organizações engavetando planos de explorar oportunidades em outros mercados por falta de gente para enviar. Ficam no dilema de cobrir um santo e descobrir outro”, diz Souza.

Não é apenas o aquecimento da economia brasileira e o aumento da demanda que explicam essa escassez, dizem consultores de recursos humanos. Para eles, esse cenário tem origens mais amplas.

A falta de exemplo é a primeira e principal delas, afirma o headhunter e presidente da Robert Wong Consultoria Executiva, Robert Wong. “Os líderes potenciais existem e estão nas organizações, porém não querem aparecer. E o exemplo é o maior fomentador para que eles se apresentem”, afirma Wong.

“Por que temos tanta criança querendo ser jogador de futebol? Por que houve tanto furor no tênis quando o Gustavo Kuerten estava no auge? Porque a sociedade precisa de heróis, ela quer heróis para se inspirar”, acrescenta Wong. Para ele, no mundo corporativo há carência de ícones, de líderes visionários capazes de criar sonhos e envolver as pessoas nesses sonhos.

Souza, da Empreenda, faz coro com Wong. “Os líderes de hoje não conseguem criar essa identificação, falta a eles legitimidade para inspirar as pessoas, para que elas se espelhem neles. Um líder inspira pelo exemplo, pela coerência, pelos valores”, diz o consultor que cita como exemplos desse tipo de liderança os presidentes da Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, da Natura, Luiz Seabra, e do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano.

“Vivemos também um período de transição no Brasil. Ainda precisamos criar um ambiente propício para a liderança. Um ambiente onde as pessoas ouçam menos ‘não’. Passamos por um período de ditadura, quando se via a repressão àqueles que se diferenciavam. E o modelo de educação que se vê nas escolas também não fomenta essas diferenças”, completa Wong, ampliando a questão.

Desenvolvimento.A abordagem do desenvolvimento de lideranças nos últimos anos também levou a esse cenário na visão dos especialistas. “O crescimento acelerado da economia levou as companhias a acelerar esse processo e a promover as pessoas a postos de liderança mesmo antes de elas estarem prontas”, observa o presidente da consultoria em treinamento Eagles Flight, Dave Root.

Além disso, nos últimos anos as empresas focaram seus esforços em criar gerentes eficientes e não líderes eficazes, afirma Souza. “O que se vê então são chefes ocupando os postos de liderança. Profissionais municiados de técnicas e ferramentas, orientados para chefiar apenas, e não para pensar no futuro e inspirar as pessoas” avalia.

A forma como as empresas têm taxado os jovens da geração Y (como impacientes, infiéis, inquietos) é, na visão de Souza, um reflexo de como as empresas pensam seu modelo de liderança. “Elas querem profissionais que acatem ordens apenas, o que é uma forma antiga de pensar. Tanto que os jovens preferem investir na criação de seus próprios negócios a fazer parte de estruturas engessadas.”

Para Root, é preciso repensar a forma de encarar as lideranças, não somente no topo da organização, mas também nos outros níveis. “Para encarar os desafios que estão por vir, as organizações precisam se tornar fábricas de líderes e não só de produtos.”

‘É responsabilidade do gestor inspirar a equipe’
O impacto de uma liderança mal preparada é grande para o desenvolvimento das organizações. De acordo com os manuais de gestão de pessoas, uma das principais funções dos líderes é formar outros líderes. Portanto, uma liderança que não serve de exemplo é uma barreira para a sucessão.

“Sem ter em quem se espelhar, o profissional perde as referências para dar os próximos passos no seu desenvolvimento. Frequentes vezes ouvimos gestores que saíram das empresas onde estavam por olhar para cima e não enxergar alguém com visão, alguém que o inspire e o puxe para cima”, diz a gerente da divisão de Mercado Financeiro da Robert Half, Ana Guimarães.

Segundo ela, porém, a ausência de um ícone não exime o profissional de buscar o que falta a ele. “É responsabilidade do gestor também inspirar a equipe. E deve também ser o responsável pela sua própria carreira.”

O headhunter Robert Wong diz que todos temos em nós a semente do líder. “Alguns em níveis mais altos, outros em níveis menores. É preciso se questionar a respeito disso”, afirma ele.

O mesmo diz o presidente da consultoria Empreenda, César Souza. Para ele os profissionais têm de buscar se capacitar como líderes.

“As pessoas têm de tentar descobrir o líder que existe nelas. Olhar para seus pontos fracos, e desenvolvê-los. O líder antes de pretender liderar os outros deve aprender a liderar a si”, aponta.

Para Souza não basta que o profissional vá buscar novas ferramentas e técnicas em cursos de formação.
 
“Isso não aumenta a empregabilidade e não é o que o mercado precisa. Mais que um técnico competente ele procura quem seja capaz de assumir a responsabilidade de liderar. Quem seja capaz de influenciar as pessoas e inspirá-las para trabalhar em prol dos objetivos que foram definidos pelo próprio líder. É para isso que as pessoas devem se voltar”, diz.
 
Em um de seus livros, Souza descreve o que chama de as cinco forças de um líder. A primeira delas é a capacidade de construir uma causa, um propósito juntamente com a equipe. A segunda, é identificar três potenciais sucessores e se comprometer com o seu desenvolvimento, criando um ambiente em que essas pessoas possam desenvolver o líder que existe nelas.

A terceira diz respeito ao que Souza chama de liderança em 360 graus. Ela consiste em identificar oportunidade de liderar além das paredes da empresa ou além do departamento do qual faz parte.

A penúltima força, de acordo c om o consultor, é a capacidade de obter resultados além dos esperados e, a última, é listar cinco valores e agir de forma coerente para assim liderar pelo carisma.

Por: Leandro Costa - Economia & Negócios - Estadão.com.br

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

6 dicas para empreendedores ganharem tempo no dia a dia

Especialistas recomendas sempre planejar a agenda do dia seguinte e aproveitar os momentos entre um compromisso e outro



Para quem tem uma agenda apertada e imprevisível, aproveitar bem o tempo é a única solução para dar conta de todas as tarefas do dia. A primeira coisa que os empreendedores devem considerar é que não é a quantidade de coisas que você faz durante o dia que elevará sua produtividade. “As pessoas acabam fazendo mais, só que parece que não fizeram nada”, afirma Fernando Serra, diretor acadêmico da HSM Educação e especialista em organização profissional. 

Para Homero Reis, coach organizacional e presidente da Homero Reis Consultores, empresários que têm problemas com a falta de tempo, na verdade, têm outras dificuldades clássicas. “Não delega, não capacita, não prioriza e não confia”, conta. Com a ajuda de Serra e Reis, confira seis recomendações para ganhar tempo durante um dia na sua pequena empresa ou startup.

1. Faça um planejamento
Não gosta de anotar tudo em uma agenda? Resuma suas tarefas em lembretes no celular ou, se preferir anote em pequenos papeis. Mas, para os especialistas, listar as tarefas é importante para que o empresário se lembre do que é fundamental ser feito.

A revisão é essencial para que o planejamento funcione. Serra explica que ao avaliar o que foi feito e o que ainda faltou, as prioridades para o dia seguinte ficam mais claras. “Programe suas atividades e veja qual a duração delas”, explica. Com a lista mais completa possível, Reis recomenda marcar as atividades que somente você pode resolver. Isso ajudará a enxergar quais funções você pode delegar.
 
2. Liste também os compromissos pessoais
Ao listar os compromissos com a família e amigos, você se prepara melhor durante o dia para aquele evento importante. “Isso pode ajudar durante o dia. Regularmente, eu coloco que tenho que ir ao cinema às 21 horas com a minha mulher e isso me obriga a chegar em casa às 20 horas”, explica Serra.

3. Prepare-se para cada compromisso
Tem um encontro com um cliente ou fornecedor? Tenha em mente qual é o seu objetivo, o que você precisa levar para esse encontro e o que irá falar. Esse exercício de organização mental ajudará na realização das atividades ao longo de um dia. “As pessoas acabam listando atividades demais e não se preparam”, afirma Serra.

Priorizar o que é fundamental para cada reunião, seja com clientes ou funcionários, ajudará o empreendedor a realizar as tarefas com qualidade, economizando tempo no futuro.

 4. Delegue mais
Pensar que não existe ninguém para fazer as coisas por você é uma desculpa que toma muito tempo do empresário. “Se você tem pessoas capacitadas, elas não fazem porque você não manda”, resume Reis. Reúna profissionais que você confie e que possam colaborar.

“Se você é um empreendedor, você usualmente é um centralizador e acaba fazendo coisas que deveria delegar”, afirma Serra. Por isso, ao fazer o planejamento de suas tarefas diárias, não se esqueça de marcar aquelas que podem ser feitas por outras pessoas.

5. Aproveite cada minuto
O momento em trânsito é ideal para que empreendedores que andam de táxi ou transporte público coloquem em dia tarefas como retornar ligações, responder e-mails e se atualizar com notícias. “Nesse momento, relaxe, escute uma música, pratique o inglês ou coloque sua agenda em ordem”, ensina Serra.

Durante viagens, faça da espera em aeroportos um momento para realizar uma tarefa que irá economizar tempo posteriormente. Ler jornais, revistas ou revisar relatórios de sua empresa são atividades produtivas.

6. Desapegue do celular
Hoje, o celular é um dos principais elos que o empreendedor tem com o seu negócio. Entretanto, para que seu dia renda mais, essa ferramenta tem que ser bem utilizada. “Se estou em uma reunião com o cliente, não posso deixar o celular ligado e vibrando o tempo todo”, diz Serra.

A concentração é indispensável para um dia produtivo e a recomendação dos especialistas é que há momentos que o celular precisa ser desligado, para evitar a tentação de checar e-mails, ver quem ligou ou receber notificações de redes sociais.

Por: Camila Lam - Exame.com

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Como agendar posts e imagens no Facebook

Um recurso que há muito tempo vinha sendo aclamado pelos usuários da maior rede social do planeta, o Facebook, finalmente dá as caras. Já é possível agendar publicações diretamente da rede, inclusive posts com imagens e links com intervalos de 15 minutos e para até daqui 6 meses.

Conversamos com muitos usuários e percebemos que o recurso está disponível para alguns, porém ainda inativo para outros. Alguns, ainda, encontraram dificuldades em entender como tudo funciona. Abaixo confira um passo a passo sobre o processo de agendamento de publicações diretamente do Facebook.

Aparentemente a sua área de mensagem não irá mudar em nada:
 
 
Ao compor uma mensagem note que um ícone com um relógio é exibido:
 
 
Ao clicar nesse ícone é possível selecionar, respectivamente, ano, mês, dia, hora e minuto:
 
 
Dica: sempre componha primeiro a mensagem para só depois configurar a data do agendamento, caso contrário todas as opções são desfeitas depois que você escolhe uma imagem, por exemplo. Outro fator importante é que, pelo menos aqui, só foi possível agendar uma mensagem com imagem quando logado como fanpage, e não como administrador. Ao tentar como administrador o post era publicado imediatamente, ignorando a configuração.

Clicando em painel administrativo, gerenciar e usar o registro de atividades é possível ver seus posts agendados, além de ter a opção de cancelá-los ou até mesmo editar a data agendada. Todo o processo é super simples, mas pequenas confusões podem rolar. Por isso qualquer dúvida deixe aqui nos comentários que tentamos ajudar. =)

Por: Cleyton Carlos Torres, jornalista e blogueiro.

Acesse o Artigo Original: http://www.blogmidia8.com/#ixzz1wXmw8gDU

terça-feira, 29 de maio de 2012

A importância das redes sociais para as empresas

Atualmente as redes sociais fazem parte do dia-a-dia das pessoas e das empresas de todo o planeta. Desde a chegada do Orkut e com o crescimento do Facebook e Twitter com acessos por computadores e também por tecnologias móveis, como celulares e tablets, as mídias sociais se transformaram em uma febre mundial. Muitas empresas, de olho no grande número de pessoas que interagem diariamente por meio das redes sociais, passaram a expor as suas marcas e seus produtos de forma desenfreada, em busca de oportunidades para alavancar seus negócios. Mas será que estão fazendo isso da forma correta? 

Como todo projeto de crescimento é preciso investir. E diante da novidade que as redes sociais ainda são para muitos empresários, a maioria deles iniciam um trabalho nesses canais de forma amadora, sem planejamento, verba ou profissionais especializados para administrar seus perfis. 

Segundo Luciana Maryllac, gerente demarketing digital da Agência RS, muitos empresários não querem investir em um serviço especializado em redes sociais, pois antes de iniciarem já querem saber o retorno sobre investimento (ROI), o que muitas vezes só é possível após um período de teste e execução do trabalho. "É preciso direcionar uma verba para adsense, investir na divulgação das mídias sociais da marca/produto. Não há como prever o ROI exato antes de começar um projeto. O mais interessante é testar por um período e analisar o desempenho dos seus perfis e, dessa forma, criar um histórico de dados para aumentar o investimento direcionados nos resultados positivos e na experiência (know-how) obtido", explica. 

Outro detalhe importante é planejar a produção de conteúdo que explore ao máximo cada ferramenta das redes sociais (textos, fotos, vídeos, notas e aplicativos) para que o perfil não se torne monótono e irrelevante. Com um bom trabalho de conteúdo se conquista o interesse e fidelidade dos seguidores.

Este estreitamento da relação entre público e marca através das mídias sociais, explica Maryllac, ajuda o empresário identificar pontos importantes da sua empresa. "Nas redes sociais digitais as pessoas desenvolvem uma capacidade de relacionamento maior que por um e-mail ou telefone. Muitos preferem buscar e receber dicas dentro das mídias sociais pela facilidade e comodidade que esse meio oferece. É por meio dessa troca que a empresa pode identificar pontos fortes e fracos de sua marca. Sendo assim, obtém um feedback em tempo real do público e consegue traçar perfis e definir novas estratégias”, analisa.

É possível afirmar que as mídias sociais se posicionam como mais um importante canal de comunicação, formando uma rede de relacionamento direto entre a empresa e seus consumidores. Ficar de fora delas é deixar de lado opiniões importantes que podem colaborar para crescimento da marca/empresa. Estar inserido no ambiente digital, sem um planejamento adequado, poderá deixar os seguidores, fãs e possíveis novos clientes entediados e com uma percepção negativa sobre a empresa. 

Via Marcel Agarie, Dália Comunicação. 

segunda-feira, 19 de março de 2012

Aprenda com pequenos empresários como fazer sucesso nas redes sociais

Não há fórmula mágica para conquistar seguidores ou fãs para a sua empresa nas redes sociais. Cada empreendedor deve buscar o tom mais adequado para se comunicar com seu público pela internet, de acordo com a realidade do seu negócio.

Mas é possível se inspirar em boas ideias. Conheça dez iniciativas criativas de pequenos empreendedores que tiveram sucesso ao divugar suas empresas nas mídias sociais. Eles dão dicas e ensinam como conseguiram, muitas vezes na tentativa e erro, encontrar boas estratégias para marcar presença na internet.

Como marcar presença nas mídias sociais

Produza:

Crie uma bela imagem com conteúdo:
Lydia Himmen, dona da Plus, uma galeria de arte online em Goiânia (GO), percebeu que, para seu negócio, o pulo do gato é a qualidade da imagem associada a um conteúdo bacana.
Por isso, ela prefere participar de redes sociais que oferecem ferramentas próprias para o tratamento e compartilhamento das fotos, como Flickr, Instagram e Tumblr.
O cuidado na produção das fotografias bem como dos comentários é fundamental. “Dá muito certo fazer contato com os artistas e postar o passo a passo da criação de uma obra. Arte envolve encantamento e esse processo de transformar as matérias primas em uma peça é mágico, as pessoas gostam de saber como foi feito, quais foram as etapas percorridas.”
No blog e no site institucional, há os links para outra boa ideia: a página das exposições. O internauta vê todas as obras, lê o texto produzido pelo artista para aquela exposição, escuta a trilha selecionada para fruição das peças, preenche a lista de presença e pode fazer o download do catálogo. No blog, há também o botão para acessar a loja virtual, tudo muito clean e interligado.

Prepare-se:

Entenda os mecanismos antes de usar
A capacitação foi, na opinião de Katia Stocco, dona da revista online feminina Shine Woman, o que fez com que sua empresa entrasse na rede da forma correta. Para ela, os empreendedores devem sempre buscar informações e cursos sobre mídias sociais para qualificarem sua presença nesses espaços.
Antes de lançar a revista eletrônica Shine Woman, ela fez um blog para desenvolver as habilidades que adquiria em um curso sobre redes sociais.
“Transformei o blog na revista.” E as mídias sociais vieram antes mesmo da criação desse portal. Facebook e Twitter serviram para criar o clima do lançamento da publicação eletrônica e trabalhar a marca.
“Causou uma expectativa entre os colaboradores do projeto e serviu para divulgar e observar o que as mulheres postavam, assuntos que se tornaram pautas da publicação.”

Interaja:

Alie interação com promoções
Outra dica importante vem de Uberlândia (MG). Lú Ferreira, dona da Ocasiões Especiais, loja virtual de presentes personalizados criativos e brindes para eventos, investe na interatividade com os clientes, que enviam fotos para serem publicadas nas páginas da empresa no Facebook e Twitter.
“As pessoas gostam de se ver, afinal, a rede é social. Acham legal também ver os produtos customizados para suas ocasiões especiais. Quem manda suas fotos com as peças entra em um cadastro para os sorteios. Todos lançamentos também são divulgados nas redes sociais.”
Lú também procura sempre alinhar o conteúdo de seus posts no Facebook aos produtos que oferece. “Primeiramente, busco as tendências de decoração ou em lembranças de casamento, aniversário e kits. Ligado a essas informações apresento as peças que desenvolvo na mesma linha, ou complementares.” A informação por ela postada agrega valor ao seu portfólio.

Comente:

Rotina da empreendedora é assunto
Lene Pires, dona da Cravo & Canela – loja de joias artesanais feitas em prata e elementos locais como fibras e algodão, sediada em Teresina (PI) –  aposta nos inúmeros afazeres que cumpre ao longo do dia para gerar “buzz” (buchicho) em suas páginas nas redes sociais.
Ela foi a Milão, na Itália, no ano passado, aprender novas técnicas de fabricação das peças e transformou o curso em assunto para vários posts. “No Natal, vendi horrores, porque as pessoas vinham à loja conhecer o que eu havia aprendido.”
A dica é encontrar, nos compromissos marcados na agenda, o gancho com o negócio. “Pode ser até uma viagem a passeio, mas o empreendedor está sempre absorvendo referências e mostrando seus produtos. Tenho sempre uma câmera comigo. As informações que servem para enriquecer minha pesquisa de produtos são fotografadas e postadas, com um comentário, bem como os encontros nos quais mostro meu portfólio.”

Agregue:

Atividades paralelas impulsionam negócio
A artesã Érika Martins descobriu que o conteúdo relevante para as páginas em redes sociais da Arte & Encanto – marca dos produtos que faz usando técnicas como cartonagem e entrelaçamento de pedrarias – não são as informações sobre as peças em si, mas um trabalho paralelo por ela desenvolvido. “Estou sempre dando cursos, oficinas, workshops.”
As redes sociais surgem como ambiente para anunciar esses eventos, comentar sobre o que vai ser ensinado e postar fotos. “Com isso, integro o produto e o serviço. Faço a propaganda do próximo encontro e gero renda duas vezes. Primeiramente, quando consigo a turma paga pela capacitação e, pela segunda vez, ao levar os objetos e montar, no fim das aulas, minibazares. Vendo muito nessas ocasiões”.
Outro ponto destacado pela artesã é a importância de se buscar grupos sobre assuntos específicos dentro das redes sociais, ligados ao seu negócio, e procurar fazer parte deles. “Estou em vários de artesanato. É fundamental para o network.”

Una forças:
Promova produtos em sites parceiros
Uma boa sacada de Alexandre Miranda, dono da Duetto Coleiras, loja especializada no acessório para cães, são as parcerias firmadas com outros vendedores de produtos para cachorros.
Ele e a sócia Natalie Foresta promovem seus produtos em fan pages desses parceiros, recebem e doam brindes para serem distribuídos ou servirem de premiação aos seguidores e fãs que participam de concursos por eles lançados nas mídias sociais.
“Assim, todos saem ganhando, porque consigo atingir o público dos parceiros com meus produtos e vice-versa. Compartilhamos cadastros e sempre linkamos as informações do post no qual anunciamos a promoção ao endereço eletrônico dos parceiros e eles fazem o mesmo.”
A Duetto também se vale das ferramentas que o próprio Facebook disponibiliza, como as enquetes, para conhecer mais sobre público: “as perguntas devem ser curtas, objetivas e, no nosso caso, deu certo dar três opções de resposta.”

Surfe na onda:

Aproveite movimentos espontâneos
O chef e dono do restaurante à la carte Quinta da XV, em Santos (SP), José Manuel de Paiva, percebeu que um hábito comum entre os clientes era fazer fotos dos pratos para compartilhar nas mídias sociais.
Decidiu, então, investir mais ainda na apresentação do que serve. “Incrementei ainda mais o visual.” E seu lema agora é: capriche no off-line para aparecer bem na fita online.
Para completar, Paiva posta, diariamente, o cardápio no Facebook, com uma fotografia bem produzida, a sugestão do dia e informações sobre as receitas. “É preciso redobrar o cuidado com as rotinas off-line quando se está online, porque reclamações na sua página podem se propagar com uma velocidade absurda. Você vai do céu ao inferno em minutos.”

Seja claro:

Crie um espaço virtual focado no seu produto
A lição da Madame Trapo, loja virtual especializada em bonecos de tecido com características lúdicas, vale a pena ser seguida por quem já tem um blog da empresa há mais tempo e começa a enfrentar os mesmo problemas que Eglair Quicollli vêm se deparando.
Como a dona da marca infantil segue à risca o ensinamento de postar conteúdo diversificado e ligado ao segmento no qual atua, e não apenas informações focadas em vendas, seus leitores começaram a confundir qual o seu negócio. “Dava, por exemplo, uma dica de moda infantil e as pessoas me procuravam perguntado onde podiam comprar aquela roupa.”
Por isso, está em curso o desenvolvimento do site institucional, que vai conter o blog. “O chamariz continua sendo o conteúdo do blog. Levo duas horas para fazer um post, porque vou a fundo, busco as fontes, referências interessantes, não me limito a replicar informações. Para estar presente de forma qualificada nas redes sociais, tem que ter gosto pela coisa.”

Forme opinião:

Relacione-se com formadores de opinião
Bia Moraes, dona da loja homônima de acessórios femininos em Ribeirão Preto (SP), obtém ótimos resultados – aumento de visitantes em seu blog e na fan page – por meio dos contatos com responsáveis por blogs de moda, beleza e outros temas ligados ao seu negócio.
Não há fórmula para criar relacionamento com essas blogueiras. “As abordagens são caso a caso. Há casos em que mandamos convites dos lançamentos das coleções. Para outras, começamos a conversa com um e-mail e, se autorizado, enviamos peças para elas vestirem e darem opinião.”
Há também as blogueiras pagas para postar conteúdo sobre a marca em seus perfis. “Antes de oferecer o patrocínio, é preciso identificar se aquela pessoa é, de fato, formadora de opinião na área que o empreendedor atua.”

Invista em quem sabe:
Empresário escolheu franquia antenada nas redes
O franqueado Nilson Brito, o primeiro da MyGloss, escolheu investir na rede pela presença do franqueador nas mídias sociais. “A forma como a marca se comunicava com as clientes, sempre de uma forma descontraída e com dicas interessantes de moda, foi decisiva.”
A dica do empreendedor para quem pretende entrar no franchising é escolher uma rede que já tenha presença qualificada nesses espaços. “A MyGloss tem mais de 400 mil seguidores, está sempre antenada para as redes sociais e o que sai no Facebook, realmente, esgota.”
Recentemente, a empresa lançou o comércio eletrônico dentro dessa plataforma. O franqueador prevê, no modelo de negócio, a instalação de equipamentos nas lojas que permitem às clientes fotografarem as produções e postarem as imagens na fan page da MyGloss ou em seus perfis pessoais.

Por: Izabela Ferreira Alves - UOL, em São Paulo

quinta-feira, 15 de março de 2012

Falta de conhecimento afasta micro e pequenas empresas das redes sociais


As redes sociais são febre no Brasil, mas levantamento inédito feito pela Ecommerce School, centro de cursos de comércio eletrônico e mídias sociais, com 1.080 micro e pequenas empresas brasileiras revela que apenas 20% dessas organizações usam o Facebook ou o Twitter como ferramenta de negócios.
 
Outra pesquisa, feita pela KPMG Internacional, mostra que os brasileiros estão até 30% mais propensos a dizer que suas empresas devem recorrer às mídias sociais como parte dos negócios do que os britânicos, australianos, alemães ou canadenses.

Entre as causas pelas quais empresas de pequeno porte deixam de participar de redes onde há mais de 845 milhões de usuários cadastrados é a falta de conhecimento das ferramentas, aponta Mauricio Salvador, diretor da Ecommerce School. “Além disso, no Brasil, menos da metade da população tem acesso à internet. Muitas vezes, o empreendedor não vê esses espaços como geradores potenciais de oportunidades de negócios.”

Redes Sociais não equivalem a aumento no lucro, mas em relacionamento com os clientes.
Um erro comum percebido por Salvador é esperar retorno em vendas e contratações ligado à presença nas redes sociais e em pouco tempo. A não produção do conteúdo de carga é outro problema. Depois de criados os perfis, o empresário precisa fazer tweets ou posts mesmo sem seguidores ou fans. Essa estratégia é importante para evitar que os visitantes futuros não encontrem as páginas vazias e parem de frequentá-las. Também é necessário atualizar diariamente as páginas nessas plataformas. “A pessoa entra um dia, vê um post. No outro dia, é a mesma coisa, desmotiva-se a entrar novamente e o empreendedor perde a chance de criar um vínculo com esse cliente atual ou potencial.”

Segundo o especialista, outro erro muito prejudicial à imagem da empresa nas redes sociais é confundir páginas institucionais com pessoais. As pessoas não visitam fan pages ou perfis de organizações para saber mais da vida particular de seus donos ou suas opiniões, mas para encontrar conteúdo relevante.

Redes Sociais são feitas de conexões entre pessoas com interesses comuns
E o que vem a ser a tão falada relevância na internet? “É a capacidade que a empresa tem de, por meio de sua presença no ambiente digital e através do conteúdo interessante gerar relacionamento com seus clientes e engajamento desses com sua marca. A consequência natural desse processo são as vendas, mas elas não devem ser buscadas o resultado primordial”, afirma o consultor de planejamento estratégico digital, Felipe Morais.

A comparação feita por Morais, autor do livro Planejamento Estratégico Digital, ajuda a entender qual é o tom das conversas que o empreendedor deve protagonizar nas redes sociais. “No início, é como pisar em ovos. Imagine estar numa balada. Você vê uma moça, gosta dela e vai se aproximar para puxar papo. Não dá para chegar falando ‘me beija’.”

O passo a passo para entrar nesses espaços e conquistar os clientes está ligado ao próprio nome dessas redes. A sociabilidade é o mais importante. Elas não são, prioritariamente, um canal de vendas, apesar de os negócios serem o objetivo final das empresas nesses espaços. “E ser social não é só falar – dos seus produtos, serviços, promoções. É saber ouvir”, diz Morais.

Redes Sociais não são apenas SAC
Ouvir os clientes, para Tim Norris, diretor de Tecnologia e Performance da KPMG Internacional, é muito mais do que responder críticas, sugestões ou interagir com comentários. “O pequeno empreendedor pode postar um vídeo de um produto no You Tube e pedir sugestões para seus conhecidos. Usar esses espaços para fazer pesquisas de mercado é uma grande sacada.”

Sem contar que, depois de criadas as contas, você pode visitar o perfil de todos os seus clientes. Saber quais jornais ele lê, quais restaurantes frequenta, enfim, conhecê-lo muito mais profundamente, sem depender das respostas às tradicionais pesquisas de satisfação ou do preenchimento de cadastros.

Como exemplo inspirador, o consultor do Sebrae São Paulo, Gustavo Carrer, cita a loja Emme. A empresa está na maioria das redes sociais e com uma estratégia bem delineada. O blog da loja alimenta todas as outras mídias. Funciona como uma fonte única, que dispara atualizações para todas as demais.

O mote das conversas na Emme  -- posts no blog, no Facebook, tweets e em outras mídias -- não são os produtos, mas assuntos interessantes para seu público: música, estilo e arte. As fotos são bem produzidas e é promovida a integração da loja com as plataformas digitais. “A cliente pode fotografar uma produção e postá-la nas redes sociais dentro da loja.”

Quem está fora deve começar a planejar a entrada
Para completar, Natan Sztamfater, sócio-fundador da Agência CookieWeb, destaca o princípio que deve nortear todas as ações citadas pelos demais especialistas. “É fundamental ter total transparência, não apagar nenhum post de um cliente, mesmo que for uma reclamação. Isso pode abalar a credibilidade de uma marca para sempre.”
E o presidente do Sebrae dá a dimensão da urgência: "hoje, a internet e as redes sociais são diferenciais importantes e, em um futuro próximo, serão indispensáveis. Então, o quanto antes uma empresa entender, planejar e iniciar sua utilização, mais vantagens competitivas ela terá."

Por: Izabela Ferreiras Alves - UOL, em São Paulo.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Jovem empresário compra pizzaria e transforma negócio em rede com faturamento de R$ 3,3 mi

Empreendedores transformaram a rede O Pedaço da Pizza em negócio promissor.

No primeiro mês à frente da rede de pizzarias O Pedaço da Pizza, Pedro Morganti, de 29 anos, comemorou um importante resultado: economizar dez quilos de queijo no preparo das redondas. Essa seria a primeira de uma série de mudanças para transformar uma empresa até então estagnada em rede de franquias lucrativa e com potencial para transformar-se em uma das maiores do ramo no País.

Nos últimos dois anos e meio, ele promoveu cortes de custos e reestruturações para profissionalizar a gestão, criar processos e preparar o terreno para uma expansão acelerada. E os primeiros resultados já aparecem. Lançada em maio de 2011, a franquia O Pedaço da Pizza já tem quatro lojas em São Paulo – outras três são próprias. E a partir de maio, será vendida a outros estados. “Nosso plano é levar o estilo norte-americano de comer pizza para todo o Brasil”, diz Morganti.

É justamente o estilo casual e descolado de vender pizza que tornou-se o diferencial da rede. No mercado desde 1998, a marca foi criada por um empresário que queria solucionar o problema de jovens que, como seus filhos, frequentavam casas noturnas e tinham dificuldade de encontrar um lugar aberto onde comer na madrugada. Por isso, para rivalizar com as redes de fast-food, o local vende pizzas fracionadas e funciona em horário incomum: começa ao meio-dia e vai até o início da manhã.

Frequentador assíduo do estabelecimento, Morganti investiu na rede, com a ajuda do amigo de infância Danilo Iacovone, no momento que ficou sabendo que o local estava à venda. “Percebemos que era um negócio com grande potencial de crescimento, mas que não estava sendo bem gerido”, explica. Sem nenhuma experiência prévia como empreendedores, eles enfrentaram muitos desafios para profissionalizar o negócio.

“Comprar uma empresa não é fácil porque você precisa refazer muito trabalho”, afirma Morganti. Um dos principais impasses enfrentados por ele, por exemplo, foi adaptar os funcionários a nova cultura da empresa. “No começo nós escutávamos muito o que eles tinham a dizer porque eles conheciam a operação melhor do que nós”, relembra. “Mas para conquistá-los, tivemos que mostrar que mudanças podem ser boas”, lembra.

Entre as alterações estava o acréscimo de novos produtos ao cardápio, como calzones, massas e saladas. Um serviço de buffet para festas e eventos também foi incorporado ao portfólio da empresa. O novo cardápio atraiu mais clientes no horário do almoço, período hoje responsável por 40% do faturamento total da rede. Dessa forma, em três anos, o ticket médio da loja subiu de R$13 para R$ 16 e o faturamento cresceu de R$ 2,2 milhões em 2008 para R$ 3,3 milhões em 2011 – alta de 50%.

Com a venda de franquias, o plano é dobrar o número de lojas nos próximos quatro anos e chegar a 50 até 2015. Uma franquia da rede O Pedaço da Pizza custa a partir de R$ 300 mil e tem faturamento estimado em R$ 70 mil.

Cuidado
Apesar da experiência bem-sucedida de Morganti, comprar uma empresa não é tarefa indicada para iniciantes, afirma o consultor do Sebrae- SP Gustavo Carrer. “É um processo que exige experiência para que o empresário não descubra problemas escondidos depois de o negócio estar fechado.”

Além da experiência prévia, o candidato a empreendedor precisa avaliar os benefícios da operação, fazer auditoria para identificar eventuais erros e inconsistências nos indicadores de resultados e avaliar o quanto a empresa e seu ramo de atuação são promissores. “É importante ainda falar com consumidores e fornecedores para detectar qual a imagem da empresa no mercado.”

Já Batista Gigliotti, especialista em compra e venda de empresas, destaca que a aquisição de um negócio traz vantagens, mas é preciso paciência. “O comprador deve entender que existe uma outra cultura no negócio e que é preciso calma e planejamento para fazer a transição.”

Por: Ligia Aguilhar - Estadão PME

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Mídias sociais viram oportunidade para pequenas e grandes empresas ganharem dinheiro na web

Redes viram importante canal de vendas e novos negócios surgem para aproveitar esta tendência.

Mister Shadow/AE

Grandes empresas já descobriram que as mídias sociais podem ser um importante canal de vendas para seus produtos – a Magazine Luiza, por exemplo, anunciou nesta quinta-feira, 26, que pretende abrir mais de 10 mil lojas nas redes sociais. De olho nessa tendência, pequenas empresas também começam a apostar no chamado social commerce.

O eiBOW é um dos novos negócios que pretendem surfar nessa onda. Lançada em novembro de 2011, a plataforma pretende ajudar o consumidor a personalizar suas compras e divulgar suas preferências aos amigos, com ajuda das redes sociais.


Funciona assim: o usuário se cadastra no site www.eiBOW.com, descreve sua personalidade e fornece dados que ajudam o site a elaborar uma lista de produtos que combinam com seu perfil. Para criar essa lista, o eiBOW procura os produtos nas lojas virtuais de seus clientes ¬– Casas Bahia, Centauro, Ponto Frio, Extra, Sephora e Peixe Urbano são alguns dos parceiros do novo site, que dialoga com todas as mídias sociais.

“Quando um usuário olha a lista personalizada e se interessa por algum dos produtos indicados, ele pode compartilhar aquele produto com sua rede de amigos do Facebook, por exemplo, ou pode simplesmente clicar em um link e cair diretamente na loja virtual que comercializa aquele item”, explica Andrea Herrmann, uma das sócias do eiBOW.A cada venda realizada, o eiBOW recebe uma comissão (a empresa não ifnorma o valor).

O site permite aos usuários a criação de eventos como, por exemplo, aniversários, chá de fraldas, casamentos e amigo secreto. A lista de produtos favoritos é divulgada pelas redes sociais. “A nossa ideia é facilitar a compra de presentes, porque com a lista fica mais fácil saber o que vai agradar a pessoa presenteada”, argumenta Andrea. “Além disso, as empresas que são nossas clientes conseguem fazer uma venda direcionada, sem invadir a privacidade dos consumidores.”
 
A empresa carioca E-Like, criada também no segundo semestre de 2011, tem estratégia semelhante. Com um aplicativo chamado Meu Shopping, que roda no Facebook, a empresa divulga os produtos de marcas como Enoteca Fasano, Richard’s, Maria Bonita Extra, Salinas, Cantão e Hope Lingerie.

O consumidor só precisa “curtir” a página no Facebook e escolher o produto. Toda venda é feita pela própria rede social e a E-Like, assim como o eiBOW, recebe uma comissão das empresas.

Mas embora o social commerce seja uma tendência irreversível, as empresas que decidirem vender seus produtos nas mídias sociais precisam tomar o cuidado de não importunar os consumidores com suas ofertas, avisam os especialistas. As marcas que, por oferecerem informações relevantes, cultivaram fãs e seguidores nas redes devem ser cautelosas ao usar suas páginas como canal de vendas, sob o risco de perder credibilidade.

Por: Carolina Dall'Olio - Estadão PME

domingo, 20 de novembro de 2011

"Se você está com o cliente, está certo", diz dona da Amor aos Pedaços

Ivani Calarezi, sócia da rede Amor aos Pedaços, garante: é preciso tratar bem o cliente.

Consultar o serviço de atendimento ao consumidor (SAC) como primeira missão do dia. Deslocar imediatamente uma equipe de São Paulo para Resende, cidade localizada no interior do Rio de Janeiro, para constatar in loco os motivos das reclamações de clientes. E ficar sentada no ponto de venda observando como reage um desconhecido no instante em que degusta um dos doces cuidadosamente elaborados pela empresa.

Para Ivani Calarezi, não importa o tamanho da rede Amor aos Pedaços, da qual é sócia. Assim foi, é e sempre será a gestão da empresa. Lá, estatísticas e métricas são aceitas, mas não substituem o bom e velho relacionamento entre empresa e cliente. “Gosto de olhar nos olhos do consumidor para saber o que funciona ou não”, diz a empresária. “O cliente que reclama é o cliente que você não perde. Ele quer te ajudar.”
Ivani é pianista por formação e a cozinha sempre foi um hobby. Por isso, quase três décadas após a inauguração da primeira loja da rede - hoje são cerca de 60 unidades -, ela ainda dá expediente com a mesma empolgação inicial.

“Nunca tive crise porque, na verdade, nem sei o que é crise. O dinheiro é uma consequência quando gostamos do que fazemos. Ainda passo 12 horas dentro da cozinha experimental brincando e bordando com o meu sonho”, afirma.


A empresária e sua sócia, Silvana Marmonti, optaram por crescer pelo sistema de franquias. Mas é Ivani quem dá a palavra final na seleção dos parceiros. E a qualidade é uma preocupação constante. Tanto que funcionários da empresa visitam um a um os fornecedores da rede periodicamente. “Queremos saber, por exemplo, se a plantação de morangos usa a água adequada na irrigação das frutas”, conta a empreendedora.

:: Os detalhes que fizeram a estratégia de Ivani funcionar ::

Inovação
Para Ivani, nem sempre o cliente sabe o que quer. Às vezes, é muito importante deixar as pesquisas de lado para seguir os instintos.

SAC
São três letras fáceis de falar, mas complicadas de gerenciar. O serviço, porém, é levado a sério na rede Amor aos Pedaços.

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O pulo do gato de Ivani foi escolher uma sócia que a liberou para se dedicar ao que ela realmente domina: a criação de doces e bolos.

Portfólio
O setor de alimentação fora do lar exige um ritmo forte de lançamentos. Por isso, a rede se esforça nesse quesito.

Olhar firme
Outro diferencial na gestão da empresa é não delegar tarefas estratégicas, como a escolha final dos franqueados.

Por: Renato Jakitas - Estadão PME